Por Toda Minha Vida escrita por kryyys


Capítulo 13
Capítulo 13 - Salve-me.


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer a KCullen que recomendou nossa fic. Amor nós realmente nos emocionamos com suas palavras, com seus elogios. Foi simplesmente perfeita. Muito obrigada ♥
Capítulo feito pelas duas hoje, haha.Esperamos que gostem ;D



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Capítulo 13:


Suas mãos corriam por todo meu corpo, em seu deleite; sua pele roçava na minha me causando arrepios; seus lábios eram furiosos contra os meus... Era loucura demais.


Senti um volume formar em baixo de mim, meu rosto corou. Ele parou de me beijar e desceu seus lábios para meu pescoço e clavícula, nos dando tempo para respirar. Cravei minhas unhas em sua coxa, quando senti seus lábios chegarem ao meu decote.


Arfei. Isso era tão errado.


Eu não podia me deixar levar, não por ele. Ainda mais porque ele havia feito a mesma coisa, a algum tempo atrás, após ter me deixado sozinha. Eu não podia me permitir deixá-lo me ganhar.


Interrompi o beijo e retirei suas mãos de meu corpo. Nós dois estávamos extremamente ofegantes, nossa respiração acelerada era a única coisa que era ouvida. Ele me olhava numa mistura de confusão com revolta. Saí de seu colo.


– “Mas o que você está fazendo?”

– “Indo embora.” – respondi com desdém, me debruçando rapidamente sobre ele e destravando a porta.


Abri a porta e andei até a porta de casa. Edward segurou meu braço antes que eu conseguisse entrar. Ele mantinha sua expressão de revolta.


– “Por que você sempre faz isso? Por que sempre você tem que parar?

– “Porque eu não sou uma vadia qualquer que você usa e joga fora.” – falei. – “E por que você não vai se satisfazer com a Lauren... de novo?” – tentei reprimir as lágrimas que teimavam em cair.

– “Quantas vezes eu vou ter que dizer que eu não transei com ela?! Que merda, Bella! Por que você não acredita em mim?!” – sua voz aumentou e sua mão apertou meu braço.

– “Porque eu não confio em você!” – gritei, puxando meu braço de volta. Uma expressão de cinismo brotou em seu rosto.

– “Tem razão, você não deve confiar em mim.” – ele sorriu ironicamente. – “Eu não transei com ela. Não ainda, pelo menos. Mas essa é uma boa ideia. Ela é gostosa e estava toda molhadinha por mim na festa, pena que eu perdi meu tempo com você.” – ele virou as costas para mim. – “Mas não se preocupe, eu não vou mais fazer isso.” – dito isso, entrou no carro e arrancou para longe.


Todos os sons da noite se calaram.


Eu não ouvia nada, além de meu coração falhando durante várias batidas.


Entrei em casa, minhas pernas cederam. A porta seguiu seu trajeto lentamente em direção a parede, ela bateu. Fiquei exatamente onde estava, jogada no chão. Lágrimas encherem meus olhos. Chorei, pois eu tinha necessidade disso e meu coração estava quebrado. Não, meu coração estava completamente partido, em muitos de pedaços.


Permaneci ali, não sei por quanto tempo. Eu não tinha força para me mexer, só conseguia continuar chorando, enquanto suas palavras ecoavam em minha cabeça.


Burra. Era isso que eu era.


Burra por acreditar que ele podia mudar; burra por ter esperanças de que um dia ele fosse gostar de mim como eu gosto dele. Burra por simplesmente achar que ele tem sentimentos...


Continuei em minha posição fetal, e depois de algum tempo, ouvi vindo da janela o canto das cigarras. Fiquei em pé, eu estava tremendo, chorando... Sem eu sequer notar, as lágrimas continuaram a descer pelo meu rosto, silenciosas. Fui até a janela, e lá fora, a luz da lua iluminava a rua deserta.


E sem ao menos esperar, caí de joelhos ao chão novamente. Pus minha cabeça entre as mãos, elas ficaram encharcadas em questão de segundos. A dor tomava conta de mim, a sensação de ter um buraco em meu coração só aumentava. Apertei meus olhos com força, e fiz meu último desejo…


Morrer.


