Ladrão de Corações escrita por Lilissantana1


Capítulo 18
Capítulo 18 - Eu Quero Você


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas. Sebastian está agindo como um ogro. Pode ser que ele perceba o quanto está errado e faça o que deve. BJ

Acho q até o final do capítulo vcs entenderão o pq da flor na montagem...



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A marquesa chegou como um furacão desgovernado. Furiosa, desandou a reclamar com o filho e a futura nora. O que eles esperavam ficando sozinhos assim? As pessoas falam! Falarão de você Hannah. Falarão de sua futura esposa Sebastian. O noivado já fora acelerado, e o casamento também, agora eles se expunham desta forma. Será que não sabiam que viviam em sociedade? Em uma sociedade repleta de regras!

Irresponsáveis!

Mas, ponderou Celine quando conseguiu se acalmar, ela acreditava que era melhor casarem logo, acelerar ainda mais a cerimônia seria a solução, já que os dois não conseguiam ficar longe um do outro.

Hannah estava engasgada com o que ouvira a poucos minutos de seu noivo e se falassem dela,  ou o que falavam dela em nada lhe interessava. Estava acostumada a ser alvo de fofocas. Antes o assunto era sua falta de pretendentes, depois, a impossibilidade da irmã bonita casar porque a “feia” ainda estava solteira. Agora, falariam que ela fora seduzida por Sebastian Evans, por isso estava casando. Apenas alteraria a forma da fofoca. Porque falar, bem, isso as pessoas faziam com ou sem motivo mesmo.

A marquesa, depois de passado o momento de reclamações decidiu mostrar à nora todas as mudanças feitas na residência. E a conversa sobre o casal teve um fim, mas isso não queria dizer que eles esqueceram o assunto. Ao menos naquele tempo em que permanecessem ali, agiriam como se nada tivesse acontecido. Hannah pretendia dar um destino à conversa quando voltassem para casa. Talvez tivesse sorte e sua mãe e irmã não estivessem na residência o que a liberaria para continuar debatendo a situação.

Só que nem tudo acontecia como a garota ruiva esperava. O pequeno grupo passou mais tempo do que o esperado dentro da casa, caminhando de um lado para o outro. Em silêncio Sebastian seguia as duas. As mãos nas costas, ereto, sério, pensativo e distraído. Celine o chamara por mais de uma vez sem conseguir obter real atenção do filho.

— E esta peça recebeu minha total consideração.  – garantiu a marquesa diante da última porta. A porta do quarto do casal.

Com a maçaneta presa entre os dedos ela fez suspense antes de permitir que os dois entrassem. O sorriso e o olhar indicando o quanto se sentia satisfeita consigo mesma pelo trabalho realizado. Hannah foi a primeira a ingressar no cômodo, e assim que viu o resultado das ideias da sogra sentiu vontade de chorar. Se aquilo fosse visto um dia antes, ela estaria pulando de felicidade. Pois consideraria aquele espaço como um anúncio da felicidade que dividiria com Sebastian, mas, naquele momento, era apenas a lembrança do que o noivo fizera, das palavras duras e sem sentimentos que pronunciara poucos minutos antes.

Sebastian encarou o quarto. Estava tão ansioso por estar ali. Por poder dividir sua vida com Hannah. Agora todo esse trabalho e planos estavam literalmente sendo carregados pela correnteza de seus atos imprudentes. Entretanto, ele guardava uma ponta de esperança, pensou observando Hannah caminhar pelo espaço, tocar nos móveis, examinar os detalhes. O corpo esguio, os cabelos vermelhos, a postura ereta, os movimentos, ele sabia desde que a vira pela primeira vez que o homem que a tivesse seria um sortudo. Mas, por que nunca se colocara na posição desse homem? Se tivesse feito o que deveria, a cortejado em lugar de Betina. Agora tudo seria diferente.

A visita acabou, Sebastian e Hannah voltaram diretamente para a casa dos Larkin. A marquesa para a própria residência. O trajeto feito em silêncio apenas reforçou o afastamento dos dois. As mensagens e os cartões queimavam sob as mãos da garota, dentro da bolsinha de mão. O silêncio de Sebastian a perturbava. Talvez fosse melhor conversar ali mesmo, sob os olhares e ouvidos de dois criados do que esperar pela chegada em casa, talvez lá não tivessem oportunidade.

A penumbra da tarde já se anunciava, as lamparinas estavam sendo acessas quando eles chegaram, Sebastian acompanhou a então noiva até a entrada, quando pararam diante da porta, a jovem o encarou, os belos olhos azuis estavam assim como ele, silenciosos.

— Gostaria de terminar a conversa. – ela falou séria. Não era uma pergunta.

