Por Toda Minha Vida escrita por kryyys


Capítulo 14
Capítulo 14 - Seu Efeito Sobre Mim




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Capítulo 14:


Pisquei várias vezes antes de abrir os olhos, a claridade me incomodava. Onde eu estava mesmo? Finalmente consegui abri-los, a primeira coisa que eu vi foram seus lindos olhos verdes parecendo preocupados. Ele me olhou com indagação, depois sorriu.


– “Como você está se sentindo?” – perguntou. Aspirei o ar, ele veio... Sorri com um tanto de dificuldade.

– “Bem, eu acho.” – olhei em volta. Tudo era branco. – “Onde eu estou?”

– “No hospital, claro.” – ele revirou os olhos. A palavra me fez fazer uma careta. Hospital era sinônimo de agulha. – “Vou chamar Carliesle.”

– “Como eu vim parar aqui?” – fiz um esforço para lembrar. Escola, Emmett, asma... O que mais?

– “Ér...” – ele passou a mão nos cabelos. – “Você teve uma crise de asma e a gente te trouxe aqui. Foi isso.”

– “Eu sei disso, quero dizer como eu...”

– “Eu vou chamar uma enfermeira.” – falou, me interrompendo e saindo pela porta.


Estranhei sua atitude. Porém, de repente, uma lembrança ocorreu.


Sentia uma lufada de ar entrar rasgando em mim. Sentia um ar quente entrar em meu corpo de segundos em segundo e vi, tardia mente, que não era eu que respirava. Era alguém que mandava ar pra mim, alguém forçava-me a respirar.


Depois que o ar voltou normalmente a meus pulmões, abri meus olhos. Havia gente, muita gente... Porém eu só enxergava ele. Ele havia me salvado, salvado minha vida... Tentei usar o resto de minhas forçar para sorrir e sussurrei seu nome. Ele sorriu, parecendo aliviado.


Mas tudo foi ficando escuro e ele foi se afastando... Eu fiquei irritada. Pare, Edward! Pare! Não vá embora! Tentei falar seu nome, mas minha voz não saía... Não conseguia mexer meu corpo, estava cansada.


– “Bella!” – era ele. Ele gritou meu nome. Ele estava ali.


Sorri de novo, e fechei meus olhos, cansada demais...


Minha boca caiu, eu estava em choque... Foi ele, foi ele quem me salvou! Foi por causa dele que eu estava viva...


A porta abriu, Carlisle entrou com um sorriso tranqüilo no rosto.


– “Que bom que acordou, senhorita Swan. Como está se sentindo?”


Encarei-o por alguns momentos, ainda sem conseguir responder. Ele virou de costas e começou a escrever em uma coisa.


– “Bem.” – sussurrei. – “Onde está Edward?” – me arrependi depois que perguntei. Ele se voltou pra mim, rindo um pouco. Corei de vergonha.

– “Receio que já tenho ido embora.” – confesso que me entristeci por isso, gostaria de agradecê-lo por ter me salvado. – “Mas vejo que já está melhor sim.” – ele riu, enquanto tocou minha bochecha vermelha. – “Assim que sua mãe chegar, você já poderá ir embora. Mas você terá que me prometer que vai repousar pelo resto do dia, está bem?”

– “Avisaram Renée?” – fiz careta, ignorando a pergunta.

– “Sim” – ele pareceu não entender minha pergunta. – “Bom, eu tenho mais pacientes para atender, qualquer coisa chame uma enfermeira, ok?” – assenti.


– “Senhor Cullen?” – chamei, antes dele ir.

– “Sim?” – ele se virou.

– “Pode agradecer ao Edward... por mim?”

– “Mas é claro.” – sorriu gentilmente e saiu pela porta.


Alguns minutos se passaram até Renée e Emmett chegarem. Reneé assinou alguns papéis, enquanto Emmett me fazia rir de suas piadas idiotas.


Chegamos em casa e inventei uma dor de cabeça, com o pretexto de fugir de minha mãe e seu sermão de que cuidados eu deveria tomar. Me tranquei em meu quarto pelo resto da tarde.


Alice me ligou várias vezes e até algumas pessoas do colégio, que provavelmente viram todo o escândalo e queriam saber como eu estava. Por um instante desejei não ir na escola amanhã, provavelmente seria o centro das atenções e odiava isso. Mas depois voltei a pensar em Edward e em sua atitude estranha no hospital...


Por que ele tinha agido daquele jeito? Era o que eu me perguntava toda hora. Além de estar estranhamente perturbada por ele não ligar, nem mandar mensagens, nem nada. Onde ele estaria nesse momento? O que estava fazendo?