[Edward]


Entrei no carro e dei a partida muito, muito nervoso. Comecei a dirigia sem rumo. Aumentei a velocidade, eu poderia dirigia pela noite toda.


Por que ela tinha entrado na minha vida?


Minha vida era boa, e eu estava certo do que queria pelo resto dela. Jamais me apegar a ninguém, jamais depender de ninguém. Eu não queria ter filhos, não queria responsabilidade. A vida pra mim era a curtir e curtir. Só isso. Era tudo o que eu queria. Então ela apareceu.


Apareceu e me deixou enlouquecido. Eu mal conseguia pegar uma garota sem pensar nela, aliás... Eu já não conseguia fazer nada sem pensar nela! Sem pensar naqueles lindos olhos castanhos chocolates, intensos e profundos. Nos seus cabelos também castanhos, que lhe caiam pelas coisas... Eles eram macios, cheirosos... Assim como sua pele, e seu cheiro enlouquecedor de morangos, que me tirava do sério.


Não conseguia ficar sem pensar no seu sorriso, no seu corpo, nas suas perfeitas curvas... Tudo nela era perfeito. Por que?! Por que ela tem que ser tão perfeita assim?!


“Eu não transei com ela. Não ainda, pelo menos. Mas essa é uma boa ideia. Ela é gostosa e estava toda molhadinha por mim na festa, pena que eu perdi meu tempo com você.”


As palavras ecoaram na minha cabeça. Eu queria me chutar por ter dito isso. Idiota, era isso que eu era.


O que diabos estava acontecendo comigo?! Eu estava... mal por ter falado isso pra ela. Por que? Por que eu sentia um imensa vontade de voltar, tomá-la nos braços e dizer que sentia muito? Eu nunca tinha sentido isso... Por ninguém. Ninguém.


Fiz a curva com o carro, eu estava voltando pra casa dela.


Por que? Eu também queria saber... Talvez estivesse ficando louco.


É, devia ser isso.


[Bella]


Quando finalmente arrumei forças, me refugiei no meu quarto.


Caí na cama, eu só tinha forças pra chorar.


Permaneci assim, até que o cansaço tomasse conta de mim.


(...)


Ouvi um barulho. Passos começaram a se aproximar de mim, eu fiquei com medo. Levantei em um átimo, assustada.


Esperei minha visão assentar, e não acreditei no que vi. Edward estava ali, parado na minha frente. Ele parecia perturbado, ou talvez fosse o escuro que não me deixava enxergar direito.


Meu coração se contraiu e doeu mais. Como ele tinha a audácia de aparecer depois de tudo aquilo?


– “Me desculpe, eu não queria acordá-la.” – murmurou baixinho, sentando na beirada da cama. Eu permaneci em silêncio, não sabia como reagir a aquela situação. – “Na verdade, queria sim. Eu queria me desculpar. Eu fui... idiota. Na verdade, eu sempre sou idiota quando estou com você... E não entendo porque... Ér,” – ele se enrolava todo pra falar. – “Me perdoe.”


Continuei em silêncio, eu não esperava isso dele... Nunca. Meu coração estava acelerado, eu não sabia o que dizer...


Ele se aproximou, tocou meu rosto. Sua expressão foi de trizteza.


– “Você estava chorando...” – ele abaixou a cabeça. – “Eu sou um idiota mesmo.”

– “Eu que sou.” – minha voz estava rouca, um pouco chorosa. Ele levantou o olhar para mim.

– “Não, você é maravilho...O idiota sou eu.”


Eu abaixei minha cabeça, tentando esconder minhas lágrimas inutilmente. Ele passou seus braços ao meu redor, me puxando para seu colo.


Escondi meu rosto na curvatura de seu pescoço.


– “Você é idiota mesmo.” – mumurei com a voz abafada pelo choro. Ele riu sem humor.


Permanecemos ali, por bastante tempo. O silêncio era confortável, estar em seus braços era confortável. O buraco em meu peito não passava de cicatrizes agora, cicatrizes quase curadas. Era errado, eu sabia que era. Em um outro momento ele magoaria de novo, como sempre. Mas isso me fazia feliz, mesmo que momentaneamente.


