Por Toda Minha Vida escrita por kryyys


Capítulo 22
Capítulo 22 - Será que é amor?




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Capítulo 22 - Entramos juntos na escola, Edward com a mão no bolso de trás do meu jeans e eu, com meus dois braços a sua volta. Eu ficaria com vergonha disso há dias atrás, porém agora já nem tinha o mesmo apelo que antes. Eu quero dizer, depois que Edward e eu havíamos adquirido intimidade eu não me importava mais em ser tímida com ele - em alguns aspectos.

Fomos até meu armário e com pesar peguei a montanha de livros das minhas próximas aulas. Edward os colocou na minha bolsa e a pendurou em seu ombro para logo depois me prensar contra parede e apertar minha cintura com vigor. Sua boca ficou a milímetros da minha boca, seu nariz roçando no meu, e o sorriso que não saia do rosto.

- “Vou sentir sua falta...” - falou quase encostando os lábios nos meus. Meu coração palpitou a mil. Era a primeira vez que ele expressava algum sentimento por mim que não era desejo. Talvez saudade não seja um a se levar em conta, mas ver que ele sentiria minha falta tanto quanto eu sentiria a dele - com certeza em proporções menores - me enchia de alegria. Enrolei meus braços por seu pescoço e o puxei pra mim.

- “Não vai nada.” - ri. – “E de qualquer forma, vamos nos ver intervalo, não precisa ficar assim...” - sorri depositando um selinho em seus lábios.

- “Hmmm...” - murmurou antes de puxar meu corpo em direção ao seu e me beijar fervorosamente.

O beijo fez eu me esquecer das pessoas, do lugar, do motivo... Ao sentir a língua de Edward na minha, ao sentir suas mãos fortes me apertando, seus lábios se entre abrindo, minha razão se dissipou. Fiz carinho em sua nuca e puxei um pouco seus cabelos, coisa que ele adorava.

O beijo foi longo, profundo, gentil, com uma certa dose de malícia. Malícia essa que adquirimos há um dia atrás.

- “Vejo você mais tarde.” - falou antes de me dar mais um selinho e me soltar. Antes que eu pudesse voltar a raciocinar, Edward já andava na direção de sua classe e me mandava uma piscadela. Sorri calorosamente pra ele e entrei em minha sala tremula. Meu Deus, isso realmente estava acontecendo comigo?

(...)

[Edward]

-  “Mano, essa porra de aula parecia que nunca ia terminar!” - Jasper exasperou ao meu lado quando nos dirigíamos para o refeitório.

Sim, ele estava certo. A porra da aula além de chata estava longa. Insuportável. Faltavam malditos cinquenta minutos para o intervalo, para eu ver Isabella, e o caralho do sino insistia em não tocar.

Isabella. O nome rodou por minha cabeça, me deixando tonto. Em porra eu estava transformando? Eu realmente não sabia. Só tinha noção que essa garota estava fazendo transformações profundas em mim. Apaixonado? Não, eu não estava... Impossível. Mas sentia algo estranho por Bella. Sentia a necessidade de fazê-la sorrir, de fazê-la se sentir segura, de lhe dar prazer, de lhe irritar, sentia extrema necessidade de ficar perto dela. Em poucos dias, ela tinha se tornado o que jamais nenhuma garota conseguiu ser. Bella tinha me encantado de um tanto que eu não sentia necessidade de ficar com ela apenas uma vez, mas sim várias.

Entramos no refeitório, já rodeados de puxa sacos imbecis do time, e saímos para fila. Peguei dois pedaços de pizzas, uma coca e um bolinho rosa. Bolinho esse que daria pra Bella quando ela chegasse.

Fui pra mesa mecanicamente e me joguei na mesma. Os garotos falavam de táticas, das líderes de torcida e de qualquer merda que eu não prestava atenção. Minha atenção se dirigia a porta, esperando ela chegar.

Vi Emmett sentar-se conosco, vi Tanya Denali se esgueirar por ali – tentando ser o centro das atenções -, vi os nerds idiotas que ficavam até tarde em suas aulas chegarem. E nada dela.

