Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 47
O retorno


Notas iniciais do capítulo

Não tenho palavras pra descrever o quanto eu fiquei feliz com as mensagens e com as intimações deixadas pra que eu voltasse a postar.
Não estou no meu melhor momento criativo, mas me esforcei muito pra trazer esse capítulo pra vocês. Talvez vocês odeiem o final, mas prometo que o próximo valerá a pena.
Obrigada por tudo e não desistam de mim.
Super beijos! ❤



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Desde o primeiro dia que Tom saiu em busca de poder, ele sentiu uma dor muito forte no peito que ele nunca havia sentido antes. Ele tinha saudades de Lorena e não queria pensar que ela um dia o esqueceria ou estragaria a própria vida por causa dele, mas que opção ele tinha?

Ele precisava se tornar o bruxo mais poderoso de todos os tempos, e se ele não fizesse isso, ele jamais estaria completo. Ele jamais seria feliz. 

Sem dinheiro e apenas com uma varinha na mão, ele sentiu dificuldade no início para se afirmar para os outros, mas como matar pra ele nunca foi problema, Tom conquistou tudo com o sangue daqueles que se colocavam em seu caminho.

O fato de ele não querer ser encontrado, só o encorajou ainda mais a usar o nome Voldemort. Todas as coisas boas ou ruins seriam feitas agora por alguém que possuía esse nome, a começar pela caçada ao diadema perdido de Ravenclaw que ele descobriu estar escondido em uma floresta na Albânia pela própria Helena Ravenclaw. Aquele objeto obviamente seria uma horcrux, e aquele foi exatamente o seu próximo passo.

Ele já tinha duas horcruxes prontas: o diário e o anel, agora só faltariam mais quarto, mas pensar nisso dava um aperto desconfortável em Tom. Ele se lembrava de Lorena e no quanto ela detestaria saber dessa parte sobre ele. Talvez ele até tivesse medo. A verdade é que ela era a única capaz de trazer à tona bons sentimentos no jovem rapaz, e era por isso que ele sempre desistia da ideia de ir buscá-la quando esse desejo o atacava com força.

Era fato que com a marca negra, ele poderia ter uma noção de como ela estava, mas nunca o coração dele doeu tão forte quanto nos momentos que ele sentia que ela estava mal, desesperada e que pensava em suicídio constantemente. No início, ele tentou mandar sinais através das marca, inclusive voltou algumas vezes para casa para observá-la dormir e confirmar que ela estava bem, e apesar da vontade de acordá-la e passar a noite com ela, ele resistia, ainda que doesse.

Com o tempo, ele foi percebendo que essa ligação com Lorena era prejudicial à ambição dele. A gota d’água foi quando ele falhou em fabricar uma nova horcrux porque pensou nela na hora do feitiço, então ele precisou fazer uma escolha: o amor ou o poder? Porque sim, só podia ser amor o que ele sentia, mas se amor era um sentimento tolo, não foi tão difícil ele optar pelo poder, e foi à partir desse dia que ele decidiu abandoná-la, pelo menos até que ele se tornasse poderoso e respeitável.

Então ele parou de se importar com Lorena e se dedicou fielmente aos seus objetivos. Nisso, se passaram dois, quatro, seis, oito anos, mas foi quando ele completou dez anos exilado que ele percebeu que enfim havia conquistado todo o poder que ele queria. Foi nesse tempo que ele conheceu o dinamarquês Antonin Dolohv, foi apresentado ao lobo Greyback e criou alianças com criaturas poderosas e traiçoeiras como os Dementadores e os Gigantes.

Enfim, o nome Voldemort era temido e conhecido por toda a Europa, mas ele precisava voltar para Londres. Ele dominaria o mundo bruxo sim, mas era em Londres que ele queria viver.

Então, assim que ele terminou a fabricação da sua quinta horcrux, Tom que agora era Voldemort por completo, decidiu voltar.

Talvez, ele não tivesse tido cem por cento de sucesso na missão de esquecer Lorena, a esposa ainda era um pensamento constante, mas agora ela não conseguia mais influenciar o emocional dele, talvez pela malignidade que as horcruxes trouxeram. O fato é que ele voltaria sim a ficar com ela, mas ela teria que aceitar as mudanças que ele sofreu tanto no interior quando fisicamente já que agora ele já não era mais o belo Tom Riddle de sempre, agora ele tinha as feições distorcidas como se tivessem sido derretidas pelo fogo. Talvez, a única coisa de bonita que ele conservava eram os belos cabelos já que até os olhos dele haviam se tornado vermelhos.

Apesar de tudo, Tom não poderia estar mais feliz e a ideia de voltar pra casa o enchia de euforia, então, certa noite ele decidiu reunir os seguidores que estavam com ele para dar uma notícia.

— Amigos, chegou a hora. Vou voltar para Londres. – ele anunciou para os seguidores e todos levantaram os copo em um brinde dando a entender que  aprovavam a decisão de seu mestre.

— Mal posso esperar para conhecer os trouxas de Londres, milord. – Dolohov disse fazendo todos da mesa rirem. Somente Voldemort deu um meio sorriso. Para os “amigos” ele era Lord Voldemort – O que faremos assim que chegarmos?

— Cumprimentar os trouxas, é claro, mas antes tenho uma missão a cumprir: preciso visitar a minha mulher. – Voldemort disse com um sorrisinho no rosto e todos concordaram, apesar de estarem incrédulos que um homem como Voldemort desse espaço para o amor em sua vida. Apenas Dolohov, que era o mais próximo de amigo que Voldemort tinha naquele grupo sabia.

(...)