– “Desculpa.” – ele pediu baixinho, quebrando o silêncio.
– “Não foi nada.” – eu já estou acostumada a ser magoada por você, completei mentalmente.
– “Claro que foi.”
– “Não quero te deixar com peso na consciência.”
– “Já deixou.”


Afastei-me para olhá-lo. Ele encarava o chão. Sorriu, mas o sorriso não chegou a seus olhos.


Ele estava triste. Eu queria reconfortá-lo... Queria fazer alguma coisa para ver ele bem, mas não sabia o que fazer.


Ou sabia.


Segurei seu rosto, obrigando-o a olhar pra mim. Me perdi naquele mar de esmeraldas, e como sempre, perdi a consciência do que era certo e errado.


Juntei nossos lábios, meu coração bateu com força no meu peito. Ele parecia revigorado, como se tivesse voltado à vida.

O beijo foi algo diferente de tudo o que já havia experimentado. Não era desesperado, selvagem, como das outras vezes... Ele me beijava com calma, com carinho... Era devagar, porém intenso. Meu coração parecia querer sacar de meu peito, meu estômago dava voltas e voltas.


Suas mãos estavam firmes em meu corpo, seus lábios delicados contra os meus, sua língua se movia em sincronia com a minha.


Ele nos deitou, quebrando o beijo para nós respirarmos... Seus lábios não deixaram minha pele, ele beijou com calma toda a extensão de meu rosto enquanto eu tentava normalizar minha respiração.


Ele encostou sua testa na minha e sorriu. Não aguentei a tentação e mordi seu lábio inferior, trazendo-o pra mim novamente. E já não era um beijo romântico. Não era delicado, manso, tampouco carinhoso. Era ofegante, forte e desesperador. Chegava a machucar meus lábios, a maneira como ele imprensava os deles no meu. Não havia palavras. Era desnecessário. Era... saudade.


Eu sentia o calor que seu corpo emitia para o meu, apesar das roupas. Eu deslizei as mãos pelo seu peitoril, enquanto ele tocava minhas coxas, entrando com as mãos para dentro do vestido curto que eu ainda trajava.


Cravei minhas unhas em seus braços quando ele levantou o vestido, chegando com as mãos na barra da calcinha quase transparente que Alice me obrigou a usar. Comecei a levantar sua camiseta, passando a mão em seu abdômen definido... Meu Deus, o que eu estava fazendo?


A consciência me tomou, empurrei para longe de mim. Estávamos indo longe demais.


Ele tirou seu corpo de cima do meu e deitou ao meu lado, dando um suspiro frustrado. Puxei o vestido para baixo, meu rosto completamente corado.


Tentei ignorar meu coração que batia quase audívelmente e meu peito subindo e descendo numa velocidade incrível.


Ficamos em silêncio, por um longo tempo. Um silêncio chato, incomodo. Ele tentou me tocar várias vezes, mas eu recuei. Não queria recomeçar tudo de novo; era difícil demais me manter consciente com aquele homem, aquela pele, aquele cheiro...


Balancei minha cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Desejei ter qualquer coisa interessante ou legal pra falar para ter certeza de que ele não estava bravo comigo ou só para ouvir o som da sua voz, mas simplesmente nada vinha à minha cabeça.


Tremi involuntariamente, notei que estava arrepiada e descoberta. Aliás, onde estava minha coberta? Procurei com os olhos pela cama, evitei olhar aonde ele estava deitado.


– “Com frio?” – perguntou suavemente. Sua voz estava perto demais, encarei o teto.

– “Muito” – confessei meio corada. Me abracei para ver se melhorava.

– “Deixa de besteira.” – ele disse revirando os olhos e puxando-me para seus braços quentes.


Fiquei tensa de início, mas acabei cedendo. Deitei-me contra ele, mantendo minha cabeça em seu peito, ouvindo seu coração descompassado enquanto ele acariciava meus cabelos.