- “Emmett, onde está sua irmã?” – suspirei ao fazer essa pergunta.

- “Hmm, eu não sei.” - falou confuso. – “Ela não está com a Alice?” - procurei Alice pelo refeitório, mas nada dela também.

- “Creio que não.” - falei voltando a minha posição inicial e ficando ansioso de repente. Foi quando o celular de Emmett tocou e ele, com uma calma exagerada o pegou do bolso.

- “Viu? É a Alice.” – riu antes de abrir – “Fala pequenês.” - o sorriso que se encontrava no seu rosto aos poucos diminuiu e uma expressão preocupada tomou seu rosto. – “Mas ela está bem? Está... Está tudo bem? Ela não se machucou não é?” - elevou o tom de voz. – “Porra Alice, mas você também, né! Que caralho! Já falei pra quando Bella passar mal você me avisar, e não tomar as rédeas de tudo!” - Bella? Bella passando mal? Mas que porra era essa? – “Quer que eu vá pra casa? Posso cuidar dela se você quiser... Ah merda, hoje tem treino!” - falou passando as mãos no cabelo irritado. – “Tá, tudo bem, nos vemos depois.”

- “O que aconteceu?” - perguntei me atropelando nas palavras.

- “Bella na metade da terceira aula estava passando meio mal, algo como cólicas e muita dor de cabeça. Ela pediu pra Alice a levar pra casa.”

- “Alice?” - perguntei nervoso.

- “Ei, nem faça essa cara. Eu que deveria estar com raiva, sou o irmãos mais velho aqui.” – resmungou apontando pra si mesmo.

- “Mas ela está melhor?”

- “Nem um pouco.” - falou com pesar. Imediatamente me levantei e comecei a me dirigir para fora de lá. Eu iria até ela. O quão mal ela podia estar? Uma sensação estranha começou a se formar dentro de mim por pensar nela sofrendo.

- “Ei idiota, aonde você pensa que vai?” - Emmett falou já ao meu lado.

- “Vou cuidar da Bella.” - falei apressando meus passos para atravessar o estacionamento.

- “Você o que? Não, você não vai!” – ele me parou. – “Alice está lá com ela e ela não precisa de você! Sem contar que temos treino!”

- “Que se foda o treino Emmett!”

- “Tudo bem, eu vou fingir que você não é quem é, vou fingir que você não vai ficar sozinho na minha casa com a minha irmã caçula e vou fingir que nada disso aconteceu, ok? Mas é bom você saber que se ao chegar em casa algum de vocês estiver nu, eu te mato.” – soltou as palavras entredentes

- “Alice vai estar lá, Emmett.”

- “Não, ela não vai. Alice terá que voltar pra escola para uma prova que o Sr. Tompson vai dar.” - Vamos estar sozinhos?  Isso era bom... – “Tire esse sorrisinho do seu rosto ou eu te dou um murro agora mesmo. Bella está mal, idiota!”

- “Que sorrisinho?” – suas mãos fecharam em punho. Me segurei para não rir. – “Relaxa Emmett, eu não vou fazer nada...” – sorri rapidamente e saí de perto antes que ele pudesse responder. Escorreguei pelo banco de meu carro e dirigi o mais rápido possível para a casa dela.

[Bella]

Rolei na cama tentando achar uma posição confortável... Missão impossível. Gemi contra o travesseiro. Alice deu tapinhas reconfortantes na minhas costas.

- “Você vai sobreviver.”

- “É fácil falar quando não é você que tá quase tendo um filho.” -  minha voz saiu abafada. Alice tentou disfarçar uma risada, eu podia jurar que ela estava rolando os olhos.

- “O remédio já deve fazer efeito, fique bem quietinha que vai passar.” – ela suspirou. – “Tenho que ir agora. Qualquer coisa me ligue, ok? Seu celular está aqui do lado.” – respondi com outro gemido. Ela beijou minha cabeça e ouvi a porta bater e seus passos se distanciando, até ficarem inaudíveis.