Ele olhou o chão sem saber se queria ouvir o que a garota teria a lhe dizer. Mas, depois de muito meditar, determinou o que deveria falar:

— Hannah... – começou baixo percebendo que estava muito tenso para seguir falando sobre aquilo, mais ainda para ouvi-la dizer que pretendia romper o compromisso, por isso era muito importante ir devagar. – sei que fiz e falei muitas asneiras, agi como se tivesse razão em me comportar de modo tão desonroso com você, com sua irmã e com sua família. Mas...

Encarou o rosto delicado, o nariz arrebitado e tomado pelas sardas.

— Espero sinceramente que possa me desculpar.

Diante do pedido inesperado, Hannah estremeceu. Duas forças lutavam dentro dela. O desejo de acabar com tudo. De encerrar o que quer que Sebstian ainda pretendia. E a vontade de acreditar em qualquer coisa que ele lhe dissesse. Se agarrar a primeira oportunidade de esquecer tudo.

Decidiu que precisava de mais.

—Não creio que na entrada de casa seja o lugar adequado para conversarmos. – retrucou evitando que ele tomasse sua mão. - Vamos entrar?

Movendo a cabeça afirmativamente, Sebastian aceitou o convite. A residência, como Hannah previra, estava quase vazia, o que queria dizer que eles poderiam conversar a sós. Mas, mesmo com a ausência das principais pessoas da casa, ela queria privacidade, então, o conduziu para a biblioteca do pai. Em frente ao escritório. Quase nunca iam até lá. Era uma das peças menos usadas da casa.

Distantes, os noivos permaneceram calados por alguns segundos, cada qual com seus próprios pensamentos. O pedido de desculpas, ou o modo como ele pedira desculpas, como se realmente desejasse ser desculpado, inexplicavelmente mexera profundamente com ela. E Hannah começaria por ali:

— Seu pedido de desculpas se refere a sua postura durante nossa conversa ou a tentativa de manipular a minha vida, a vida de Betina e de sir Wood...?

Ele não gostava quando ela mencionava Paul. Um tremor estranho tomava conta de seu corpo. A irritação lhe perturbava. Respirou fundo, precisava usar de calma e serenidade se pretendia manter aquele compromisso até o fim.

— Se refere a tudo Hannah. Como me comportei quando as conheci, e como me comportei hoje... antes da chegada de minha mãe.

Era isso que ela queria ouvir? Hannah se perguntou. Dito assim, como se verdade fosse? Ah, quando ela observava aquele rosto, aqueles olhos penetrantes, acreditava em tudo.

— O senhor considera que, depois de todos esses acontecimentos, ainda poderemos nos casar? – ela queria uma resposta afirmativa, seu coração exigia uma resposta afirmativa, e precisava partir dele. De sebastian.

Ele balançou a cabeça negativamente enquanto se aproximava perigosamente dela.

— Não tenho a intenção de voltar atrás, já lhe falei isso...

Por quê?

— E o motivo para isso continua sendo sua necessidade em me ajudar...

Ele ficou ereto. Apertou os lábios. Era isso! O que ela queria ouvir? Que ele estava apaixonado? Apaixonado? Ele?

— Você não quer continuar com o nosso compromisso Hannah? Quer romper... tão perto do noivado?

Ele estava preocupado com o noivado? Ela ergueu o nariz em tom de desafio.

— Se é o noivado que lhe perturba, tenho certeza de que mamãe não se incomodará com um rompimento se seu amigo Wood fizer o pedido antes que todos saibam. Se Betina estiver comprometida, ela não se perturbará com o fato de nosso noivado ter se encerrado.

— Não é o noivado que me importa. – ele falou sério e decidido dando mais um passo em direção a ela.

Na tentativa de se afastar Hannah se chocou contra a cadeira e acabou mais próxima dele do que antes, pois se não fossem as mãos de Sebastian ela teria ido ao chão. Ter aqueles olhos azuis tão perto. Fixos nos seus. As mãos dele a circular perigosamente sua cintura. Não a ajudava a raciocinar direito.

Ele sentiu o cheiro de jasmim, do toque macio de suas mãos contra a pele dela, de seu peito muito próximo subindo e descendo com a respiração agitada causada pelo susto ou pela proximidade... ele precisava pedir, talvez implorar se fosse preciso:

— Hannah... vamos nos casar... senão porque você me ama ou porque eu a amo... mas porque nós queremos ficar próximos, assim como agora...

Sem permitir que ela respondesse, Sebastian a beijou. Precisava trazer para fora todas as emoções que sabia, Hannah sentia quando eles se beijavam ou se tocavam como naquele momento.

A quentura gostosa daqueles lábios sobre os seus. A mão dele pressionando sua nuca, mantendo o rosto dos dois unidos. As borboletas a povoarem seu estômago. Nada daquilo ajudava quando se quer pensar racionalmente. Não há razão que dê conta de tantos sentimentos misturados.

