Miraculous - Defensores de Paris escrita por Blue Blur


Capítulo 24
Duelos do Destino


Notas iniciais do capítulo

Chegou a hora da última batalha: o herói que ficou para trás dá tudo de si para impedir que os criminosos restantes tentem invadir a prefeitura, enquanto Ladybug e Chat Noir se preparam para derrotar Hawk Moth de uma vez por todas.



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Chat Noir estava olhando fixamente para seu pai, Hawk Moth.  O queixo caído, as mãos trêmulas, as pernas bambas. Ele não podia acreditar que seu pai estivesse por trás de todas as atrocidades de Hawk Moth: as akumatizações, a batalha que estava ocorrendo lá fora...

A tragédia que quase se abateu sobre sua melhor amiga.

Ele não podia acreditar! Ele não QUERIA acreditar!

(Chat Noir, lutando contra as lágrimas): Não, você está mentindo! Isso é impossível! Você também akumatizou meu pai!

(Hawk Moth): Uma estratégia arriscada que usei para esconder minha identidade! Adrien, filho, nós podemos trazer sua mãe de volta. Desde que ela desapareceu, nós dois sentimos muito a falta dela. Não sentimos?

Ladybug sabia o quanto aquilo estava afetando Chat Noir, mesmo assim ela tomou uma decisão arriscada.

(Ladybug): Queen Bee, eu quero que você volte para ajudar o Chapolin Colorado, está bem?

(Queen Bee): Ladybug, o Chat Noir não vai conseguir lutar nesse estado!

(Ladybug): Mas ele ainda está vivo! Se você não voltar agora, talvez seu parceiro acabe morrendo!

(Queen Bee): Está bem, eu vou.

A terceira heroína deu meia volta e foi embora o mais rápido possível. Enquanto isso, Hawk Moth continuou falando.

(Hawk Moth): Quando eu era adolescente, eu era o Chat Noir que antecedeu você, Adrien. E assim como você, eu também fui apaixonado pela Ladybug. Eu fiz tudo o que pude para conquistar o coração dela, mas falhei miseravelmente.

Ladybug sentiu algo estranho nas palavras de Hawk Moth, como se elas fossem... sinceras. Não era como se ele estivesse tentando enganar Chat Noir.

(Hawk Moth): Até que um dia, eu resolvi demonstrar o quanto gostava dela confiando-lhe a minha identidade secreta. Porém, quando ela me viu remover meu Miraculous, ela sumiu... me abandonou. Eu continuei agindo como Chat Noir, na esperança de que ela voltasse, mas ela não voltou. Mesmo quando Plagg me criticava por continuar causando danos colaterais com o meu poder do cataclismo, ela não voltava!

O silêncio continuava. Chat Noir não ousava olhar diretamente para os olhos de Hawk Moth. O olhar de Ladybug, por outro lado, alternava entre o parceiro, contrito em sua dor, e o vilão mascarado.

(Hawk Moth): Foi aí que um dia, meu Miraculous foi tomado de mim por uma outra heroína que usava um traje parecido com o de um pavão. Eu estava psicologicamente quebrado pelo que aconteceu envolvendo eu e a Ladybug, então fui derrotado facilmente, e meu Miraculous foi tomado de mim.

(Chat Noir): E o que aconteceu depois?

Hawk Moth achou estranho aquele repentino interesse da parte do garoto. Mesmo assim deu um sorriso, pois talvez seu plano estivesse funcionando.

(Hawk Moth): Muito tempo depois, eu conheci sua mãe. Nós nos apaixonamos, nos casamos, constituímos nossa família, e nós três fomos felizes... até eu encontrar o Miraculous do Pavão nas coisas de sua mãe, e ela descobriu também que eu fui o Chat Noir anterior. Diversas vezes nós discutimos, porque eu quis que ela me ajudasse a recuperar meu Miraculous, a fim de que pudéssemos lutar lado a lado, mas ela se recusava, constantemente. Até que um dia, ela simplesmente sumiu.

Chat Noir ainda estava cabisbaixo, tentando processar tudo o que estava ouvindo.

(Hawk Moth): mas agora, nós dois podemos trazer sua mãe de volta. Tudo o que você precisa fazer é me jurar lealdade ajudar a conseguir o Miraculous de Ladybug.