Suspirei, ficando de barriga para cima. Essa merda de cólica tinha estragado tudo! Encolhi minhas pernas na tentativa de amenizar aquela dor do inferno. Eu nem tinha tido chance de me despedir de Edward direito...

Passos na escada interromperam meus pensamentos. Provavelmente era Alice que havia esquecido alguma coisa. Quem mais havia de ser? Edward e Emmett estariam no treino... Fechei meus olhos tentando relaxar. Obviamente não deu certo.

A porta do meu quarto foi aberta e eu esperei a voz de Alice começar, tagarelando sobre alguma coisa, mas não... Silêncio. Foi então que senti um perfume, um não... Aquele perfume. Aquele que eu reconheceria em qualquer lugar, aquele perfume que fez meu coração acelerar imediatamente... Abri os olhos e tive a confirmação, Edward estava ali. Parado diante da porta. Sorrindo pra mim. Mas o que...?

- “Como você está?” – ele rapidamente sentou ao meu lado, afagando meus cabelos. Abri a boca para responder, mas ele foi mais rápido. – “Melhorou ou ainda está doendo? Já tomou remédio? Quer que eu te leve para o hospital? Porque se for o caso, eu ligo para Carlisle imediatamente...” – pus meu dedo em seus lábios rindo.

- “Calma! Eu to bem. Dói bastante, mas passa. To acostumada. É normal. Já tomei remédio e nem ponha hospital no meio disso” – fiz careta para a palavra hospital. Significava que iam ter agulhas. Preferia ficar com cólica.

- “Eu fiquei preocupado...” – ele sussurrou para si mesmo, mas eu ouvi. Foi impossível não sorrir com isso. E afinal, já nem estava doendo mais tanto assim...

Dei um espaço na cama, indicando para ele deitar comigo. Ele o fez imediatamente, me ajeitando em seus braços. Nós nos encaixávamos perfeitamente. Edward puxou meu queixo para um beijo rápido, depois deixei minha cabeça descansar em seu peito, enquanto ele fazia carinho em meus cabelos.

- “Você não tem treino hoje?” – sussurrei, desejando mais que tudo que a resposta fosse não.

- “Shhh... Não se preocupe com nada, meu amor” – ele tocou minha bochecha.  – “Tá melhor?”

- “Ainda dói um pouco” – torci meu nariz.

- “Já vai passar. Agora fique quietinha e relaxe.”

Comecei a prestar atenção nas batidas de seu coração. Talvez aquela fosse o som mais lindo do mundo. Ou talvez fosse aquela canção que ele sussurrava, que era desconhecida para mim, mas me acalmava totalmente. Meus olhos foram ficando pesados e eu acabei adormecendo ali, mais uma vez, nos braços de Edward.

(...)

Estiquei meu corpo, sentindo o de Edward ainda ao meu lado. Sorri, afinal ele não tinha ido embora. Me levantei um pouco para observar seu rosto e me surpreendi ao ver que ele também dormia.

Sua expressão era calma, leve... Tão lindo. Delicadamente tentei acariciar seu rosto, sem a intenção de acordá-lo, mas foi exatamente o contrário que aconteceu. Seus olhos verdes se abriram e imediatamente buscaram os meus. Nós sorrimos.

- “Oi.” – sussurrei.

- “Tá melhor?” – ele me puxou pra mais perto.

- “Sem dúvida.” – ele beijou minha testa. Retribui com um beijo na ponta de seu nariz gelado. – “Estou com fome.”

Enterrei minha cabeça em seu peito.

- “Agora não” – gemeu, me espremendo em seus braços – “Vamos ficar aqui.”

- “E o treino?” – insisti. Sabia o que acontecia quando eles faltavam. Emmett já havia me contado. O treinador não era uma pessoa muito amável...

- “Só vou se você for comigo.” – ele resmungou.

- “Mimado.”

