Meu destino é você. escrita por Drica Mason


Capítulo 3
Chapter #3




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Depois que cheguei em casa, tomei um banho quentinho e vesti roupas confortáveis. Fiz um chocolate quente e sentei no sofá. Tinha que estudar sobre transtornos alimentares, já que terei uma prova sobre isso na faculdade. Acabei perdendo a noção do tempo e adormeci.

Acordei mais tarde com Jennifer me chacoalhando e gritando nos meus ouvidos. Jen é uma ótima amiga, mas às vezes tenho vontade de colocar uma mordaça nela. Levantei meio grogue e segui para o banheiro. Teria que responder as perguntas dela e para isso queria estar com a bexiga vazia.

— Vamos lá, me conta tudo. — disparou, assim que botei os pés para fora do banheiro. — Conseguiu o emprego?

— Infelizmente... — seu olhar se entristece e eu rio internamente.

A piada, joguinhos e draminhas sempre existiram entre nós. Eu ainda me pergunto como ainda caio nesse tipo de coisa e como ela cai. Estamos acostumadas a isso, já devíamos saber quando uma está blefando ou não.

 — Sim, sim, eu consegui! — exclamo e ela me abraça forte. Sinto meus ossos sendo esmagados.

— Ai que bom. — diz. — Agora me diz, como o grandioso Eduardo é? É mesmo tudo aquilo das revistas? Das fotos?

Jen adora uma fofoca, e está sempre procurando noticias, fofocas, bafos, escândalos nas revistas e sites de notícia, principalmente se envolver alguém da nossa cidade, e digamos que ela já leu algumas coisas sobre Eduardo.

Ele quase nunca está envolvido em fofocas, mas quando o nome dele sai em algum bafo com certeza o nome de Henrique está envolvido, como em uma viagem deles ao Rio de Janeiro, Jen me contou — pois não sou tão ligada a fofocas como ela —, a noticia dizia que eles estavam em um hotel cinco estrelas, acompanhados de várias mulheres e a policia encontrou maconha no local.

Engraçado é que não consigo acreditar que o Eduardo Ventura que conheci hoje, centrado e preocupado com os filhos seja aquele Eduardo Ventura envolvido em, digamos, uma suruba regada de maconha no Rio de Janeiro.

— Acredite, ele é bem mais bonito. Parece um deus grego. — digo apenas. — Mas muito centrado. Como você leu em alguns jornais.

Jennifer assente e se levanta, caminha até a cozinha, mas faz sinal para eu continuar falando.

— Percebi que ele se preocupa bastante com os filhos, e que realmente acredita em mim. Não quero decepcioná-lo, Jen. Ele foi tão bom comigo me dando mais uma chance.

— Como assim, mais uma chance? — ela volta com duas taças de vinho e me entrega uma, depois senta-se na poltrona a minha frente. — Aconteceu algo?

Suspiro, não tinha contato nem o começo da história para Jen.

— A picape me deixou na mão mais uma vez.

— Eu te falei que está na hora de trocar de carro.

— Como se fosse fácil, você sabe que estou tentando economizar o máximo possível. — explico. — Trocar de carro está fora de cogitação, e de jeito algum vou deixar a biza a mercê.

— Eu sei disso. — dá um gole em seu vinho e me olha sobre a taça, sei que ela quer saber mais, então continuo.

— Tive que deixar a picape estacionada e seguir andando, o problema é que estava chovendo; cheguei na agência toda molhada, e todos lá me olhavam como se eu fosse uma alienígena. Menos alguns, alguns foram bem legais comigo.

Jamais me esqueceria da forma que Babel me ajudou, falando com Eduardo e sendo muito gentil comigo, nem de Matheus e Emily, os recepcionistas, algo nos dois me é familiar, mas não consigo lembrar deles. E o Henrique, esse eu acho que vai me visitar naqueles sonhos sacanas da madrugada.

