Guardiões escrita por Godsnotdead


Capítulo 45
Desfecho parte final.




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A energia de Edward atingiu-me com uma força surpreendente não precisava ver para saber que meu amigo estava no limite seu autocontrole não duraria muito. Dei meia volta e segui o rastro de energia tão denso que chagava a ser palpável tinha certeza de que poderia sentir essa energia a quilômetros de distancia. Não demorou para lorde Alterf me alcançar.

— Ed o achou. – Murmurei para o conselheiro alado. Engoli em seco sabendo que a raiva que eu sentia era a mesma de meu amigo e isso não era nada bom. Porque Edward ao contrário de mim não tem nenhum problema em realizar as ameaças que faz. - Temos que nos apressar antes que Ed faça uma besteira. – Não iria ver meu amigo se corroendo de remorso, dessa vez posso impedi-lo.

— Edward não iria matar...

— Não teria tanta certeza. – A cara que fiz foi suficiente para o guardião ao meu lado se convencer.

Cortamos o céu em super velocidade. Às pessoas nas ruas apontavam espancadas para nós enquanto Hugo o lobo caçador tirava os pedestres de sua frente nos seguindo.

Aterrissamos em uma viela estreita que levava para a rua principal no momento em que Edward desembainhava sua espada. Seu prisioneiro estava a seus pés amedrontado. Dalibor estava com a aparência de que acabara de levar uma tremenda surra, o rapaz pressionada o nariz que provavelmente estava quebrado os olhos cheios de terror estavam presos no guardião irado a sua frente.

— Ed...

— Ele merece meu senhor. - A voz de meu amigo estava tremula carregada de ódio. - Não me peça para poupá-lo, não quero ter que desobedecê-lo. - Sentia a aura do guardião pulsando a nossa volta em um reflexo de seu estado atual.

— Eu mais do que ninguém sei como está se sentindo. Acha que a minha vontade não é de fazer esse crápula pagar lenta e dolorosamente? Ele levou Mady de mim! - Fechei os punhos com força deixando os nós dos dedos brancos. - Não faço idéia de como ela está nesse momento. Você pode imaginar como está sendo difícil me manter sob controle? Mas é pensar em como iria decepcioná-la se eu fizesse o que meus desejos mais obscuros querem é o que está me mantendo lúcido. Pense em Elisabeth. Vale apena sujar suas mãos e sua consciência com o sangue desse verme? – Fiz uma pequena pausa. Não podia ver a expressão dele; no entanto sabia que minhas palavras surtiram algum efeito. - Não vou impedi-lo ou julgar a sua decisão só não quero que a dor do arrependimento te assombrem novamente.

Com um brado assustador Edward ergueu a espada acima de sua cabeça para o golpe de misericórdia. O menino fechou os olhos esperando pelo inevitável. Minha respiração acelerou quando o braço de meu amigo desceu. O guardião mudou a trajetória do golpe no último segundo e ao invés de perfurá-lo com a espada ele o acertou com a empunhadura Dalibor inconsciente contra o chão de terra.

Soltei o ar que nem havia me dado conta só agora que a estava segurando e fui até ele. Edward olhava para o chão enquanto guardava sua arma de volta na bainha. Sua aura ainda tremulava a sua volta deixando bem claro que sua raiva estava longe de passar

— Ele a entregou para Lesath... lesath se esconde em um lugar chamado reduto das sombras. Ah um castelo por lá que ele usa como esconderijo. – A voz dele não passava de um sussurro.

— Sei como chegar lá. – Alterf finalmente se pronunciou. - Hugo pegue esse moleque e leve-o de volta ao castelo. Você ficará responsável pela custódia dele até que voltemos.

— Sim meu senhor. - O lobo colocou o desacordado sobre o ombro sem um mínimo de esforço. - Você ganhou meu respeito guardião. - Hugo deu um tapinha no ombro de Edward e se retirou.

— Você fez o que era certo. – Tomei coragem para falar.

— É... Mas ainda sinto tanta raiva... - Edward trincou os dentes. Os olhos verdes reluziam como se chamas queimassem dentro de suas iris.