Depois de algum tempo, peguei no sono. Um sono conturbador e nada tranqüilo.


(...)


Renée me acordou para jantar, antes de descer verifiquei o celular. Nenhuma chamada, nenhuma mensagem, absolutamente nada. Bufei completamente frustrada, onde aquele garoto tinha se enfiado?


– “Provavelmente já deve estar por aí, com outra.” – falei pra mim mesma. Deitei novamente, afundando a cabeça no travesseiro. As lágrimas costumeiras já se acumulavam em meus olhos. Idiota, idiota, idiota.


Desci e não comi quase nada. Voltei rapidamente na cama, desejando pegar no sono. Amanhã, na escola, ele tinha que me escutar.


(...)


Levantei antes mesmo do despertador tocar e troquei de roupa. Coloquei uma calça que se moldava ao meu corpo, uma blusa estampada e uma jaqueta de couro preta por cima. Um par de sapatos com salto, rímel e um gloss. Era o bastante para Alice não ficar me enchendo.


Desci e peguei uma maçã, enquanto Emmett praticamente comia dormindo, ainda de pijama. Ou com o shorts do pijama pelo menos.


– “Quer carona pra escola hoje?” – ele murmurou de olhos fechados, enfiando mais uma colher de cereal na boca.

– “Eu adoraria!” – o tom saiu mais feliz do que eu esperava. Emmett me olhou interrogativo. Apenas ignorei e beijei sua bochecha. Fiquei sentada no sofá enquanto esperava a belezinha terminar de se arrumar.


5 minutos... 10 minutos... 20 minutos.


– “Ah, qual é?” – resmunguei sozinha, subindo para o quarto dele. Bati freneticamente na porta até ele abrir.

– “Mas o que foi, mulher?” – ele perguntou frustrado.

– “Por que você está demorando tanto?”

– “Minha beleza precisa ser bem cuidada.” – ele sorriu e piscou.

– “Tudo bem, mas você pode cuidar de sua beleza uma outra hora.” Puxei seu braço com todas minhas forças, ele nem se mexeu.

– “Essa é toda sua força?” – ele apontou pra minhas mãos em seu braço. – “Você está precisando ter umas aulas com o gostosão aqui.” – ele deu risada.

– “Emmett!” – eu gemi.

– “Ta bem, estou indo.” – ele pegou as chaves do carro e chacoalhou elas na minha cara. – “E vou fingir que o motivo de você querer chegar cedo assim é porque você é muito CDF, ok?”


Dei minhas costas a ele e comecei a andar, ele me seguiu.


– “Sério que você consegue andar nesses saltos?”


E pronto. Foi só ele falar que eu levei uma bela tropeçada, quase caindo pela escada a baixo. Foi o suficiente para ele ter uma crise de riso e demorar mais cinco minutos para conseguir andar.


– “Ai Bella, você é tão atrapalhada!” – ele comentou, apoiando um braço no meu ombro.

– “Não é legal rir das desgraças dos outros, sabia?” – falei, meio brava. – “E você sabe que é só você falar que eu tropeço.”

– “Eu sei.” – ele sorriu pra mim. – “É por isso que eu faço.”


Tirei seu braço do meu ombro e comecei a andar mais rápido. Ele passou o pé em mim e eu quase caí de novo, mas dessa vez ele me segurou e voltou a dar risada.


– “Paaaaaaara Emmett!” – eu gemi.

– “Ah Bella, nós temos que repetir isso mais vezes!” – ele sorriu pra mim e beijou meu rosto.


Por mais irritante que fosse ele me fazendo cair, eu preferia esse Emmett do que aquele que mal falava comigo. Sorri para ele, mantendo uma distancia estável para ele não fazer isso de novo... Se bem que, eu tropeçaria quantas vezes fosse – além do normal, é claro – para nossa relação continuar assim, como irmãos de verdade.


Por fim fomos para a escola. Edward me evitou, dizendo que estava atrasado pra aula. Era uma mentira, obviamente. Ele não se importava com a escola. Mas ele não podia me evitar o dia inteiro, nós tínhamos aula de biologia juntos. Sorri com isso.


– “Posso saber o motivo do sorriso, senhorita Swan?” – todos da sala me encararam, eu senti meu rosto esquentar.

– “Desculpe, senhor Watson.” – murmurei baixinho. Ouvi ele resmungar mais alguma coisa para si mesmo sobre como eu estava estranha, mas eu ignorei.