— Quando cheguei lá me mandaram subir até o andar da presidência. Eu fui até lá, mas a secretária dele disse que Eduardo havia acabado de sair para uma reunião e que tinha me esperado um tempão. A secretária era uma senhora muito gentil, se chama Babel e me ajudou, falou com Eduardo. Ele me deu mais uma chance e foi melhor do que imaginei. Tenho um emprego.

— Você sabe que você merece, e duvido que ele encontre alguém melhor, você é única. — dou um risinho e bebo um gole do meu vinho. — E tu conheceu o Henrique?

— Sim; ele é super gostoso. — suspiro. — Henrique é quente e eu não me importaria nenhum pouco de parar na cama dele por apenas uma noite.

— Ah sua safada! — exclama. — Mas vamos falar sobre o trabalho. Quando você começa?

— Tenho que pegar os meninos na escola amanhã. — respondo.

— Ah... E Eduardo fez alguma exigência?

— Não, ele é tranquilo. Disse apenas que em determinadas noites terei que posar na casa dele e nos sábados terei que trabalhar. Apenas isso. Ele parece ser um cara bacana.

— Ah que bom. Porque já chega o Jorge, aquele escroto que lhe tratava mal.

— É eu lembro-me desse idiota, infelizmente. Mas está tudo bem. — ela sorri e antes que faça mais uma pergunta o interfone toca.

— Deixa que eu atendo. — levanta e sai dando pulinhos até a porta.

Jorge foi o pior chefe que eu já tive. Foi logo que entrei na faculdade e estava desesperada por um emprego, acabei encontrando um na lanchonete do Jorge. Aquele velho debochado achava que as funcionárias dele eram prostitutas. Um dia ele me chamou na sala dele e disse para eu fazer um boquete bem gostoso no pau flácido dele, e se, eu recusasse seria demitida. Fui demitida e ele preso por abuso sexual.

— Hey, Caio está subindo. E trouxe pizzas. — exclama animada. — Amo pizza.

— E o Caio. — disparo, e recebo um olhar gélido dela. — O quê? Não falei nenhuma mentira; já está na hora de investir no mecânico gostosão.

— Para, Lana. Eu e ele somos apenas amigos. — argumenta. — Bons amigos.

— Uhum. — resmungo e ela me joga uma almofada. — Amigos, okay. Continue se enganando, mas eu sei bem o que você quer. E é cavalgar naquele belo puro sangue.

— Lana! — exclama e me lança um olhar amedrontador. Ergo meus braços em sinal de deboche. A campainha toca e eu corro abrir a porta. Caio está com duas caixas e um litro de refrigerante. É a dieta indo para os ares hoje.

— Oi gata. — entra e me dá um beijo no rosto. — Queria comemorar de alguma forma, então trouxe suas pizzas favoritas.

— Own. — resmungo. — Obrigada, gato. — fico na ponta dos pés e lhe dou um beijão na bochecha. — Leva isso para a cozinha, a Jen está lá. — digo e ele sorri.

— Preciso vê-la mesmo. — Eu não gosto de segurar vela, mas vou fazer uma exceção hoje. Pois meu lema ainda é: hoje ninguém e nem nada vai estragar meu dia.

Entro na cozinha e o rosto de Jen está vermelho como um tomate, aposto que Caio jogou alguma cantada nela — ela não está tão acostumada com investidas, Jen é uma garota meiga que fica enfiada na biblioteca da cidade quando não está no curso, e quando não está na universidade está no trabalho, e é do tipo que prefere algo caseiro ao invés da balada, devido a isso, apesar de ser muito bonita, não leva muitas cantadas.

— Hey, o que disse a ela? — perguntei, em seguida ganhei um olhar repreendedor da minha amiga.

— Só disse a verdade, gata. — começou Caio. — Que a cada dia que passa ela está mais linda. — acrescentou olhando para ela com um sorriso amistoso nos lábios.

— É, vamos comer? — disse Jen, coçando a nunca, demonstrando seu constrangimento.

— Ótima ideia, estou morrendo de fome! — exclamo me sentando a mesa. Eles logo me acompanham e jantamos.

Durante o jantar conversamos sobre muita coisa, mas o assunto principal era o meu novo emprego. Estou sentindo um frio na barriga. Caio lavou toda a louça enquanto Jen secou, ambos alegaram que eu não precisava fazer nada, para mim tudo bem.

No final Caio se despediu de Jen com um quase selinho nos lábios, que a deixou muito vermelha. Eu o levei até a porta e recebi as chaves do meu carro amado. Depois que ele saiu tomei outro banho e me joguei na minha cama macia. Claro que tomei um calmante, porque não ia conseguir dormir de tanta ansiedade.

(•••)

Acordei ao som de acdc na manhã seguinte, rock sempre me ajudou acordar cedo e acdc me deixa empolgada. Escutando black in black tamborilei até o banheiro e escovei meus dentes, lavei meu rosto e travei uma batalha matinal com meus cabelos. Um dia normal começa assim.

Voltei para meu quarto e a música havia trocado para TNT, essa me deixa acessa. Vesti um vestido amarelo florido, casaco preto com mangas longas e calcei uma sapatilha preta. O dia havia amanhecido ensolarado. Não gosto muito desse desequilíbrio natural, um dia chove, no outro dá um sol de lascar que serve apenas para deixar-nos resfriado, graças a deus amanheci muito bem. Peguei minha bolsa e sai do quarto.

O cheiro bom de café já invadia a sala e na cozinha se tornava ainda mais agradável. Dica, se você cozinha mal, divida apartamento com uma cozinheira espetacular. Jen até tentou me ensinar, mas não passei da fase de fritar ovos.

Foi até engraçado o dia que ela tentou me ensinar fazer algo comestível, a cozinha ficou uma bagunça, cheia de farinha no chão, sobre a pia, mesa e fogão. Ela acabou desistindo de me ensinar a fazer macarrão e pulou para os ovos mexidos, disse que era melhor começar por algo mais fácil, coitada, estava enganada.

Derrubei um ovo no chão, escorreguei no ovo e cai estatelada no chão, acabei deixando o ovo queimado e salgado, queimei dois dedos meus e tenho as marcas até hoje, desde aquele dia Jen não me deixa encostar numa panela. Sou um completo desastre na cozinha.

— O que você acha de um café estilo americano? — perguntou, respondi com um levantar de sobrancelhas que a fez sorrir. Então minha amiga depositou um prato com waffles recheados com doce de leite na minha frente.

— Às vezes eu acho que você é uma bruxa e está querendo me deixar igual uma vaca obesa para depois me colocar no caldeirão. — Jen explode em gargalhadas.

— Você está certa, agora coma. — não precisa pedir duas vezes. Preencho minha boca com um pedaço daquela massa doce e deliciosa, que derrete.

— Maravilhoso, como sempre. — digo e enfio outro pedaço na boca. — Você arrasa.

— Ah; amo quando você diz isso, minha critica gastronômica. — dá um beijo estalado em minha bochecha.

— Vou abrir meu próprio cantinho quando terminar o curso de gastronomia. Cantinho massas da Jen. — diz, com suas orbes cor de mel brilhando.

— E você vai conseguir. — digo. — Você sempre consegue o que quer.

— Nós duas sempre conseguimos! — exclama.

Terminei de tomar meu café e peguei minhas coisas. Tinha que chegar no horário certo à casa de Eduardo, já que tinha que ser instruída por uma tal de Cecília, talvez seja a namorada dele, sei lá. Embarco na picape e me preparo psicologicamente para o trânsito que afoita a essa hora do dia.

O endereço que Eduardo me passou fica em um condomínio nobre da cidade. E comprovo isso quando passo por algumas mansões eleganterrimas. Sinto-me um peixe fora d'água ainda mais dirigindo a picape que é uma lata velha —que eu amo, claro — deixa isso para lá, não me importo. Estaciono em frente um enorme portão marrom envernizado. Desembarco do carro e vou até o interfone, aperto o botão vermelho.

