Meu destino é você. escrita por Drica Mason


Capítulo 6
Chapter 6


Notas iniciais do capítulo

;)



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Cheguei em casa depois de mais um dia exaustivo, mas muito divertido. Jen estava jogada no sofá, assistindo um seriado na tevê a cabo e pintando as unhas dos pés. Joguei minhas coisas ao lado dela e isso lhe causou um susto juntamente com um grito que fugiu da sua garganta.

— Quer me matar de susto? — dramatiza, colocando a mão sobre o peito.

 Se não fosse cozinheira, poderia ser atriz de drama. Porque ela é ótima fazendo drama.

— Desculpa. — desfiz o rabo de cavalo e segui para a cozinha, tomei um copo d'agua e voltei à sala, Jen estava mexendo no urso.

— De onde surgiu isso? — questiona, fitando meus olhos.

— Os meninos ganharam no tiro ao alvo e deram para mim. — minto. Jen já está fantasiando um conto erótico entre mim e meu chefe, imagina se descobrir sobre a verdadeira historia do urso.

— Owwn, esses garotos são tão fofos. — murmura.

— Vou lhe deixar em companhia do urso e tomar um banho. Estou toda suada.

— Okay. — sigo para meu quarto.

Arrumo uma muda de roupa sobre a cama e pego toalhas secas. Atravesso o corredor e entro no banheiro. Me livro das roupas fedidas e entro em baixo do jato de água. Eu precisava muito disso.

— Fiz um lanche para a gente, antes de sairmos. — diz Jen, quando eu entro na cozinha.

Teríamos que ir para a boate do Cello. Sem problemas para Jen, já que hoje ela tem folga.

— Ótimo. Estou com muita fome. — digo. — Não é novidade. — damos risadas.

Jen tinha feito um empadão de frango delicioso e feito suco de maracujá, pois vamos precisar manter nossos nervos calmos essa noite. Trabalhar em uma boate não é fácil, as pessoas gritam, a musica é alta e tem aquelas luz que piscam, tenho certeza que amanhã vou estar com enxaqueca sem ter ingerido uma gota de álcool. Terminamos de lanchar e Jen foi se arrumar.

 Esperei-a e então descemos, íamos com a picape e ela estava estacionada em frente à calçada do edifício que moramos. Fiquei admirando meu carrinho, presente do meu pai, a picape é mesmo muito bonita, só precisa de uma pintura nova.

Chegamos ao bar e fomos cumprimentadas pelo Mauro, um dos seguranças da boate, ele nos conhece desde a época que estávamos trabalhando nesse lugar. É um negro lindo, e muito simpático, aliás, muito bem casado.

— Bem vindas. — escutei a voz familiar. — Olha senão são as garotas mais quentes de Curitiba. — diz Cello, quando entramos no bar. — E cada dia mais lindas.

Marcelo é um homem lindo, alto, olhos azuis, barba rala, galinha, simpático, pegador. Já falei que ele é um galinha? Pois é, é lindo de morrer, mas um baita de um galinha. Ele não tem um estereótipo, pega qualquer mulher, mas sei que gosta das turistas.

— Cello, cada dia mais charmoso. — digo o abraçando.

— E você mais gostosa. — diz, descendo a mão até minha cintura.

Dou um tapinha em sua mão ousada e me afasto.

— Está ficando velho também.

 Jen não perde a oportunidade. Cello tem quase 42 anos e não gosta que falem que ele está ficando velho, mas Jen tem essa mania. Acho que é normal já que são primos.

— Engraçadinha. — rebate, e aperta a ponta do nariz dela. — Obrigado por virem meninas. Bom, vocês já sabem como funciona. Jen fica com o bar b. E Alana pode ficar comigo no meu escritório.

— Para com isso, seu pervertido! — exclama Jen, dando um soco no ombro do primo. — Você sabe que não faz o tipo da Alana.

— Estou só brincando. — explica. — Mas, Alana, minha linda, você sabe o caminho até meu escritório. — ele pisca.