Edward era a única coisa que eu conseguia pensar, pra variar um pouco. Olhei no relógio, faltavam 30 minutos ainda. Bufei impaciente, tinha tempo pela frente ainda.


(...)


Eu praticamente corria impaciente pelos corredores. Cheguei até sem fôlego na porta da sala e lá estava ele. Sentado no seu lugar de costume, com uma vaga ao seu lado. Não perdi tempo, e me postei ao seu lado. Sua postura mudou assim que cheguei, ele cruzou os braços da frente do peito, forçando-os excessivamente. Ele estava visivelmente tenso e desconfortável.


Sorri com a ironia presente nessa cena. Eu te causado esse efeito, Edward? Tive vontade de falar. Que curioso, não?


Ele me encarava disfarçadamente, como se quisesse que eu não percebesse isso. Por incrível que pareça, tudo o que senhor Banner falou pareceu mais um blá blá blá do que outra coisa. Eu não conseguia prestar atenção em nada, nem as anotações eu fazia como de costume. Eu só conseguia pensar em Edward, e em como fazê-lo falar comigo.


O sinal bateu, ele imediatamente levantou e já estava pronto pra sair, antes de todo mundo, como se estivesse sufocado. Levantei e fui atrás dele. Edward andava rápido demais pelo campus, eu mal podia alcançá-lo.


– “Edward, espera!” – eu meio que gritei. Muita gente além dele olharam pra mim, eu corei. Ele se virou pra mim, sua expressão era estranha. Andei até ele. – “Por que você está fugindo de mim?” – exigi.

– “Eu não estou fugindo de você...” – ele não me olhava nos olhos. – “Pare de besteira.”


Voltou a andar, mais devagar dessa vez pra eu acompanhá-lo.


– “Claro que está! E você não está me dando a oportunidade de agradecê-lo.” – escolhi as palavras com cuidado.

– “Agradecer pelo que?” – ele perguntou, ainda olhando para o chão.

– “Por ter salvo minha vida!” – falei como se fosse óbvio.

– “Ah, isso...” – ele falou com descaso. Ah isso? Era só isso que ele tinha pra dizer? – “Não foi nada.” – ele deu ombros, mostrando que não era nada importante.


Eu me irritei ao extremo. Como ele podia ser tão egoísta, tão asqueroso, tão repugnante, tão desprezível, tão... Edward Cullen? Reprimi a vontade de gritar com ele.


– “Então tá bom.” – deixei transparecer toda minha raiva em minha voz. Ele me olhou meio assustado, eu acho. Não fiquei pra confirmar, saí andando o mais rápido que podia.


Edward não tentou falar comigo de novo naquele dia. Ignorei-o como ele fazia comigo, afinal... Se era guerra que ele queria, era guerra que ele iria ter.


Voltei casa com Alice, ela insistia em tentar puxar papo comigo, mas eu só tinha vontade de mandá-la calar a boca. Sabia que ela só estava tentando ajudar, mas não era uma hora que eu queria ajuda.


Ela estacionou o porshe na frente de casa.


– “Tem certeza que você vai ficar bem?”

– “Não me faça perguntas, que eu não direi mentiras.” – sorri fraco. Eu podia ver em seus olhos que ela estava mal por me ver assim, me senti culpada por estar sendo tão péssima amiga pra ela. – “Me desculpe por estar sendo uma amiga ruim pra você.” – expressei meus pensamentos. Ela foi protestar, mas eu fiz sinal pra que se calasse. – “Não está sendo nada fácil pra mim, Alice. Eu realmente sinto muito.” – terminei e saí do carro, não dando chance para ela responder.


Entrei em casa e me tranquei no quarto de novo. Decidi que ficaria ali pelo resto do dia, mofando.


(...)


Três batidas na porta. Pensei mandar a pessoa pra aquele lugar, mas Emmett já entrava com um sorriso nos lábios. Vi que ele deixou uma bombinha de ar em cima da escrivaninha e veio sentar do meu lado. Continuei deitava olhando pro teto, irritada e triste.


– “Qual é, vai ficar emburrada o dia inteiro?” – tentei fingir que ele não estava ali. - “Cadê meu desastre natural pra sair tropeçando pela casa?” – não pude deixar de sorrir com o desastre natural. Era assim que ele me chamava antes daquele idiota entrar na nossa vida. Meu sorriso se desmanchou assim que eu lembrei dele. Ele suspirou. – “É por causa do Edward, não é?” – perguntou. Continuei em silêncio. – “O que ele fez agora?”


Pensei em continuar ignorando-o, mas eu precisava falar.