Mas, uma coisa estava límpida em sua mente. Sebastian não suspeitava que era amado. Por quê? Será que ela não fora clara o suficiente? Será que ele não sabia diferenciar desejo de amor? Carinho, de amor? Ou seu noivo era um completo estúpido cego no que se relacionava com sentimentos?

Finalmente seus lábios se separaram. Havia tantas coisas implícitas no olhar que o homem diante dela lhe direcionava. Tantas emoções conflitantes. Mas, de tudo, tudo o que mais lhe chamou a atenção foi a necessidade estampada em cada gesto de Sebastian. Nunca um homem a desejou ou necessitou tão verdadeiramente quanto ele naquele momento. E Hannah lembrava de, há pouco mais de um mês, quando eles tiveram sua primeira e quase inesquecível dança, ter pensado que não se importaria de ser uma mulher “perdida” nas mãos do ladrão de corações.

Pois agora estava realmente perdida. De uma outra forma, mas totalmente perdida. E se assim era, que realmente fosse. Segurou o rosto dele trazendo-o para perto novamente. Seus braços a apertaram contra ele, e logo as mãos grandes se colocavam sobre suas nádegas, firmes encaixando-a contra o corpo masculino.

Hannah gemeu dentro da boca dele, acelerando seu desejo. Afoita desceu as mãos pela lapela e cruzou a barreira do colete, Sebastian a ergueu do chão, empurrando-a contra a mesa no canto da sala sem deixar de beijá-la. Os livros sobre o móvel foram parar no chão quando ele abriu as pernas da noiva e deslizou os dedos sobre as meias brancas subindo perigosamente em direção a parte mais íntima.

Afastando-se levemente ela o observou, queria saber como ele se sentia.

O rosto de seu noivo estava transformado. Os lábios entreabertos, os olhos projetados, e a respiração ofegante. Ela sorriu percebendo que tudo aquilo fora provocado por ela. Será que realmente importava quem Sebastian cortejara primeiro? O que ele fizera para atingir o objetivo de se comprometer com Betina? Ou lhe importava somente que em lugar de concluir os planos inicias, ele acabara fazendo tudo diferente ao pedi-la em casamento? E especialmente que o desejo era latente e palpável entre eles?

De que adiantava manter uma certa dignidade e continuar sendo a mesma Hannah de sempre? Relegada ao segundo plano. Esquecida e sem atrativos. Ela queria ser ousada e especial. Ser o que ele parecia ver nela. Ser o que ele definitivamente desejava nela.

O vestido se soltou e caiu sobre os braços da garota. Naquele momento seus seios estavam cobertos apenas pela roupa íntima, um leve rubor tomou conta das bochechas marcadas pelas sardas. Sebastian sorriu, subiu as mãos pelo ombros, a puxou para perto e tomou os lábios macios outra vez.

Ela sentiu os mamilos eriçarem diante do suave toque da mão masculina sobre o tecido leve de algodão. Mas, nada se comparou a sensação provocada pelos lábios de Sebastian se fechando sobre os mesmos mamilos. Todos, todos os pelos de seu corpo eriçaram, uma dor pungente e ao mesmo tempo cálida se instalou em seu baixo ventre.

Um botão, dois botões, três botões e seu noivo esteve com o peito nu. Um peito branco, marcado e liso. Mesmo com as luvas ela podia sentir o calor que vinha daquela pele firme. Sebastian puxou o que restava de tecido dentro das calças e liberou o tórax para que Hannah pudesse tocá-lo a vontade, do mesmo modo que ele fazia com ela.

Estava alucinado. Ardendo em desejo por aquela mulher. Ansiando poder se enroscar nos fios ruivos e permitir que eles se grudassem ao seu suor. Hannah gemeu novamente, quando seus lábios mordiscaram o mamilo rosado e ele se encaixou entre as coxas roliças dela.

A razão se foi. Ela se perdeu fora do mundo real. E a impressão mais clara era que todo o seu corpo se transformara em sensações. Um mundo de sensações desconhecidas e prazerosas era o que ele lhe apresentava. E definitivamente, Hannah não estava disposta a abrir mão daquilo.

Nunca!


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Notas finais do capítulo

Será que Hannah está errada? Será que serve mais guardar-se e manter a postura, ou é melhor se entregar ao destino e receber de braços abertos os presentes que ele nos dá? Mas a pergunta permanece. Quando Sebastian vai perceber que gosta da Hannah?
Agora sim, Obg pelos review, a todas vcs q acompanham e que me ajudam. Sem vcs não há fic. BJ.
Aviso, não sei se poderei postar amanhã. mas vou tentar.



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