— Todos nós estamos sentindo raiva meu rapaz. Mas no final das contas o que importa é o que fazemos com ela. - O conselheiro repousou a mão sobre o ombro de Edward. O olhando com expressão paternal. - Estou muito orgulhos dos dois. São tão jovens e mesmo assim tão sábios. Começo a ter cada vez mais fé no futuro de nossa raça. Precisamos de guardiões justos como vocês. - O guardião loiro me lançou um sorriso. Sorriso cujo não chegou a seus olhos claros tão parecidos com os da filha. Tentei sufocar a dor que veio com a lembrança de suas feições. - Precisamos ir agora já perdemos tempo demais perseguindo aquele ratinho.

Sem mais delongas Alçamos vôo novamente agora voando a toda velocidade agora em direção ao sul.

— Onde fica esse reduto das sombras? Precisaremos nos preparar para eventuais problemas? – Questionei.

— Fica cercado por uma cordilheira de montanhas protegido da maior parte dos raios solares. Foi para lá que os vampiros remanescentes que viviam nessas terras se esconderam quando os expulsei. Não me admira nada Lesath está refugiado naquelas terras. Afinal, há sugadores de sangue suficientes para ocultar a presença dele facilmente.

Suspirei resignado. A cada minuto isso tudo só piora. Para o bem de Lesath é bom que Mady esteja perfeitamente bem. Por que caso contrário terei de fazer o que impedi Edward de fazer.

— Agüente só mais um pouco meu amor. Estou chegando. – Murmurei para o vento na esperança de que levasse minha mensagem a ela.

A cordilheira de montanhas escarpadas parecia uma muralha de granito cinza e intransponível. Ao pé da montanha mais alta escondido pelas sombras estava um castelo de aparência decrépita. A olho nu parecia que a construção estava desabitada há séculos. No entanto meus sentidos zuniam com a quantidade de auras espalhadas por aquele lugar.

— São muitos. - Ed assobiou impressionados. – Não consigo sentir outra presença que não seja a dos vampiros.

— Hum. – Alterf estreitou os olhos. – Edward. Eu e você iremos chamaremos a atenção das criaturas para nós enquanto isso Sky vai aproveitar para rastrear Lesath.

— Entendido. – Eu e Edward assentimos.

            Do alto vi o momento em que os dois guardiões aterrissando no meio do pátio da construção com um estrondo levantando poeira em volta dos dois. Não demorou mais do que minutos para que vampiros convergissem de todos os cantos do castelo na direção dos invasores. Para cada criatura notívaga que era transformada em pó mais duas tomavam seu lugar. Sacudi a cabeça buscando concentração, isolei as auras que se moviam em direção aos dois guardiões.

            Em algum lugar no centro da construção senti a presença de um guardião... E um pequeno traço da aura de Madison. Sem esperar nem mais um minuto desci. Passei voando pelo pátio derrubando alguns vampiros que vinham na direção contrária. Avancei por um longo corredor até chegar a origem das duas auras. Elas vinham de detrás de uma grande porta de mogno que curiosamente não estava guardada por ninguém. Claro que isso me deixou em alerta, mas não hesitei em empurrar o objeto e adentrar no lugar.

            A sala redonda era onde um dia foi a sala do trono. No centro do recinto sentado no trono estava um guardião trajando sua armadura. A expressão entediada não se alterou com minha chegada.

— Tenho que admitir. – Lesath ajeitou-se confortavelmente no trono. E inclinou a cabeça para o lado. Os olhos negros como piche brilhavam com o que parecia ser diversão. – Até que você foi bem rápido. Sabia que viria, mas não os esperava tão dedo.

— Onde ela está? – Fui logo ao ponto, não estava com o mínimo de paciência para joguinhos sem sentido. – Sinto a presença dela nessa sala.

— Ah. Sinto muito em decepcioná-lo. A mestiça não está aqui. – Ele ergueu o braço mostrando o pingente de asas balançando em uma correntinha os diamantes reluzindo inocentes sem deixar duvida de que aquele colar pertencia a Mady. Era dele que vinha a presença. – É uma pena que tenha dado viagem perdida, mas se não for pedir demais. Peço que se retire.

— Para onde a levou?! – Rosnei.

— Essa é uma informação confidencial que sinceramente você não é digno de saber. – Irado por está sendo feito de bobo e frustrado saquei minha espada. E investi deixando minha razão para trás.

