Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 34
Arrependimento? Talvez...


Notas iniciais do capítulo

No capitulo anterior, pedi um comentário e ganhei.
Muiro obrigada, America Jackson Potter! Esse aqui vai pra você!



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Já faziam 4 dias desde a última vez que Tom vira Lorena porque após mandá-la pra enfermaria, ele nunca foi visitá-la, apesar de querer muito. Ele sabia que tinha passado de todos os limites com ela, mas além de sentir ciúmes dela com Malfoy, ela o desafiou perto de todos aqueles que o seguiam e ele não podia deixar uma margem para que mais alguém decidisse ser corajoso também. A tortura foi merecida, ele sabia, mas ele não deveria ter perdido o controle. Era fato, pra ele, que ela nunca o perdoaria, então ele tentaria conviver com as escolhas que fizera.
Então já que não poderia lecionar em Hogwarts e não teria mais Lorena, Tom teve a genial ideia de pedir um emprego na Borgin & Burkes porque assim poderia conhecer pessoas importantes, ter contato com relíquias que poderiam virar futuras horcruxes e continuar a busca pela imortalidade e poder.
Todas as aulas que tivera desde o dia que mandara Lorena para a enfermaria foram um tanto sem graça porque agora o lugar ao seu lado ficava vazio. Ninguém se atrevia a sentar perto dele por medo do que pudesse acontecer.
Durante a aula de transfiguração, ele sentiu o olhar penetrante de Dumbledore sobre ele como se soubesse que ele era o culpado pelo ocorrido. Ele também notou que o professor estava mais abatido, talvez pelo susto de ver a própria filha internada.
No fim da aula, ele foi alcançado por Avery e Peterson.

— Milorde, a Biancah conseguiu umas garrafas de cervejas amanteigadas, podemos ir todos beber agora já que essa foi a nossa última aula do dia. – disse Avery

— Não posso, Avery, hoje é o meu dia de ronda. Bebam vocês. – ele respondeu e se afastou do grupo, na verdade ele queria ficar sozinho.

Após deixar os garotos, Tom foi estudar um pouco de magia das trevas até chegar a hora de fazer a ronda. Ele estava perto de descobrir o paradeiro do diadema de Ravenclaw porque Helena já confiava bastante nele. Dada a hora, Tom desceu para rondar o Castelo e conversar com Helena que finalmente revelou o paradeiro do diadema perdido. Agora ele não precisaria mais passar as noites com ela, mas teria que continuar para não levantar suspeitas de que ele só estava interessado naquilo.
Às 23:00, ele deveria estar de volta ao dormitório, mas acabara sucumbindo a vontade de ver como Lorena estava, então ele esperou até que todo o castelo estivesse silencioso e se esgueirou sorrateiramente até a porta da enfermaria, entrando assim que vira que não havia ninguém. Não precisou adentrar muito fundo para encontrar o leito que Lorena estava, e apesar de estar com o pijama da enfermaria e com os cabelos alvoroçados, ela continuava tão linda quanto da última vez que ele a vira, mas agora ela estava dormindo. Ficou durante alguns minutos velando o sono dela até que foi invadido por uma súbita vontade de se aproximar mais.

Ele o fez aos poucos por medo de acordá-la até que conseguiu depositar um beijo suave na testa dela.  Em seguida, sentiu-se em uma cadeira que se encontrava  perto do leito, e  tomou uma das mãos delas na dele, acariciando-a suavemente por alguns instantes.
Espero que um dia você possa me perdoar, ele pensou, mas logo se colocou de pé e se retirou sutilmente quando escutou passos de alguém se aproximando, ele era orgulhoso demais pra deixar que alguém o descobrisse ali, por isso correu o mais rápido que pôde até o seu quarto de monitor chefe porque não queria ver ninguém mais ninguém naquela noite.
No dia seguinte, quando Lorena acordou, ela só se lembrou de ter sonhado com Tom, e o sonho foi tão real que ela até conseguia sentir o toque dos lábios dele em sua testa e a sensação de sentir o toque e o calor da mão dele na dela, mas ela estava certa de que aquilo nunca iria acontecer porque não podia mais perdoá-lo, embora já estivesse tentada a fazê-lo.
Às 16:00, ela recebeu alta da enfermaria, mas quando ia pensar em ir até a sala comunal, ela foi abordada pelo diretor Dippet para prestar esclarecimentos

