A guardiã do gelo escrita por Kashinabi Chan


Capítulo 20
Vote em Benigna para vice-líder


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey Batatinhas Ambulantes o/

Primeiramente eu queria dizer que nesse momento estou de viagem e sem internet e me desculpar com as pessoas que eu aviso porque só no sábado, com sorte, eu consigo avisar sobre o novo capítulo e.e e ah, se houver comentários, saibam que só a partir de sábado consigo responder :3

Enfiiiiiim, hoje eu também queria agradecer por mais uma recomendaçããããão *3* ela foi feita por "Bêbe" e relaxa que sua recomendação foi ótima *3* cada recomendação tem um valor muito especial pra mim e sempre me incentiva muuuuuuito :3 ~não vamos esquecer dos comentários que eu sempre me divirto respondendo u.u ainda mais as teorias kkkk

FALANDO EM TEORIAS, VOCÊS SÃO UNS CHATOS, SABIAM? ARRRRRGH!!! Todas as teorias apontaram pro ponto certinho ;-; VOU MATAR VOCÊS, QUEM É QUE ANDA DANDO SPOILER, HEIN? u-u

Que seja... Vocês vão ver que não era bem o ciúmes do Kameel que eu tava falando, mas sim, vai ter um ciúmes dele também e... Ah, esquece, vocês acertaram mesmo T-T

No capítulo de hoje - alguém vai ficar com ciúmeeees e.e

Tenham uma boa leitura o/



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— O que diabos está acontecendo aqui? — Kameel não pareceu feliz em ver eu e Rian tão próximos (ainda mais com Rian sem a parte de cima do gibão).

Abri os olhos e o encarei. Ele estava encostado na porta dos fundos, olhando atentamente a cena.

— Amor, eu ia justamente procurar você...

— Pra quê? — Kameel não estava bravo. Apenas usava um tom magoado. —Terminar comigo pra ficar com ele?

— Não... — Suspirei e apontei pro ferimento no abdômen de Rian. — É por causa disso que eu estava indo agora atrás de você.

Kameel arregalou os olhos ao ver o ferimento e se aproximou, a fim de querer ver de perto.

— Céus, por que não avisou antes sobre isso?

— Não dói. E não tem cura. — Rian negou com a cabeça e começou a pegar seu gibão do chão.

Eu, como uma boa pessoa, suguei pra mim todo o gelo que havia nos seus trajes.

— Pode não ter cura, mas tem como pelo menos fechar. Não é bom ficar com isso aí aberto. Atrai monstros.

Rian pareceu ignorar enquanto colocava o gibão nos ombros, pronto para se cobrir novamente.

— Vamos entrar e eu dou um jeito nisso — anunciou Kameel, meneando a cabeça pra dentro da cabana.

— Que diferença vai fazer? Esse lugar já é cheio de monstros. Atrair mais alguns não vai fazer diferença alguma.

Coloquei uma mão no ombro de Rian e falei sombriamente:

— Vai por mim. Essa cabana atrai mais monstros do que todos que você já viu em toda sua vida.

Depois de muuuuuuuuuita insistência, eu e Kameel conseguimos convencer Rian a ser tratado. Kameel foi obrigado a usar alguns de seus poderes porque não se podia curar algo sobrenatural com algo que não fosse sobrenatural.

Agora eu me encontrava do lado de fora da cabana, encostada numa parede da mesma e observava Benigna cortar madeira de uma das árvores. Já havia amanhecido, mas o céu continuava nublado e derramando neve vez ou outra.

Depois de um bom tempo cortando, pegando e levando madeira pra cabana, Benigna simplesmente veio até mim e se encostou do meu lado, segurando o machado apoiado no chão enquanto eu passava a observar pequenos flocos de neve começando a cair bem na frente do meu nariz.

— Cansou? — questionei.

— Claro que não. — Ela estava suada. — Só estou dando uma pausa, não posso?

Eu sorri.

— À vontade.

Não foi ironia. Eu e ela éramos amigas, na verdade. Talvez não as “BFFs”, mas amigas normais que chegariam a dividir um pedaço de carne se precisassem.