"Quem é você?" — pergunta uma voz rouca e grave.

— Alana, sou a babá. — escuto um ruído e o portão começa se abrir. Volto para a picape e sigo rumo.

Poxa vida essa casa é maravilhosa por fora, imagina por dentro. O quintal da frente parece aqueles jardins de filmes de contos de fadas. As flores são lindas. A grama rasa e bem verde, tudo cuidado com carinho.

No centro do gramado tem uma enorme árvore, um ipê amarelo, lembro-me de vovô ter comentado uma vez que vovó adorava ipês, que uma vez eles deixaram seus nomes gravados em um, vovô me levou para ver essa árvore, e era linda, enorme, era primavera, por isso o chão estava coberto por um amarelo gracioso. O nome deles continuava lá, rodeado de um coração meio torto, intacto. Ahh, como eu amo as histórias que vovô conta.

Ando até a mansão com o coração pulsando de alegria dentro do peito, algo me deixou mais feliz do que já estava, talvez seja esse jardim, ou a árvore, ou a lembranças das histórias do vovô, sinto saudades dele, espero poder vê-lo logo e ouvir outra das suas histórias sobre a vovó.    

Subo os degraus da pequena varando e toco a campainha. Logo uma mulher jovem, cabelos curtos loiros, e um sorriso gentil abre a porta. ela me analisa de cima a baixo e então encara meus olhos.

— Olá, você deve ser a Alana, nova babá? — pergunta simpática.

— Isso mesmo. — respondo.

— Entre querida, Eduardo solicitou que eu lhe instruísse?

— Você é a Cecília? — assente. — Deve ser a namorada dele. — ela começa a rir descontroladamente.

— Ai minha querida, não sou namorada dele não. Apenas a melhor amiga e conselheira dele. — uou, quero ser engolida pelo chão nesse momento. — Não sei da onde tirou isso, mas sou casada. — me mostra o dedo com o anel. — E não é com Eduardo.

— Desculpe-me, nem eu sei de onde tirei isso.

— Tudo bem. — diz ela. — Vem, vou lhe mostrar a casa. — assinto e a sigo.

Depois conhecer toda a casa — maravilhosa casa — e de receber todas as instruções, dicas, conselhos e ordens de Cecília, ela pegou as coisas dela e foi embora. Ainda faltava horas para as crianças voltarem da escola e então eu fiquei na cozinha junto com outros funcionários.

— Nunca toque no nome da falecida. — murmurou uma das copeiras. — Eduardo fica revoltado, a última que tocou no assunto foi para o olho da rua e por justa causa.

— Por que ele não gosta que toquem no nome dela? — pergunto.

— Porque é doloroso. — responde a senhora que até então estava calada. — Meu nome é Júlia, querida. Trabalho nessa casa desde que os dois vieram morar aqui, Diego era um Bebezinho ainda. Eduardo tinha um carinho, uma paixão enorme por aquela mulher, e ainda tem, só ele sabe o quanto é doloroso perder alguém que é necessário.  — assinto.

Realmente deve ser uma dor descomunal. Perder alguém que amamos, que faz parte da nossa vida, alguém que a gente sempre imaginou nunca perder. Olhar para um lugar e perceber que a pessoa não está ali; não está em lugar nenhum deve ser doloroso demais, insuportável na verdade.

Olho para o relógio e já está na hora.

— Ronaldo, vamos? — o homem de dois metros levanta e me acompanha até a garagem.

Ronaldo é o motorista e segurança dos meninos, então sempre que eu estiver com os meninos ele vai estar junto. Oba! Tenho um motorista particular, ao menos no meu trabalho. Embarco no sedan preto e ajeito o cinto. Logo Ronaldo começa a dirigir.

— Está preparada para aqueles dois pestinhas? —  Arregalo meus olhos, Cecilia e Babel falaram que os dois são uns anjinhos, percebo que Ronaldo está rindo. — Calma, eles são uns amores, mas gostam de uma bagunça.

