Miraculous - Defensores de Paris escrita por Blue Blur


Capítulo 7
Ladybug, a vilã


Notas iniciais do capítulo

Algumas horas depois de salvar os alunos do colégio François Dupont, Ladybug é vista por inúmeros parisienses cometendo crimes terríveis, desde assaltos até tentativas de assassinato. O que aconteceu com a defensora de Paris? Enquanto Charlotte Olivier se empenha em uma cruzada implacável contra a heroína pintada, o sábio Mestre Fu tem outros planos para tudo isso.



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Uma coisa inexplicável aconteceu em Paris: Mais ou menos entre 23:30 e 00:00, os telejornais parisienses e as redes sociais começaram a pipocar com um tema inacreditável: “Ladybug Criminosa”, algo totalmente oposto ao que havia acontecido horas antes. Testemunhas por toda a Paris estavam vendo a heroína pintada de Paris cometendo crimes por toda parte!

(Apresentador de telejornal): Inexplicável! Uma onda de crimes se iniciou hoje à noite, e curiosamente, todas as testemunhas presentes acusam a heroína Ladybug de estar por trás de tudo isso!

A primeira testemunha a falar foi um funcionário de uma loja de aparelhos eletrônicos, que estava cheio de hematomas no rosto e no corpo.

(Testemunha 1): Ela apareceu quando eu já estava fechando a loja, a garota começou a exigir o dinheiro de minhas vendas, dizendo que era um “pagamento pelos atos de heroísmo”. Quando eu me recusei a pagar, ela me deu uma surra por nada!

A segunda testemunha foi uma mulher, que trabalhava como taxista.

(Testemunha 2): A Ladybug bateu no meu para-brisa usando o ioiô dela e exigiu que eu saísse. Quando eu disse que ia chamar a polícia, ela ainda tentou me atropelar!

(Apresentador de telejornal, recebendo uma chamada): Espere um pouco... como é? Oh, meu Deus! (se dirige aos telespectadores) Acabamos de receber a notícia de que Ladybug foi avistada no topo do Hotel Le Grand Paris! Parece que ela pegou a filha do prefeito como refém!

Não só a equipe de gravação já estava no lugar, como também a polícia. Parecia até cena de filme: Dois helicópteros, focando seus holofotes na agora vilã, Ladybug, enquanto algumas viaturas estavam presentes. Também estava lá a capitã Charlotte Olivier e o Tenente Roger Raincomprix.

(Charlotte, irritada): Tenente, vamos subir nós dois, tente convencer Ladybug a desistir dessa loucura, porque se eu tiver que fazer isso, vou surrar essa maldita até ela perder as pintas.

Enquanto os dois oficiais se infiltravam no prédio para confrontar Ladybug, outros policiais ficavam no solo, tentando interagir com ela.

(Policial): Ladybug, liberte a filha do prefeito!

(Ladybug): Eu já cansei de todo mundo querer me dar ordens, policial! Agora Paris é que terá que se curvar às minhas exigências!

(Policial, tentando manter Ladybug ocupada): O que é que você reivindica?

(Ladybug): Para começar, eu exijo que cada prédio comercial de Paris me forneça 20% do dinheiro arrecadado sempre que eu pedir!

Chloe estava em estado de choque. O que havia acontecido com a heroína que ela tanto admirava?

(Chloe, apavorada): Ladybug, por favor, para com isso! É loucura!

(Ladybug): Cala a boca, droga! Quer sair voando?

— Chega, Ladybug!

A agora vilã se virou para confrontar a capitã Olivier, com um olhar tão mortal quanto a Glock 9mm que ela empunhava.

(Ladybug): Ora vejam, eu me perguntava sobre que horas você apareceria.

(Charlotte): Eu vou te encher de balas, inseto imundo!

(Chloe, chorando): Me ajuda, policial.

(Ladybug, com um sorriso maldoso): Você não tem medo de acertar a refém? É da filha do prefeito que estamos falando, lembra?

(Chloe): Se esqueceu de ontem de manhã? De quando eu atirei naquela terrorista? Ela também estava com um refém.

Estranhamente, Ladybug fez uma expressão facial como se não recordasse do que a policial estava falando, mas logo depois ela fingiu ter se lembrado.

(Ladybug): Aaahhhhh, é mesmo. Bem, nesse caso...