- “São seus olhos, amor.” – eu sorri contra seu peito.

- “Eu não to brincando, preciso de comida!”

- “Gulosa.”

- “Minha barriga está se rebelando...”

- “Tá bem, sua chata. Vamos fazer alguma coisa pra te empanturrar.”

- “Tá aí uma decisão sensata.” – brinquei, seguindo ele pela casa.

Caminhamos até a cozinha e eu já fui caçando os ingredientes.  Coloquei tudo em cima pia e peguei uma panela. Edward apenas observava meus movimentos.

- “Brigadeiro?” – ele me abraçou por trás, enquanto eu tentava sem sucesso colocar a manteiga na panela. Seus lábios distribuíram beijos pelo meu pescoço.

- “É...” – fechei meus olhos em deleite. Ele mordeu o lóbulo da minha orelha.

- “Adoro brigadeiro. Principalmente quando está espalhado pelo corpo.” – ele sorriu contra minha pele. – “Pra limpar com o língua, sabe...”

- “Edward.” – alertei, fechando meus olhos na tentativa de controlar esse desejo por ele.

- “Que foi? Só estou fazendo comentários.” – ele deu ombros se afastando minimamente de mim. Eu coloquei a panela no fogão, mexendo com agilidade.

Edward puxou meu rosto, desviando minha atenção do doce. Seus lábios estavam fervorosos contra os meus. Demorou alguns segundos para eu me lembrar aonde estava.

- “Me deixa cozinhar.” – resmunguei, empurrando ele mesmo que contra minha vontade. – “Não vou querer queimar outra coisa por sua culpa.”

- “Minha culpa?” – ele pôs a mão no peito, como se estivesse inconformado. Revirei meus olhos.

- “Foi. Você me distraí.” – foi a vez dele rolar os olhos. – “Pega uma vasilha pra mim por isso, por favor. Tá ali no armário.” – eu murmurei apontando o local.

- “Agora você me trata como um empregado...Puff.” – ele resmungou pegando uma vasilha qualquer e pondo ao meu lado.

- “Dramático.” – eu ri, enquanto despejava o doce na vasilha. Enchi a panela de água, peguei duas e colheres e seguimos para o quarto.

Sentei na cama, dando um espaço para Edward. Coloquei o brigadeiro no meu colo e comecei a devorá-lo. Olhei para Edward e ele estava... Tirando a roupa?

- “Mas o que... Você tá fazendo?” – falei devagar, tentando não olhar fixamente para seu maravilhoso corpo. Aquela boxer preta não ajudava.

- “Ficando à vontade.” – ele sorriu torto. Meu coração falhou. – “Você podia fazer o mesmo, sabe...” – eu ainda estava sem reação. – “Tudo bem, foi só uma sugestão...” – ele riu pegando a colher de minha mão e comendo o brigadeiro contido nela. 


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Notas finais do capítulo

ESTAMOS VIVAS! E COM CAPÍTULO NOVO!!!! (podem comemorar, rs)
E desculpem pela demora, gente. Sei que é realmente chato e que alguns de vocês vem cobrando capítulos, mas não se esqueçam que a gente também tem uma vida fora daqui e (infelizmente) escrever não garante o pãozinho do dia, rs.
Enfim, como vocês tão? Me contem. Eu estou numa depressão sem fim e descobri que a TPM não me ajuda a escrever (por isso o capítulo ficou curto, desculpem por isso também.) A Krys vai fazer o próximo e os capítulos dela sempre são tudibom então o próximo compensa por esse, combinado?
Éééééé... Não sei mais o que falar, mas acho que era isso (embora eu não tenha falado nada). Tchau pra vocês, beijos (eu ia falar feliz natal TIPO WTF BEATRIZ), obrigada pelo apoio, e que tal alguns reviews para nos ajudar, em? Lembre-se, a cada review que você não manda um autor morre (só eu acho o nyah exagerado demais? RS. Mas não vamos correr o risco néeeeeeee? /séria /muito séria)
TCHAU GENTE :]
Bia