A guardiã do gelo escrita por Kashinabi Chan


Capítulo 19
Recebi um strip-tease


Notas iniciais do capítulo

Hey Batatinhas Ambulantes o/

Eu tenho que parar de postar tarde da noite, né? kk enfiiiiim, primeiramente eu queria agradecer de coração a leitora "Bruninha chann" por ter recomendado a fanfic *3* sério, as recomendações ajudam muito e me motivam pakas :3 ~os comentários também ajudam, viu? e.e sério, espero que você continue sendo sempre minha leitora fiel ^^

E ah, eu também queria mostrar pra vocês mais dois desenhos que a lindíssima da Angel fez *3* dessa vez ela fez o Kameel e o Xander, olhem: https://www.facebook.com/KashinabiFarron/posts/1945184245694566

Ela é uma fofa talentosa, não é? *3*

No capítulo de hoje - um strip-tease u.u

Tenham uma boa leitura o/



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Caí no chão por causa do susto de ver simplesmente Udenkwo se desfazer na minha frente. Ouvimos um grito — masculino —, que fez meu coração continuar acelerado por muitas coisas estarem acontecendo. Rian correu até mim e pegou sua lança, transformando-a em zarabatana enquanto Xander simplesmente aparecia na nossa frente, completamente atordoado.

Ao invés dele nos atacar, ele vai até o corpo flácido de Udenkwo e começa a conversar com ela, embora ela nunca o respondesse. Me levantei rapidamente e dei alguns passos pra me afastar daquela estranheza e fui até Benigna que estava no chão com o sangramento na dobra do joelho direito onde eu tinha atirado.

— Sua mira é excelente — elogiou ela e percebi que o corte em sua barriga não existia mais.

— Foi só o desespero — digo dando de ombros e me ajoelhando ao seu lado pra ver o ferimento na perna.

— Ninguém no desespero quase acerta uma artéria fatal na minha perna.

Dei de ombros novamente, sabendo que teria de aceitar o elogio.

— O que aconteceu com o corte em sua barriga?

— Udenkwo curou pra mim. Sabe, ela precisava de toda minha força física e não poderia me usar direito se eu ainda estivesse com aquele corte.

— Precisamos ir embora daqui — confidenciou Rian ao se aproximar de nós duas.

Olhei pra Xander que agora levantava e nos olhava atentamente.

— Vão embora daqui. Me vingarei dessa morte — é única coisa que ouço antes de ficar escuro.

Quando abro os olhos novamente, estou na neve que tanto me era familiar. Olhei pros lados e lá estavam Rian e Benigna parecendo atordoados com o que acabara de acontecer. Então, a coisa que eu sabia muito bem o que era, acabou acontecendo. Um poder envolveu minhas entranhar e juntos, eu e Rian, evoluíamos para o nível 4. Não consegui deixar de conter um sorriso bobo quando meus pés voltaram a tocar o chão.

— Já estava achando que isso não ia acontecer — comentou Rian. — Eu hein. Não matei uma nível 10 atoa.

Acabei rindo.

— Não sem graças a minha ajuda. Lembre-se que o jogo levou isso em consideração — ressalto e ele ri.

Então me lembro que Benigna tinha um pequeno ferimento na perna e não conseguia se levantar sem um pouco de ajuda. Estendi minha mão e ajudei ela a se levantar. Benigna agradeceu com um gesto de cabeça e eu sorri em resposta. Ela passou um braço por meu ombro e a cada passo, se apoiava um pouco em mim.

— Pra onde você vai agora? — perguntei a Rian.

Ele suspirou.

— Não sei. Agora que estou sem Xander, vou ter que dar um jeito de achar outra equipe.

— Por que não vem pra minha? Talvez meu líder te aceite.

— Ele também me aceitaria? — questionou Benigna.

— Claro que sim — menti. — Ele anda precisando de alguns jogadores.

— Tudo bem então. Nos mostre o caminho. Deixa que eu levo Benigna.

Assenti e logo ela passou um braço pelos ombros dele. Mordi o lábio quando eles não estavam olhando. Eu sabia que havia feito uma besteira, mas queria ajudar. Suspirei e comecei a caminhar, vendo as árvores com as marcas de Utae e Imma.

O bom é que elas pareciam ser recentes.

Chegamos na cabana em algumas horas — bem, na verdade, se eu tivesse algum relógio eu diria que tínhamos verdadeiramente demorado algumas horas. Só sabia que era finzinho de tarde quando chegamos. Bati na porta e fui recebida por um beijo do meu namorado que a atendera.

