Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 42
Uma rápida saída e uma dolorosa chegada




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Horas mais tarde, todos os familiares de Lorena chegaram a casa, deixando a sala de visitas que embora grande, bastante movimentada. Tom cumprimentou de boa vontade cada um deles, deixando todos encantados com a educação do belo garoto de cabelos negros.

Como em toda família, a família de Lorena mantinha o ritual de todos cearenm às 00:00, mas até que fosse feito, Tom achou oportuno fazer logo o pedido de casamento porque desse jeito, o impacto do pedido seria maior. 

Quanto maior fosse a aprovação da família de Lorena, maior seria a certeza de que ele realmente se casaria com a filha de Dumbledore.

Por isso, enquanto todos conversavam sobre os mais diversos assuntos, Tom chamou a atenção dos presentes para fazer o pedido.

— Senhores, peço a atenção de vocês por alguns minutos, pois tenho um comunicado a fazer. Prometo ser breve. Como todos sabem, namoro a Lorena há um ano, e apesar do pouco tempo de namoro, já temos a convicção do que queremos pra nós. Conheço essa mulher desde os meus 11 anos e desde então, posso afirmar com a mais absoluta certeza de que nenhuma outra garota que eu tenha visto ou conhecido conseguiu fazer com que eu sentisse metade das coisas boas que eu sinto quando estou com a Lorena. – disse Tom pausadamente e com clareza arrancando olhares admirados de todos – e é por esse motivo, senhor Armando e senhora Mary que eu quero ter a honra de ter a permissão dos senhores para tornar Lorena minha esposa!

O queixo de Lorena caiu porque ela não esperava um pedido feito daquela maneira. Ela queria pular no pescoço de Tom e enchê-lo de beijos, mas não poderia fazer aquilo naquele momento, então ela se calou e esperou a resposta dos pais.

— Tom, muito me alegra em saber que você gosta de verdade da minha filha porque simpatizamos com você desde o primeiro momento. Minha filha está mais feliz desde que vocês começaram a namorar, e apesar de que ela sempre vai ser a minha garotinha, sei que ela também o ama, mas não acham que é um pouco cedo para falarem em casamento? Ambos são menores de idade. – disse o pai de Lorena

Tom não esperava aquela resposta porque odiava ser contrariado, e até então já estava tudo acertado em relação a decisão deles se casarem, mas ele não iria se intimidar e daria a melhor resposta. Então, Tom disfarçou a raiva que estava sentindo e respondeu serenamente.

— Menores de idade nesse mundo aqui. No mundo bruxo já somos maiores. No próximo dia 31 faço 18 anos, e Lorena logo completará a maioridade nesse mundo aqui também. Nosso casamento não seria pra agora, mas quando pra terminarmos a escola e nos estabecessemos profissionalmente. Eu já tenho emprego garantido pra quando me formar e Lorena também terá, e mesmo que esperemos mais 10 anos, a nossa decisão será a mesma. – retrucou Tom com firmeza enquanto todos olhavam atentamente

— Nesse caso, minha filha é do seu interesse se unir a esse rapaz? Casamento é um compromisso muito sério! Você o ama o suficiente para viver com ele e ser mãe dos filhos dele? – perguntou Armando a Lorena já derrotado pelos argumentos do Riddle

— Eu sei disso pai, embora não pareça, eu e o Tom conversamos muito sobre isso e eu o amo o suficiente para passar até a minha eternidade ao lado dele. Amo o Tom desde há muito tempo! – ela respondeu

— Nesse caso, estão noivos. – disse Armando enfim enquanto a mãe de Lorena e os demais presentes se emocionavam

Com a autorização dada Tom tirou uma caixinha da calça que usava e se ajoelhou olhando nos olhos de Lorena que estava totalmente sem ação. Ele abriu a caixinha revelando um par de alianças de noivado sob os olhares fascinados de todos os presentes que prestavam muita atenção para não perderem um só minuto do que acontecia. Antes de qualquer coisa, Tom continuou:

— Agora eu falo diretamente com você! Meu amor, você aceita casar comigo? – ele perguntou ainda sustentando o olhar dela fazendo algumas das mulheres presentes chorarem.

— Com todo o meu coração! 

Tom sorriu com a resposta, tomou a mão direita dela e colocou a aliança no dedo dela, ficando em pé, em seguida para que ela também colocasse a dele na mão direita dele. Após trocarem as alianças, ele colocou uma mecha de cabelo dela que caia no rosto atrás dá orelha, segurou-a de leve a cintura dela e a beijou calmamente. Ela correspondeu enquanto colocava uma das mãos sobre o rosto dele.

Todos os presentes aplaudiram e Lorena não conseguia se lembrar de nenhum momento em que ela estivesse mais feliz em toda a sua vida. Apesar da crueldade que Tom demonstrava com os outros, ele conseguia ser extremamente carinhoso com ela.
Ela teve seus sonhos de menina realizados naquela noite.

Após as felicitações, não tardou para o relógio dar a 12° badalada o que fez com que todos se abraçassem por conta da chegada do Natal. Essa foi a parte que Tom menos gostou, mas suportou o momento com um sorriso convincente.

No dia seguinte, Tom acordou cedo e ao invés de abrir os presentes que haviam chegado dos amigos dele pelo correio coruja, ele se arrumou elegantemente, vestindo um terno preto muito simples, mas bonito e penteando os fios negros para que ficassem milimetricamente arrumados.

Quando ia descendo as escadas da casa sem fazer o mínimo de barulho possível, Tom deu de cara com uma garota muito bonita que parecia ter uns dois ou três anos a mais do que ele. Ele se sentiu atraído por ela no mesmo momento, e percebeu através da legilimência que ela também sentiu atração por ele.

— Ora, mas quem é você? – perguntou a garota em um tom meio autoritário enquanto o olhava furtivamente de cima a baixo – não vai me dizer que é o famoso Tom Riddle?

— Se sabe que em eu sou, por que a pergunta? – perguntou Tom rispidamente – e você quem é?

— Tive que perguntar para ter certeza de que um homem como você é realmente o noivo da minha priminha. Devo acrescentar que é um completo desperdício! – ela disse com um sorriso malicioso no rosto – meu nome é Miranda, sou prima de sua noiva e vim visitar meus tios pro Natal, mas parece que vou perder o melhor da visita, onde vai assim tão bem vestido?

— Lamento dizer, mas não lhe devo satisfações. – disse Tom ainda sério

— Quando me falaram do noivo de minha prima, eu imaginei alguém... diferente, mas assim como não me deve satisfações, eu não quero te atrapalhar, foi um prazer conhecê-lo, Tom Riddle. Ah, e cuidado. Soube quando eu vinha pra cá que um cobra está atacando nas redondezas– ela respondeu finalizando a conversa

— O prazer foi todo meu. – ele retrucou se encaminhando até a porta para conseguir um lugar tranquilo para desaparatar enquanto um sorriso percorria o seu rosto pelo excelente trabalho que sua nova amiga desempenhara.

Enquanto, ele caminhava pelo beco diagonal em direção à Travessa do Tranco, ele se divertiu com a ideia de a família Thompson ser o seu ponto fraco. Diferente de Lorena, Miranda era tão segura de si quanto ele e isso o deixava animado.

Agora ele estava noivo e não se arrependia da decisão que tomara, mas ainda sim achava essa uma hipótese interessante. Já em frente à Borgin & Burkes, ele entrou na loja com a mesma segurança que mantinha.

Ao chegar perto do balconista, ele falou:

— Gostaria de ver o sr. Burkes – disse Tom com firmeza

— E quem é você? – Perguntou o balconista

— Tom Riddle. – respondeu Tom

A expressão do balconista mudou automaticamente, antes de sair correndo para a parte de trás da loja onde deveria estar o sr. Burkes.
Minutos depois, um velho com a coluna meio encurvada, mas com o olhar o intimidador apareceu. À primeira vista, Burkes gostou de Tom pela ousadia que ele demonstrava, mas Tom teve a certeza de ter conquistado o velho após terem conversado.

— A vaga é sua, meu caro. Assim que terminar a escola, venha direto para cá ocupar o seu lugar. – disse o sr Burkes

Tom agradeceu-o fazendo uma profunda e respeitosa reverência e saiu satisfeito da loja. Agora só faltava terminar mais uma tarefa daquele dia: fazer a sua segunda horcrux.

(...)

Ao entardecer, Tom voltava para a casa de Lorena, visivelmente cansado e com uma palidez além da habitual. O motivo foi o efeito colateral da fabricação da sua segunda horcrux. Para se fabricar uma, era preciso matar alguém e fazer um feitiço muito antigo que Tom já havia decorado. Então após sair da Borgin & Burkes, Tom desaparatou nas ruínas onde o tio morava antes de ser transferido para a Azkaban pela suposta morte do que restava da família Riddle, e começou o processo da Horcrux. A vida em questão a ser utizada para a fabricação da Horcrux seria a de seu pai, e depois de murmurrar o difícil feitiço, Tom retirou um frasco com um líquido vermelho e o bebeu. A sensação era a de se estar queimando vivo por dentro. Ele ouviu um grito desesperado dentro da própria cabeça que quase o fez desmaiar, mas logo a dor passou, e Tom soube que a Horcrux estava pronta.

Para proteger o anel, ele o escondeu e usou as última forças que lhe restavam para desaparatar na casa de Lorena. Assim que ele entrou nos jardins, foi recebido por ela que corria para ele preocupada.

— Meu amor, onde você estava? Miranda disse que te encontrou bem cedo e que você estava muito bem arrumado. – ela disse  preocupada – o que aconteceu com você? Nunca o vi tão abatido!

Tom se apoiou em Lorena e foi caminhando em passos lentos em direção a porta de entrada. Todos o olhavam preocupados. Tom ficou em silêncio por alguns segundos, meio que tentando poupar esforço e então respondeu:

— Acordei um pouco atrasado e me lembrei que eu tinha que ver o sr. Burkes para falar sobre a minha contratação. Já estou contratado. Assim que eu terminar a escola, eu posso começar. – ele disse – depois, fui resolver algumas pendências e acabei por me sentir mal. Às vezes acontece, mas deve ser porque não comi nada desde que acordei – mentiu Tom

— Ah, meu querido, se eu soubesse teria mandado Ofélia preparar algo pra você comer no caminho. Não sabe como me sinto mal por isso... – Disse a mae de Lorena – não quer ir a um hospital?

— Não, está tudo bem. Eu tinha a opção de comer em algum lugar, mas eu realmente não quis. Eu estava sem fome. E eu vou ficar bem, não preciso de um hospital, preciso de um banho. – ele respondeu para a mãe de Lorena, enquanto passava uma das mãos pelos cabelos, gesto esse que quase arrancou um suspiro de Miranda que o olhava furtivamente

— Eu levo você, meu amor. – disse Lorena percebendo os olhares da prima.

Subiram as escadas e Tom logo foi preparando uma roupa para tomar banho. Lorena não havia engolido a história de passar mal por falta de comida, mas sabe-se lá o que Tom tivesse feito, ela não iria querer discutir o assunto, não em casa com toda a família reunida.

Então, ela decidiu descer e arrumar um lanche para Tom para levar ao quarto do rapaz quando ele saísse do banho.
Quando ele, enfim, saía do banho vestindo um short é uma camiseta, ele deitou na cama e fechou os olhos. Teria dormido se não fosse o susto que levou quando Lorena entrou no quarto com uma bandeja contendo um lanche pra ele e fechou a porta.

— Coma, Tom, sei que não passou mal por falta de comida, sei muito bem que deve ter ido fazer algo perigoso.– ela disse seriamente enquanto passava a bandeja pra ele.

Tom tomou alguns goles do suco que Lorena havia levado tentando ganhar tempo para a resposta.

— Sabe, Lorena, ainda não somos casados para eu ter que dar satisfação a você, aliás nem sei se as darei um dia. – Disse Tom com a intenção de provocar uma briga e fugir do assunto

— Claro, ainda não somos casados, mas se vamos comecar assim, não será um bom casamento, não acha? – ela disse – mas eu não quero brigar com você, Tom, eu só não quero te perder. Quando eu soube mais cedo que conheceu Miranda, eu quis matá-la porque ela é uma vagabunda e eu vi como ela te olhava há pouco, mas então você chegou naquele estado e eu só quis cuidar de você... – disse ela preocupada – se tiver algo acontecendo quero que passemos juntos.

— Me desculpe, eu não queria falar assim com você. E você não vai me perder, mas o que tem a ver a sua prima com.isso tudo? Ela é só uma trouxa e você sabe o quanto eu detesto os trouxas! Seus pais são uma exceção porque são os seus pais, então eu nunca tocaria neles.

— É que Miranda tem o hábito de tentar roubar todo o cara que eu gosto. Sempre foi assim, e eu percebi a forma como ela te olhava. Quando a gente se conheceu, você não sabia que eu era trouxa... E eu queria muito que você nunca mais tocasse em trouxas nenhum! – ela respondeu

— Pensei que eu era o único cara que você já tinha gostado na vida, mas você sempre foi diferente pra mim r hoje entendo que é pelo fato de você ter um sangue valioso correndo nas veias, mas ainda que você fosse trouxa, você é tão inteligente e perspicaz que te torna superior a qualquer um deles. – retrucou Tom dando uma mordida em uma torrada que Lorena trouxera

— Você é o único que eu amei, mas eu achava que você nunca olharia pra mim, então tentei me concentrar nos garotos daqui, e sempre que eu me interessava por algum, ela me roubava. – disse Lorena tristemente – e  não gosto quando fala assim.

— Eu nunca daria confiança pra essa ralé, e lamento, mas é assim que eu penso. – ele respondeu frio

— Bom, vou deixá-lo, qualquer coisa estarei lá em baixo. – ela disse dando um beijo no rosto dele e se levantando pra sair, a última coisa que queria era discutir com ele.


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