Miraculous - Defensores de Paris escrita por Blue Blur


Capítulo 16
Gêmeas Pegadinha


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez, as gêmeas Césaire resolvem aprontar, agora pregando uma peça em Diego, que acaba por melindrar sua relação com Lila. Obviamente o garoto pensa num possível acerto de contas, que pode acabar tendo consequências... akumatizantes.



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Após a luta contra a Sonata Mortífera, Diego foi para a academia de ioga do Mestre Fu. Sua kwami Tuggi se queixava de estar sentindo febre e muita dor de cabeça, e ela disse que precisava de um curandeiro, não de um médico. Mas o garoto mexicano estava com muitos problemas tentando inventar uma história convincente para não ter que contar a alguém que ele era um super-herói atrapalhado que se vestia de gafanhoto vermelho para ajudar Ladybug e Chat Noir.

(Mestre Fu, tentando juntar as peças): Então deixa eu ver se eu entendi: você estava andando de bicicleta e sem querer caiu com a bicicleta por cima desse bichinho vermelho?

(Diego, nervoso): Isso, isso, isso!

(Mestre Fu, sorrindo): Você teve sorte de não ter machucado sua mão. Aliás, cadê sua bicicleta?

(Diego): *Glup* E-E-Está ali no outro quarteirão, he he.

(Mestre Fu): Hummm, muito bem, aguarde só uns minutinhos.

Diego ficou na sala de espera, apreensivo, ouvindo uns batidos ritmados de gongo. Alguns minutinhos depois, a kwami saiu voando para abraçar o melhor amigo.

(Mestre Fu): Que coisa, para um animalzinho que você sequer conhecia, ela parece bem feliz em te ver, e você parece bem feliz em vê-la bem.

(Diego, nervosão): Ah, é que, é que... eu gosto muito de animais, sabe? Me parte o coração ver um deles sofrendo. Por isso estou feliz. Até mais, senhor!

(Mestre Fu): Fico feliz em poder ajudar... (espera o garoto sair) Chapolin Colorado.

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Na madrugada entre domingo e segunda feira, um homem de rosto enrugado, vestindo um terno preto, gravata vermelha, com óculos escuros e charuto na boca, estava acompanhado de alguns guarda-costas, todos com trejeitos de mercenários. O homem de terno era ninguém menos que Drygut, que também carregava algumas maletas. O grupo suspeito andava de cabeça baixa, em direção a uma boate. Drygut chegou com o segurança, que o parou com um olhar suspeito.

(Segurança): Aí rapaz, ninguém entra aqui sem ingresso. Já sabe...

(Drygut): ...quem ri por último ri melhor.

(Segurança): Está querendo bancar o espertinho comigo? Cuidado se acha que está na crista da onda, rapaz...

(Drygut): ... cedo ou tarde, toda onda quebra na praia.

O segurança sorriu ao ver que um dos três chefes da Surveillance realmente estava ali. As frases ditas eram senhas para comprovar a identidade dele.

(Segurança): Pode entrar camarada.

Porém, eles não entraram pela porta principal, e sim pela porta de serviço. O segurança conduziu o grupo de Drygut até a sala do dono da boate. Era uma sala bem luxuosa, com sofás vermelhos, enfeites de neon, inclusive uns bonequinhos cabeçudos de celebridade em cima da mesa do dono da boate. Falando no sujeito, ele tinha um jeito bem despojado: uma camisa branca com dois botões desabotoados na altura da gola, um par de tênis pretos, uma bermuda azulada, e um chapéu panamenho branco. Não aparentava ter mais de 22 anos. Ao seu lado estava sua secretária, que nada mais era do que uma das dançarinas.

(Dono da boate): Camarada Drygut, então você trouxe minha encomenda?

(Drygut): Aqui está Lewis, uma maleta com 30 ampolas de Vertigo. Aconselho você tomar cuidado na hora de distribuir, porque se a polícia te pegar com isso, não vai haver nada que ligue à Surveillance. E se tentar dar com a língua nos dentes... já sabe, não?

(Lewis): Deixa disso camarada, há quanto tempo nós somos amigos?

(Drygut): Uns seis meses.

