Por Toda Minha Vida escrita por kryyys


Capítulo 4
Capítulo 4 - A Festa




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IMPORTANTE: Algumas pessoas pediram para nós fotos da 'nova' Bella, baseado nisso eu e a Kryss selecionamos algumas fotos para postar-mos aqui - e elas estão perfeitas - só que não está dando D: Se alguém, por ventura, souber de algo que posso nos ajudar, agradecemos desde já.


(...)



Capítulo 4 - A Festa.



Fitei o vestido azul profundo que estava em cima da gigantesca cama de Alice.

– “O que você acha?” – Alice perguntou, estridente.


Essa era uma boa pergunta. Tinha alguns babados, aparentemente feito para ser usado baixo e sem ombros, com mangas longas e soltas que se fechavam nos pulsos. O tecido do corpete era cercado por outro tecido azul, pálido e florido, que dobrava para formar um fino franzido no lado esquerdo.

– “Eu não posso usar isso!” – choraminguei.


– “E porque não?” – perguntou, já irritada.

– “A parte de cima é completamente transparente”

– “Isso vai por baixo.” – apontou uma peça azul clara, meio... Sinistra.

– “E... O que é isso?”

– “Um espartilho, bobinha.” – Alice falou, já irritada. – “Agora ande, se não vamos chegar atrasadas.”

Suspirei, e entrei em seu grande banheiro, onde com a ajuda de Alice, vesti-os através de muitas reclamações de minha parte. Mas, eu tinha que admitir, o espartilho tinha suas vantagens.

– “Uau!” – tomei fôlego. – “Eu tenho um colo.”


– “Quem diria” – Alice riu, provavelmente encantada com seu trabalho.

– “Não acha isso meio... Extravagante para Forks?”

– “Não é para Forks. É para você.” – falou. – “Sente-se.” – pediu, saindo do recinto. Obedeci.

Ela voltou com um par de sandálias stilettos azul profundo – coisas que pareciam perigosas, que se seguravam só por grossos fitas de cetin que cruzavam pelo meu pé e se amarravam num laço no meu tornozelo. Alice amarrou o sapato mortal com habilidade.

– “Perfeita.” – Alice concluiu, sorrindo. Levantei-me, apoiando em seu ombro para me equilibrar na arma mortal que usava. Caminhei, tomando o maior cuidado para não cair, e parei em frente ao espelho.


Eu olhei a estranha no espelho. Ela parecia bem alta no sapato de salto alto, com a longa e estreita linha do vestido apertado ajudando nessa ilusão. O espartilho decotado – onde a incomum e impressionante linha do busto chamou minha atenção de novo, assim como os cabelos misteriosos que desciam como cascata pelas suas costas. O azul profundo do tecido era perfeito, destacando o tom de creme da sua pele de marfim, o rosa da maquiagem em suas bochechas. Ela estava muito bonita, eu tinha que admitir.


*

Hesitei ao descer do porshe. Alice me esperava com seu lindo vestido preto, que entrava em perfeito contraste com sua pele branca, deixando-a esplêndida. Senti-me mal perto dela.

– “Vai ficar aí para sempre?” – perguntou, batendo os pés freneticamente no chão. Fitei seus sapatos com um salto gigantesco, e lembrei que usava um parecido. Temi tropeçar. – “Ora, vamos, Bella!” – pediu, abrindo a porta. – “O papo de mudança foi embora?”

Ela tinha razão. A antiga Bella sairia correndo e não entraria naquela festa. Suspirei, saindo do carro.

– “Tem razão.” – ela sorriu. – “Vamos para essa festa idiota.”

Caminhamos, e a frente da casa estava vazia. Ou estávamos muito atrasadas, ou muito adiantava. Mas não importava. Eu só queria esfregar na cara daquele maldito que eu havia mudado, e iria embora.


– “Eu vou entrar primeiro, você vai depois.” – murmurou. Nem pude arquivar sua fala direito, e ela já desaparecia pela porta. Aspirei todo o ar que podia, e travei na porta.

Não, eu não podia travar. Eu não iria travar.


Pareceu que todos da festa resolveram olhar para a entrada ao mesmo tempo, justamente quando eu estava nela. Todos me encaravam chocado, assustados, perplexos e tudo mais. Ignorei-os, e localizei Alice, que sorria de orelha a orelha. Caminhei em sua direção, sentindo todos os olhares sob mim.


– “Edward está te comendo com os olhos.” – Alice avisou, assim que cheguei ao seu lado. – “Assim como todos os machos da festa.” – riu. Disfarçadamente, olhei a minha volta e o vi.


Ele estava completamente perfeito... Como sempre. Sua expressão passou de espanto para surpresa... E deslumbramento? Ok, talvez eu esteja imaginando coisas. Seu maxilar se contraiu, e conhecendo-o como conheço, agora ele estava bravo. Seus olhos estavam abrasadores, queimando em minha direção... Então, ele estava bravo comigo?

Sorri, com minha recente descoberta, ainda mais por ver que Tanya ao seu lado espancava seu braço, pedindo por atenção que ele dava a mim. Virei-me para Alice, mas encontrei um armário em minha frente.