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De volta ao saguão principal, dezenas de criminosos estavam caídos pelo chão, pelo menos uns 60 ou 75. Só havia um indivíduo de pé entre eles, que era o Chapolin Colorado. O herói estava com o rosto cheio de hematomas e ferimentos, e seu traje já estava cedendo aos danos recebidos, com rasgos e manchas de sangue. O herói cambaleava, mal se aguentando de pé, e mal conseguindo erguer o braço em que segurava a marreta biônica, que estava sendo arrastada pelo chão. Apesar dos percalços, ele ainda mantinha um sorriso no rosto.

(Chapolin, pensando): Você está fazendo um ótimo trabalho, Tuggi. Me desculpe estar abusando de sua nobreza, você não merecia estar apanhando tanto assim.

Mais uma vez, ele ouviu a porta se abrindo, mas dessa vez não era um grupo enorme de criminosos, era apenas um criminoso. Um criminoso de pele negra, careca, que tinha um cavanhaque, usando um traje de prisioneiro e com torres de castelo tatuadas nos dois braços. Diego sabia, melhor do que ninguém, que estava nas últimas, e que aquele único cara poderia ser o suficiente para derrubá-lo de vez. Mas ele não estava com medo, na verdade ele sentia uma paz inexplicável, tanto que começou a cantarolar, mesmo com aquele brutamontes avançando contra ele.

(Chapolin, cantarolando): É aqui onde tudo acaba. É aqui onde termina. Se vocês tivessem juízo, já teriam desistido. Não importam quantos caiam, vocês não param de avançar. Já deviam saber que é hora de o mal aniquilar.

O brutamontes não perdeu tempo: sacou um canivete e o enfiou na barriga do herói. Normalmente, o canivete simplesmente afundaria em sua barriga sem perfurar, mas ao empurrar de volta percebeu que havia uma pequena quantidade de sangue na lâmina, mostrando que Tuggi provavelmente estava ficando exaurida. Mas o herói não desistiu: com uma mão empurrou a lâmina para trás, com a outra deu um murro no queixo do brutamontes.

(Brutamontes): Você já está fraco! Não é à toa que seus amigos te abandonaram aqui para morrer!

Chapolin Colorado tentou atacar com a marreta biônica, mas o brutamontes agarrou sua mão, desarmou-o e jogou a marreta para longe, depois acertou uma joelhada no estômago do herói e um murro no queixo, que o derrubou.

Chapolin não desistiu e se jogou contra o inimigo agarrando-o pela cintura e batendo as costas dele na parede. Porém, foi um ataque desesperado e ineficaz, o brutamontes facilmente golpeou as costas do herói vermelho e o jogou para o lado. Depois se jogou sobre o Chapolin Colorado para dar o último golpe.

(Brutamontes): Você tinha razão: é aqui onde isso acaba! Você vai morrer aqui, cercado pelos criminosos que derrotou. Abandonado pelos próprios amigos! Sozinho!

Diego tentava, desesperadamente, segurar as mãos do adversário musculoso e impedir que a lâmina do canivete atingisse seu peito. Mas Diego nunca foi do tipo forte, nem em sua forma civil, nem em sua forma heroica. O efeito do espinafre criado pelo poder de sua Astúcia já havia se esgotado e sua não-letalidade estava falhando. Ele havia forçado a si mesmo e à sua kwami Tuggi ao limite. Não havia mais nada que ele pudesse fazer, a lâmina já estava espetando o símbolo em forma de coração e era só uma questão de tempo até que ela penetrasse de vez sua pele.

— ELE NÃO ESTÁ SOZINHO!!!

Um golpe certeiro acertou a nuca do brutamontes, fazendo-o apagar de vez. A voz era feminina, mas não era de Queen Bee, não podia ser. Quando o criminoso caiu desacordado, Diego viu quem era sua salvadora.

Uma garota de pele morena, com um par de olhos verdes que o deixavam hipnotizado.

(Chapolin): L-Lila.

Lila havia golpeado o criminoso com a marreta biônica, que ficara jogada no canto. Ela largou a arma e foi socorrer o herói, com os olhos marejados.

(Lila): C-Chapolin. V-Você... está machucado.

Diego sorriu. Apesar da forma como ambos se despediram pela última vez, ele nunca esteve tão feliz em ver a italiana.

(Chapolin): Por que você está aqui? É perigoso.

(Lila): Eu queria me despedir de você. Depois que você veio me avisar sobre o que ia acontecer hoje, eu queria que a última vez que nos víssemos tivesse um clima mais... caloroso, apesar de tudo o que aconteceu entre nós.

