Guardiões escrita por Godsnotdead


Capítulo 34
O concelho dos elfos.




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 Tudo o que poderia ter dado errado ao entrarmos no território dos elfos deu, alias foi bem pior. Aconteceu tão rápido. Em um segundo tentava acalmar tempestade no minuto seguinte vi Mady tombar desacordada. Cheguei a pensa que ela tivesse sido ferida por alguma das flechas.

Pulei do lombo de meu cavalo negro e corri até ela. Verifiquei se havia alguma haste se projetando em seu corpo, mas não havia. Os únicos indícios de que havia algo errado era um filete escarlate que escorria de sua narina esquerda e a sua energia vital perigosamente baixa.

— Mady... - Toquei em sua face pálida e molhada de suor frio. - Acorde baixinha. - A loira não se moveu.

— Mady! - Lorde Sky correu até nós sendo seguido por Elizabeth, ambos tinham o semblante transtornado. - O quê houve? – Ele chegou o pulso dela. – Está fraco...

— Eu... - Não tive tempo para concluir o que iria falar, pois um grupo de elfos armados até os dentes se aproximava. – Droga. – Trinquei os dentes. – O alto-guardião olhou na mesma direção que eu e se pós de pé.

— Não queremos lutar, mas o faremos se nos obrigarem. - Lorde Sky sacou a espada a colocando em riste e se postou a nossa frente de maneira protetora.

— O quê a garota disse é verdade? – Um dos elfos tomou a frente do grupo ignorando completamente o aviso de lorde Sky.  Ele possuía longos cabelos negros e olhos azuis e pela forma com que falava era o líder.

— Não entendi. – O guardião baixou a espada.

— Ela. – O Elfo moreno mostrou Mady com o longo indicador. – Ela falou em nossas mentes que vocês são guardiões. Isso é verdade?

— Céus! Oh Mady. Você é maluca! – Não era a toa para menos que a loira estava tão fraca.

— É verdade... – Lorde Sky estava apreensivo Mady precisava de cuidados e urgente. Mas não podia baixar a guarda.

— Sendo assim... Não está mais em minhas mãos. O conselho deve decidir. – Não fazia idéia do quê o orelhudo estava falando, mas não estou gostando. – Nos entreguem suas armas e a jovem.

— O quê?! – O alto-guardião voltou a erguer a espada. – Não vão levá-la a lugar nenhum! – Ele rosnou.

— Não seja tolo. Não vê que ela precisa de cuidados? Se não recebê-lo logo pode haver conseqüências. – O elfo não deixou margem para argumentos.

            E foi assim que nos trancaram em uma cela na fortaleza élfica localizada no topo de uma arvore exageradamente grande. Os elfos viviam em casas localizadas nas copas das arvores. Eu e Elizabeth Nos encontrávamos sentados em uma fina cama feita de folhas e grama enquanto Lorde Sky caminhava impaciente pelo pequeno espaço que dispúnhamos.

            Não tínhamos a menor idéia de há quanto tempo estávamos presos. Apenas fomos largados aqui e pronto sem explicações ou um pedido de desculpas. O pior era não ter idéia de para onde haviam levado Mady ou se ela estava bem.

— Não podemos dar um jeito de sair daqui? – Elizabeth bufou descontente.

— Podemos e eles sabem disso. Não vamos arriscar, não enquanto estiverem com Mady. – O guardião fechou as mãos em volta das garras da porta e olhou fixamente para o horizonte como se assim conseguisse encontrar sua amada.   

As horas se arrastaram lentamente parecia que o sol descia no horizonte em velocidade reduzida como se estivesse em slow motion. Estava tão entediado que decidi fazer flexões de cabeça para baixo.  A fraca luz do final de tarde entrava na cela quando uma Elfa loira apareceu nos trazendo comida. Ela olhou para mim e lorde Sky longamente ignorando totalmente Elizabeth que praticamente entortava o garfo nas mãos fuzilando a elfa com os olhos.

— Ta olhando o quê! – Lizie rosnou assustando a elfa. – Vaza! – A loira lançou um olhar de desgosto para minha namorada e então saiu. Não segurei o riso. – Ta rindo do quê Edward?