Então vi mais ao longe Malek andando sem rumo pela floresta e estranhei. Se tinha uma coisa que aquele garoto mais odiava era a neve — até porque, ele era fogo! — entretanto, lá estava ele, parecendo avaliar cada árvore por onde passava.

— Ele é uma gracinha, não acha? — comentou Benigna de repente, provavelmente olhando pro mesmo retardado que eu.

— Hein? — Aquilo me pegou de surpresa. — Não me diga que está falando do Malek...

— O cabelinho de fogo? Ele mesmo.

Acabei tossindo — e juro, não sei se foi uma tosse de verdade ou forçada, só sei que detonou minha garganta por alguns segundos.

— Ah, qual é. Existem garotos melhores que ele. Malek é a pessoa mas detestável desse planeta Terra e olhe lá.

Benigna arqueou uma sobrancelha numa pergunta silenciosa.

— Ele enche meu saco desde que eu apareci aqui — expliquei. — E não algo do tipo “ei, eu te odeio, mas somos amigos, ok?”, mas algo mais como “te odeio, praga insignificantemente irritante”.

— Só que isso não deixa ele menos bonitinho.

— Fala sério, Utae e Imma eu até recomendo, só que Malek está fora da lista. Ele merece morrer.

— Não fala assim. Ele é da sua equipe. Por que não trabalham juntos ao invés de discutirem?

Segundo sermão que levo sobre isso, fala sério. Eu reviraria os olhos se pudesse.

— Sabe, quando se trata de uma guerra — disse Benigna —, temos que sempre nos manter unidos, caso contrário, estaremos arriscando a nossa vitória e é isso que tem que ficar fora da nossa lista.

Bem, com toda essa conversa, eu mal percebi Malek vindo em nossa direção, parecendo que queria dizer alguma coisa pra gente. Cruzei os braços e o encarei, esperando. Acabou que tudo o que ele fez foi esbarrar no meu ombro ao passar por mim.

— Cuidado por onde anda — ouvi ele resmungar.

Bufei e por puro instinto, congelei seus pés, fazendo ele cair de cara na neve. Eu teria caído na gargalhada se ele não tivesse reagido, jogando fogo na minha direção. Virei o rosto na mesma hora que minha temperatura corporal caiu, naquele típico escudo de gelo na minha pele. Bem, isso não impediu que chamuscasse as pontas do meu cabelo.

— ******************************************************* — acho que a última vez que falei tanto xingamento foi no dia em que ganhamos as pulseirinhas do jogo.

— Kary! — disse Benigna num tom de repreensão, dando um tapa no meu braço.

Levei as mãos à boca, sabendo que havia exagerado um pouquinho.

— Ele chamuscou meu cabelo! — exclamei com raiva.

— Você me fez cair, sua **********!

Céus, parecíamos duas criancinhas brigando sobre quem quebrou alguma coisa.

— Dá pra pararem os dois? Parecem duas crianças! — vociferou Benigna.

Nós simplesmente nos calamos. Ela tinha aquela áurea sinistra, tipo a de Utae que fazia a gente obedecer só por serem filhos de um descendente divino que dava ordens — Ares a um exército e Zeus aos deuses.

Benigna pegou Malek pelo braço e o ajudou a ficar em pé, embora ele permanecesse com os pés congelados.

— Kary, descongela os pés dele.

— Ah, e ele vai restaurar os fios queimados do meu cabelo? — questionei com ironia.

— Kary, descongela os pés dele agora — aquilo havia sido uma ordem.

Como eu odiava ordens.

Fiz o que ela pedira, bastante à contragosto, nem fazendo questão de retirar o frio de onde estivera congelado. Então Benigna largou ele que cambaleou um pouco antes de acostumar de novo com os pés.

Dei as costas aos dois porque, já que Benigna gostava tanto dele assim, preferi deixar ambos sozinhos — argh, era só o que me faltava, minha amiga gostando da pessoa mais detestável do mundo. A vida realmente não faz sentido algumas vezes.