(Lewis): Então, como pode desconfiar de mim?

(Drygut): Eu desconfiaria até da minha mãe! Isso que estou te entregando é coisa séria! Isso faz ecstasy parecer sonífero para gatinhos! E advinhe, também custa uma grana!

Lewis pegou outra maleta, que Drygut abriu com um sorriso de satisfação. Estava cheia de notas de 100 euros!

(Drygut): Você realmente sabe como conduzir uma negociação, Lewis! Acho que podemos fazer isso mais vezes!

(Lewis): Com certeza! Afinal, quase todos os vidas-mansas de Paris vêm para cá! Com essa paradinha aqui, as outras boates não terão como competir com a minha.

(Drygut, sorrindo): Bem, voltarei noutra ocasião. Até lá, se cuida, viu? Surveillance est la clé de notre succès!

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No dia seguinte, Diego estava se arrumando para ir para o colégio. Ele já tinha preparado os três burritos para o lanche: um para ele, um para o desjejum de Tuggi e o terceiro para o caso de uma transformação. Ao entrar no quarto para pegar o resto de suas coisas, viu sua kwami pulando em cima dele segurando palitinhos de dente.

(Tuggi, gritando): Morte aos gigantes!

Diego, mesmo um pouco surpreso, conseguiu prever a manobra, então agarrou a pequena kwami e tomou os palitos de dente.

(Tuggi, fazendo cara de medo): Por favor, seu gigante, não me devore! Eu tenho gosto de jiló!

(Diego, sorrindo): É bom te ver bem de novo, Tuggi. Você me deu um tremendo susto ontem, sabia?

(Tuggi, voltando a ficar séria): É Diego, eu sei que eu tenho o poder da não letalidade, mas aquelas pancadas doeram, sabia? Eu também tenho meus limites, e alguns deles não podem ser superados por guloseimas deliciosas do México!

(Diego, sorrindo): Então, acho que você não vai querer o burrito que eu embrulhei para você, né?

(Tuggi, fingindo estar chorando): Ah não! Eu quero, quero, quero, quero!

Diego começou a rir muito. É, realmente Tuggi estava recuperada totalmente.

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Já na escola, Diego notou algo estranho: Chloe estava afastada, do mesmo jeito que ele também ficava quando estava alimentando Tuggi. Curiosamente, ela estava colocando alguns pãezinhos de mel dentro de sua bolsa. O garoto mexicano quis dar uma olhada mais de perto, mas acabou sendo um tanto indiscreto, pois a loira o viu e parou o que estava fazendo, disfarçando sua postura e se afastando.

(Chloe, cochichando): Beezy, essa foi por pouco.

(Beezy): Muito pouco. Hummm, mas esses pãezinhos de mel caseiros são uma delícia, não sabia que você cozinhava tão bem!

(Chloe): Não fui eu, foi a mãe da Alya, ela trabalha no Le Grand Paris, lembra?

(Beezy): Ah, é mesmo.

Diego, vendo que sua busca terminou um tanto infrutífera, foi conversar com Adrien, que estava reunido com Nino, Marinette e Alya. Os quatro não paravam de comentar sobre o que aconteceu no dia anterior.

(Alya): Cara, aquela violinista atacava usando trilhas sonoras famosas! Ela até tocou a música tema de Shingeki!

(Marinette, disfarçando): Mas qual era a daquela música que ela cantava enquanto lutava? Eu vi essa filmagem no Youtube.

(Nino): Ah, era uma paródia de “Mais Forte que Você”, essa música foi remixada pelos fãs de “Contos do Submundo”, daí ela veio e remixou de novo.

(Adrien): Cara, eu confesso que fiquei meio assustado quando eu vi no vídeo todos aqueles blasters e explosões. Eu não queria estar na pele do Chapolin naquele momento.

(Diego): Hu, não esquenta com isso, o Chapolin está bem. Ele sempre escapa desse tipo de situação.

(Adrien): Haha, e aí cara? Você sumiu desde que saiu repentinamente da minha casa ontem.

(Diego): Sabe como é, né? Eu tinha alguns assuntos pendentes para cuidar.