Ladybug colocou Chloe praticamente com as pontinhas dos pés no parapeito e ficou segurando a garota pela gola da camisola.

(Ladybug): Vamos fazer o seguinte: Você atira em mim, me mata, eu largo a Chloe e ela se estatela no chão. O que me diz, Carly?

Num acesso de raiva, a policial acabou dizendo a primeira coisa que veio à sua cabeça.

(Charlotte, furiosa): Larga agora mesmo a filha do prefeito, Ladybug!!!

(Ladybug): Você que pediu (olha para a Chloe). Tchau, tchau, abelhinha.

A heroína soltou Chloe de último andar do prédio. Quando ela já havia caído uns dois ou três andares uma mão forte a agarrou, era o policial Roger. Por graça divina, Charlotte havia pedido para que Roger ficasse de tocaia numa das janelas, caso a negociação desse errado. Felizmente, o plano B acabou dando certo.

(Roger): Não se preocupe, eu te peguei!

(Chloe, chorando): Não me deixa cair! Por favor, não me solta!

(Roger): Não vou te soltar!

Enquanto isso, Ladybug avançou com tudo para cima de Charlotte. A policial acertou um soco de direita e depois outro de esquerda no rosto da vilã, depois um de direita no queixo.

(Charlotte, com muita satisfação): Você não faz ideia de como esperei por isso, Ladybug!

O quarto soco que Charlotte desferiria foi bloqueado e a policial levou uma joelhada no estômago e uma cabeçada no nariz.

(Ladybug): Posso dizer que o sentimento é recíproco.

Novamente na ofensiva, a capitã da polícia pegou o cassetete e deu uma pancada nas costelas da vilã, fazendo ela se curvar, depois a derrubou de vez com outro soco no queixo. Curiosamente, depois desse soco, um pequeno chip, que emitia uma luzinha vermelha piscante, caiu da gola do uniforme de Ladybug. A vilã olhou espantada para o pequeno chip, ao passo que Charlotte o ignorou.

(Charlotte, sorrindo): O que aconteceu com a pose de durona, hein Ladybug?

Novamente Charlotte havia sacado seu cassetete para dar mais um golpe, mas Ladybug pegou um canivete, que escondia sobre o traje e desferiu um corte contra o rosto da policial. O que aconteceu a seguir foi um grito horrível de dor. Ladybug aproveitou a confusão para fugir, sem dizer uma palavra.

Enquanto Charlotte andava cambaleando, sangue jorrava do lugar onde ficava seu olho direito. Experiente, a policial conseguiu usar alguns papeis toalha que encontrou pelo caminho para ajudar a estancar o sangramento, e também evitou cruzar com Roger e Chloe, pois sabia que não seria nada bom para a menina ver o que sua heroína havia feito. Por sorte, quando Charlotte saiu do Le Grand Hotel, sua amiga Camille estava por lá e tratou de cuidar de seu ferimento.

(Camille, aliviada): Charlotte, você não faz ideia de como estou aliviada! Por muito pouco Ladybug não atingiu seu olho! Eu só preciso fazer uns pontos e tudo ficará bem.

Mas a situação não era tão fácil quanto se pensava. Embora Charlotte, de fato, tivesse escapado por pouco de ficar caolha, ainda assim o ferimento sangrava tanto que se tornou inviável costura-lo. No final das contas, foi necessário fazer um curativo que cobriu todo o olho esquerdo.

Nesse momento, Roger havia saído do prédio, junto com Chloe, que ainda estava em estado de choque.

(Roger): Capitã, seu olho...

(Charlotte, tentando tranquilizar): Está tudo bem. O corte não atingiu meu olho, o curativo é só para cobrir. Você não ia querer ver como ficou.

(Chloe): O-O-Obrigada, capitã Olivier.

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Dentro de sua casa, Mestre Fu assistia a toda à transmissão, completamente intrigado, junto de seu kwami Wayzz. Ele não conseguia entender o que havia levado Marinette a fazer as coisas terríveis mostradas no noticiário.

(Mestre Fu): O que está acontecendo Wayzz? Eu... não acredito que Marinette possa ter feito algo tão ruim quanto... isso! Ela, digo, essa vilã atacou uma policial com um canivete! Podia ter cegado ela!

(Wayzz): Mestre, sei que parece improvável, mas... e se alguém estiver se passando por ela? Alguém pode ter roubado o Miraculous dela!