Diego sabia do que a garota estava falando: desde que ocorreu aquela tragédia com Marinette e Lila foi acusada, ele não quis mais falar com ela. Mas Lila ainda se lembrava da frase mágica para chamar o herói, e ela a usou para falar com ele uma última vez antes da batalha final.

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Algumas horas antes

Na noite que antecedeu à batalha de Paris, Lila estava em seu quarto. Após o anúncio de Charlotte pelo rádio, seus pais decidiram se recolher com ela, e à essa altura do campeonato já estavam dormindo. Mas ela ainda estava acordada, vestida e sentada na cama, não porque fosse apenas nove horas da noite, o que é cedo para se ir dormir, mas porque ela estava com o coração em pedaços. Seu melhor amigo não acreditava em sua inocência sobre a tragédia que atingiu Ladybug. As palavras que ele disse antes de ir embora ainda magoavam seu coração.

Você já me usou como queria, porque ainda me quer por perto? Você já derrotou Ladybug, você não precisa de um idiota como eu para ser seu amigo. Está vendo esse coração desenhado no meu peito? Pois é, você partiu ele. Meus parabéns... Volpina.”

Ela não o usou, ela realmente gostava dele, a italiana não fazia ideia de como alguém conseguiu incriminá-la daquele jeito. Tudo o que ela queria era reatar com seu melhor amigo. Lila sabia que o Chapolin Colorado iria com Chat Noir e Queen Bee enfrentar os mafiosos da Surveillance. Aquela noite seria talvez a última chance para conversar com ele. Além do mais, o que ela tinha a perder?

(Lila): Oh, e agora, quem poderá me defender?

Alguns segundos se passaram e nada de resposta.

(Lila, angustiada): Oh e agora, quem poderá me defender?

De novo, não havia resposta. Seus olhos começaram a lacrimejar, não era possível que ele a estivesse evitando de propósito... era?

(Lila, chorando): Ele não quer mesmo me ver... será que ele realmente está com tanta raiva de mim assim? Sem ele, quem poderá me defender?

Subitamente, uma cortina de fumaça estourou no quarto dela. Lá estava seu melhor amigo, sério, como se já esperasse ser chamado àquela hora.

(Lila, sorrindo): Chapolin, você veio!

(Chapolin, sério): Por que é que você me chamou? Eu estou me preparando para ir até a prefeitura organizar uma linha de defesa contra o ataque da máfia.

(Lila): Eu sei, eu ouvi o rádio. Foi por isso mesmo que te chamei.

O herói vermelho pareceu suavizar sua expressão sob a suspeita de que a garota parecia estar amedrontada. Motivos não faltavam, e como herói, ele ia auxiliá-la, independente do que aconteceu no passado.

(Chapolin): Você também está com medo da máfia?

(Lila): Estou, mas não da máfia. Estou com medo de nunca mais ver você de novo.

Diego sentiu vontade de dar uma resposta ríspida, mas não conseguiu. Os olhos da garota estavam avermelhados por ela ter chorado... o rapaz não queria magoá-la ainda mais.

(Chapolin): Você realmente se importa tanto assim comigo?

(Lila): É claro que eu me importo! Você foi meu primeiro amigo nessa cidade! Você e o Diego! Agora você me trata como se eu fosse a pior pessoa do mundo! Por quê?

O herói não respondeu, no fundo ele acreditava na inocência de Lila, mas acreditar nisso seria quase como duvidar de Marinette. Ele sabia que uma garota que há algum tempo deve a coluna quebrada não inventaria uma história como essa por nada. Sem saber o que dizer, Chapolin simplesmente ficou calado.

(Lila): Você não vai falar comigo?

(Chapolin): A única coisa que posso dizer é desculpas, pelo jeito que te tratei. Eu não devia ter sido tão rude. Mas agora, preciso que você me faça um favor.

(Lila): Sim, eu faço.

(Chapolin): Não me chame mais, por favor. Olha, eu não estou mais com raiva de você, está bem, mas eu sou um super-herói, não posso ficar aparecendo para te fazer companhia toda vez que você fala minha frase-símbolo, então por favor, não me chame mais.

(Lila, triste): Está bem. Mas será que, depois de tudo... você ainda pode me dar um abraço de despedida?

Os dois se abraçaram, Diego escondeu as lágrimas que começaram a sair, depois se virou e foi embora, sem dizer mais nada.

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Diego estava com a cabeça apoiada na coxa de Lila. Ele sorriu ao ver que, no final das contas, ela ainda estava lá.