– “Nada! Ele não faz nada!” – desabafei frustrada. – “Salva minha vida, fica me evitando e depois age como se nada tivesse acontecido. Esse é o problema! Ele não faz nada!”

– “Bella” – ele fez uma cara estranha. – “Edward não está muito acostumado a ser... altruísta. Na verdade, ele nunca faz alguma coisa pra alguém... além dele mesmo, é claro.” – ele parecia escolher as palavras com cuidado. – “Talvez, ele só não saiba como agir agora.” – aquilo soou como uma pergunta. – “Mas no fundo, ele é um cara legal. Mas que fique claro que eu preferia que você escolhesse qualquer pessoa que não fosse ele. É meio estranho minha irmã e meu melhor amigo, entende? E também que eu não quero que ele te magoe, porque eu sou seu irmão... Ou pelo menos estão tentando ser... E é isso que os irmãos fazem, né? Protegem uns aos outros?” – ele sorriu. – “E quando eu digo qualquer pessoa, é qualquer pessoa mesmo. Sabe, eu posso até arrumar um pra você. Que tal aquele esquesito que sempre senta sozinho no fundo da sala?” – não pude deixar de franzir o nariz.

– “O Rian Yorkie?”

– “Esse é o que assoa o nariz com a mão e limpa nas calças?” – eu concordei enquanto ria. – “Então é esse mesmo!” – ele sorriu. – “Ah, vai me dizer que mãos nojentas não te seduzem?” – não pude deixar de rir das besteiras que ele falava.

– “Ai Emmett, que nojo!” – falei, enquanto tentava expulsá-lo do meu quarto. Uma tarefa quase impossível, já que eu mal conseguia parar de rir.

– “Ah não! E aquele outro lá, o tal do Wood?”

– “Tchau Emmett.” – disse, em meio as minhas risadas. Imaginar aquele outro garoto estranho que fica senta na primeira fileira, usa óculos fundo de garrafa, aparelho e que leva sempre a lancheira do Bob Esponja – a qual chama de preciosa e não deixa ninguém tocar nela – me fez sentir calafrios.

– “Bella! Isso é sério!” – eu levantei e abri a porta do quarto ainda rindo – “É do seu futuro que estamos falando!”

– “Tchau Emmett!” – ele levantou e parou na minha frente, sorrindo pra mim

– “Essa é a Bella que eu conheço!” – ele piscou e saiu do quarto.


Encostei a porta e voltei para cama, pensando em tudo o que ele tinha dito. Deitei na cama de barriga pra cima, ainda rindo de suas besteiras... Era disso que eu estava precisando, rir um pouco. Sorri realmente me sentindo mais leve.


Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Alice convidando-a pra ir ao shopping. Ela respondeu em menos de 10 segundos que já estava passando em casa. Eu ri da sua empolgação.


É, talvez fosse hora de parar de pensar tanto nele assim.


(...)


– “Muito obrigada por isso, Bella!” – Alice sorria de orelha a orelha quase literalmente. Na verdade ela estava sorrindo à tarde inteira. Me senti um pouco culpada por não ter feito isso antes... Haviam tantas coisas acontecendo na vida dela que eu nem imaginava! Como o fato dela estar quase namorando com Jasper. Eu não acreditava que estava sendo tão egoísta esses dias a ponto de esquecer da vida dela, e só me preocupar com a minha.

– “Eu que tenho que te agradecer.” – sorri pra ela enquanto pegava minhas compras.

– “Temos que repetir isso mais vezes!”

– “Claro que sim.” – ela piscou pra mim. – “Ah, e boa sorte hoje a noite com Jasper.”

– “Obrigada.” – ela um beijo em minha bochecha e eu saí do carro.


Entrei em casa, estava tudo tão silencioso. Procurei por alguém, minha mãe estava na cozinha preparando a janta. Ou tentando, pelo menos.


Olhei para a macarronada que mais parecia uma massa conjunta.


– “Quer ajuda aí?”

– “Não precisa, querida.” – ela olhou pro macarrão. – “Bom, acho melhor eu fazer outra coisa pra janta.” – ela sorriu fraco. Reparei nas longas olheiras que ela tinha.

– “Renée, pode ir descansar. Eu faço isso pra você.”


Dessa vez ela nem tentou protestar, talvez estivesse cansada demais para isso.


– “Tem certeza que não vai atrapalhar?” – perguntou. Neguei com a cabeça e peguei uma lasanha congelada e levei ao forno.


