Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 31
Desentendimento




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Tom estava irado. Suas esperanças de lecionar em Hogwarts foram minadas pelo diretor Dippet, e ele tinha a mais absoluta certeza de que tinha dedo de Dumbledore no meio. Ele não queria ir para o Ministério da Magia porque era uma carreira muito burocrática, chata e o afastaria dos seus objetivos, mas então uma luz iluminou a sua cabeça e ele teve certeza do que faria depois da escola. Não seria grande coisa, mas seria bom pra ele conhecer certas pessoas, certas coisas...
Lorena podia esperar, agora ele ia cuidar do futuro dele: escreveria uma carta para  a Borgin & Burkes solicitando uma vaga de balconista na loja pra quando terminasse a escola.

— Tom, o que ele queria? – disse Kim alcançando Tom pelos corredores

— Nada de mais, só que um seguidor de Grindelwald atacou o orfanato onde eu moro nas férias e matou todos que moravam lá. Agora não tenho mais pra onde ir quando eu terminar a escola, mas não há problema porque eu não pretendia voltar mesmo. – respondeu Tom.

— Nossa, que horrível, mas você está bem? – perguntou Kim preocupada – eu pensei que era algo sobre nossas reuniões. Eu já estava ficando preocupada.

— Só vão descobrir sobre as reuniões se alguém contar, e se contar se verá comigo. Agora estou um pouco apressado, Kim, a gente se vê. – disse se afastando

A ideia de contar o teor da conversa à Kim fora uma boa estratégia porque ele sabia que ela levaria à Lorena, então a garota pararia de fugir dele. Após voltar a sala comunal, Tom escreveu a carta aos donos da Borgin & Burkes e correu até ao corujal para mandá-la. Esperava receber uma resposta em poucos dias para então poder replanejar o seu futuro após Hogwarts. Agora ele teria que voltar ao dormitório e fingir estar deprimido para não levantar suspeitas sobre a autoria das mortes do orfanato, caso Dumbledore plnlantasse alguma ideia na cabeça do professor Dippet.

(...)

— Lo, tá na hora de parar de fugir do Riddle! Ele sempre me para pra perguntar de você e eu não tenho mais desculpas pra dar. – disse Kim ao voltar pra sala comunal da Grifinória – além do mais, agora ele precisa de você!

— Amanhã eu volto a frequentar as aulas... aconteceu alguma coisa? – perguntou Lorena

— Sim, um seguidor de Grindelwald matou todos do orfanato que ele vivia. Agora ele só tem você, Lo. Ele parece arrasado. Estava pálido quando eu o encontrei, embora ele diga que não se importa... – respondeu a amiga

— Que horrível, onde ele está agora?

— Provavelmente na sala comunal da Sonserina. - respondeu Kim

— Será que ele me recebe se eu for lá agora? Ele deve estar precisando de mim...

— Deve mesmo. Estou indo encontrar Avery agora, posso pedir pra ele nos levar até lá pra você falar com Tom... – sugeriu Kim

— Quero, vou só pegar um casaco, uma roupa e meu material de amanhã. Vou passar a noite com ele! – disse Lorena

Kim foi ajudar Lorena a arrumar a mochila com tudo aquilo que iria precisar e após terminarem, saíram pelo buraco do retrato dando de cara com Avery que já aguardava Kim na porta. Kim foi correndo abraçar o namorado e Lorena olhou-os se lembrando de Tom.

— Avery, temos uma missão pra você, não é, Lo? – perguntou Kim, mas ela mesmo respondeu – leve a nossa futura lady das trevas ao nosso Lorde das trevas. Sei que ele ta na sala comunal da Sonserina, mas como ela entra lá?

— Por favor, Avery. – pediu Lorena após ver Avery amarrar a cara

— Eu levo você até a porta, entro sozinho e trago o Lorde, pode ser? – perguntou Avery meio receoso por medo de isso irritar Tom.

— Pode! Muito obrigada, Avery. – agradeceu Lorena e o garoto apenas assentiu.

Após chegarem à porta da masmorra que levava a sala comunal da Sonserina, Avery entrou sozinho e após alguns minutos voltou com Tom, conforme o prometido.

— Meu amor, preciso falar com você... – disse Lorena ao ver Tom

— Avery me disse... vamos até o meu quarto e lá conversamos, pode ser?

— Sim, obrigada Avery – agradeceu Lorena antes de segurar a mão de Tom para juntos irem até o quarto do garoto.

— E então? O que te traz aqui após fugir de mim por tanto tempo? – perguntou Tom cruzando os braços visivelmente irritado após entrarem em seu quarto de monitor chefe

— Eu não estava fugindo muito de você, eu só queria refletir um pouco sobre a nossa última conversa. Eu realmente não estava me sentindo bem para ir às aulas hoje... mas eu tô aqui por você. Eu soube o que aconteceu... – defendeu-se Lorena

— Ah, aquilo... não foi nada, eu não estou nem ligando... – respondeu Tom

— Mas Kim disse que você estava triste...

— Certamente não era por isso. Eu pedi uma vaga de professor aqui e eles me negaram. Foi por isso que eu fiquei "triste" e não porque o pessoal do orfanato morreu. – disse Tom rispidamente

— Você me assusta, às vezes...

— E por que? Você me conhece bem, Lorena. Sabe como eu sou, já deveria ter se acostumado. – disse ele tornando o tom de voz frio.

— Mas você nem está ligando pra morte das pessoas mais próximas de família que você tem...

— Desculpa, Lorena. Às vezes esqueço que você tem pais e que nunca cresceu em um orfanato em que todos não gostam de você por ser diferente. – disse Tom rispidamente

— Não precisa falar assim comigo, eu só tô querendo ajudar...

— Ajudaria melhor se ficasse calada. – disse Tom ainda frio – não são de palavras que eu to precisando agora...

Tom se aproximou de Lorena que estava sentada na cama e a forçou deitar colocando o peso do corpo dele por cima do dela, enquanto segurava os braços dela esticados para trás para que ela não saísse. Ela tentou sair de baixo dele, mas ele era muito mais forte, então ela tentou dizer algo, mas ele calou a boca dela com um beijo forçado que ela tentou se desvencilhar a todo custo, fazendo o garoto descer os beijos até o pescoço dela, beijando-a com desejo e mordendo o pescoço dela, enquanto ela protestava em vão. Quando ele desceu as mãos pelo corpo dela pra tirar as vestes dela com certa violência, ela o empurrou.

— Tom, assim eu não quero! – ela protestava com um certo medo na voz, fazendo com que ele a soltasse.

— O que é, Lorena? Você me ignora o tempo todo e acha que vindo aqui me consolar pela morte de quem eu nem me importo vai melhorar as coisas? – disse Tom olhando-a fixamente.

— Eu só queria ajudar! Iríamos conversar depois! Eu só queria te ver bem, mas acho que me enganei... – ela respondeu com a voz trêmula.

— Você estava começando a me ajudar agora, mas teve que estragar tudo! Sabia que eu posso ter a mulher que eu quiser aqui? Basta eu chamar! Mas já que isso não se aplica à minha namorada, eu quero que saia daqui! – respondeu ele com o tom de voz calmo, embora repleto de desprezo

— Não precisa pedir duas vezes, Milorde— ela disse essa última palavra em tom de deboche – desculpe por ser um incômodo. – disse enquanto pegava a mochila dela e saía do quarto, fazendo força para não chorar na frente dele.


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