(Adrien, sorrindo): Isso e você também já estava cansado de ser morto em “Guerras Estelares – Campo de Batalha”, né?

(Diego, sorrindo): Ah, sai fora, rapaz! Não se esqueça de que, das 20 batalhas travadas em Ryloth, eu venci 11! E você só ganhava de mim porque usava o Dark Invader!

(Adrien, sorrindo): Ah, nem vem. Você era péssimo em se esconder! Fala sério, você usava tanques de combustível para se proteger!

(Marinette): Ei, eu tenho esse jogo! Já jogaram na campanha de Endor? É muito legal!

(Diego): Hahaha, uma especialista! O que você acha de qualquer dia nós nos reunimos e jogarmos uma maratona disso?

(Alya): Ih, péssima ideia, Dieguito! Toda vez que você tentar matar o Adrien, ela vai te sabotar, e pode apostar, a Marinette é especialista o suficiente em videogames para fazer isso!

(Marinette, corada): Alya, n-não é nada disso que você está insinuando!

(Nino): De qualquer forma, eu vou querer participar disso também.

Os amigos não perceberam, mas as irmãs de Alya estavam remexendo na mochila do Diego, colocando algo estranho no estojo do garoto. Logo depois, o sinal tocou, e as gêmeas da pegadinha (ei, esse nome até que podia colar, né não?) ficaram vigiando a sala de Diego.

(Lila): Ei Diego, senta aqui, vem.

Já havia se passado algum tempo desde que Lila e Diego viraram grandes amigos. Por influência do Chapolin Colorado (que era o próprio Diego, claro), a garota italiana havia escolhido se aproximar mais do rapaz mexicano. Mas eles ainda eram apenas bons amigos... ênfase no “ainda”.

(Diego): E aí Lila, como foi seu dia ontem?

(Lila): Ah, foi bem legal. Meus pais conseguiram folga do trabalho, nós passamos o dia inteiro juntos. Para ser sincera, eu fiquei surpresa.

(Diego): Fico feliz por você. Mas você sabe, se não tivesse dado, você podia contar comigo. Sabe, ontem teve um almoço muito bom, acho que você gostaria. Bom, quem sabe na próxima, né?

(Lila): Espera aí, você está me convidando para um encontro na sua casa? É sério isso?

(Diego): Sim... quer dizer, não! Quer dizer, é claro que eu estou te convidando, mas não como um encontro, é só porque somos amigos...

Marinette estava vendo tudo e começou a cochichar para Alya sobre o que estava pensando.

(Marinette): Eu acho tão engraçada essa relação do Diego com a Lila. Não é fofo ele gaguejando e trocando as palavras?

(Alya): Que nem você faz com o Adrien?

E as duas começaram a rir. É, realmente tudo isso era uma situação bem engraçada.

Naquele momento, a professora Celine havia entrado, ela estava começando a escrever conteúdo na lousa, e foi aí que Lila percebeu que tinha esquecido a caneta.

(Lila): Diego, eu esqueci da minha caneta. Você tem uma para emprestar?

(Diego): Sem problemas, procura aí uma no meu estojo.

Lila abriu o estojo e deu de cara com um baratão, cortesia das gêmeas Césaire. Claro que não passava de uma barata de brinquedo, mas até a italiana perceber isso, ela abriu um berreiro e jogou o brinquedo no Diego, que berrou mais ainda e jogou na Chloe, que jogou na Marinette, que jogou na Alya. Enfim, pelo menos seis alunos da turma se meteram naquela histeria da baratona, e é óbvio que alguém ia ter que pagar o pato.

(Lila, com raiva): Diego, eu não acredito que você fez isso! Quantos anos você tem? Oito?

(Diego): Lila, me desculpa! Eu não fazia ideia de que...

(Celine, irritada): Quem foi o responsável por isso?

(Lila): O Diego! Ele escondeu esse brinquedo idiota nas coisas dele para me pegar!

(Diego): Professora, tem que acreditar em mim, eu não...

(Celine, irritada): Diego, para a sala do diretor! Agora!

O rapaz mexicano, injustiçado, aceitou sua sentença, sendo fuzilado pelo olhar furioso da professora e de vários colegas de classe. Quando saiu, viu as gêmeas Césaire rindo da cara dele.