(Mestre Fu): Duvido muito, se fosse assim, não teria a mesma aparência da Marinette.

(Wayzz): Ou talvez alguém esteja se passando por ela.

(Mestre Fu): Não descarto essa teoria, Wayzz. Mas quem quer que esteja fazendo isso, certamente é um inimigo muito habilidoso.

(Wayzz): Pela manhã, Marinette vai ficar sabendo de tudo! Como iremos ajuda-la?

(Mestre Fu): Já sei, talvez Chat Noir possa...

(Wayzz): Não mestre, nós dois sabemos que Chat Noir não vai conseguir executar essa missão sem se envolver emocionalmente. Ele é apaixonado pela Ladybug.

(Mestre Fu): Então o que podemos fazer?

Mestre Fu começou a andar pela sala, pensando no que faria, quando percebeu algo na sua porta: era uma caixa, com embrulho do correio francês. Ele olhou a etiqueta e viu que ela havia sido enviada há uns 45 dias, de uma cidade mexicana chamada Acapulco. O ancião chinês, acompanhado de seu kwami, abriu a caixa. Dentro dela estava a foto de um senhor mexicano, já em idade bastante avançada, uma carta e o mais surpreendente: uma caixa similar à que o próprio Mestre Fu usara para entregar à Marinette e ao Adrien os seus respectivos Miraculous. Ainda surpreso, Mestre Fu começou a ler a carta.

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Prezado Mestre Fu

O senhor não me conhece, e para ser franco, eu também não o conheço. Só consegui saber seu nome por conta de uma... pequena amiga voadora, se é que o senhor me entende. Se o senhor estiver lendo isso, é provável que já tenha se passado pelo menos uns dois meses, e que eu já tenha falecido. Pois bem, essa minha amiga voadora (eu nunca consegui pronunciar direito aquele nome, como é mesmo? “Umami”? “Tuane”?) Me contou sobre uma heroína parisiense chamada Ladybug. Eu pesquisei sobre ela, e curiosamente, ela me faz lembrar meus dias de jovem.

Lembro de quando era um jovem desajeitado, que vivia tropeçando e esbarrando em tudo e todos. Eu era motivo de risos por onde eu passava, até o dia em que eu recebi aquele cinto, e conheci aquela que viria a se tornar uma de minhas melhores amigas. Da noite para o dia, me tornei um herói bastante insólito: Enfrentava bandidos perigosos usando apenas um martelo, que mais parecia um brinquedo do que uma arma. Frequentemente tentava evitar lutar contra inimigos mais fortes que eu (o que acontecia quase sempre), mas no final, sempre vencia usando minha astúcia, com a qual meus inimigos nunca contavam. Minhas façanhas permearam o imaginário popular do povo mexicano, e passaram a ser recriadas em seriados, gibis e desenhos animados.

Mas o tempo, implacável modificador da ordem vigente, pôs um fim aos meus dias de super-herói. Eu me casei, tive filhos, e netos. Fiquei velho demais para voltar a defender aqueles que mais precisavam. No início, fiquei muito triste, mas descobri que, assim como Ladybug e Chat Noir, outros também vestiram o manto do herói que eu fui: na Idade Média, na Era dos Piratas, no Velho Oeste... A história do herói que eu fui é tão antiga quanto a de Ladybug e Chat Noir.

Estou lhe contando esta história, Mestre Fu, porque quero confiar a você o Miraculous do Gafanhoto Vermelho. Sei que o dará para alguém de coração nobre, assim como fez com os Miraculous de Ladybug e Chat Noir.

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A carta não estava assinada, mas sua mensagem era forte. Quando terminou de ler, Mestre Fu abriu a caixa para ver como era o Miraculous do Gafanhoto Vermelho: era um cinto, de cor vermelha, com uma fivela dourada esculpida no formato das letras “CH”. Depois disso, foi correndo pegar o livro dos Miraculous. Começou a folhear rapidamente e encontrou a página relacionada a esse Miraculous: na imagem, mostrava um herói, vestido de gafanhoto, enfrentando uma bruxa. Curiosamente, na página seguinte mostrava uma heroína vestida de abelha.

(Mestre Fu, sorrindo): Wayzz, eu já sei exatamente o que fazer!

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Ladybug havia retornado ao esconderijo dos três chefes da máfia Surveillance. Presque Rien deu um sorriso de satisfação quando viu a nova vilã.