Logo quando comecei a trabalhar na boate, Cello foi o único homem que mexeu de verdade comigo depois de Fábio. Eu era tipo, apaixonadinha por ele, mas Cello me achava uma garotinha e nunca teve olhos para mim, então resolvi me conformar. Quando ele começou a me olhar com olhos cheios de desejo era tarde demais, já o achava um canalha sem solução.

— Fica com o bar da área Vip, meu bem. — assinto. — A Jo vai lhe fazer companhia.

Jo, a conheço desde que trabalhei aqui. É uma baixinha coberta de tatuagens, com vários piercings pelo corpo e muito invocada. É como eu, do tipo que não leva desaforos para casa. Uma vez quebrou uma garrafa na cabeça de um bêbado que tentou passar a mão nela. O bêbado foi expulso para sempre da boate e serviu de exemplo para futuros acontecimentos.

A boate é dividida em dois andares e a área VIP fica no andar de cima. Jen se dirige para o balcão em que vai atender e eu subo as escadas. Logo o estabelecimento vai abrir e lotar. Devo estar preparada para tudo, principalmente para pessoas sem paciência.

........

Logo a área VIP estava lotada de playboys, filhinhos de papai — como Jo gosta de chamar —, executivos que trabalham a semana toda e no sábado querem extravasar, e muitas mulheres. Estava na fase fácil de servir apenas copos de vodcas e distribuir garrafas de cerveja. Jo ficou com a parte difícil de misturar bebidas, ela é expert nisso e eu acho que perdi a pratica. Já passou tanto tempo, perdi a manha.

Servi duas vodcas e peguei quatro garrafas de cerveja no congelador, distribui a seus respectivos pedintes e toquei a campainha dando final a segunda rodada e inicio a terceira. O balcão rodeou e eu comecei a atender aos pedidos, juntamente com a Jo.

— Hey, duas Budweiser, por favor. — reconheço a voz e assim que ergo meu rosto me deparo com o meu chefe. — Oras, não sabia que a babá dos meus filhos era também uma bartender.

Fico vermelha, rosa, azul, laranja e roxa de tanta vergonha. Agora posso perder meu emprego por ele descobrir que atendo bêbados em um bar no sábado à noite. Eduardo deve estar pensando que tipo de exemplo sou para os seus filhos, e até em que tipo de pessoa colocou em sua casa para tomar conta dos seus filhos.

— É que estava devendo um favor para um amigo, não faço isso todos os dias. — explico toda nervosa e quase deixo um copo de vodca cair no chão.

— Não me deve explicações, Nana. Só quero as duas cervejas, intactas de preferencia.

— É claro. — vou até o congelador e entrego as duas cervejas a ele.

— Obrigado. — Observo meu chefe se afastar com toda sua graciosidade e ele senta em uma mesa, rodeado por homens e mulheres. O deus grego do Henrique está com ele.

— Hey moça. — viro-me para atender o cliente que me chama. — Cervejas, por favor.

Dou um sorrisinho pela forma educada do garoto e vou até o a geladeira de cervejas. Foco no meu trabalho, e tento não pensar que Eduardo, meu chefe está logo ali e me observa a todo o momento.

...

Estava ainda mais cheio. Eu tinha acabado de dar inicio a 14° rodada da noite. Alguns homens não aguentavam mais em pé. E as mulheres estavam mais atiradas do que nunca. Olhei de canto de olho para onde Eduardo estava e ele conversava com uma loira peituda. Concentrei-me em meu trabalho.

— Um martine. — pediu uma mulher. Fiz o Martine e entreguei a ela, que saiu rebolando a bunda e atraindo olhares dos homens.

— O que você acha que essas mulheres estão fazendo na área VIP? — questiona Jo.

— Caçando uma foda? — ela dá um sorrisinho e entrega um copo de whisky para um velho que está agarrado em uma mulher bem mais jovem que ele.

Sinto alguém me observando e por instinto meu olhar procura Eduardo, quase engasgo com minha própria saliva quando percebo que ele está olhando para mim. Recomponho-me e presto atenção no que Jo está falando.