            A sala circular não passava de um borrão por causa da velocidade com que me movia. A lamina de minha arma atravessou o encosto estofado do trono. Infelizmente o maldito havia escapado transladando no ultimo segundo.

— Ora, ora, ora. Quem te viu quem te ver! – Sons de palmas soaram atrás de mim. – Puxei a espada e virei. Lesath tinha um sorriso debochado nos lábios. – Você realmente iria me ferir. – Ele riu deliciado. – Você está quase me convencendo a abrir a boca. Venha mostre-me do que você é feito. – Ele me chamou com a mão. Guardei a espada e transladei para frente dele e o soquei. O outro guardião se esquivou por milímetros. Meu punho atingiu a parede atrás dele deixando uma marca profunda na parede.

            Desviei por pouco de um golpe vindo dele. Mais uma vez joguei meu punho contra ele. Meu adversário imitando meu golpe fez nossos punhos se chocarem. O som fora retumbante. Minhas juntas estalaram pela força do golpe, Lesath deu alguns passos para trás sacudindo a mão. Agora ele tinha uma pequena noção da diferença entre nossos poderes.

            Aproveitando a vantagem avancei. O atingi no estomago. O guardião se dobou para frente. Gotículas de sangue saíram de sua boca, sem dó o acertei com um cruzado no queixo jogando sua cabeça para traz. Continuando com a seqüência de ataques segurei em sua testa impulsionando-o para trás. A cabeça dele se chocou com o chão de pedra com intrépido. O Solo afundou com o impacto, por um instantes achei ter derrotado-o; no entanto, mais uma vez Lesath transladou escapando por entre meus dedos. Levantei procurando por ele.

            O guardião renegado estava do outro lado sala. O sorriso debochado havia desaparecido dando lugar a uma carranca feroz. Ele sacou a grande espada de folha larga e correu em minha direção. Era hora de acabar com a brincadeira.

            Desembainhei minha espada e a segurei com a mão direita e côa esquerda peguei a faca de lamina curta. Posicionei esperando pelo golpe dele. Lesath riu parecendo certo de sua vitoria. A poderosa lamina desceu visando cortar-me ao meio. Posicionei o pé direito a frente para ganhar equilíbrio e cruzei minhas duas armas aparando o golpe poderoso.

            Quase com satisfação vi o brilho furioso nos olhos dele. Ficamos peito a peito. Havia treinando tantas vezes aquela manobra na juventude que o ato de escorregar a faca de debaixo da lamina maior da espada e fincá-la direto no peito de meu adversário foi puramente instintivo. Surpreso o renegado cambaleou para trás os olhos arregalados contemplando o próprio sangue verter de sua armadura e caiu sentado arfando engasgando procurando por ar. O ferimento não seria suficiente para matá-lo, mas o deixaria fora de combate.

— Onde ela está?!

— Você... O subestimei... A mestiça está... Em Guardia... No castelo... Eu me apreçaria... Se fosse você... – Lesath inspirou ruidosamente antes de perder a consciência e desabar contra a pedra fria do salão. – Desabotoei o colar de Madison e o guardei comigo.

            Guardia... Por que a levariam para Guardia? Seja lá qual for a resposta estou com a ligeira impressão de que a resposta não será agradável.

— Onde está Mady meu senhor? – Edward entrou na sala junto com Alterf. Ambos estavam cobertos de pó deixados pelos vampiros destruídos.

— Era um truque... Ela não está aqui... Está No castelo do conselho de Guardia.

— Estou ficando cansado desse jogo. – Ed bufou.

— Eu também meu amigo. – Guardei as armas em suas respectivas bainhas. – Ed preciso que fique de olho em Lesath. Não quero arriscar que ele fuja enquanto estivermos fora.

— Tudo bem. Se ele tentar algo ficarei mais do que contente em colocá-lo para dormir. – Os olhos verdes do guardião brilharam cheios de expectativa.

— Vamos! – O conselheiro tomou a frente.

            Voltamos para o pátio do castelo que agora se encontrava vazio e silencioso. O vento varria o pó deixado pelos vampiros era o único indícios que revelava que um dia se esconderam naquele lugar.