(Presque Rien): Ora, ora, ora Boulette, você não estava brincando quando disse que era o mestre dos disfarces.

(Falsa Ladybug): Eu posso me disfarçar de qualquer coisa. Infelizmente aquela policial maldita quebrou o meu sintetizador de voz. Sem isso, meu disfarce vai pro vinagre.

(Drygut): Ah, mas isso é o de menos. Posso providenciar outro rapidinho.

(Peu Tressages): Meu plano não poderia estar melhor. Faremos a própria polícia caçar impiedosamente a Ladybug. E o melhor de tudo: cada parisiense vai torcer pela queda da joaninha!

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No dia seguinte, Marinette acordou e se arrumou para a escola, como normalmente fazia. Chegando lá, sentiu um clima pesado no ar: todos conversavam, quase que cochichando, sobre um assunto, que devia ser bastante terrível. Marinette achou muito estranho quando viu que Chloe não aparecera para perturbá-la. Além disso, Adrien e Alya estavam visivelmente tristes com alguma coisa. Na verdade, Alya estava bem mais que só triste: ela estava com o rosto apoiado nos braços, soluçando

(Marinette): Alya, o que aconteceu?

Quando Alya levantou o rosto, Marinette percebeu que a melhor amiga estava chorando.

(Alya, chorando): Marinette, o meu mundo caiu de vez!

(Marinette, preocupada): Alya, como assim? Não me diga que algum parente seu...

Sem dizer mais uma palavra, Alya mostrou o celular para a melhor amiga. Na tela Marinette, via várias notícias acusando Ladybug de diversos crimes, inclusive de tentar matar a filha do prefeito!

(Marinette): Não... não é possível! Alya, não pode ser verdade! A Ladybug não faria...

A tristeza de Alya se transformou em uma fúria repentina.

(Alya, furiosa): Chega! Eu não aguento mais ninguém falando isso! “A Ladybug não tentou matar a filha do prefeito”, “a Ladybug não assaltou uma loja de aparelhos eletrônicos”, “Ele não trancou seu pai na jaula dos chimpanzés”!

(Marinette, triste): Alya...

(Alya, volta a ficar triste): Meu pai foi parar no hospital por causa disso... você sabe o que é ver seu pai sendo tirado e carregado de maca de dentro de uma jaula cheia de chimpanzés raivosos?

(Marinette): Alya, me dá um abraço.

As duas se abraçaram, porque às vezes, isso é tudo o que se precisa.

Depois disso, a aula começou. Pior: era uma aula de matemática. Ninguém estava prestando a menor atenção, apenas olhando o professor e fingindo quem entendia. Como poderiam estar diferentes: Praticamente todos naquela sala de aula haviam sido akumatizados alguma vez, e todos foram salvos pela Ladybug, e do nada, a heroína se torna uma vilã, fazendo crimes que continham requintes de crueldade.

— Diego, você poderia sair um instante?

Era o diretor Damocles. O pedido dele fez com que alguns curiosos fossem ver do que se tratava. Quando Diego saiu da sala, viu seus pais, Miguel e Camille, ambos com feições tristes.

(Diego, preocupado): Mãe, pai? O que aconteceu? Por que vocês estão tristes?

O olhar dos dois adultos demonstrava que ambos haviam chorado.

(Miguel): O seu avô... faleceu ontem, de madrugada.

(Diego, com um nó na garganta): O q-quê?

(Camille): Recebemos uma nota de falecimento do hospital de Acapulco. Ele teve uma parada cardiorrespiratória... os médicos não conseguiram reanima-lo.

Um filme começou a rodar na cabeça do rapaz: os presentes que ele recebeu do avô, as tardes que passaram juntos, as brincadeiras, as reuniões em família. Todas essas lembranças quebraram o garoto, e ele começou a chorar bem alto, sem se importar com quem estivesse vendo. Pelo menos metade da classe estava vendo a cena, todo mundo com o coração partido. Num ato de solidariedade, todos se reuniram para abraçar o amigo mexicano.

(Damocles): Vocês podem ir, Diego não precisa assistir aula hoje.

(Miguel): Obrigado. Nós iremos ao cartório preencher alguns documentos e depois voltaremos para nossa casa.

A família Rodríguez Broussard saiu do colégio, entristecida. O céu, como se demonstrasse seu luto, já estava escuro e já começava a derramar sua chuva.