— Nada. – Levei uma garfada do meu jantar para boca. A morena me analisou por alguns segundos antes de se concentrar no próprio jantar.  

Comi contente satisfeito com a diversidade de sabores em minha boca. Enquanto Lorde Sky olhava com desgosto para o prato repleto de legumes e hortaliças antes de finalmente comer fazendo careta. Talvez essa temporada no cárcere não seja tão ruim assim.

A medida que a noite caia o cansaço e o frio se faziam presentes. Deixe a cama minúscula para Elizabeth de nós três era a que estava mais cansada e precisaria de mais tempo para se recuperar. Fui para onde Sky estava sentando ao lado dele. O imortal estava encolhido contra a parede os olhos firmemente fechados poderia confundir olhos inexperientes, mas  o semblante concentrado denunciava que ele não estava dormindo. O conhecia o suficiente para deduzir que estava planejando algo.

— Desculpe a impertinência meu senhor, mas está pensando em quê? – Não segurei a curiosidade. 

— Em nossa defesa amanhã. - Ele permaneceu com os olhos fechados.

— Está sugerindo quê iremos ser subtipos a um julgamento? Mas nós não fizemos nada errado! -  Tive que controlar meu tom de voz para não incomodar Lizie.

— Sei disso meu amigo. Mas eles nunca irão admitir que estão errados.

— Mas já tem um plano. Certo? – Não era minha intenção soar tão ansioso, mas o susto causado pela recém descoberta mais alto. 
— Sim. Só não sei se é um dos bons. Vamos torcer para que a sorte esteja do nosso lado amanhã.

— Já é alguma coisa. - Encostei-me a parede e cobri-me com a capa teria que confiar nele. Ele sempre deu um jeito nas coisas mesmo a circunstancias não estando a seu favor. Tenho certeza que esse julgamento não seria uma exceção. - Boa noite meu senhor. – Bocejei sentindo os braços aconchegantes do sono envolvendo-me. - Boa noite Ed.

Nas primeiras horas da alvorada  uma dupla de guardas com cara de poucos amigos veio nos acordar. Eles traziam o café da manhã e nos avisar que o conselho nos ouviria em poucas horas que era para estarmos preparados. Será que seu arrancar as orelhas desses metidos vai complicar nossa situação? Por via das duvidas fiquei só na vontade.

Comi me certificando que Elizabeth se alimentasse corretamente a queria bem alimentada, pois não sabia se precisaríamos fazer uma retirada estratégicas. Lorde Sky mal tocou na comida e nem meus olhares descontentes o persuadiu. Suspirei compreensivo não tinha como saber o que se passava na mente dele, mas podia imaginar o quão tenso estava.

— Então. Estou apresentável para falar com o alto escalão elfico? – Levantei espreguiçando-me. Consegui arrancar um meio sorriso do imortal carrancudo. Elizabeth revirou os olhos também levantando.

— Como pode ficar tão tranqüilo? - Lizie passou as mãos por meus cabelos tentando colocar os cachos rebeldes no lugar. 

— Quem disse que estou? - Aumentei meu sorriso quando as mãos delicadas dela encarregaram para meu rosto. - Mas é mais fácil pegar um inimigo quando ele acha que estamos relaxados.

— Porque isso não me surpreende? - A morena negou com a cabeça um meio sorriso brincando em seus lábios tentadores. - Estou com medo... Se algo dê errado... – Ela ficou séria. Os olhos castanhos brilhando com medo.

— Estarei lá para protegê-la fada. - Segurei suas mãos e beijei as pontas de seus dedos em seguida seus lábios perdendo-me neles.

— Pessoal. - A voz de lorde Sky nos trouxe de volta a realidade. - Não quero ser estraga prazeres, mas estão vindo. - Lizie corou.

Segurei a mãe dela e entrelacei nossos dedos era uma forma silenciosa de passar confiança a ela. A mesma dupla de elfos que nos trouxe o café da manhã nos guiou para fora da cela e pelo emaranhado confuso de arvores até uma clareira onde nos deixaram. Três tronos de madeira esculpidos em uma madeira dourada e reluzente e adornados com as mais diversas pedras preciosas. Sentados dobre eles estavam três elfos de aparência estóicas.