— Céus. Será que eu vou ter que passar o resto do meu namoro assim, amor? Sempre preocupado com você? A cada cinco segundos você dá um jeito de sumir!

Eu ri do que ele dissera.

— Eu estou bem agora, tá legal?

Foi aí que Kameel olhou pros meus dois convidados que assistiam a cena com olhares curiosos.

— Esse é o Kameel, meu... namorado — hesitei um pouco em dizer porque ainda não havia me acostumado muito à palavra.

Kameel acenou pra eles, parecendo um pouco desconfiado.

— Chama Utae pra mim? — pedi.

Ele confirmou com a cabeça e demorou poucos minutos até Utae aparecer na porta. Ele avaliou os dois indivíduos com um olhar crítico.

— E então...? — digo, já sabendo que ele havia entendido o que eu queria.

— Kary, a gente já não tinha conversado sobre isso antes? O que eu te disse sobre estranhos?

— Mas eles não são estranhos! — argumentei. — Rian principalmente. Ele me salvou de uma nível 10, Utae!

— Da última vez que eu confiei em estranhos, ele nos roubou o colar mais precioso e raro do jogo!

— Eu sei, Utae, só que agora é diferente, eu prometo — digo num tom de imploração. — Se um dos dois nos trair, pode me expulsar do grupo.

Percebi que aquela proposta havia pegado ele de surpresa.

— Tudo bem — ele levou um tempo pra responder. — Agora os apresente.

Fui até ambos — que possivelmente escutaram nossa pequena briga — e primeiro coloquei uma mão no ombro de Benigna.

— Essa é Benigna, filha de Ares. — Apontei pro Rian. — E aquele é Rian, filho de Atena. Foi ele que me salvou de uma nível 10.

Utae se aproximou de ambos e apertou a mão dos dois.

— Não sei quem são, mas espero que não nos traiam. O último desgra... idiota que fez isso foi o Xander. — Utae chegou a olhar pra Rian nessa hora, como uma ameaça silenciosa. — Ele nos roubou o colar Elemental e desde então tem sido meio difícil me fazer aceitar algum estranho na equipe. Sorte a de vocês Kary ser tão ingênua para não ver maldade.

Tentei não levar aquilo como uma ofensa.

— Eu conheci Xander — anunciou Rian. — Eu estava...

— Lutando contra ele na floresta, eu sei. Entretanto, isso não te faz mais inocente do que ela. — Utae apontou para Benigna.

— Eles já entenderam, Utae — falei, colocando uma mão em seu ombro.

— Malek, Kameel e Imma, apresentem-se! — chamou Utae, alto.

Em alguns minutos apareceram os três e todos — menos Kameel que já sabia —, ficaram surpresos e curiosos ao ver os dois estranhos na entrada da cabana.

— Esses são Kameel, Malek e Imma. — Utae apontou pra cada um enquanto dizia seus respectivos nomes. — E esses são os novos membros da equipe: Benigna, filha de Ares e Rian, filho de Atena.

Os dois acenaram timidamente pros três garotos.

— Então quer dizer que temos duas garotas na equipe agora? — Imma foi o primeiro a se pronunciar. — Céus, você deveria ser a mais feliz de todos, Kary.

Soltei uma risadinha com o comentário.

— Nem tinha pensado nisso, Imma. Mas é ótimo. É bom que finalmente vou ter alguém pra bater um papinho feminino.

— Santo Zeus, pra que eu fui juntar duas garotas...? — disse Utae. — Estamos ferrados.

Acabamos rindo do falso arrependimento.

— Vão logo se acostumando porque vão ter que nos aguentar agora — comentei e todos riram.

Menos Malek, claro. Ele nunca riria das minhas piadas.

— Agora entrem que já está escurecendo — pediu Utae. — Nunca acontece coisas boas durante a noite.

E todos nós entramos na cabana.

Kameel — a meu pedido — tratou do ferimento de Benigna que, embora estivesse com o ferimento enfaixado, conseguia andar normalmente com a ajudinha da cura mágica do meu namorado.

Nós todos passamos boa parte da noite conversando sobre coisas aleatórias, nos divertindo e descontraindo um pouco enquanto a lareira acessa por Malek, nos aquecia do lado de dentro — embora me sentisse incomodada com o fogo. Kameel se manteve o tempo todo comigo, me abraçando pelo ombro ao mesmo tempo que a minha cabeça ficou o tempo todo apoiada no seu ombro. Aquela era uma cena meio impossível de acontecer na vida real, mas me sentia feliz por pelo menos num jogo eu conseguir desencalhar.