Agora Lorena completava dez anos longe de Tom. Como será que ele estaria? Voltaria para casa ou simplesmente teria achado uma outra mulher e tinha reconstruído a vida? Ela nunca saberia, e talvez ele até estivesse morto já que ele saiu em busca de poder e ela nunca mais havia ouvido falar em Tom Riddle ou Lord Voldemort.

Ela até tentou sair, conhecer outras pessoas e até pensar em Abraxas como namorado caso o loiro se divorciasse, mas bastava imaginar o mínimo de contato íntimo com alguém que ela se lembrava de Tom. Talvez ela nunca mais o esquecesse e era disso que ela tinha mais medo.

Quando Tom estava com ela, ele tentou afastá-la da família, mas assim que ele se foi, ela retomou o contato, e com isso ela voltou a receber visita dos pais. Eles estavam sentados à mesa junto com ela, tomando um belo café enquanto falavam sobre te os mais variados assuntos, mas no fim, tudo se voltava a um único tema: Tom Riddle.

— Minha filha, você não pode deixar a sua vida parada esperando por alguém que talvez nunca volte... – a mãe de Lorena a aconselhou.

— Não é algo que eu quero, mãe e sei que parece loucura, mas eu não consigo seguir em frente quanto a isso. Ele me prometeu que voltaria um dia e eu sei que ele vai cumprir essa promessa, eu só tenho medo do Tom que eu encontrar não ser o mesmo que partiu. – Ela se justificou e os pais dela trocaram olhares penalizados.

Lorena sempre foi o tipo de pessoa que sempre arrumava um jeito de seguir em frente em tudo, mas parecia que tal característica não se aplicava quando o assunto era o marido, o amor da vida dela. 

Ela já tinha 32 anos e teve que suportar o nascimento dos filhos de todos que conhecia, e sempre se perguntando se um dia ela seguraria um bebê dela e do Tom nos braços também. Como ela daria qualquer coisa para vê-lo outra vez...

Quando a noite caiu, ela foi se deitar e como de costume, acariciou a marca que ele deixou no braço dela e a beijou ternamente. É claro que pensou no quanto ela gostaria de receber algum sinal de que ele estava voltando, mas o sono foi tanto que ela não percebeu quando a marca começou a a arder sutilmente, ou talvez até tenha percebido, mas pensou que tudo não passava de um sonho. O que ela não imaginava era que as coisas estariam muito diferentes no dia seguinte.

Como de costume, Lorena acordou cedo e foi ler O Profeta Diário, um hábito de muitos anos, já que ela sempre esperava encontrar alguma notícia de Tom no jornal.

Mais uma vez, ela não encontrou nada, porém na primeira página havia uma manchete que chamou muito a atenção da mulher: um misterioso ataque de um possível bruxo das trevas em Londres. Na notícia, tal bruxo havia matado mais de vinte trouxas usando os mais diversos feitiços, entre eles a maldição da morte.

Tal fato virou a notícia do dia, depois a da semana inteira e por fim a do mês todo porque os ataques não pararam de acontecer para o terror de todos.

Com isso, tanto Lorena quanto os pais dela, apreensivos com os últimos acontecimentos, decidiram ir morar juntos por um tempo até que os ataques parassem. 

Era um sábado ensolarado. Fazia um dia bonito, e Lorena e os pais estavam tomando café na casa dela. Tudo indicava que seria um dia tranquilo até que eles escutaram um barulho parecido com um estrondo que parecia ter vindo da parte de trás da casa de Lorena, mas para o desespero dela, ela sabia muito bem que aquele barulho era de aparatação. O primeiro pensamento que veio na cabeça dela é que poderia ser alguém que quisesse fazer mal a ela, mas ao mesmo tempo era impossível que alguém conseguisse aparata até ali daquele jeito já que somente ela e Tom conseguiam fazer isso, pelo menos era o que ela achava...

Com a varinha apontada como se fosse uma arma, ela caminhou lentamente pelos cômodos da casa até que pudesse encontrar o invasor, mas nada do que viria a seguir seria maior que o susto que ela levou quando viu uma cobra gigante e tão grossa quanto a coxa de uma homem rastejando e sibilando. À primeira reação de Lorena foi soltar um feitiço contra o animal, mas ela rapidamente desistiu quando escutou uma voz estranhamente conhecida se dirigir a ela.

— Pare! – ele falou num tom talvez bem mais frio do que ela se lembrava, mas ela o amou demais para que não reconhecesse imediatamente a voz daquele que falou com ela, embora quando ela parou para olhá-lo se deparou com alguém totalmente diferente. – Ela não lhe fará mal se eu não quiser, e eu não quero.

— To-Tom? É vo-você? Por Merlim! – ela exclamou assustada, deixando a varinha cair no chão e tapando a boca em seguida pela surpresa. Ao contrário dela, ele deu um sorriso sinistro.

— Quem mais seria? Eu voltei, meu amor. – ele respondeu ainda naquele tom de voz frio, dando ênfase na última palavra. Lorena continuava pálida.

Dez anos haviam se passado e apesar de ela saber que ele estaria mudado fisicamente quando voltasse por conta do peso dos anos, ela não imaginava que o encontraria desse jeito. Tom Riddle já não era belo como antes. Agora ele tinha as feições um tanto deformadas, como se houvesse sido queimado vivo, mas o pior eram os olhos: estavam totalmente vermelhos.

A aparência estranha e o tom de voz frio e cruel seriam o suficiente para meter medo em qualquer um que o visse, mas ela era diferente. Ela não se apaixonou pela aparência dele, mas por ele por completo, e apesar do choque por vê-lo tão mudado, ela fez o que sempre pensou que faria quando o reencontrasse: saiu correndo em direção a ele e o abraçou forte, e ele a correspondeu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Por favor, não me abandonem!!!
Beijooos e sintam-se a vontade para me cobrarem no privado se eu demorar a postar de novo!



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