Aos poucos o sono foi tomando conta de mim, eu lutava contra ele. Não queria dormir, não queria perder esse momento ao lado dele...


– “Bella?”

– “Hm?” – respondi, lutando para manter meus olhos abertos.

– “Durma, meu anjo. Já está tarde.”


Por fim, acabei dormindo... Tranquila e serena, em seus braços, no lugar onde sempre quis estar.


(...)


Acordei e olhei ao meu redor. Nada. Absolutamente nada. Tentei lembrar um sonho, uma recordação recente; e foi ai que a realidade caiu como uma bomba sob minha cabeça.


Edward. Ele havia dormido aqui. Havia dormido aqui... comigo!


Arfei e rapidamente levantei-me da cama; Olhei em todos os cantos de minha suíte. Nada.


Voltei frustrada para minha cama e foi ai que sentei em um pequeno pedaço de papel. Algo que atraiu minha atenção de imediato. Algo que tinha grafado em uma caligrafia elegante, um bilhete direcionada a mim.


Bom dia, neném!

Desculpe-me não estar aí quando acordar, mas é que precisei sair mais cedo. Não gostaria que seu pai me tirasse de sua casa ao som de tiros.

Apenas queria ressaltar que achei a noite passada maravilhosa; apesar de você ainda não deixar nossos corpos se deixarem levar. Não se preocupe, isso mais cedo ou mais tarde, vai acontecer. Você sabe que vai.

Dormir com você foi ótimo, Isabella. Principalmente ao ouvir você falar meu nome milhares de vezes. Terá que me contar com que estava sonhando, amor. Estou realmente interessado.

Te pego hoje às sete e meia. Esteja pronta.

E.


Ah, não. Não, não e Nãaaaaaaaaaaao! Eu não podia ter falado mesmo o nome dele podia? Porra!


Olhei em meu relógio. Sete e dez. Saí correndo para meu banheiro e tentei tomar um banho mais que rápido. Lavei meus cabelos, penteei-os já fora do box e corri para meu closet.


Peguei qualquer roupa do armário. Uma camiseta regata azul-clara, uma calça jeans que se moldava em minhas pernas e um tênis. Só.


Deixei meus cabelos soltos e apenas coloquei um arquinho para ficar bonitinho. Tava mais do que bom.


Corri novamente para o banheiro e perfumei-me. Não podia descuidar com Edward por perto. Passei um gloss labial rosa, lápis e rímel. Pronto, perfeito.


Desci com mais materiais às pressas e olhei no relógio novamente. Sete e vinte e cinco. Droga! Entrei na cozinha, abri a geladeira, peguei leite direto da caixa e uma maçã na fruteira. Fechei-a e quando vi tinha um bilhete de Emmett.


Bells, não vai dar pra te levar hoje pro colégio. Liga pra Alice. Tive que buscar a Rose.

Emmett.


Ótimo. Queria ver se Edward não me levasse. Eu iria matar o Emmett por levar aquela loira exibida da namorada dele a mim. Ouvi duas buzinas ecoarem lá fora e meu coração parou.


Ele chegou. Meu Deus, ele chegou! Comecei a hiper ventilar e percebi que o pânico me tomava. Flashes da noite passada, da noite que ele dormiu comigo, da noite que nos quase deixamos levar me tomaram. A vergonha me tomou.


Eu não teria coragem de voltar lá e encarar Edward como se nada tivesse acontecido. Eu não conseguiria!


– “Calma, Bella!” - sussurrei para mim mesma. – “Esse era o seu plano não era?! Ande sua covarde, ponha-o em prática.”


Sai decidida da cozinha, peguei meu fichário e minha mochila em cima do sofá e marchei decidida para porta. Peguei minhas chaves, tranquei a porta e quando virei-me, encarei o volvo prata que espera por mim e Edward que esperava com a porta aberta, como um perfeito cavalheiro.


Respirei mais uma ou duas vezes até conseguir caminhar a passos lentos pra lá. Parei timidamente de frente para ele e o encarei. Encarei um Edward Cullen que tinha um sorriso zombadeiro no rosto.

– “Oi.” - falei timidamente olhando para as minhas mãos.