— Senhorita Thompson, fico muito feliz em ver que a senhorita teve alta. Me acompanhe até a minha sala pra eu lhe oferecer um dose de hidromel e podermos conversar. – disse diretor – prometo liberá-la logo para rever os seus amigos.

— Tudo bem, diretor. – respondeu a garota que sem alternativa acompanhou o professor.
Ao chegar ao escritório do diretor, a garota percebeu que Dumbledore também estava lá o que fez ela se sentir ainda pior por ter que mentir de novo na frente do professor.

— Então, senhorita, sente-se por favor. – pediu o diretor e a garota obedeceu – então, senhorita, eu e o professor Dumbledore aqui presente estamos muito empenhados em descobrir o autor dessa barbaridade. Não ignoramos os ataques que acontecem com frequência aos nascidos trouxas, mas nunca conseguimos pegar ninguém em flagrante. Dessa vez, é uma questão de honra descobrir e punir o culpado porque sabemos muito bem conhecer os efeitos de uma maldição cruciatus lançada repetidas vezes em alguém. – continuou o diretor

— Receio, senhorita que já conversamos um pouco sobre essa questão, mas eu gostaria de pedir que a senhorita nos conte todos os detalhes do que lembrar. Presumo que toda informação será válida para que possamos encontrar o culpado. - completou Dumbledore

— Mas senhor, tudo o que eu sei é o que eu já lhe disse. Eu estava andando pelo corredor, depois só me lembro de ter acordado no hospital. Talvez tenham me obliviado. Eu queria mesmo que o culpado fosse punido, mas eu não consigo me lembrar de mais nada... – disse Lorena.

— Mas a senhorita não se lembra de nada de diferente que possa ter acontecido? – perguntou o diretor

— De nada mesmo. Me desculpe. – respondeu a garota olhando para o chão completamente envergonhada por estar mentindo

— Nesse caso, presumo que a senhorita devesse ir até a sala comunal da Grifinória porque pode encontrar uma festa. – disse Dumbledore piscando o olho – e qualquer coisa que a senhorita se lembre, por mais insignificante que seja, venha nos contar, está bem?

— Sim, professor

— Obrigado pela colaboração, Lorena, e vá com cuidado. Evite andar sozinha agora. – disse o diretor – boa tarde!

— Boa tarde senhor, boa tarde professor. Qualquer coisa, eu digo aos senhores. Com licença. – respondeu ela se retirando.

Ela sabia que teria sido melhor se tivesse contado a verdade porque talvez Dumbledore e o diretor Dippet poderiam parar aos ataques àqueles que haviam nascido trouxas como ela, mas isso significaria encrencar Kim e o Abraxas que estava sendo muito gentil com a menina ultimamente.
Ela seguiu então até a sala comunal, e ao chegar lá, conforme previra Dumbledore, havia uma festa de boas vindas. Ela bebeu muita cerveja amanteigada até que desejou ir pro quarto e dormir, mas ao chegar ao quarto, encontrou uma caixa de seu chocolate favorito junto a um cartão com os seguintes dizeres:

Fico feliz que esteja de alta. Você é muito guerreira.
Com carinho,
Abraxas Malfoy

Ela sorriu ao ler o cartão porque nunca iria imaginar que alguém cuja família presava a pureza de sangue se preocuparia com uma nascida trouxa como ela. Mas, não teve muito tempo para pensar porque adormeceu assim que se deitou na cama, mas dessa vez teve uma noite sem sonhos.


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