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No intervalo, Diego estava bem aborrecido. Ele levou um tempão para criar intimidade com Lila, e agora tudo foi por água abaixo por conta daquelas gêmeas encapetadas! Pior, agora metade da classe estava olhando atravessado para ele.

(Diego): Agora a Lila está furiosa comigo por causa do que as gêmeas Césaire aprontaram! Eu pensei que elas haviam aprendido a lição depois do incidente da Termoparasita, mas não, lá estão elas aprontando de novo!

Tuggi ouviu as queixas do amigo, ela também estava aborrecida e começou a meter lenha na fogueira.

(Tuggi, com um sorriso maldoso): Ei Diego, e se a gente... fizesse uma pegadinha com elas?

(Diego): O que você tem em mente?

(Tuggi): Você temperou bem os meus burritos?

(Diego): Sim, do jeito que você gosta: muita malagueta, bastante jalapeño... Ah, sua kwamisinha safada! Gostei do seu jeito de pensar.

Diego começou a disfarçar, depois pegou um dos burritos incendiários e se aproximou das gêmeas Césaire, que estavam brincando com Manon. As três estavam brincando em outra quadra da escola. É que o garoto gostava de andar para lá e para cá quando não estava conversando com alguém.

(Diego, sorrindo): Ei meninas.

(Ágatha): Ah, você é o Diego, não? Olha espero que você não tenha ficado aborrecido com a baratinha de brinquedo! Eu e a Agnes vimos o pulão que você deu.

(Manon, rindo): Quer dizer que você tem medo de baratas, Diego? Hahaha!

(Diego): (eu devia estrangular as duas) Ah não, está tudo bem. Olha, eu até trouxe uma guloseima. Já provaram burrito antes?

(Agnes): Puxa, parece uma delícia! Qual é a receita?

(Diego): É segredo de família.

(Manon): Posso provar um pouco?

(Diego): Ah Manon, desculpe, mas eu só trouxe para as duas, prometo que vou trazer para você da próxima vez, está bem?

As duas gêmeas pegaram os burritos, e estavam prestes a morder. Diego contorcia a face tentando não gargalhar, parecia até o Flowey.

(Manon): Diego, por que você está com essa cara estranha?

(Diego): Ah, não é por nada não, é que eu me lembrei duma piada envolvendo dois irmãos esqueletos. Ih, olha a hora, eu tenho que ir!

(Tuggi, escondida dentro do casaco de Diego): Nyeh Heh Heh!

Meio segundo após Diego sair de perto, dois gritos ensurdecedores saíram das bocas das irmãs Césaire.

(Ágatha): Pimenta, muita pimenta! Tragam água, água!

Diego ficou rindo feito louco enquanto as duas gêmeas se entupiam de água!

(Diego): Hahaha, e agora, quem é que está rindo, hein? Isso é o que vocês ganham por terem me humilhado e terem feito eu ir para a diretoria!

As duas gêmeas começaram a fazer uma cara de irritação, até que Ágatha bradou:

— Vamos pegar ele!

A cena seguinte foi bizarra: um garoto, de uns 14 ou 15 anos, fugindo de duas garotinhas furiosas. Quem chegasse mais perto também ouviria uma kwami gafanhoto vermelho assobiando essa música (link: https://www.youtube.com/watch?v=kXg35Kv7oyw). O garoto, porém, foi mais rápido e se escondeu dentro do banheiro masculino.

(Agnes, furiosa): Que ideia foi essa de nos dar burritos com pimenta?

(Ágatha, furiosa): Seu idiota, saia agora e lute como homem!

(Diego, ainda rindo): Entrem vocês aqui e lutem como garotas!

(Tuggi, rindo baixinho): Nyeh Heh Heh!

(Diego): Parece que vocês não são as únicas que sabem fazer pegadinhas!

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(Hawk Moth): Ora, mas o que é isso? Então esse garoto acha que é o mestre das pegadinhas porque deixou duas garotinhas furiosas? Huhuhu, ele não perde por esperar. É hora de tentar uma técnica que eu treinei por um bom tempo!