(Chapolin): Você... realmente se importa tanto assim comigo à ponto de se arriscar desse jeito... só para me rever?

(Lila): Sim.

Novamente o silêncio reinou entre os dois. Nenhum deles sabia o que dizer a seguir, então Diego resolveu improvisar da melhor maneira que sabia.

(Chapolin): Eu já disse que você é muito bonita? Imagino quantos rapazes não devem estar de olho em você.

A garota corou ao ouvir um comentário com tamanha franqueza.

(Chapolin): Desculpa, eu nunca fui bom com garotas.

(Lila): Está tudo bem.

(Chapolin): Eu nunca entendi o que você viu em mim, eu não passo de um nerd tonto querendo ajudar os outros, mas sequer dou conta de me ajudar...

(Lila): É porque você se importa comigo. Durante todo esse tempo, desde o incidente da Volpina até agora, você foi o único que se importou comigo. Eu... gosto muito de você, você é meu melhor amigo.

“Melhor amigo”, foi disso que Lila chamou o herói caído em seu colo, mas ela não quis dizer isso. Havia algo estranho que ela sentia, algo diferente... ela se abaixou ao nível do rosto de Diego, sua respiração começou a ficar mais pesada, seu rosto começou a esquentar muito. Diego não acreditava no que via, seus olhos estavam simplesmente arregalados, mas lentamente foram se fechando ao sentir a maciez nos lábios da italiana, e ao aspirar a fragrância que vinha dos cabelos dela. Quando o beijo terminou, o herói se sentia por dentro como o sujeito mais realizado do mundo.

Queen Bee estava escondida atrás de uma coluna, vendo tudo. O coração dela afundou ao ver Lila beijando seu parceiro. Parecia que, no final das contas, ele havia escolhido a italiana.

(Chapolin): Como o mundo dá voltas: eu comecei te salvando de um akumatizado que soltava raios, você me deu uma bofetada. Agora você me salva e me dá um beijo. Isso é engraçado.

Lila fez uma expressão de surpresa, que também surpreendeu o herói.

(Chapolin): O que foi? Eu disse algo errado?

(Lila): Diego?

(Chapolin): C-C-Como você sabe que eu sou...? Digo, eu não sei quem é esse Diego!

(Lila): Então quando foi que você me salvou de um akumatizado e eu te dei uma bofetada?

(Chapolin): Bom, eu... quer dizer, foi quando... Tsc, esquece, sou eu mesmo, Diego Rodríguez Broussard.

Queen Bee estava mais surpresa ainda: seu parceiro, o cara que sempre pegava no pé do Chat Noir, que sempre fazia aquelas piadinhas toscas, que sempre lutava de um jeito bizarro, era o nerd introvertido que volta e meia ela atormentava. Aquilo havia sido o bastante: Queen Bee apareceu no salão, fingindo só ter chegado naquela hora.

(Queen Bee): Chapolin, você está bem?

(Chapolin): Claro que estou, fiz intencionalmente para... *tosse* *gasp* (cospe um pouco de sangue)

(Queen Bee, preocupada): Eu tenho que te levar para um hospital!

A heroína, sem nenhuma cerimônia, carregou o parceiro no colo. Chapolin, mesmo estando bastante ferido, ainda estendeu a mão para se despedir da italiana.

(Chapolin): Tchau Lila, a gente se vê por aí. (Queen Bee se retira)

(Lila): Até mais... Diego.

Ao sair da prefeitura, Queen Bee notou que a maioria dos criminosos que haviam tentado atacar a prefeitura já estavam sendo presos pela polícia. Ela pegou seu peão, jogou no chão, fazendo-o girar e crescer o bastante para poder carregar ela e o parceiro. Enquanto Queen Bee transitava pelas ruas de Paris, ela quis conversar um pouco com o parceiro ferido, mas já não adiantava mais: a transformação dele havia se desfeito. Diego estava inconsciente com a kwami Tuggi também desacordada, sobre seu peito. Queen Bee cuidadosamente ficou mantendo Tuggi consigo, para que os médicos não a encontrassem.

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(Trilha sonora: https://www.youtube.com/watch?v=-7wD2Lu_QpM)

Enquanto isso, de volta ao cenário onde estavam Ladybug, Chat Noir e Hawk Moth, o herói felino já havia tomado sua decisão em relação à proposta do pai. Ele deu dois passos em frente, com a cabeça baixa.

Chat Noir separou seu bastão em duas partes e as jogou no chão. Aceitando a rendição, ele se jogou de joelhos e se curvou ao inimigo. Era oficial, Chat Noir havia se rendido a Hawk Moth.