Era totalmente ridículo que eu ficasse com vergonha depois de ontem. Depois que ele me colocou para dormir, depois que eu deitei em seu peito, depois que eu passei minhas mãos por seu peitoral definido... era ridículo, eu sei. Essa era meu plano desde o início.


O que eu não previa, era que com isso, cada vez mais eu me apaixonasse por esse jeito marrento, convencido e metido de Edward.


– “Oi.” - ele falou malicioso. Continuei olhando para baixo até que Edward, muito lentamente ergueu meu queixo. Levantou uma sobrancelha e seu sorriso torto surgiu por sua face perfeita. – “Não está esquecendo nada?”

– “Estou?” - perguntei assustada. Olhei-me de cima a baixa vendo se esquecera de por o casaco, a blusa, ou até mesmo minhas calças. Vi Edward rir e rapidamente, quando menos esperava, ele me puxou para junto dele com uma facilidade tremenda.

– “Edward, o que você...?” - falei, tentando entender seus atos. Porém, não consegui dizer mais do que isso. Quando parei para pensar em algo, Edward devorava minha boca e seus lábios eram chocados bruscamente contra os meus.


No início fiquei imóvel. Realmente tentei, em vão, resistir. Mas como eu resistiria a ele? Como depois de tudo o que ocorrera ontem eu poderia ignorá-lo? Ignorar essa atração louca e doentia que ele sentia por mim? E o amor, idiota e sem escrúpulos que eu cada vez mais alimentava por ele?


Retribui o beijo e rapidamente o mesmo foi levado a outro nível. Eu puxava seus cabelos pra mim e Edward apertava possessivamente a minha cintura. Ele me empurrou e minhas costas foram de encontro ao volante. Edward colou nossos corpos mais ainda e o beijo, foi ficando cada vez mais quente.


Sua língua buscava a minha e eu invadia sua boca com gosto. Seu cheiro, seu gosto, seu olhar. Tudo nele é perfeito. Absolutamente tudo. Separei-nos - totalmente a contra gosto, devo dizer - para respirar. Um sorriso perverso ecoou em sua face, entrei no carro sem dizer nada. Ele deu a volta e fez o mesmo que eu.


Respirei fundo uma, duas vezes e rapidamente tratei de me endireitar.


Edward não disse nada. Apenas girou a chave do carro e sai andando. No carro, m silêncio desconfortável de minha parte se instalou sobre nós. Eu tinha medo de olhá-lo, tinha medo de apenas falar...


– “Você fica linda dormindo, Swan.” - falou a troco de nada, quando estávamos perto das proximidades da escola.

– “Você realmente dormiu lá?”

– “Claro que sim.” - riu. – “Acha que eu voltaria pra casa nessa escuridão? É muito perigoso, menina...”


Era a desculpa mais idiota que ele podia dar. Edward costumava chegar depois das seis em casa depois de uma balada - informações verídicas de Alice - e conhecia todos os possíveis mal feitores de Forks. Há boatos que ele até faça parte de uma gangue!


– “Tá bom, Edward.” - ri.

– “Não acredita em mim? Ou melhor, não se preocupa com a minha segurança, neném?” - eu sei, ele falou de modo debochado e irônico; mas na hora que suas palavras falaram em um falso carinho comigo, eu me arrepiei toda.


Não respondi. Tinha medo que minha voz me traísse e denunciasse o tanto que Edward mexe comigo. Literalmente em todos os sentidos.


Começamos a entrar no estacionamento de Forks e minha respiração travou. Eu não queria ser vista saindo do carro de Edward. Ia ser a fofoca do dia! Eu realmente não queria que as pessoas pensassem que exista algo que não é real.


– “Edward, eu acho melhor...”

– “Nada disso.” - ele falou quase que adivinhando minhas próximas palavras. – “Vamos, Bella.” – falou firme, saindo do carro e abrindo a porta para mim. Respirei mais algumas vezes e sai do mesmo, ele bateu a porta timidamente atrás de mim.


Edward mantinha um sorriso debochado de ponta a ponta.


– “Satisfeito?” – murmurei emburrada olhando pra baixo.