Encontrei Utae na sala de treinamento — o que havia virado rotina desde então — só que incrivelmente ele não estava treinando e sim no fundo da sala, suado, sentado no chão e parecendo bastante pensativo.

— Tá precisando de alguém pra treinar? — Entrei, dizendo isso pra chamar sua atenção.

Ele deu um pequeno sorriso de canto e deu dois tapinhas ao seu lado, indicando pra que eu sentasse exatamente ali. Acabei fazendo isso.

— Pra sua sorte, não.

— Diz isso como se fosse acabar comigo num duelo de espadas. — Mostrei língua pra ele.

— E não acabaria? Mal consegue erguer uma.

Cruzei os braços e repeti as suas palavras, fazendo uma careta.

— Só quero te dizer que agora sou uma nível 4 e que se eu quisesse, poderia muito bem erguer a espada na sua frente.

Ele parecia se divertir com a situação.

— Então por que você não faz isso agora?

— Porque... Porque eu quero que me diga no que estava pensando tanto — argumentei.

Utae voltou a sorrir, só que dessa vez, era algo mais convencido.

— Bem, eu quero nomear um vice-líder oficial, sabe? Um que trabalhe de verdade comigo.

— O que houve com Imma? Ele não era o vice-líder?

— Fala sério, Kary. Você sabe como Imma é.

— Dois alvos avistados — falando no Imma... — Evacuar área, soldados. Eles podem ser perigosos. “Mas capitão, o senhor não pode ir sozinho...” — sim, ele fez uma voz fina como a de uma mulher implorando —, esse é um preço que posso pagar.

E lá estava ele, apontando uma arma pra gente, feita com seus próprios dedos.

— Viu? — disse Utae, olhando pra mim.

Eu rio.

— Piu, piu, piu, piu! — Imma fazia os sons da arma atirando. — Granada! BOOOOOM!

— Imma, seja menas, querido — digo, debochando dele.

— Alvos neutralizados. Eu disse que conseguiria. “Você salvou o dia, capitão” — e de novo a voz fina de uma mulher.

— É o tédio? — perguntei quando ele se sentou do meu lado.

— É o tédio — admitiu ele.

— Como eu ia dizendo, Kary. Ando pensando em trocar de vice-líder.

— EEEEI, você não viu o que acabei de fazer? Acabei de matar um nível oito e uma nível quatro! Merecia um prêmio!

— Cala boca, Imma. — Empurrei seu ombro de leve.

— E eu estava pensando, Kary, em fazer da Benigna nossa vice-líder.

— Hein? — eu e Imma dissemos em uníssono.

— Cara, eu jurava que você ia nomear a Kary como vice-líder.

Confesso que eu também, quase falei, entretanto resolvi me conter.

— Kary é uma nível quatro — argumentou Utae.

— E Benigna uma nível cinco — contra-argumentei.

Utae suspirou.

— Eu sei, Kary, mas ela é filha de Ares. Todos respeitam ela inconscientemente e é desse respeito que eu preciso.

— Você nem conhece ela! — Imma partiu em minha defesa.

— Vou precisar repetir? Ela é filha de Ares. Isso basta.

— E se ela nos trair? — falei.

— Se ela nos trair, você paga o preço que prometeu.

Engoli em seco. Sério, na hora em que prometi aquilo, não achava que ele teria coragem de o fazer quando fosse o momento. Bem, a droga é que ele acabou de me colocar em uma encruzilhada.

Acabei me levantando, decidida a não discutir com ele.

— Pois bem, a nomeie vice-líder. E se ela te trair, vou embora com muito prazer. Talvez eu tenha mais chance de vencer mesmo. — Ok, eu estava sentindo uma pontada de ciúme e inveja dela.

Argh, odiava não ser mais a garota favorita de Utae.


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Notas finais do capítulo

HASUHAUHSAUH agora entenderam de que ciúmes eu estava falando? u.u

No próximo capítulo - uma declaração :3

Até o próximo capítulo o/



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