Subi no meu quarto, peguei minhas coisas, tomei banho e voltei pra lá. Entrei no closet, peguei um shorts e uma blusa qualquer e me troquei lá dentro mesmo.


Saí de lá, secando meus cabelos com a toalha. Um grito escapou quando vi Edward sentado na minha cama. Ele fez sinal para que eu me calasse, levantou e fechou a porta.


– “Mas o que você está fazendo aqui?” – perguntei baixo. Na verdade eu queria gritar com ele.

– “Eu só queria te pedir desculpas... De novo.” – ele meio que sorriu pra mim. – “Eu sei que eu tenho agido meio estranho, mas é que eu não sei o que eu devo fazer!” – ele suspirou frustrado. – “Isso é tão estranho!”

– “Não, não é. A questão é que você não está acostumado em ser altruísta, em pensar em outras pessoas a não ser você.”

– “Você não ajuda muito, sabia?” – ele sentou na cama.

– “Tudo bem, já pediu desculpas, agora já pode ir.” – ele pareceu espantado. Olhei-o com descaso. – “Você não está achando que vai ficar entrando todos os dias pela aquela janela, está?”

– “Não seria má ideia.” – ele sorriu pra mim.

– “Seria sim, agora tchau.”

– “Não, espere.” – ele caminhou até mim, eu recuei. – “Não foi só por isso que eu vim aqui.”

– “O que mais você quer?” – resmunguei.

– “Sua ajuda.”


Eu travei, depois comecei a rir.


– “Qual é? Edward Cullen pedindo ajuda pra alguém? Espera, você pode repetir isso olhando pra uma câmera?”

– “Nossa, como estamos engraçadinha hoje, né?” – ele riu falsamente. – “É sério, você pode me ajudar?”

– “Depende.” – eu sorri.

– “Eu preciso de ajuda pra estudar.”


Aí que eu desatei a rir mesmo.


– “Você quer ajuda pra estudar?” – repeti rindo mais.

– “Você vai me ajudar ou não?” – ele estava se irritando.

– “Não sei... Você acha que merece minha ajuda?” – sorri marota.


Ele começou a andar até mim, eu fugi dele. Até que a parede me impediu de continuar. Ele sorriu, colocando um braço de cada lado meu. Eu fiquei tensa quando seus lábios foram até meu pescoço. Ele beijou ali.


– “Eu adoro quando você acha que manda nisso aqui.” – ele beijou meu queixo e sorriu. – “Mas então, você realmente vai negar ajuda a mim?” – ele sussurrou no meu ouvido, mordendo ali.


Ah meu Deus, ele era tão bom nisso!


– “E-eu...” – tentei falar.

“Por favor” – ele sussurrou mais uma vez, com seus lábios quase encostavam aos meus. Me perdi em seus lindos olhos que me encaravam e de repente, esqueci como se respirava. Eu estava deslumbrada. Abri a boca, mas nada saiu. – “Te espero amanhã, na minha casa.” – falou, depois tomou meus lábios nos seus, quase me enlouquecendo. Depois saiu, com um sorriso nos lábios.


Eu mal podia me mover, só consegui escorregar até o chão. É, seu efeito sobre mim era realmente inacreditável.


(...)


Toquei a campainha.


Eu mal podia acreditar que estava realmente fazendo isso. Amaldiçoei Edward e todo aquele jeito tremendamente sedutor dele. Mas porque que ele tinha que ser assim? Acho que eu preferia que ele fosse que nem o Nick Wood. É, preferia sim. Seria bem mais fácil pra mim.


Ouvi passos dentro da grande casa. Pro meu rosto ficar mais corado era impossível, meu coração estava acelerado. E se fosse a mãe dele? Ah meu Deus, o que eu iria dizer?! Me arrependi de estar aqui. Olhei pros meus pés, eu estava de salto. Eu teria tempo de tirá-los e sair correndo?


A porta foi aberta. Eu prendi minha respiração.


Ah Deus, o que me esperava essa tarde?


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo, eu queria agradecer a samantajulia, Vevelem, LindaFerrari, alice_07, Kcullen, lovetwilight e MandiePattinson por terem recomendado nossa história. E também aquelas que sempre leem e deixam o comentário, impulsionando a gente a escrever mais e mais. Queria agradecer até mesmo as "leitoras fantasminhas" que só leem, mas nunca falam nada, haha. Muito, muito obrigada meninas! Vocês são maravilhosas!
Mas e o capítulo, heim? Eu adoreeeei escrever as partes do Emmett/Bella. Foi tão lindo!
E ai, gostaram, odiaram? Gritem por aqui.
Beijos, Bia s2