Ou pelo menos era o que parecia.

(Chat Noir): O broche, Ladybug! Acerte o broche!

A heroína pintada correu em direção ao parceiro, usou as costas dele como degrau e atirou o ioiô... errando o Miraculous de Hawk Moth por centímetros. O vilão sacou dois sabres, se preparando para contra-atacar. Porém, Chat Noir já havia percebido que Hawk Moth carregava aquelas armas, por isso desmontou seu bastão. Rapidamente, ele pegou os dois bastões menores e bloqueou os ataques do inimigo.

(Hawk Moth, furioso): Depois de tudo o que eu fiz, vai mesmo jogar fora a última chance de rever sua mãe outra vez?

(Chat Noir): Se minha mãe estivesse aqui para ver o monstro que você se tornou, ela desapareceria outra vez!

Os dois se empurraram em direções opostas, Ladybug aproveitou o espaço para tentar usar novamente o ioiô, dessa vez para ataque. Não deu certo, já que Hawk Moth bloqueou novamente, dessa vez com o punho da espada. Nova investida de Hawk Moth, dessa vez contra Ladybug, mas a heroína enroscou o fio do ioiô ao redor da lâmina do sabre que Hawk Moth empunhava na mão direita e deu um puxão, arrancando a arma da mão do vilão. Ao ver que Hawk Moth estava armado apenas com um sabre, Chat Noir reconectou as duas partes do bastão, constituindo agora uma arma única

(Hawk Moth): Então é assim que vai ser... que seja, vou pegar os Miraculous de vocês eu mesmo!

(Nova trilha sonora: https://www.youtube.com/watch?v=vGjJlEZrurE)

Chat Noir tomou a iniciativa, atacando com o bastão, agora remontado. Hawk Moth, porém, mostrou ser um espadachim incrível, bloqueando cada ataque, dessa vez usando também sua bengala como objeto de defesa. Ladybug continuava usando o ioiô como se fosse uma espécie de chicote. Em um deslize na defesa, Chat Noir ficou exposto e Hawk o derrubou com um chute no peito. Ladybug tentou revidar com um ataque do ioiô, mas Hawk Moth se esquivou e o ataque atingiu o interruptor de uma porta de segurança, que levou à outra sala. Curiosamente, essa nova sala tinha uma escadaria que levava até o terraço da prefeitura de Paris.

Nesta nova sala, Hawk Moth decidiu correr um pouco para criar espaço para bolar uma nova tática de combate. Chat Noir percebeu o truque e rapidamente deu um jeito de correr pela parede e parar bem em frente ao vilão. Hawk Moth estava numa situação apertada, com Chat Noir lhe atacando pela frente e Ladybug por trás. Enquanto tentava se defender usando apenas o sabre que lhe restou e a bengala, Hawk Moth viu que Ladybug havia lançado o ioiô outra vez, dessa vez mirando novamente no Miraculous de Hawk Moth. O vilão bloqueou usando a bengala depois bateu com a bengala no rosto de Ladybug e depois a chutou no estômago, lançando-a para trás. Chat Noir deu um golpe horizontal alto com seu bastão, do qual Hawk Moth se esquivou rolando por baixo e dessa vez ficando entre Chat Noir e a porta que levava até o terraço. O herói felino deu outro golpe com o bastão, dessa vez acertando o vilão e o empurrando para a escadaria.

Quando Ladybug se levantou, ainda meio tonta, percebeu que eles já tinham subido a escadaria. Lentamente, a heroína foi ainda cambaleante ajudar o parceiro. A pancada com a bengala havia lhe causado uma concussão e um corte no lábio inferior. Após se recuperar, Ladybug foi correndo pela escadaria. Ao chegar no terraço, viu Hawk Moth lutando contra Chat Noir. Hawk Moth continuava usando a bengala para se defender e o sabre para atacar. Numa falha da defesa de Hawk Moth, Chat Noir acertou o rosto do vilão, depois deslizou o bastão pelas pernas de Hawk Moth, derrubando-o. Chat Noir ergueu o bastão para dar um golpe derradeiro, porém Hawk Moth foi mais ágil e cravou a lâmina do sabre na barriga do herói felino.

(Ladybug): NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO!!!