– “O que você pensa que está fazendo aqui, garota?” – meu irmão perguntou, rudemente. Ao seu lado, Rosalie olhava-me com a boca aberta em um ‘O’. – “Isso não é lugar para você.”


– “Como se você se importasse...” – zombei.

– “Fique tranqüilo, Emmett. Ao contrário de você, ela é responsável.” – Alice disse, puxando minha mão para sair dali.

– “Obrigada.” – sorri para ela.

– “Disponha...” – falou, sorrindo. – “Deus, o que aquele garoto tem?”

– “Que garoto?” – perguntei, confusa.

– “Edward! Ele está te olhando até agora.” – falou. Sorri, satisfeita.

– “Deixe-o olhar.” – resmunguei. Vi Jessica que aproximando.

– “Bella! Deus, o que aconteceu com você? Como está linda! E esse vestido, onde comprou? É maravilhoso. Eu queria um desse...” – falou. Quase foi como se pudesse sentir a ponta de inveja que havia em suas palavras, mas ignorei. Notei que um garoto loiro parado ao seu lado. Ele sorria.

– “Olá, gracinha.” – ele estava falando... Comigo?

– “Ah, oi!” – Jessica respondeu, sorrindo para ele.

– “Desculpe, eu estava falando com a... Bella, não é? – fitei-o confusa. Nenhum garoto nunca havia falado comigo. E eu não sabia como reagir. Jessica bufou, Alice riu.

– “É.” – respondi, já sentindo meu rosto quente.

Senti alguém atrás de mim, colocando braços grossos em minha cintura. Virei-me, assustada, e encontrei Felix, outro cara do time.

– “Desculpe assustá-la.” – falou em meu ouvido, fazendo-me sentir o perfume bom que ele usava. Vi Edward travar as mãos em punhos. Sorri.


– “Não me assustei.” – menti.

– “Pode sair daqui, Thomas. Ela já é minha...” – e os dois riram, provavelmente bêbados, e o tal Thomas sai, andando torto.

– “Eu sou Felix.”

– “Eu sei.” – ele riu. – “Bella.”

– “Eu sei também.” – sim, era uma mentira.

– “Podemos sair daqui, e... Conversar mais?”

– “Vamos.” – ele sorriu, e entrelaçou sua mão com a minha e puxou-me para uma mesa.

Sentamos, e passamos um bom temo conversando, rindo, e nos divertindo. Ele não era bonito como Edward, o que duvido que alguém seja, mas era muito simpático... Pelo menos comparado a ele.


– “Vou buscar ponche. Quer...?” – ofereceu, mostrando seu sorriso gigantesco.


– “Quero.” – decidi. Nunca havia bebido, mas tudo sempre tem sua primeira vez. Ele se afastou, entrando na multidão e então o perdi. Em seu lugar, Alice já se sentava.

– “O que foi isso?” – perguntou, sorrindo. – “Você está a mais de meia hora falando com Felix Volturi!”

– “Ele parece simpático...” – murmurei, distraída.

– “Oh meu Deus. Não vou falar nada sobre isso, Bella.” – reprovou.

– “Jasper está sozinho, Allie. Porque não vai falar com ele?” – sugeri, vendo o loiro apoiado na parede, olhando para nossa direção.

– “Claro, claro. E porque você não vai falar com o Edward, que a propósito, parece bravo. Bom, vou indo, pois o grandão está voltando.” – Edward parecia bravo? Sorri, fitando a mesa. Seria maldade provocá-lo um pouco mais...?

– “Voltei.” – Felix falou, estendendo o copo para mim. Bebi todo o conteúdo de uma só vez. Ele me olhou espantado, mas sorriu.

– “Então...” – começou.

– “Eu quero... Dançar.” – falei, decidida. Seu sorriso aumentou, e ele puxou-me para a pista de dança, onde vários corpos se encontravam. Remexi-me conforme a batida da música, tentando entrar no ritmo.

Fechei os olhos e cada vez que eu me mexia eu sentia uma nova energia, algo estranho e diferente, uma ira, uma vingança, algo do tipo. Eu apenas dancei provocante, até mais do que podia, e não sentia vontade de parar. Edward me observava perplexo. Percebi o suor na sua testa. Ele estava gostando.

A pista já bombava, e eu só pensava no Edward. O vi bebendo, entornando um copo atrás do outro. Sorri, feliz por alcançar meus objetivos, e grudei em Felix e voltei a dançar, rindo sozinha.


Olhei novamente, e ele já não estava lá. Continuei a dançar e procurei não transparecer o nervosismo. Requebrei, girei fiz todo o possível, até sentir alguém segurar meu braço. Virei-me, e o vi. Minha respiração ficou irregular.


Ele segurou o meu braço, me prensou nele e olhando em meus olhos foi se aproximando. Até que os nossos lábios se juntaram ferozmente.


Senti como se eu estivesse flutuando. Parecíamos estar em outro lugar, e não no meio daquela multidão frenética. Como se não houvesse nada, nem ninguém, aqui. Era como se fossemos esvaecermos. Só ele e eu.