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Chloe estava no restaurante do Hotel Le Grand Paris. O pai havia prometido que iria comprar qualquer coisa que ela quisesse para compensar o que aconteceu. Mas quem disse que ela estava interessada? Depois do que Ladybug tentou fazer com ela, parecia que seu mundo inteiro havia perdido o brilho. Enquanto ela se envolvia em sua tristeza, um velhinho chinês se aproximou e sentou na mesma mesa que ela.

(Velhinho chinês): Olá mocinha, você é a Chloe Bourgeois, filha do prefeito?

(Chloe, nem um pouco interessada na conversa): Sim, sou eu.

(Velhinho chinês, envergonhado): Eu... peço que perdoe meus modos... mas é que eu estou com muita fome, mas não tenho dinheiro para pagar. Sabe, a Ladybug acabou me roubando ontem?

Chloe ficou ainda mais aborrecida, será possível que sua heroína havia descido ao nível de atacar velhinhos também. A loira olhou nas feições suplicantes do idoso e sentiu algo dentro de si amolecer.

(Chloe): Espere um pouco aí que eu já volto.

Enquanto Chloe se dirigia ao restaurante, o velhinho chinês colocou uma caixinha na bolsa que ela carregava consigo, e que ela deixou pendurada na cadeira. Logo depois, a garota loira voltou acompanhada de um garçom que serviu ao velhinho chinês um prato de Quiche Lorraine. O ancião comeu tudo, agradeceu e foi embora sem dizer uma palavra.

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Algum tempo depois, a família de Diego retornava do cartório, onde precisou dar baixa dos documentos referentes ao avô que falecera. Ainda chovia, e parecia que a chuva tinha ficado ainda mais forte. Nisso, uma cena saltou aos olhos de Diego: no meio da chuva, um velhinho chinês andava pela calçada sem usar nenhum guarda-chuva ou capa, e ele parecia estar morrendo de frio.

(Diego): Pai, encosta. Por favor.

O pai obedeceu, Diego abaixou o vidro do banco de trás e começou a chamar o velhinho chinês.

(Diego): Psiu, ei senhor. Não quer uma carona?

(Velhinho chinês): Oh sim, meu jovem, muito obrigado.

Enquanto Diego se ajeitava no carro para o ancião se sentar, o mexicano nem percebeu que o ancião colocou uma caixinha misteriosa na sua mochila.

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De tarde, Adrien estava no seu quarto, triste pelo que aconteceu com seu amigo Diego. Plagg não conseguiu mais ignorar a tristeza do amigo e resolveu puxar conversa.

(Plagg): Você está triste por causa do Diego, né?

(Adrien): E como. Parece que hoje foi o pior dia de todos: a Ladybug virou uma criminosa, o Diego perdeu o avô dele... Como eu queria que esse dia acabasse logo!

Adrien largou o caderno onde estava resolvendo os exercícios de matemática e foi ligar um pouco a televisão. Por crueldade do destino, tratava-se de mais uma notícia, flagrando a Ladybug criminosa. Nesse momento, a tristeza de Adrien se transformou em determinação.

(Adrien, determinado): Plagg, enquanto eu estou aqui, me lamentando, tem uma impostora, lá fora, sujando o nome da Ladybug. Nós temos que dar um jeito nisso!

(Plagg, determinado): Faça as honras, Adrien.

(Adrien, determinado): Plagg, mostrar as garras!

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Marinette também tinha visto a notícia, de dentro do seu quarto, e um sentimento de revolta começou a tomar sua mente.

(Tikki, revoltada): Enfim temos a nossa criminosa! Essa impostora é que está sujando o nosso nome por toda Paris.

(Marinette, determinada): É, mas nós derrotamos a Antibug, podemos derrotar essa Ladybug impostora! Tikki, transformar! YEAH!!!

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De dentro da sua casa, a policial Charlotte Olivier se preparava para lutar contra a criminosa Ladybug. Mas dessa vez, com um equipamento diferente da farda convencional: um traje da tropa de choque da polícia, um capacete antimotim, dois cassetetes, um bastão, duas pistolas e dois pares de algemas.

(Jacques, preocupado): Mãe, aonde você vai?

(Charlotte, séria): O dever me chama, filho. Eu tenho que pegar a Ladybug.

(Jacques, preocupado): Tome cuidado, mãe... e boa sorte.