Hawk Moth se levantou, ainda segurando o sabre com a ponta cravada na barriga de Chat Noir. A lâmina não havia penetrado o suficiente para sair pelas costas dele, mas isso em nada diminuiu a dor que Chat Noir sentia. Porém, antes de cair de vez no chão, o herói felino deu um golpe final, mais forte do que qualquer arma poderia dar.

(Chat Noir): Você disse que queria trazer a mãe de volta. O que ela diria se visse o que você acabou de fazer comigo?

(Hawk Moth): Não... filho. O que foi que eu fiz?!

Com a adrenalina do combate dissipada, Gabriel Agreste percebeu o erro mortal que cometera: ele enfiou um sabre na barriga do próprio filho. Ao ver que ainda segurava a arma, largou-a imediatamente. Ao colocar a mão no lado esquerdo de seu peito, em contrição, sentiu o Miraculous da mariposa ainda em seu terno. Com profunda ira, arrancou o broche e o jogou para longe de si, fazendo-o cair bem aos pés de Ladybug. Hawk Moth havia voltado a ser Gabriel Agreste.

Marinette pegou o Miraculous e foi em direção de Adrien para socorrê-lo, o garoto ainda estava transformado em Chat Noir. Quando já estava bem perto do parceiro ferido, Ladybug viu Gabriel pegar novamente o sabre e apontar para ela.

(Gabriel, chorando furiosamente): Fica longe dele!

(Ladybug): Senhor Agreste, por favor, eu posso ajudá-lo!

(Gabriel): Eu conheço você, Ladybug! Você abandona aqueles com quem mais devia se importar! Você me abandonou no passado e vai abandonar meu filho e eu de novo!

(Ladybug, chorando): Eu só quero ajudar vocês! Eu não sou sua inimiga! Eu não quero mais lutar!

Gabriel ainda erguia o sabre em riste quando sentiu a mão de seu filho lhe segurar o braço.

(Chat Noir): Pai... não cometa o mesmo erro mais de uma vez.

Gabriel novamente largou o sabre e dessa vez permitiu que a heroína se aproximasse de seu filho. Ladybug, ajoelhada diante de Chat Noir, não conseguia mais segurar as lágrimas.

(Chat Noir, sorrindo suavemente): V-Você está machucada...

(Ladybug, chorando): Chat... não morre...

(Chat Noir, sorrindo): Esforço não está faltando, mas está difícil.

(Ladybug, rindo sem graça): Você sempre teve esse péssimo costume de fazer piadinhas sem graça... e de sempre se jogar em frente ao perigo para me proteger...

(Chat Noir): Por você, my lady, eu faria quantas vezes fossem necessárias.

O garoto já estava dando sinais de que ficaria inconsciente, Ladybug viu que tinha que fazer alguma coisa, então jogou seu ioiô para o alto e gritou:

— TALISMÃ!!!

Usando seu poder, ela criou uma espécie de bisnaga, com estampa de joaninha, a única parte que não tinha essa estampa era um círculo branco com uma cruz vermelha. Ladybug removeu o Miraculous de Chat Noir, fazendo-o voltar a ser Adrien, então rasgou as roupas dele na região onde estava o ferimento. Ladybug apertou a bisnaga, fazendo o conteúdo transparente sair e tapar o corte, que felizmente era bastante limpo. Aquele conteúdo estranho era uma espécie de cola cirúrgica.

(Gabriel): Eu tenho que leva-lo para o hospital.

(Ladybug): Deixe isso comigo. As ruas provavelmente devem estar congestionadas, eu chego lá mais rápido.

A heroína pegou o garoto no colo, segurou-o firme em um dos braços e com a mão livre se preparou para lançar o ioiô.

(Gabriel): Ladybug...?

(Ladybug): O que foi?

(Gabriel): ... obrigado... e me desculpe...

Após essa palavra de despedida, a heroína iniciou a viagem até o hospital de Paris.


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Notas finais do capítulo

Eis o fim da grande batalha, eu me inspirei na fanfic "Cronômetro", de KarenAc. É uma fanfic excelente, até deixei uma recomendação por lá. Esse capítulo está cheio de referências, desde 300 e Star Wars até Conde de Monte Cristo. Creio que o final desse capítulo foi bastante satisfatório: os heróis venceram, Hawk Moth perdeu seu Miraculous... acho que só vou fazer mais uns dois capítulos e então "Defensores de Paris" será uma história oficialmente completa. Aproveitarei também, nos últimos capítulos, para confirmar ou refutar certas teorias (mesmo que vocês não tenham criado), além de criar uma nova, que será imprescindível para a (possível) segunda temporada.



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