Nefasta escrita por animallover1143


Capítulo 2
Pesadelo;


Notas iniciais do capítulo

EDIT 17/05/2017: a música do capítulo é ashley tisdale - how do you love someone ; link: https://youtu.be/xR4ETL2TVFY

Oláááááá~
Feliz ano novo, e espero que tenham tido um natal ótimo também (passei ele no evento do amor doce hehe)
Gent, demorei praticamente um mês nér? desculpem a tia
EU FIZ ANIVERSÁRIO umas duas semanas atrás ~yeeaah
gENTE EU LI QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO é sensacional, se você gosta das minhas histórias, recomento muuuuuito (estou louca pelo filme sz) Minha vida favorita foi a primeira - pq será nér . a personalidade da wolfy é uma mistura entre veloz, spike e (primeira) mãe ~ sério gent, vocês precisam ler isso
bembembembem, tá aí o capítulo 2. Eu tava fazendo capas para os capítulos, mas não consegui colocá-las, sorry.
Boa leitura e até lá em baixo c:



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Wolfy caminhava tranquilamente. O beco que supostamente pertencia a Rufus e William estava próximo. Ao chegar, a cadela virou a cabeça para a esquerda e pela primeira vez teve uma visão clara do local, já que só havia estado ai no breu da noite. Próximo à entrada é onde estava a maioria das latas de lixo. Mais para o meio haviam sacos rasgados, móveis abandonados e caixotes de madeira podre. No final, ao longe, era possível ter um vislumbre do que podia ser um pedaço de outro beco.

Ela entrou, andando em passadas largas e lentas. O ar estava completamente contaminado pelo cheiro dos dois. Porém, não estavam ali. No chão, haviam pedaços mastigados de madeira, e Wolfy percebeu que havia sido obra deles. Duas caixas de papelão estavam tombadas, como se para servir de abrigo.

''Devem estar em casa, em suas camas quentinhas.'' pensou, enfurecida. Odiava a ideia de que cães domésticos sempre ganhavam tudo o que queriam, sem precisar levantar uma pata. Sem merecer. 

Para Wolfy, tudo, desde comida e abrigo, até território e respeito, deveria ser conquistado, não ganhado, para assim não perder o valor. Sobreviver como cão de rua era mais motivo de orgulho do que viver deitado no tapete esperando o dono chegar.

Chegou à conclusão de que aqueles cães levavam uma vida dupla: deviam passar a manhã em casa, sendo mimados pelos donos, e a tarde nas ruas, naquele beco, levando uma vida orgulhosa e sem regras.

Mas ela enxergava que as desvantagens de ser um animal doméstico não incluíam apenas a vergonha de não mover um músculo para ter todo o necessário, mas também viver em um ambiente controlado por seres incompreensivos  e imprevisíveis. Wolfy achava que a maior vantagem de ser um cão de rua era não ter de viver com humanos, e nisso ela até tinha um pouco de razão.

Ela voltou até o início, derrubando latas e farejando tudo com ainda mais cautela. Devorou tudo que considerava comestível. E seguida, entrou em uma das caixas - a que tinha o cheiro de William - e fechou os olhos.

Estava chovendo - trovões e relâmpagos cortavam a escuridão noturna. Estava em um pequeno beco sem saída. Mas não um beco qualquer. Era o beco em que Wolfy e sua família foram raptados pelos humanos.

De repente, se sentia pequena e vulnerável como um recém-nascido. A tempestade encharcava sua fina pelagem de filhote. Não enxergava muito mais que silhuetas simples e confusas.

Ouviu um ganido, este não era seu. No fundo do local, encurralada, estava sua mãe, Juliet. À sua frente, haviam três figuras borradas, de formato humanoide. Seguravam bastões com laços na ponta e rdes, apontados para a ambas.

Aquele era o único ser no mundo que Wolfy amava e respeitava, e não permitiria que os humanos lhe tirassem um bem tão precioso. Surgiam, de várias direções, novas figuras escuras, que avançavam em sua direção. A cadelinha apenas foi em frente, esquivando-se dos seres. Quando estava prestes a alcançar Juliet, um laço de arame envolveu sua garganta, empurrando violentamente para dentro de uma gaiola. Quando a pequena portinhola fechou-se, tudo ficou mais preto do que já estava.