Jacques estava visivelmente aflito. Por um lado, torcia por sua mãe e para que ela tivesse sucesso em sua missão. Por outro, ele era um dos poucos que acreditava na inocência de Ladybug.

(Jacques): Mãe... e se por acaso... tudo isso for um mal-entendido? E se a Ladybug for inocente.

Charlotte se virou, furiosa. Soube se conter para não usar sua força contra o filho, mas a raiva não diminuiu.

(Charlotte, furiosa): OLHE PARA MEU OLHO!!! OLHE PARA ESSE MALDITO OLHO ENFAIXADO, JACQUES!!! AGORA REPITA ESSA PERGUNTA IDIOTA, SE VOCÊ TEM CORAGEM!!!

O garoto de 16 anos recuou, assustado com a severidade da mãe. Charlotte ignorou tudo e partiu para seu carro.

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(Hawkmoth): Os policiais são as pessoas mais próximas dos super-heróis que todo lugar possui, não é justo que adolescentes fantasiados tirem o mérito destas autoridades respeitáveis. Isso os deixa muito furiosos, e vulneráveis aos meus akumas... (envia a borboleta). Voe para lá, meu pequeno akuma, traga esta agente da lei para o mal!

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Charlotte havia chegado no distrito policial, e quando ia entrar numa das viaturas, o akuma pousou no capacete de Charlotte, e a máscara de borboleta surgiu em seu rosto.

(Hawkmoth): Inquisidora, eu sou Hawkmoth. Ladybug falhou com essa cidade, e deve ser punida por isso. Você vai caçá-la, vai prendê-la e fará justiça ao povo de Paris. Em troca, só quero que você me traga os Miraculous de Ladybug e Chat Noir.

(Charlotte): Ninguém está acima da lei, nem mesmo Ladybug e Chat Noir.

A névoa negra envolveu Charlotte. Os cassetetes que ela carregava se transformaram em espadas. Ela agora vestia um traje de batalha, com a mesma cor de uma farda policial, cheio de bolsos para munição e granadas. Havia um distintivo desenhado no lado esquerdo do peito. O capacete antimotim dela havia se transformado em uma máscara metálica. A metade esquerda era pintada de azul. A metade direita, a do olho ferido, não tinha buraco para o olho e era pintada de preta.


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Notas finais do capítulo

Rapaz, como eu queria tirar uma foto daqueles que leram esse capítulo. Sério, eu queria muito ver a cara que vocês fizeram quando ligaram as peças ao lerem a carta sobre o "Miraculous do Gafanhoto Vermelho". Aposto que quase todo mundo deve ter ligado as peças na hora. Nessa fanfic, eu usei um elemento que batizei de "Efeito Smallville": você pega um personagem, que futuramente irá se tornar um herói, e faz várias indiretas a versão heróica dele. Na série Smallville, temos Clark Kent sendo feito de espantalho e tendo um "S" desenhado no peito. Na minha fanfic, temos Diego falando "Não contavam com minha astúcia". Em Smallville, temos Clark Kent, mais velho, combatendo o crime vestindo roupas azuis e vermelhas. Na minha fanfic, temos Diego enfrentando uma akumatizada usando uma camisa vermelha com um coração amarelo, e por aí vai.
No próximo capítulo, teremos a estreia de Chloe e Diego como heróis. Digam: o que acharam de tudo isso? Sua opinião é valiosa para mim. A propósito, há uma referência a um vilão de gibi na transformação da Charlotte. Saberia dizer qual é?

Agora, vamos a sessão de imagens:

O Miraculous do Gafanhoto Vermelho: https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1syejNXXXXXXHXVXXq6xXFXXXa/2017-now-brand-letter-buckle-font-b-belts-b-font-designer-font-b-men-b-font.jpg

A imagem do herói vestido de gafanhoto, enfrentando a bruxa, no livro dos Miraculous: http://pre11.deviantart.net/13a9/th/pre/i/2014/076/6/3/parangaricutirimirruaro_by_guxd-d75wb4q.jpg

A imagem de Queen Bee, no livro dos Miraculous: https://66.media.tumblr.com/2f0bb229bed12b2ec2a5837ac615a294/tumblr_nx9t5dmTle1tv8a5po1_500.png

Se não gostaram de alguma imagem, foi mal. Eu não sei desenhar, então improviso como posso.



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