Hawk Moth pegou duas borboletas, ao invés de pegar apenas uma, como era de costume. Mas ao irradiá-las com sua energia, o resultado saiu meio defeituoso.

(Hawk Moth, sério): Vamos Noroo, não ouse me atrapalhar agora!

Com mais um esforcinho, Hawk Moth terminou de akumatizar as duas borboletas e as mandou em direção às gêmeas Césaire.

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Os akumas entraram na escola e pousaram em duas maletinhas que ambas as gêmeas seguravam. Curiosamente, as duas maletinhas eram kits de pegadinhas, e logo depois apareceram as máscaras de borboleta no rosto das duas.

(Hawk Moth): Gêmeas da Pegadinha, eu sou Hawk Moth? Foram troladas recentemente por um garoto mais velho, não foram? Mas agora vocês podem fazê-lo pagar por isso, com seus kits especiais. Mas é claro que eu vou querer algo em troca. Que tal me trazerem os Miraculous de Ladybug e Chat Noir?

(Gêmeas Césaire): Deixa com a gente, Hawk Moth!

Quando a névoa se dissipou, as duas estavam vestidas iguaizinhas: com uma blusa amarela, uma saia vermelha com bolinhas brancas e um lacinho azul na cabeça das duas.

Diego achou estranho quando o berreiro das gêmeas acabou, ele pôs a cabeça fora do box do banheiro e viu um saquinho de pum que foi jogado no chão. Ele começou a emitir seu ruído cômico, mesmo sem ninguém sentando nele, depois estourou feito uma dinamite, causando estragos. Felizmente, era pequeno demais para causar danos sérios.

(Diego, saindo do banheiro apressadamente): Minha nossa, mas o que foi isso?

— Parado aí, seu idiota!

Diego se virou e viu as duas gêmeas akumatizadas.

(Diego): Ágatha? Agnes? Olha só, se vocês estão bravas por conta dos burrito apimentado...

(Gêmeas Pegadinha): Silêncio, idiota! Você brincou com as Gêmeas Pegadinha, agora elas vão brincar com você.

Apesar de Diego achar estranho elas sempre falarem ao mesmo tempo, ele estava mais ocupado tentando salvar a própria pele. Uma das gêmeas pegou uma latinha e abriu, atirando várias cobras de verdade contra ele. Diego girou nos calcanhares e voltou a correr. Ele estava numa tremenda desvantagem, já que não tinha onde se para se transformar. No meio da fuga, acabou esbarrando em Chloe, que estava se maquiando. A loira derrubou o potinho de maquiagem e borrou a própria cara.

(Chloe, furiosa): Diego Rodríguez Broussard! É melhor que tenha uma boa explicação para isso!

Mas o garoto já tinha dado no pé sem dar resposta e atrás dele vinham as akumatizadas. Foi aí que Chloe entendeu a gravidade da situação e resolveu entrar na sala de aula, que estava vazia.

(Chloe): Beezy, porque eu tenho a impressão de que o Diego se meteu em confusão porque tentou acertar contas com as gêmeas que pregaram uma peça nele?

(Beezy): Pense num garoto imaturo, viu? Como se a Lila fosse se interessar por ele depois desse papelão!

(Chloe): Bem, alguém vai ter que salvar a pele daquele tonto, né? Beezy, exibir as listras!

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Diego estava do lado de fora, escondido atrás da árvore que havia no pátio, com as gêmeas akumatizadas na cola dele.

(Diego, com muito medo): Rapaz, eu estou frito!

(Gêmeas Pegadinha): Diego, Dieguito, apareça agora! Você está frito!

(Diego): E agora, quem poderá me defender?

A resposta veio na forma de um peão arremessado contra as duas, que saltaram em posição defensiva.

(Queen Bee): Aí garotinhas, que tal pararem com a brincadeira e voltarem para a sala de aula?

(Diego, ainda cochichando atrás da árvore): Queen Bee! Estou salvo! Muito bem, Tuggi, vamos defende-los!

Agora transformado em Chapolin Colorado, Diego se junta à sua parceira para a batalha.

(Queen Bee): Chapolin, eu já avisei a Ladubug e o Chat Noir. Eles devem estar aqui a qualquer...