— Também, mas elas querem engravidar de um desses ricaços. — diz. — E a gente acaba ajudando-as, servindo bebidas e deixando os homens bêbados, prontos para não usarem camisinha.

— Pois é. — entrego duas cervejas a um rapaz e ele sai cambaleando.

— Olá. — ergo meu rosto e Henrique está sentado em um dos bancos ao redor do balcão.

— Oi. — digo.

— Já nos conhecemos, não é? — assinto e ele parece forçar a memoria. — Hum... Quer dizer que além de babá você é bartender?

— Tempos de crise. — brinco.

— Isso é sexy. — minhas bochechas esquentam. — Babá e bartender. — ele pondera algo. — Eu realmente quero te comer.

Uma expressão de choque toma conta do meu rosto, mas o que ele disse me faz sentir desejada. Contudo, Henrique não deixa de ser um cretino pela forma que falou. E eu não sou esse tipo de garota. Se ele está procurando uma boa trepada, o bar está cheio de mulheres e ele pode conseguir qualquer uma, é só piscar ou sorrir para ela.

— Com todo o respeito é claro. — ele completa.

— Bartender apenas nas horas vagas. — falo, passando um pano sobre o balcão.

— O que você acha de eu levá-la para casa hoje?

— Uma terrível ideia. — respondo. — Você está bebendo. Não quero estar com você quando um policial te obrigar a colocar a boca no bafômetro dele.

Henrique dá risada e bebe um gole da sua cerveja.

— É justo. — rebate. — Então, você me leva para minha casa.

— Por que ao invés de fazer esse tipo de pedido não me chama para um jantar ou sei lá, um cinema?

— Uau, você é direta. — diz, bebendo o ultimo gole de cerveja. — Gosto disso.

Observo um movimento logo atrás de Henrique, é Eduardo, ele está se aproximando.

— Hey, Henrique, temos que ir. — diz, pegando o celular. — Vou chamar um taxi.

— Espera; vou convidar a Alana para um jantar. — diz e Eduardo suspira.

— Você nem vai se lembrar desse convite amanhã, levanta essa bunda dai e vamos.

— Hey você não está me escutando ou além de gorda é surda? 

Agora eu sou o centro das atenções e não Eduardo e Henrique.  Todos estão olhando para mim. Apenas olho para o cliente mal educado no canto do balcão. Nem tenho tempo para reagir quando escuto a voz do meu chefe.

— Repete o que você disse?

 Eduardo grita, partindo para cima do homem que me xingou. Ocorre tudo tão rápido, Eduardo começa socar o rosto do outro e o sangue começa a brotar da face dele. Logo os seguranças estão afastando a briga e carregando os dois para fora da área VIP.

— É; deu ruim. — diz Henrique levantando-se. — Tenho que ir Alana, mas não vou me esquecer do convite. — ele sai e eu sinto todos os olhares sobre mim. Não gosto de ser o centro das atenções e tudo que eu quero agora é a minha cama.

••

Abri meus olhos e estava no meu quarto, graças a Jen as cortinas estavam fechadas, impedindo a luz solar de invadir o meu quarto e bater com força em meus olhos. Chegamos mortas de cansaço às cinco horas da manhã em casa, Jen fechou as cortinas para mim, ainda bem.

Tateei o criado mudo à procura do meu celular e o trouxe na frente dos meus olhos, a pequena luz emitida pelo aparelho encheu meus olhos e eu tive que piscar algumas vezes até as horas ficarem nítidas. Já passava do meio dia. Deslizei para fora da cama e esfreguei meus olhos.

O ar gelado bateu em meu corpo e deduzi que estava chovendo, quando abri as cortinas tive certeza, a chuva caia forte do lado de fora e o céu estava escuro, essa chuva não cessaria tão cedo. E com esse clima o que me resta é ficar na cama o dia inteiro. Mas antes vou tomar banho e comer algo.