– “Muito.” - ele falou rindo e se postando atrás de mim, pondo o braço em volta de meus ombros.


Eu travei. Edward não estava fazendo isso estava? Porra, ele sabia que o que eu mais odeio é atenção e agora faz questão de desfilar comigo a seu lado para Forks High School inteira ver!


– “Ai, Deus!” – gemi. Edward soltou sua risada musical e olhou pra mim.

– “Algum problema?”

– “Todos, Edward!” - falei parando e o olhando. – “Por que faz questão disso tudo?” - falei o mostrando ao nosso redor, onde pessoas nos olhavam curiosas, especulativas. – “Está todo mundo olhando!”

– “E o que é que tem?”

– “Argh, Edward!” - resmunguei saindo raivosa de seu lado. Mas que merda, ele fazia de propósito.

– “Bella, amor!” - falou vindo atrás de mim e me alcançando rapidamente. – “Deixe de ser infantil, o que há de errado dois amigos andarem juntos?”


Amigos. Sempre amigos. Sempre seria assim, nada mais que isso.


– “Por que você tem que ser tão popular, em?” - murmurei para mim mesma, arrancando uma gargalhada gutural de Edward.


Chegamos à mesa dos atletas, onde todos nos olhavam - inclusive Emmett com uma cara decepcionada. Os olhares especulativos me intimidavam, o olhar de ódio de Tanya me reprimia e o olhar de cobiça de Edward me envergonhava.


– “Edward, eu vou indo.” – murmurei baixinho, me desvinculando de seu corpo.

– “Espera.” - ele levantou do banco. – “Eu te acompanho.”

– “Não!” - falei tentando não chamar atenção. Ele me olhou com a decepção nos olhos. – “Eu quero dizer... Alice vai me sequestrar de qualquer forma, é melhor você ficar.” - sorri.

– “Tudo bem.” – sorriu tristonho. – “Te vejo depois, neném.” – ele beijou o cantinho de minha boca.


Virei às costas e percebi que tremia. Mas que droga! Por que Edward tinha que fazer isso comigo? Suspirei pesadamente e preparei-me para enfrentar mais um dia de aula.


(...)


– “Vocês o que?” - Alice gritou em choque enquanto íamos para o refeitório e eu lhe contava a noite de ontem. – “Bella você... você transou com ele?!”

– “Alice! Pare de falar isso! Edward e eu não transamos!”

– “Mas foi quase isso!”

– “Ok, já que você quer tirar suas conclusões antes de eu te contar a história toda, fique para trás.” - falei começando a andar.

– “Nada disso!” - ela veio até mim e laçando meu braço. – “Conta tudo!” – chegamos até a fila.

– “Não quero mais.”


Francamente, eu realmente tentei contar, mas ela com o seus ataques do tipo: ele viu seus peitos?! Pegou na sua bunda ou pior, ele te tocou?!


Ao invés de me deixar falar fica tirando conclusões nada a ver e fica me expondo ao total ridículo!


– “Swan, desembucha agora!” - ela franziu o nariz. Fazia isso quando tava irritada.

– “Não.”

– “Sabe o que eu sou capaz de fazer, não sabe?” - perguntou ameaçadoramente.

– “O que, Alice?” - falei em desafio.

– “Se você não me contar, eu vou até o próprio Edward perguntar o que aconteceu.” – sorriu como se tivesse ganhado.

– “Faça isso, Alice. Faça que eu nunca mais olho na sua cara.” – peguei meu lanche e caminhei pra longe dela.

– “Estou falando sério, Isabella!” - ela me seguiu até um momento, depois foi desviando de nossa mesa seguindo para que Edward estava.

– “Você não se atreveria!”

– “Me conta!”

– “Não vou contar, Alice!” - sibilei nervosa.


Passei Alice e segui para mesa dos populares de Forks. Não queria me sentar lá, juro que não. Mas Alice dissera que como irmã de Emmett e “ficante” de Edward – eu não achava isso tudo, ninguém sabia que tínhamos algo, nem eu sabia. Mas Alice garantira que a escola desconfiava de algo,eu tinha que me sentar lá.