(Chat Noir, aparecendo repentinamente): Desculpe a demora, pessoal.

(Ladybug): Chapolin, você sabe onde está o akuma?

(Queen Bee): Que rápido!

Chapolin Colorado usou sua visão especial e disse que estavam nas maletas de pegadinhas que as duas carregavam.

(Ladybug): Estranho, nunca soube de Hawk Moth akumatizando duas pessoas de uma vez.

(Chat Noir): Nós damos conta do recado, my lady!

(Gêmeas Pegadinha): Não vem que não tem!

Uma das gêmeas pegou um pozinho e jogou na Queen Bee, e a heroína abelha começou a se coçar feito louca!

(Queen Bee): Argh, pó de mico? Isso é sério?

(Gêmeas Pegadinha): Sua vez, Ladybug!

As duas tentaram a mesma jogada, mas Ladybug bloqueou os ataques usando o ioiô. Chat Noir tomou a iniciativa para o ataque, mas a outra gêmea soprou uma língua de sogra, a fim de enchê-la e usá-la como um chicote. Os dois se envolveram num embate. A primeira gêmea pegou outra bomba de pó de mico, mas Ladybug previu essa jogada e acertou o ioiô na mão da oponente, fazendo ela derrubar a bomba em si mesma e ficar se coçando feito louca.

(Queen Bee): Eu estou com pressa, tenho que tirar todo esse pó de mico da minha roupa! Realeza!!!

(Soldado-abelha de Queen Bee): Às suas ordens, minha rainha!

(Queen Bee): Chapolin, você disse que viu o akuma nas maletas, né? Use suas pílulas de encolhimento!

(Chapolin): Astúcia!

Por sorte, saíram as pastilhas de polegarina. Chapolin engoliu uma e encolheu. O soldado-abelha de Queen Bee agarrou o herói minúsculo e o arremessou em direção à maleta. Lá dentro, ele procurava pelo objeto akumatizado, mas as coisas eram bem mais difíceis do que ele previu.

(Chapolin): Bolas, cadê essa maldita borboleta?

(Ladybug): Talismã!

O poder de Ladybug fez surgir uma barra de chocolate.

(Ladybug): Ué, o que é que eu vou fazer com isso?

Uma das gêmeas ficou interessada na barra.

(Gêmea 1): Ei, eu quero essa barra de chocolate!

(Ladybug, sorrindo levemente): De jeito nenhum! Vai ter que toma-la de mim!

(Gêmea 1): Ora sua...

Sem perceber a armadilha, a vilã akumatizada foi para cima da barrinha. Ao agarrá-la, viu que ela havia grudado suas duas mãos como se fosse cola. Então Ladybug pegou a maleta inteira, esvaziou e quebrou todos os objetos, e ocasionalmente a borboleta negra saiu. Enquanto isso, Chapolin Colorado havia achado o objeto akumatizado: uma caneta de choque.

(Chapolin): Peguei!

A akumatizada agarrou o herói, que largou a caneta, que foi rolando aos pés de Chat Noir.

(Chat Noir): Cataclismo!

E a outra borboleta negra foi liberada.

(Ladybug): Chega de maldades, akumas! É hora de aniquilar a maldade!

As duas borboletas foram capturadas com apenas um movimento e logo foram purificadas.

(Ladybug): Tchau, tchau, borboletinhas. Miraculous Ladybug!

E tudo voltou ao normal, enquanto Ladybug consertava aquela bagunça, Chapolin procurou um lugar para se esconder e voltar ao normal.

(Ágatha): Ladybug, minha nossa, a Ladybug está aqui!

(Agnes): Ei Ladybug, será que você pode dar um jeito num cara chato? Ele nos serviu burritos com...

Diego apareceu e fingiu estar grogue, para dar uma disfarçada melhor.

(Diego): O que aconteceu? Eu só me lembro de ter sido atingido por uma bombinha e tudo ficou escuro.

(Ágatha): Ah, seu idiota, você vai ver só! Nos dando burritos apimentados, seu.

Ladybug agarrou Ágatha pela manga da camisa para que ela não avançasse no garoto mexicano.

(Ladybug): Diego, que história é essa de burrito apimentado?

(Diego, nervoso): Ah, é que, é que... sabe, eu posso ter oferecido um burrito para elas, para mostrar que não havia ressentimentos, sabe? Então, talvez eu tivesse exagerado na pimenta e...

(Chat Noir): Burritos super picantes. Rapaz, essa foi clássica! Toca aqui!

(Diego): Hehehe.

(Queen Bee): Chat Noir, isso é sério! Como é que vocês, garotos, conseguem ser tão imaturos?

(Diego): A culpa é delas, por causa daquela baratinha de plástico, a Lila me acha um babaca agora!

(Ladybug): Baratinha de plástico? Ágatha!

(Ágatha): O que foi? Era de plástico!

(Ladybug): Peça desculpas para o Diego, agora! Melhor, as duas peçam.

(Ágatha e Agnes): Desculpa por termos colocado uma barata de plástico nas suas coisas.

(Queen Bee): Agora Diego, faça a mesma coisa.

(Diego): Eu, e por quê?

(Queen Bee): Porque você se igualou a elas com essa história de burrito apimentado.

(Diego): Você não pode estar falando sério! (olha para o olhar sério de Queen Bee) *suspiro* está bem, desculpem pelos burritos apimentados.

(Agnes): Tudo bem, aceitamos suas desculpas.

Por conveniência, Lila apareceu justamente após essa cena, para falar com Diego.

(Diego): Lila, o que você está fazendo aqui?

(Lila): Eu queria me desculpar pelo mal jeito. A Alya me contou tudo o que aconteceu, ela disse que a barata foi uma pegadinha das irmãs dela. Pode me desculpar por ter gritado com você daquele jeito?

(Diego, extremamente vermelho): Eu... hã... sim, claro que sim! Me dá um abraço... pode ser!

Os dois se abraçaram, e Diego ficou mais vermelho que tomate. Os três heróis ainda estavam vendo aquela cena, quando Chat Noir deu um sorriso e um “like” para o rapaz mexicano.

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(Hawk Moth): Você acha mesmo que me venceu, Ladybug? Eu alcancei um novo poder, agora posso akumatizar mais de um indivíduo! Você pode estar vencendo algumas batalhas, mas eu vencerei a guerra.

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De tarde, bem longe dali, no esconderijo da Surveillance, os três chefes da organização mafiosa discutiam sobre a próxima negociação.

(Presque Rien): Bom trabalho, Drygut. Lucramos bastante com a venda de Vertigo que você fez para o dono daquela boate!

(Drygut): Com isso, recuperaremos nossos prejuízos mais rapidamente do que imaginamos, e lucraremos muito mais!

(Peu Tressages): E nossa próxima venda, quando será?

(Drygut): Um traficante me contatou e disse que está interessado em um carregamento. O ponto de encontro é no cinema de Paris.

(Peu Tressages): Um cinema? Ele é louco? Muita gente vai lá, seremos descobertos facilmente.

(Presque Rien): Não, pode ser uma boa ideia. Se nos escondermos no depósito e nos disfarçarmos de funcionários, poderemos fazer a negociação sem sermos detectados.

(Peu Tressages): Mas e se Ladybug e Chat Noir aparecerem?

(Drygut): Eles não farão isso, ou se arrependerão amargamente!

Ao dizer essas palavras, Drygut estendeu para seus dois parceiros uma ampola contendo um líquido vermelho-sangue.


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Notas finais do capítulo

Então, eu consegui honrar minha promessa. Aqui está, um último capítulo antes do retorno às aulas. Essa ideia de vilãs akumatizadas eu peguei no deviantart. Tem um cara chamado wobbley que tem na conta dele uma sessão especial só para colocar ideias sobre vilões akumatizados, e essa serviu perfeitamente.
Espero que tenham gostado, o ritmo das postagens vai cair, mas garanto que os capítulos seguintes serão mais eletrizantes ainda, porque entraremos num momento crítico.
Ah, lembram do indie game que me manteve tão entretido que eu demorei a postar? Tem mais uma referência dele nesse capítulo. Encontrem :-)



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