A água morna desce pelo meu corpo levando junto todo o meu cansaço e a minha preguiça, ah eu precisava mesmo desse dia livre de aulas, crianças e do Eduardo. Porem, sinto falta dos meninos e meus pensamentos ficam rondando a noite anterior, a fúria nos olhos dele, a forma como ele partiu para cima do homem que me xingou.

Droga! Eu não quero me sentir assim, na verdade eu nem sei como estou me sentindo, confusa talvez. Ou apenas cansada demais para formular um pensamento lógico do por que Eduardo agiu daquela forma..

E de repente ao pensar em Eduardo nenhum homem mais importa para mim, nem Henrique, nem ninguém. Ó céus, não consigo medir o quanto estou ferrada. Sou apenas uma babá confusa de mais e que precisa se distrair com algo além daqueles olhos azuis.

— Seu misto quente está fedendo queimado! — o grito rouco de Jen me acorda de sei lá onde estava presa. — Em que mundo você está?

— Oh merda! — exclamo. Pego o cabo da frigideira e jogo na bacia da pia. — Acho que essa parte da casa pertence a você e somente a você.

— Você está certa, e eu já falei para não se meter aqui. — concorda. — Deixa que faço algo para nós almoçar. — assinto e me retiro da cozinha.

 Sento-me no sofá e ligo a tevê, fico zapeando os canais até achar algo bom para assistir. Mas meus pensamentos ficam vagando, penso no primeiro momento em que vi Eduardo, na segunda chance que ele me deu, penso do dia em que ele dividiu sua alegria comigo na piscina, no momento que ele me deu o urso e em ontem, Eduardo realmente me defendeu como um anjo da guarda? Ou ele apenas sentiu pena de mim?

Tento esquecer isso e focar no filme que está passando, é comédia adolescente, consigo assistir e tirar meus pensamentos de Eduardo. Logo o cheiro bom da comida da Jen invade a casa. Eu escuto batidas na porta e corro abri-la. É Caio, Manu e o irmão caçula do Caio, o Cadu, ele é tipo uma copia mais nova do irmão. E Manu é a vira-lata que eles adotaram.

— Oi. — diz Caio, entrando na casa. — Vocês ainda não almoçaram?

— Não. — me jogo ao lado dele, enquanto Cadu senta no outro sofá com Manu no colo, afagando seu pelo macio. — O que está fazendo aqui? Não que eu esteja me incomodando com sua presença. — ele me encara e fico com vergonha. — ah você entendeu.

— Convidei Jen para Passar o dia comigo e Cadu hoje. — Cadu tem 10 anos e é criado por Caio desde que a mãe dos dois faleceu. — Não vai me dizer que ela esqueceu?

— Talvez, mas dê um credito para ela, ontem tivemos que trabalhar na boate do primo dela e chegamos tarde em casa.

— Ala... — Minha amiga para bruscamente quando enxerga Caio sentado ao meu lado. — Ai meu Deus, eu me esqueci. — passa as mãos pelos cabelos e parece frustrada com ela mesma.

— Tudo bem. — diz Caio. — Nós podemos esperar, e além do mais, está chovendo.

— Isso não importa. Eu vou me arrumar bem rapidinho. — segue correndo rumo ao quarto, mas para no inicio do corredor e me olha. — Amiga eu fiz um macarrão ao molho branco, sei que você gosta.... Eu já volto.

— Ela é sempre assim? — questiona Caio.

— Às vezes. — levanto-me. — Vocês querem macarrão?

— Não, eu não. — responde Caio, então olha para o irmão. — E você, Cadu?

— Gosto de macarrão. — vou até Cadu e lhe ofereço a mão.

— Então vem comigo.  

Cadu pega na minha mão e segue comigo para a cozinha com Manu no seu encalço. Faço o menino lavar a mão antes, depois sirvo um prato com macarrão para ele e lhe dou um copo de suco de morango. Sento-me ao lado dele e almoçamos em silêncio.

