A Phantom Troupe's Secret Santa escrita por Myara, Drafter


Capítulo 8
Phinks


Notas iniciais do capítulo

Escrito por Myara



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— O que viemos fazer aqui mesmo?

Feitan pegou-se em meio a uma exposição de trajes de concubinas reais das antigas eras feudais. Quimonos e diversos acessórios típicos e característicos daquele tipo de função os cercavam, coloridos, femininos e delicados dentro de expositores de vidro. Ele não fazia ideia do motivo pelo qual a caminhada noturna com Phinks os levara até aquele lugar, àquela hora, deserto.

— Logo você vai entender. — Ele respondeu, fazendo Feitan estreitar os olhos e mirá-lo desconfiado.

Se Phinks tinha algum fetiche estranho — por mais que não tivesse nada contra fetiches estranhos —, ele não queria que o amigo o envolvesse naquilo. Que roubasse sozinho suas fantasias e brinquedos e, especialmente, que brincasse sozinho ou com alguém que topasse aquele tipo de coisa.

Percebendo o olhar desconfortável de Feitan sobre si, o loiro compreendeu que, devido ao entorno em que se encontravam naquele momento, ele poderia estar interpretando um pouco mais do que deveria, e apressou-se em tentar esclarecer:

— Oy! Não é nada demais, eu vim procurar um presente para o meu amigo-secreto. — Disse de pronto, mas suas palavras fizeram os olhos de Feitan estreitarem-se ainda mais.

Não imaginava ninguém na Trupe que gostaria de ganhar um traje de concubina. Machi, Pakunoda e Shizuku certamente o matariam ao compreender do que aquilo se tratava, e qualquer um dos homens obviamente o espancaria pela piada de mau gosto — e Feitan ajudaria. Exceto se o amigo-secreto dele fosse o Hisoka. Ganhar um traje de concubina era mais do que Hisoka merecia, porém, infelizmente, talvez fosse algo que o aprazeria. Resolveu ir direto ao ponto para evitar certas imagens mentais desnecessárias:

— Posso saber quem é seu amigo-secreto?

Phinks coçou a cabeça sem jeito.

— É o Nobu… — e antes que o outro começasse a imaginá-lo vestido de concubina, Phinks completou: — mas o que eu estou procurando para ele não está aqui, é mais adiante.

— Na verdade eu acho que estamos no lugar certo.

Feitan meneou a cabeça em direção a um objeto exposto sobre uma banca, segurando o riso. Quando o loiro viu o objeto, compreendendo perfeitamente sua função graças ao formato, a risada de ambos foi inevitável. Seria o presente perfeito para pregar uma peça em Nobunaga, ainda assim, pregar uma peça não era a intenção inicial de Phinks.

O presente que ele cobiçava estava na ala seguinte, e Feitan pôde acompanhar as mudanças no cenário conforme avançavam na exposição, que ia de concubinas a outros membros de uma realeza distante. Logo estavam perante belas armaduras e armas, que eram mais atrativas aos olhos dos dois e mais condizentes com a natureza do amigo-secreto de Phinks. O loiro já passava a perscrutar o local com mais atenção, sabendo que em breve encontraria o que procurava.

E de fato, não tardou muito para encontrar o objeto bem ao centro da ala, em um suporte que dava a ele algum toque místico, como se estivesse flutuando perante tudo que o cercava. Phinks abriu um sorriso, enquanto Feitan, curioso, analisava aquilo que chamara tanto a atenção do amigo.

— O que tem de especial nesta espada? Parece só mais uma em meio a todas as outras. — Concluiu com certo desdém, porém sem conseguir desmanchar o sorriso de Phinks.

— Ela pertenceu ao clã Oda, mais especificamente ao seu general, e foi graças a ele que o clã dominou esse continente inteiro no passado. — Respondeu, retirando o objeto de seu suporte com cuidado para não danificá-lo.

Poderia explicar para ele que o nome do general também era Nobunaga, e que antes mesmo de conhecer o amigo homônimo, sabia de todas as histórias do antigo samurai e admirava-as, criando, posteriormente, alguns paralelos entre os dois. Dar ao atual Nobunaga a espada que pertenceu ao antigo Nobunaga era algo que fazia todo sentido em sua mente, mas não sabia se Feitan entenderia aquilo.

— E você tem certeza que esta é a original? Não me parece que ela está bem protegida, nenhum alarme soou quando entramos, ou quando você tirou ela daí… — Limitou-se a analisar, com ceticismo e certo tom irônico na voz.

Phinks riu.

— Nós alertamos todos os sistemas de segurança deles tem algum tempo, eles devem chegar aqui dentro de alguns segundos. — Jogou a espada em direção a Feitan, que pegou-a com destreza, ainda que não entendesse o gesto de pronto. — Quer testar a espada para ver o que ela é capaz de fazer?

Feitan soltou um muxoxo.

— E dar a Nobunaga uma espada suja de sangue?

— Quer presente melhor do que este? — Phinks lançou a ele um olhar orgulhoso, como se tivesse planejado tudo aquilo de antemão quando, na verdade, sabia apenas que a espada estava dentro da exposição em algum lugar e que havia detectores de movimento em alguns pontos, nada mais.

A descrença de Feitan foi só um adicional que o levou a desafiá-lo a testar o presente, e agora que já percebiam uma movimentação aproximando-se de onde estavam, ele aceitava o desafio, desembainhando a espada com um sorriso torto no rosto enquanto Phinks aquecia mãos e braços.

Estava na hora de se divertirem um pouco.


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Notas finais do capítulo

Dizem que Oda Nobunaga, personagem real da história japonesa, foi inspiração pro nome do nosso Nobunaga, daí aproveitei ^^

Feliz 2017!



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