Depois de horas eu me encontrava no andar de baixo, abraçada com Kameel e enquanto ele parecia estar num sono profundo, eu mal conseguia fechar os olhos. Estava inquieta — talvez seja o medo de algum dos novatos tentarem me matar como acontecera com Vibeke.

Depois de um longo tempo acordada, acabei desistindo de dormir. Me livrei dos braços de Kameel com cuidado para não acordá-lo e saí do quarto, não sem antes dar uma conferida pra ver se todos dormiam. Cinco camas estavam ocupadas, mas haviam seis jogadores que dormiam em camas separadas... Eu sabia quem faltava.

As vezes tenho raiva de mim mesma e da minha curiosidade que nunca me deixa quieta. Eu gostaria de ter resistido a não ir procurá-lo, mas fiquei tão tentada que decidi ir atrás de Rian, acabando por me render à minha curiosidade. Sério, ele não poderia ter desaparecido assim sem motivo já que dissera que não tinha para onde ir.

Subi as escadas e saí pelo alçapão que dava na sala. Tudo estava silencioso e escuro. Me guiei por instinto e saí da cabana — oh céus, eu sabia que estava fazendo uma besteira como sempre, mas sabe né, todo jogo tem que ter uma pessoa sonsa. Caminhei, agora me guiando pela luz da lua e nada havia na parte da frente, só a floresta coberta de neve.

Andei mais um pouco. Estava decidida que apenas iria rodear a cabana e depois voltaria pra dentro se acabasse por não encontrar nada. Quando cheguei na parte de trás, lá estava Rian sentado num toco de árvore, de costas pra cabana, encarando a floresta cheia de neve. Me aproximei cautelosamente.

— Eu sei que é você, Kary.

A voz dele me assustou.

— O que você tá fazendo aqui fora? Nunca é bom ficar por aqui de noite.

— Pra quem enfrentou Xander e Udenkwo no mesmo dia, acho que nada me assustaria mais.

Mordi o lábio pra conter uma risadinha e me sentei ao seu lado no toco que não era muito grande, mas ele cedeu um espaço pra que eu pudesse sentar. Bem, eu não estava armada, entretanto, vi que sua zarabatana estava presa às costas, o que me deu um certo alívio. Se algum monstro nos atacasse, poderia contar com ele.

— E aí? — digo depois de um tempo. — Por que tá aqui?

Rian suspirou antes de começar a desafivelar a parte de cima do seu traje. A primeira coisa que passou pela minha cabeça, foi: céus, esse maluco vai me fazer um strip-tease no meio da noite?. Só que Rian não estava tirando a roupa sensualmente e só depois de um tempinho eu fui perceber isso.

Ele não era sexy como meu namorado, mas não deixava de ser uma gracinha. Quando a última parte de pele das suas roupas caiu — ele só tirou da cintura pra cima —, percebi o que o deixava tão atordoado e quieto. Havia um corte feio no seu abdômen.

— Consegue ver? — perguntou ele.

Afirmei com a cabeça, enquanto observava com atenção o ferimento.

— Então alguém já feriu você na alma — era uma afirmação.

— As Fúrias.

— Por isso que eu odeio os malditos filhos de Hades. Esse tipo de ferimento não tem cura.

— Claro que tem. Kameel me curou da última vez que...

O filho de Atena negou com a cabeça, o que fez com que eu me calasse.

— Fechar o ferimento até pode ser, mas curar por completo? Nunca. Isso não existe.

Aquilo sim me deixou atordoada.

— Por que não conversou com Kameel? Talvez ele pudesse te ajudar com...

— Não faz diferença. Esse sangue não é desse mundo. Esse tipo de ferimento não machuca.

— Só que se você continuar sangrando, pode acabar morrendo...

Ele suspirou, indicando que eu tinha razão.

— Vou levar você até Kameel — falei decidida, me levantando e pegando sua mão.

— Kary, não precisa...

— Levanta, Rian. Você precisa tratar isso aí.

— Não Kary...

Ele resistiu por mais um tempinho antes de suspirar profundamente e levantar. Foi nesse exato momento que a porta dos fundos da cabana se abriu num estrondo e meu coração deu um pulo no peito.

Fechei os olhos e esperei o pior acontecesse.


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Notas finais do capítulo

Fui malvada em deixar um mistériozinho no final de novo, né? kk o que vocês acham que é? u.u quero teorias, amo teorias ♥ teorias me dão novas ideias u.u

No próximo capítulo - alguém vai ficar com ciúmeeees e.e

Até o próximo capítulo o/



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