            Sem mais demora alçamos vôo e subimos em direção a abertura que levava a guardiã. Minha mente trabalhava incessantemente tentando encontrar a razão para isso tudo, mas nada parecia se encaixar.

            Meus ouvidos estalaram ao atravessar a barreira. O dia em minha terra natal estava ensolarado e tranqüilo. Bem diferente de meu estado de animo. Continuamos voando agora indo em direção a fortaleza do conselho.

            A construção de muros brancos reluziam com o reflexo dos raios solares incidindo na estrutura alva.  Não precisei está muito próximo para sentir a energia dela. Tão poderosa; tão incontrolável... Selvagem. E isso tudo sem está usando seu colar. Troquei olhares preocupados com o pai de minha namorada antes descermos.

            Adentramos no castelo. O lugar estava uma zona, guardiões corriam em direção a fonte do poder. Teríamos que chegar antes deles ou Mady estaria encrencada. Não hesitei em nocautear guardiões em nosso caminho iria ganhar o máximo de tempo possível.

              Chegamos ao corredor que levava a sala do conselho. A porta estava entreaberta e de lá de dentro senti a aura de Madison oscilar e cair perigosamente. Adentrei na sala movido pelo desespero. O sentimento se intensificou ao me depara com Acrab segurando minha Madison inconsciente pela garganta.

— Acrab! Solte minha filha agora seu covarde! – Alterf vociferou.

— Ora vejam só. As surpresas não acabam. Realmente está cada vez mais difícil encontrar lacaios eficientes hoje em dia.

— Já mandei soltá-la!

— Claro meu amigo. – O conselheiro virou-se para a janela e arremessou a garota desacordada contra a vidraça. O corpo dela atravessou o vidro indo direto para uma queda de mais cinqüenta metros.

            Não havia tempo para entrar em pânico transladei para o lado de fora no momento em que os dois conselheiros passavam pela mesma janela trocando golpes. Voei em direção a ela. A segurei em meus braços aninhando-o contra mim. Com terror percebi que ela não respirava. Retornei para a sala do conselho e a deitei no chão feio de mármore.

— Não desista agora sininho. – Procurei pelo pulso sem sucesso. Rasguei a parte de cima do vestido dela para facilitar a passagem de ar, esticando seu pescoço para trás e ergui o queixo para cima. Tapei o nariz dela com os dedos e encostei minha boca na sua e soprei até que o peito dela se elevasse. – Vamos meu amor.  – Repeti a operação mais duas vezes antes que ela inspirasse e tossisse repetidas vezes. Lentamente os olhos dela abriram. As pupilas dilatadas se fixaram em mim.

— Sky...

— Shhhhhhhhh – Encostei minha testa na sua me permitindo respirar aliviado. Meu coração estava contraído com o estado de minha amada. As feições de meninas estava marcada por vários hematomas. O supercílio e o lábio inferior estavam feridos. O nariz parecia ter sido deslocado.             

 - Acrab... - Ela tentou erguer uma das mãos. - Acrab... - A guardiã ofegou pelo esforço de falar. - Sons de impactos ecoaram do lado de fora os dois conselheiros lutavam ferozmente.

— Ele não vai mais te fazer mal. - Segurei sua mão. Queria com todas as minhas forças ir ajudar Alterf e fazer aquele traidor pagar pelo que fez.

Sons de passos ecoaram no corredor e não demorou para entrarem na sala. Ergui a cabeça para ver os recém-chegados, já preparado para defendê-la caso fosse preciso. Com um pouco de alivio reconheci meus pais.

— Sky. - Meu pai arregalou os olhos vendo a situação da sala e da garota em meus braços.

— Céus meu filho! Quem é essa moça? O que houve aqui? - Os olhos carmins de minha mãe estavam cheios de incredulidade.

—Mãe, pai. Não há tempo para explicações. Preciso que cuidem de Mady. Tenho de ajudar Alterf. - Os olhos de meu pai já arregalados ficaram do tamanho de pratos ao ouvir os nomes. Não tardou para a compreensão chegar. Ele abriu a boca para questionar, mas fui mais rápido e o interrompi. - Mais tarde pai. Voltarei logo meu amor. - Beije-lhe a testa a guardiã fechou os olhos rendendo-se ao cansaço.