Quantas vezes sonhei com isso? Quantas vezes me imaginei beijando-o, abraçando-o, vendo-o sorrir para mim? Infinitas vezes.


E agora ele estava aqui, pressionado seus lábios contra os meus, pedindo passagem para aprofundar o beijo.


Sabia que me arrependeria depois, mas segui meu coração, que parecia querer sacar do peito. E foi algo inexplicável. Foi um beijo doce, cheio de sentimentos. Seus braços se estreitaram a minha volta, fazendo meu corpo praticamente se fundir com o dele.


O momento mais indescritível e mágico da minha vida estava acontecendo... Mas por quê?


Para depois ele fingir que anda aconteceu? Para continuar me ignorando? Para ir a minha casa, e falar mal de mim? Para me fazer sofrer? Para eu ter que lembrar eternamente como foi bom meu primeiro beijo, e depois deixar lágrimas cair sabendo que nunca significaria mais que um nada para ele?

Travei uma luta. Meu corpo o desejava mais que tudo. Minha mente sabia que isso era extremamente errado.


Separei-me dele, a total contragosto. Dei-lhe as costas, e pus-me a andar. Já sentia as lágrimas queimarem em minha face, por causa daquele idiota que me seguia. Saí pela porta, ignorando seus protestos, e caminhando para a rua.

– “Bella, por favor... Me deixe falar com você.” – pediu. Sua voz rouca e sensual soou perto de meu ouvido, causando-me arrepios. Amaldiçoei isso, e virei-me chocando meu corpo contra o dele. Amaldiçoei meu coração por acelerar também.


– “Em primeiro lugar, é Isabella. Bella é para os íntimos.” – sua expressão de descrença me fez rir. – “Em segundo, eu não tenho nada a falar com você.”

– “Sim, você tem muito que conversar comigo, Bella” – falou, decidido.

– “Já disse que é Isabella!” – alterei-me.

– “Bella, por Deus! Pare com essa infantilidade!”

– “Infantilidade?” – ironizei. – “Agora eu sou a infantil?”

– “E não é?” – perguntou, com sarcasmo.

– “Não, Edward O infantil aqui é você, que fala mal de mim, e no dia seguinte me beija sem nem se importar se eu queria!” – gritei.

– “Bom, com isso eu não precisava me preocupar.” – comentou. Arqueei uma sobrancelha. Que diabos ele estava falando? – “Eu sei que você me quer, Bella” – passou sensualmente a língua entre os lábios, dando-me a sensação de borboletas no estomago.

– “Q-Quem disse que e-eu te q-quero?” ?”- gaguejei, dando um passo para trás. Ele se aproximou.

– “Está escrito na sua testa” – revidou, puxando minha cintura pra si.

– “Não me toque!” – pedi, tentando me afastar. Seus braços fortes me impediram. – “Me solta, Edward!”

– “Não.” – ele aproximando seu rosto do meu. Pude sentir claramente o cheiro de bebida que vinha de seu corpo.

– “Você está bêbado.” – rosnei, irritada.

– “Ledo engano.” – falou. – “Eu bebi um pouquinho só, mas amanhã vou me lembrar claramente de tudo.”

– “Claro que vai.” – ironizei. Sua mão pousou em minha nuca, e ele me puxou para si.

Não e não! Ele não poderia me beijar de novo... Eu não resistiria dessa vez. Em um movimento rápido e impensado, pisei em seu pé e sai andando. Ouvi Edward gritando atrás de mim, mas não me importei.


Continuei, sem destino pela escuridão. Sobressaltou-me foi ouvir passos se aproximando. Passos ágeis e rápidos, que me alcançariam rapidamente.


Ele não teria a audácia de vir atrás de mim novamente, não é? No momento que cogitei a possibilidade de correr, Edward puxou-me pelo braço e fez nossos corpos se chocarem.


– “Me solta.” – choraminguei, estapeando seu tórax.


– “É tão difícil entender que eu te quero?”

– “Claro que quer, assim como também quer a Tanya, a Lauren, a Megan, a Cameron, a Jade, a Mary, a Ashley, a... -”enumerei em meus dedos, mas faltaram-me nomes.

– “Eu só quero você.”

– “E eu não quero você.”

– “Ah, não?” – sorriu seu sorriso divinamente torto que fez meu coração falhar. Irritei-me.

– “Não.” – falei, travando os dois pés no chão, desejando que isso fosse verdade.

– “Então, me impeça.” – seu braço envolveu-me pela cintura, puxando-me contra toda extensão de seu corpo; sua mão em minha nuca, segurava firme. Em seguida, senti seus lábios macios sobre os meus, novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu simplesmente AMO esse capítulo, gente! Muito lindo, não?
Bom, hoje é a Biia que vos fala - ou escreve... tanto faz -, e eu queria agradecer muuito a todas vocês, que dedicam o seu tempo lendo e talvez comentando, para minha felicidade e da Kryss! Flores, vocês são tudo para a gente! Muito obrigada... por tudo ♥

Reviews?
Beijos,
Biia.