••

 Depois que Jen saiu com os garotos eu lavei a pequena louça que tinha sobre a pia, organizei o apartamento e agilizei alguns trabalhos da faculdade. Deitei no sofá e assisti metade do episodio de um seriado que gosto, mas deixei o cansaço me dominar e acabei adormecendo.

Acordo e sento-me no sofá, olho para fora, o dia já está começando a escurecer e a chuva ainda cai do lado de fora de forma torrencial. Minha nossa, espero que essa chuva pare. Arrasto-me até a cozinha e pego uma maçã. Jen ainda não chegou e eu fico feliz por ela estar se divertindo com Caio e Cadu.

E pensar nela se divertindo com os dois faz um sentimento de saudade me dominar. É possível que me sinta tão envolvida por Diego e Bruno a ponto de querer ficar cada minuto com eles? Claro que é, eles são as coisas mais lindas e fofas desse mundo. Estou com saudade dos meus meninos.

Sei que trabalhar como babá deles está sendo cansativo, mas eu vejo o quanto eles se sentem felizes quando estou por perto — talvez seja coisa da minha cabeça pensar dessa forma —, aquela tristeza que eu vi nos olhos deles logo no primeiro dia, some quando brinco com eles, e um brilho intenso ganha lugar. Pode parecer besteira, mas é que amo estar com os dois.

Escuto meu celular tocar e lembro-me que deixei no balcão da cozinha, levanto-me e saio correndo, cuido para não perder os dedos em algum móvel. Pego o celular e é meu pai. Atendo logo

— Pai. — digo. — Está tudo bem aí? Como a mamãe está?

— Está tudo bem, minha pequena. Sua mãe está ótima. Hoje a gente saiu, fomos dar um passeio ao redor do lago que tem aqui perto de casa. Ela está radiante.

Meu coração se enche de alegria ao imaginar minha mãe feliz. Sei o quanto ela ama aquele lago, ela sempre me levava fazer piquenique lá, é um lugar cheio de flores, com um gramado limpo e árvores que fazem sombras para as pessoas descasarem. Posso imaginar seu sorriso, seus olhos fechando ao inspirar o ar limpo que envolvia o local.

— Eu estou com tanta saudade. — falo, sentindo um aperto na minha garganta, uma vontade de chorar. — Pai, está tudo bem mesmo?

— Claro, Alana. Não precisa se preocupar. — responde. — Eu só liguei para saber como você está e como foi sua primeira semana como babá?

— Ah pai, estou bem. E estou adorando esse emprego, apesar de ser um pouquinho cansativo. Os meninos são incríveis.

— Ah meu bem, você parece tão feliz. — diz, parecendo satisfeito. Eu suspiro. — Está com a voz diferente. Mais alegre. Esse trabalho está fazendo bem para você.

— As coisas estão seguindo um rumo bom pai, o emprego, a faculdade, tudo está voltando ao normal. Amanhã vou depositar um pouco de dinheiro para ajudar no tratamento da mamãe esse mês. Ontem trabalhei na boate do Marcelo, consegui uma graninha extra.

— Não se preocupe, Alana. Nós estamos bem. Sua mãe está mandando beijos. — escuto os estalos dos beijos dela. Mamãe não gosta muito de falar pelo telefone, mas sempre está ao lado do papai quando ele liga. — Tem mais uma sessão de quimioterapia essa semana.

— Queria estar ai. — digo. — Dando forças a ela.

— Sua mãe sabe o quanto é importante para você estar aí, isso a torna mais forte, meu bem. Não precisa se preocupar tanto, o câncer não é agressivo e os médicos estão confiantes. Ela é forte.

— Eu sei que é. Herdei isso dela, e tenho muito orgulho.

— Vocês são as mulheres da minha vida. Amo tanto vocês. — papai parece um bobo apaixonado. — Preciso desligar agora. Amanhã eu ligo novamente.

— Tudo bem papai. Amo vocês.

— Nós também, meu amor. Tchau. — ele manda um beijo barulhento e desliga. É sempre bom conversar com minha família e ver que está tudo bem. Eles são tão importantes para mim.


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