Senti uma leve vertigem me tomar e cambaleei um pouco. Olhei pra Alice de forma interrogativa e me apoiei em uma mesa qualquer esperando o torpor passar. Puxei o ar por meus pulmões e vi que esse vinha escasso.


Asma. Não, por favor, não! Que eu não tenha uma crise agora! Forcei a entrada de ar em meus pulmões e recomecei a andar. Alice perguntou-me algo como se eu estava bem e eu apenas assenti,


Vi Emmett acenando pra mim e me juntei a eles. Sentei ao lado de Emmett e de Alice que vinha com uma cara assustadora. Eu não tinha medo; Alice não se atreveria a falar nada.


Comecei a comer em silêncio tentando ignorar o barulho ao redor e a leve tontura. Emmett colocou os braços ao meu redor e sussurrou em meu ouvido.


– “Que foi? Está triste?”

– “Não, só estou com uma dor de cabeça um pouco forte, um pouco de falta de ar.”

– “Acha que é a asma?” - ele perguntou preocupado.

– “Talvez.” – aspirei o ar com um tanto de dificuldade.

– “Quer que eu te leve pra casa?”

– “Quero.” – tombei minha cabeça no ombro de Emmett e reprimindo a tontura que vinha a seguir. Tomei uma lufada de ar que não veio e olhei desesperada para Emmett.

– “Calma.” - ele falou começando a se desesperar. – “Respira devagar, Bella, calma.” - ele segurava meus ombros e olhava em meus olhos.


A essa altura, todos da mesa já olhavam pra mim.


– “Bella?” - perguntou uma voz terrivelmente conhecida. – “Está tudo bem?”


Eu não conseguia responder, não conseguia respirar!


– “Bella está com crise de asma.” - Emmett falou olhando para Edward desesperado. – “Vamos Bella, respira!”


O ar já não entrava direito em meus pulmões e a tontura era mais forte ainda. Senti Alice, ao meu lado olhando-me e falando algo desesperada , porém eu não entendia nada. Tudo que eu fazia era um esforço inútil para respirar.


–“Bella”, - Edward falou olhando pra mim. – “Bella, concentre-se em mim. Só em mim.” – tentei fazer o que ele pediu. – “Calma! Respira, Bella, por favor! Devagar.” – ele sussurrava com calma, eu percebia a tensão por trás de suas palavras.


Fiz um esforço inútil para respirar. O ar não vinha; abri minha boca tentando respirar pela mesma e nada. Eu iria morrer.


Não sei o que aconteceu, tudo o que me lembro depois era de ver rostos desesperados olhando pra mim e de eu ver tudo rodar. Tudo se apagou e eu senti alguém me amparar antes da inconsciência me tomar.


(...)


Eu ouvia um zumbido a minha volta. Ouvia gritos, choros, ouvia um evidente desespero. Será que alguém estava passando mal? Alguém morrera?


Quando aos poucos fui recobrindo minha consciência eu lembrei-me. Lembrei-me de tudo. Teimei com minhas pálpebras, e com meus pulmões. Eles já não estavam sem ar. Sentia uma lufada de ar entrar rasgando em mim. Sentia um ar quente entrar em meu corpo de segundos em segundo e vi, tardia mente, que não era eu que respirava. Era alguém que mandava ar pra mim, alguém forçava-me a respirar.



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Notas finais do capítulo

Oi meninas ♥
Eu sei demoramos para postar, mas nos perdoem. Estávamos em semana de prova e nenhuma de nós duas podia escrever.
Ah sim, hoje Kryss aqui :)
Então gente, a Bia é altruísta o suficiente para não pedir recomendação mas eu não sou. Vamos recomendar? Temos três recomendações lindas mas nós amaríamos se vocês nos achassem dignas de mais. Ou melhor, a fic digna de mais. Mas isso vai de vocês, né.
Beijos e desculpem-nos novamente; A culpa foi minha, eu fiz o final e demorei pra postar. A Bia me mandou o início mas eu me enrolei toda. Enfim.
Reviews? Recomendações? Gritem por aqui (: