Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 35
Uma grande notícia e uma grande decepção


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquiiiiinho saindo do forno.



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Como de costume, Tom se levantou mais cedo que todos os alunos e desceu para tomar o café da manhã. Era o único ali no salão principal. A verdade é que apesar do hábito, não queria ver Lorena chegar. Ele sabia que ela havia tido alta no dia anterior e desde então, se manteu trancado no quarto para que não a visse. Ele tinha medo de como ela olharia pra ele.
Aos poucos, o salão começou a se encher. Primeiro, chegaram os professores, depois os alunos. Biancah se sentou ao lado dele, do mesmo modo que vinha fazendo desde há 5 dias atrás, mas como sempre, ele não fez questão de continuar nenhuma conversa que ela tentava iniciar e apesar de ele já ter terminado o desjejum, ainda continuava sentado à mesa, aguardando o correio coruja chegar porque estava à espera de uma carta.
As vozes começaram a se elevar no salão, causadas pelas mesas da Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal. O motivo do alvoroço ele sabia qual era, mas tentou ignorá-lo a todo custo. Ele só ficaria ali até a chegada do correio, nenhum minuto mais.
Mas então, algo aconteceu: Malfoy se deslocou até a mesa da Grifinória, e ele não conseguiu parar de acompanhá-lo com o olhar, e o que ele viu fez com que um brilho vermelho percorresse os próprios olhos. Malfoy abraçava Lorena e entregava um buquê de rosas a ela.
A vontade dele era a de torturar Malfoy até a loucura, mas isso ele poderia fazer depois: bastaria marcar uma reunião com os comensais.
O correio coruja parecia estar demorando mais do que o normal, mas ele não podia arriscar que alguém pegasse a carta dele e a lesse, então enquanto esperava, lançou um olhar em direção a Lorena, e se sentiu mal em seguida porque sempre que ele a olhava, ela devolvia o olhar na mesma hora, como se tivessem combinado, mas dessa vez ela só não ligou como parecia estar feliz, rindo e brincando com as amigas, além de estar segurando as flores de Malfoy com cuidado.
Malfoy a olhava furtivamente, mas Tom tentou não pensar nisso porque se não poderia acabar matando o garoto. Derrotado, continuou a esperar.

— Milorde, hoje é dia de quadribol. Você não gostaria de ir comigo? – perguntou Biancah tirando Tom de seus devaneios – Achei que poderia ser divertido...

— Achou errado, mas vou aceitar o convite. Esse é meu último ano aqui e até hoje nunca assisti um jogo. Contra quem vamos jogar? – ele perguntou

— Grifinória! Se vencermos, lideraremos o campeonato, e temos grandes chances! – ela respondeu como se entendesse do esporte 

— Desde quando você entende de quadribol? – perguntou Tom educadamente, mas na verdade procurando prolongar o assunto para que caso Lorena olhasse pra ele o visse conversando com alguém também.

— Desde quando sou amiga do artilheiro e do goleiro do time. Eles vivem falando sobre quadribol na sala comunal, o senhor não se lembra porque os ignora...

— Sempre tenho coisas mais importantes a que pensar! – ele respondeu rispidamente

— Tenho certeza que sim, Milorde...

— Ah, o que eu estava esperando...

Enfim, o correio chegara, fazendo com que muitas corujas entrassem no salão principal carregadas de cartas. Para a euforia de Tom, uma coruja largou uma carta para ele cujo conteúdo ele já advinhava antes mesmo de lê-la, mas ao abri-la, pode confirmar suas expectativas:

Caro senhor Riddle,

Ficamos realmente surpresos com o seu interesse em trabalhar em nossa loja, apesar de estranharmos o fato porque o sonho de todo formando é um cargo no ministério ao invés de uma simples vaga de balconista em uma loja.
Mas, apesar da surpresa, ficamos realmente satisfeitos visto que o nosso balconista está para se aposentar no meio do ano que vem, o que coincidirá com a sua formatura.
Sendo assim, peço que após pegar o diploma, venha até a nossa loja munido de seu histórico escolar para que possamos treiná-lo e empregá-lo.

Atenciosamente,
          Burkes.

Tom não cabia em si de tanta alegria. Enfim, seu futuro estava decidido. Trabalhar na loja abriria portas pra ele além de ter a chance de descobrir muitas relíquias perdidas que poderiam vir a ser horcruxes no futuro. Enfim, uma notícia boa para que ele começasse o dia. Enquanto ele pensava sobre isso, o café da manhã desapareceu da mesa, sinalizando que era a hora da primeira aula do dia.
Tom se levantou e foi caminhando o mais depressa que pode em direção às masmorras para a aula com o Slugh, pois tinha a esperança de encontrar a porta aberta e se dirigir rapidamente ao seu lugar, sem precisar encarar Lorena, mas seu plano ruiu porque a porta se encontrava trancada, obrigando Tom a esperar pelo lado de fora pelo professor.
Não tardou muito e uma fila de alunos começou a se formar para esperar o professor. Tom olhou impacientemente para trás e então a viu parada com as amigas e com Malfoy. Sem mais conseguir evitar, ele se pegou encarando-a e ela o encarava de volta, sem vacilar e sem corar como de costume. Havia desafio nos olhos dela, mas ele não conseguia identificar mais nada além disso. Não havia medo, não havia rancor, nem raiva e nem amor. O olhar dela era tão inexpressivo quanto o dele, mas ainda sim, só interromperam o contato visual quando o professor chegou.

— Meus queridos, me perdoem pelo atraso, mas o diretor Dippet me segurou, mas vamos entrando! – disse Slughorn enquanto abria a porta.

Todos os alunos tomavam os seus lugares habituais, mas dessa vez Lorena não ocupou o dela ao lado de Tom, mas se sentou do outro lado da sala junto a Malfoy. Biancah aproveitou a oportunidade e se sentou ao lado de Tom que não tentou impedi-la, fator que foi percebido por Slughorn.

— Hoje vamos fazer a poção da felicidade. É uma poção difícil de fazer e levaremos 3 aulas para fazê-la, mas antes de começarmos, gostaria de dar as boas vindas a nossa querida Lorena que acabou de se recuperar. – anunciou o professor alegremente, fazendo todos aplaudirem, exceto Tom e Biancah

— Obrigada, professor, é muito bom estar de volta. – disse Lorena enquanto sorria

— É sempre um prazer, minha querida. Voltou tão renovada que trocou até de parceiro. – disse o professor enquanto Tom se remexia na cadeira e Lorena ruboriva desconfortavelmente. Ao perceber a inconveniência do comentário, Slughorn continuou – Bem, abram na página 420 e podem começar!

Enquanto trabalhavam, Lorena e Tom trocavam olhares sutis para o incômodo de Biancah que tentava chamar a atenção dele a todo custo. Ao fim da aula, Lorena saiu apressada junto a Malfoy sem olhar pra trás. A razão era que dali a alguns momentos, aconteceria o jogo de quadribol, e Lorena queria desejar boa sorte ao novo amigo.
Sem muita escolha, Tom se encaminhou para o estádio junto a Biancah enquanto planejava mil maneiras de matar Malfoy sem usar a maldição da morte.


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Notas finais do capítulo

Eu sempre pensei no Slughorn como alguém inconveniente.
E será que veremos um triângulo sendo formado?



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