Eles visivelmente estavam a nossa espera. Os três possuíam aparências distintas, mas que ao mesmo tempo os tornavam parecidos. O que estaca sentado no trono da esquerda era loiro e parecia aborrecido. O segundo possuía os cabelos pretos como piche estava sentado no trono do meio, esse parecia simpático. E o último sentado no trono da direita tinha os cabelos prateados esse parecia mais entediado do quê qualquer outra coisa. Todos tinham os olhos azuis e as cabeças adornadas com coroas prateadas trançadas com finos fios de prata.

— Muito bem supostos guardiões o quê trazem vocês ao nosso reino. - A voz do elfo loiro estava carregada de sarcasmos e escárnio.  fechei o punho direito com força e estreitei os olhos segurando-me para não tirar o sorrisinho cínico daquele elfo metido a besta fazendo com quê engolisse os dentes perfeitos.

— Esses supostos guardiões... - Sky retirou o colar com pingente de asas de dentro da camisa prontamente fiz o mesmo. Os três elfos franziram o cenho em um movimento quase ensaiado. - Não estariam aqui se não fosse pela vossa incompetência! - O alto-guardião fez uma pequena reverência. Não escondi o sorriso.

— Insolente! Como ousa?! - O loiro fez menção de levantar de seu trono, mas foi parado pela mão erguida do elfo moreno.

— Calma Aduial. Deixe-o expor seus argumentos. – O loiro resmungou, mas fez o que lhe foi pedido. - Continue jovem guardião. Do quê nos considera culpados?

— Vocês são os senhores dos elfos, nada deveria acontecer sem o consentimento dos três, no entanto graças há um de seus súditos que vive em meu mundo a jovem que agora está sob a custódia de vocês quase foi morta! - A calma em cada palavra era apenas um disfarce para a raiva pulsante.

— A jovem não está sob custódia. Está recebendo cuidados. - O platinado se defendeu agora já não parecendo tão entediado.

— Mas se não tivessem nos atacado. Mady não precisaria de tais cuidados. - Me intrometi. - Nem ao menos nos ouviram só atiraram a esmo sem se importar se éramos amigos ou inimigos. - O loiro me fuzilou com o olhar. Fiz questão de retribuir.

— Sentimos muito.

— Annael! - O platinado pareceu ficar ofendido com o pedido de desculpas do companheiro.

— Nós erramos Aeglos isso é um fato inegável. Não podemos criar desavenças com o conselho dos guardiões. Não depois de tanto tempo de cooperação mútua. – Os outros dois elfos suspiram se dando por vencidos. - Nos diga exatamente a aconteceu para trazê-los até nosso reino.

— Um de seus elfos está vendendo a magia de vocês indiscriminadamente. E graças a isso um guardião renegado quase matou Mady... A mãe dela foi seqüestrada e várias jovens eram mantidas em cativeiro sofrendo todo o tipo de maus tratos. Tudo isso porque sua magia estava interferindo e não éramos capazes de sentir o rompimento no equilíbrio.

— Isso é impossível!

— Não. Não é!  - Lorde Sky calou o inconformado Aeglos mostrando o colar que ocultava a nossa presença.  - Graças a isso vocês. Não sentiram nossa presença.

— isso é... Onde? – O loiro gaguejou, saboreei com satisfação a pose dele se desfazer em pó.

— Como disse. Estão vendendo a magia de vocês e é por isso que estamos em seu território. Estamos procurando o guardião renegado e sabemos que ele passou por aqui.

— Nós saberíamos se... – Aeglos tentou replicar, mas fui mais rápido.

— Tem certeza? Porque estão roubando vocês bem debaixo de seus narizes e nem faziam idéia disso.  – Os três ficaram em silencio não havia argumentos para as provas apresentadas a eles.

— São provas incontestáveis irmãos devemos deliberar a respeito disso. – O elfo antes gentil estava sério e pensativo. Só espero que isso seja bom para nós.

— E quanto a nós? - Lizie finalmente se pronunciou.

— Vocês serão nossos convidados até que tenhamos tomado a decisão. – Não sei porque, mas acho que isso não foi uma sugestão.


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Notas finais do capítulo

As coisas esquentaram para o lado dos nossos guardiões. Como será que Madison está?



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