Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 20
O natal




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Os dias que se seguiam anunciavam a chegada do natal. O Castelo estava todo decorado com enfeites natalinos e todos estavam alvoroçados com a ideia de dar e ganhar presentes. Nem parecia que se passara tanto tempo desde os últimos acontecimentos. Brian, o ex monitor que tentou abusar de Lorena bradava para quem quisesse ouvir que pediria transferência de Hogwarts para qualquer outro lugar. O motivo? Ele dizia ser para conhecer alunos de outro lugar, mas a verdade é que Tom ameaçara matá-lo já que Lorena não poderia estar lá sempre para impedi-lo.
Falando nos dois, Lorena e Tom finalmente tinham se entendido de verdade e agora sempre eram vistos juntos...para a preocupação de Dumbledore que chamou a garota em sua sala para tratar sobre o assunto:

— Senhorita Thompson – dizia Dumbledore com o tom bondoso de sempre – a senhorita e Riddle parecem formar um casal agora ou estou errado? Mas receio que apesar da beleza que o amor possui, ele pode nos cegar para certas coisas que nos parecem óbvias. O amor é poderoso, mas também é capaz de causar sofrimento... – dizia o professor e Lorena parecia entender cada palavra que o diretor pretendia dizer

— Sim, senhor. Mas o que seria de nós que podemos amar se não pudermos confiar naqueles que amamos ? O que é uma vida sem esperança para algo melhor? – perguntava a garota respeitosamente

— É lindo o seu modo de pensar, senhorita, mas todo cuidado é pouco... nunca sabemos quando as decepções vêm...

Foi uma conversa no mínimo estranha, mas Tom sempre dissera que Dumbledore era desconfiado em relação a ele, o que tinha certa razão nisso, mas ela ficara intrigada com esse conselho tão fora de hora, mas achou não comentar nada com Tom porque gostava muito do professor e não queria dar mais um motivo para que o namorado gostasse ainda menos de Dumbledore. Estava mais preocupada se Tom gostaria dos presentes que comprara pra ele de natal: um livro sobre o domínio da magia sem o uso de varinhas, uma camisa e uma gravata.

— Você deveria deixar para dar um livro a ele no dia do livro ou no dia do estudante, se bem que é capaz de ele gostar, estranho como vocês são... – dizia Juliene

— Não somos estranhos! Mas Tom não gosta de doces, detesta chocolates, não confia nos artefatos mágicos...diz que são imprecisos, não liga pra roupas, então sinceramente não sei... – dizia Lorena que pensou em comprar um violão pra ele, mas que apesar de ele adorar tocar, não iria querer aparecer com um objeto dos trouxas na escola – livros eu tenho certeza que ele adora, e outro dia estávamos conversando sobre bruxos que conseguem fazer feitiços sem varinha.

— Nunca vou entender. Comprei um bisbilhoscópio pro Henrique, ele sempre quis ter um – disse Juliene.

— Eu estou interessada mesmo no que vocês compraram pra mim, vou ganhar presentes, não vou? Se não vou pegar de volta os que comprei pra vocês! – ameaçou Kim sorrindo o que fez as garotas rirem, mas não por muito tempo porque tinham que se apressar para ceia de natal que aconteceria no salão principal

Às 22:00 horas, todos os alunos chegavam ao salão principal para a ceia de natal. Ficavam ali até as 00:00 h, depois felicitavam os colegas e voltavam para os dormitórios. A ceia demorou a começar porque dois alunos trouxas foram encontrados pendurados de cabeça para baixo completamente inconscientes no corredor principal, o que dava a visão para todos os alunos. Os autores ou o autor daquele ataque, Lorena sabia quem era, e estavam sentados na mesa da Sonserina aparentemente muito satisfeitos, talvez pelo sucesso da missão. Todos os que se intitulavam comensais da morte conversam animados, mas Tom era o único calado e fixava o olhar inexpressivo em um canto qualquer do castelo.


— Sabe, meninas, no próximo dia 31 é aniversário de Tom e eu quero fazer uma surpresa a ele... mas não faço ideia do quê, vocês bem que podiam me ajudar... – pedia Lorena lá da mesa da Grifinória.

— Bom, você sabe o que ele mais gostaria nesse mundo – sussurou Kim tão baixo para que Juliene não escutasse. Lorena sabia sobre o que ela se referia: começar a frequentar as reuniões dos comensais da morte. Lorena ignorou a amiga.

— Não tem nada que eu pudesse comprar e que ele fosse gostar. Não podemos sair do castelo... e se saíssemos do castelo? Poderiam sair por ai, ter uma noite incrível e inesquecível e estaríamos de volta ao amanhecer. Vocês me ajudam a escapar? – perguntou Lorena

— Quebrar as regras? Adoro! Vou ajudar. – animou Kim e todas riram.

O som das vozes daqueles que conversavam alto enchiam o salão principal, mas fora bruscamente interrompido pela décima segunda badalada no relógio que anunciava a chegada do natal. Nesse momento, todos se levantaram, aplaudiram animadamente antes de começarem a abraçar os colegas com entusiasmo. Lorena abraçava um aluninho do primeiro ano de quem gostava muito quando sentiu alguém a puxar pelo braço, e a sussurrar “vem comigo” ao pé do seu ouvido, e sem precisar se virar para quem era, ela o acompanhou, fugindo daquele tumulto. O som das vozes foi ficando mais baixo na medida que afastavam do salão até chegarem aos jardins da escola.

— Não queria esperar até mais tarde para lhe entregar isso, à propósito, feliz natal. – dizia Tom enquanto retirava uma caixinha de dentro do terno que escolhera para aquela noite.

— Oba, um presente pra mim! – respondeu extasiada

— Na verdade, uma parte dele. Mas este, em particular não podia esperar até amanhã e deve ser entregue pessoalmente – retrucou o garoto enquanto abria caixinha e colocava um anel parecido com aquele que viria a ser uma horcrux no futuro no dedo de Lorena que ficou boquiaberta

— Meu amor... é tão lindo! Parece muito com o que você tem. Eu amei, de verdade.

Tom beijou a mão de Lorena e continuo: - este anel é a prova do meu compromisso e dedicação a você. Não cuidei de você direito e quase que por minha culpa, aquele imbecil do Harss fez mal a você. Quero que saiba que isso não voltará a acontecer, comigo sempre estará protegida.

— Eu te amo tanto, Tom Riddle, eu nunca vou te deixar de novo, eu sou sua, sempre fui e sempre serei.

Ao ouvir aquelas palavras, Tom sorriu, segurou levemente o queixo de Lorena e a beijou gentilmente, e a única certeza que ela tinha era a de que custasse o que custasse, ela livraria Tom do caminho das trevas, nem que fosse a última coisa que ela fosse fazer na vida.


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