Levantei e passei pela janela destruída. Era hora do acerto de contas. Planei no vazio buscando pelos dois guardiões em batalha.  Trinta metros acima de mim os avistei. Os dois não passavam de manchas colidindo no ar em um balé mortal.

Sem pensar duas vezes retesei o corpo disparando para cima. Estreitei os olhos buscando identificar Acrab e ao ter meu alvo na mira saquei a espada e a arremessei. A arma girou mortalmente ao encontro de meu inimigo. Acrab prevendo o perigo chutou o outro conselheiro e se afastou. Minha espada passou a centímetros dele e continuou subindo até que eu a perdesse de vista.

— Finalmente você resolveu se juntar a nós. - Acrab me deu um sorriso cheio de dentes. Planeia para sua frente e o encarei transmitindo toda a raiva que sentia naquele momento. - Como está a jovem guardiã? – O sorriso sínico se alargou. - Ela é realmente uma criatura formidável. Pena ter herdado a teimosia do pai. Fiquei honrado em poder ensiná-la a respeitar quem lhe é superior. – Meu urro de fúria se juntou ao do pai de Madison. Alterf se jogou contra o outro conselheiro circundando os quadris do homem o jogando em direção ao solo.

            Eu minha vez ouvi o zunindo de minha espada retornando em alta velocidade e quando ela passou por mim segurei em sua empunhadura e decolei aos dois guerreiros trocando socos e chutes. A potencia dos golpes reverberava em volta dos dois. Alterf ao perceber minha chegada desviou de um chute lateral e deu uma guinada para o lado  esquerdo para que eu atacasse. Girei a espada desferindo golpes visando perfurar a armadura dele, porem meu inimigo parecia prever cada movimento meu e se esquivava sem um mínimo de dificuldade. Trinquei os dentes e investi novamente. Acrab desviou para o lado direito fazendo a lamina passar por ele sem oferecer um mínimo de perigo. Ele agarrou meu braço e com uma força descomunal me atirou para frente.

            Estendi as asas para frear a queda o máximo que podia. Meus pés escorregaram alguns centímetros na grama da planície deixando pequenos sulcos no solo.

— Droga! – Ofeguei. Não tive tempo para me defender quando Acrab se materializou a minha frente. O forte soco que recebi na lateral da cabeça me jogou contra uma arvore. Perdi o fôlego momentaneamente.

— Você é tão ingênuo que chega a ser ridículo. Nunca que você teria alguma chance contra mim. Eu sou primordial! Perfeito! Invencível. – Pelo canto dos olhos vi o conselheiro Alterf se aproximando. Foquei meu olhar em Acrab para que ele não percebesse. – Ah Jovem Sky. Seria um tremendo desperdício ter que destruí-lo, por isso lhe ofereço a oportunidade de jurar lealdade a mim e assim garantir sua sobrevivência e talvez de sua amada.

— Nem que o chão se abra sob meus pés! – Alterf estava a poucos metros e sacava sua espada dourada. Era agora ou nunca. Soltei minha espada e me agarrei a ele.

            O conselheiro traidor se debateu contra mim tentando se soltar, com um ultimo esforço o joguei contra a arvore no instante que o outro conselheiro chegou a mim e com um único golpe atravessou o tórax do traídos. Os olhos púrpuras se arregalaram sem acreditar no que via.

— A morte não seria suficiente para que pague por todos os seus crimes. – O guardião loiro fincou mais fundo a lamina agora atravessando o tronco da arvore. – Pela autoridade que ainda tenho o sentencio a passar a eternidade preso nesse tronco para que lembre todos os dias o quanto seu coração foi corrompido pelo poder.

— Não... Vai... Acabar... Assim velho amigo. – Acrab tossiu. – Me recuso... A aceitar esse destino... E é por isso que renuncio a todos os meus poderes... Até que nasça o ser cujo o poder superará o de todos os guardiões que já existiram... Ele retirará essa espada e então juntos reconstruiremos a honra de Guardia sobre a cinza do conselho fracassado que um dia tentei salvar... – Dito essas palavras Acrab desapareceu em um grande clarão de luz. Deixando para trás a espada cravada na arvore contendo todo seu poder e a certeza de que essa luta estava longe de acabar.  


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