Levantou rapidamente a cabeça do solo, arregalando os olhos. Apenas um pesadelo, repetiu para si mesma. Isso nunca havia acontecido. O acontecimento original fora bem diferente. Balançou a cabeça, levantando o resto do corpo. Passado, apenas passado. Não tinha conhecimento do destino de sua mãe, mas a sensação de vazio em seu peito indicava que ela se fora para sempre, o que contribuía para que seu coração se tornasse mais duro e gélido. Já não havia ninguém naquele mundo com quem Wolfy se importasse.

Wolfy concluiu que era melhor sair daquele beco. Havia cochilado bastante, pois já era fim de tarde. Porém, na entrada/saída, um pequeno felino roubou-lhe a atenção. Pelo cinzento em chumaços e olhos verde-esmeralda. Sem nem mesmo pensar se valeria a pena , já corria pelas calçadas atrás do bichano, que fazia o mesmo por não haver nenhuma árvore alta à sua disposição.

No fundo, ela sabia que a perseguição seria em vão. Afinal, sua velocidade, apesar de alta, não seria suficiente e isso teria sido apenas desperdício de tempo e energia. Mas isso fora penas um reflexo involuntário provocado por seus instintos predatórios.

Antes que resolvesse interromper a correria, a cabeça do gato desapareceu dentro de um boca cheia de dentes. Wolfy quase derrubou o indivíduo que capturara sua presa ao parar bruscamente.

Era William.

***

''Tanto drama por causa de um gato morto'' cantarolou Rufus. Ela revirou os olhos.

''William, apenas solte isso, eu vi primeiro.''

Ele deu uma risadinha incrédula: ''Ninguém é tão desesperado a ponto de comer essa porcaria nojenta. Vamos apenas brincar um pouco, sim?''

Wolfy apenas rosnou em resposta ''E você é um ingrato hipócrita que não sabe dar valor.'' E foi a vez dele revirar os olhos. A discussão continuou. Ele gostaria de ficar com o cadáver para brincar e havia sido ele quem o capturou. Já ela queria devorá-lo e afirmava que tinha visto-o primeiro, além de aquilo ser desperdício de um pedaço de carne perfeitamente comestível- apesar de não ser muito apetitoso.

William, parecendo estranhamente paciente, rasgou o cadáver. Separou cauda e patas traseiras para si, largando os restos ensanguentados na calçada. A cadela rapidamente tomou posse deles, rasgando pele e músculos de forma desesperada para chegar à carne. Os dois cães apenas observavam com um olhar debochado. Quando terminou , haviam espalhados apenas ossos quebrados, tripas rasgadas e chumaços de pelo.

Rufus, que havia tomado o pedaço mutilado de seu irmão, passou por Wolfy, indo em direção ao beco. Enquanto o seguia, William virou a cabeça. ''Onde você mora, Wolfy?'' Ao contrário de seu irmão, ele a chamava pelo nome. A cadela quase caiu na gargalhada diante daquela estúpida questão. Aqueles cachorros precisavam de um choque de realidade.

''Não tenho casa. Moro na rua.'' afirmou o óbvio. Ele parecia um pouco perplexo, mas a resposta a surpreendeu: ''Então venha conosco. É perigoso ficar aqui'' isso quase a ofendeu, mas ele continuou ''Não há perigo para nós pois temos identificação. Se você for pega, será sacrificada por causa do seu, hmm... temperamento.''

Aquele cachorro estava preocupado com ela? Ninguém se preocupava com ela. Apenas sua mãe, e ela se fora para sempre. Ela não sabia o que dizer, só sabia que ele estava certo.

''Está bem.'' murmurou, e os três voltaram juntos para o beco.


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Notas finais do capítulo

hoje descobrimos um pouco mais sobre a mente da nossa cadelinha, hehe~ espero que tenham gostado.
Bem, eu já tinha uns três capítulos prontos, mas depois de ler esse livro maravidiwo percebi que tinha escrito tudo errado, e agora tenho que arrumar um monte de coisa nos próximos capítulos.
Para quem também escreve sobre cães, essa obra pode ser uma boa inspiração, por que é narrado em primeira pessoa e mostra direitinho como os cães pensam.
bem pessoal, eu estou MUITO focada nessa história, então talvez acabe deixando nossos lobinhos queridos de lado, espero que não se importem~
até a próxima, e seu comentário com certeza vai me deixar feliz ♥



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