— Acha que eles vão gostar de mim? — indago, me sinto tão insegura. São crianças desconhecidas, não sei como irão reagir comigo.

— Dá isso para eles. — Ronaldo me entrega um pacote de balas de iogurte. — Conquistei os dois com doces. — começo a rir.

— É uma ótima ideia mesmo.

O cara tinha razão é claro, qual criança no mundo não adora balas? Até adultos gostam de balas. Meu avô vive com um punhado de balas no bolso e distribui aos netos dele, e também aos filhos.

— Chegamos Alana, boa sorte. — diz Ronaldo, estacionando o carro em frente a renomada escola que os meninos estudam.

— Obrigada, vou precisar. — digo. — E vou levar isso. Por precaução. — Enfio o pacote de balas na bolsa. Desembarco do carro e sigo para o interior da escola.

Aparentemente está tudo calmo, as crianças ainda estão dentro das suas respectivas salas de aula. Bruno é o mais novo e Cecilia disse que devo pegar ele primeiro. Dou uma olhada nos horários dele e a última aula é no laboratório de informática.

Sigo as informações corretas e paro em frente uma porta com letreiro "laboratório de informática 2n" a de Bruno é ao lado. Checo as horas e falta cinco minutos para o alarme soar.

— Tem filhos nessa classe? — pergunta uma mulher, aparenta ser um pouco mais velha que eu. — Me perdoe, nem me apresentei, sou Ana. — estende a mão a mim.

— Alana. — a cumprimento. — Não tenho filhos, sou babá.

— Ah. — diz. — Mas de qualquer modo tem filhos aí. — sorri.

— Teoricamente. — digo. — E você tem filhos aqui?

— Não, apenas minha sobrinha. — ao terminar de dizer isso a porta se abre, e um jovem sorri para nós.

— Olá, sou o professor de informática, novo professor. — ajusta os óculos nos olhos e nos estende a mão. — Então, quem vieram buscar?

— Aline Borges. — responde Ana.

— Bruno Ventura. — o professor se dirige a turma e chama pelos dois nomes.

Logo uma garotinha com cabelo bem preto, olhos castanhos-claro e sardas no rosto, sai puxando uma mochila de rodinhas. Seguida por um menino loiro, olhos azuis, bochechas vermelhas. Ele é uma miniatura do pai, exceto pelo cabelo, Eduardo tem os cabelos castanhos.

— Quem é você? — pergunta, imóvel na minha frente. Agacho-me sustentando um sorriso amigável, ainda não preciso usar as balas, posso tentar antes de usá-las.

— Meu nome é Alana, sou sua nova babá. — digo calmamente.

— Ah, a garota legal que o papai falou. — dispara, devo estar sorrindo como uma boba, apesar de saber que Eduardo falou isso para me poupar de uma possível sessão de tortura dos seus filhos.

— Sou legal mesmo. — o pequeno sorri. Ai meu Deus, estou apaixonada por esse menino. — Agora vamos pegar o Diego. — ele assente e pega em minha mão.

Checo a agenda com o horário do Diego. Última aula, educação física, no ginásio esportivo. Seguimos para lá e durante o caminho Bruno fala que aprendeu a mexer no google, gente esse menininho é um fofo, e o sorriso. Dá vontade de apertar.

— Olha lá o Diego. — aponta para o menino no gol na quadra de futsal.

Esse não é tão parecido com o pai, tem os cabelos lisos, um corte arrojado e é loiro, igual ao da mulher que eu vi nas fotos na sala da casa Ventura e nas das pesquisas que eu fiz. Diego é magricelo, e tem um sorriso contagiante. É lindo também.

— DIEGO! — Grita o Bruno. — O sinal já bateu seu surdo. — O menino parece acordar de um encantamento quando escuta os gritos do caçula e então corre e pega a mochila a coloca nas costas e vem até nós. — Essa é a moça tagarela que o papai falou. — de legal para tagarela, ao menos nenhum comentário negativo.

— Olá. Meu nome é Alana, sou a nova babá de vocês.

 Diego me analisa dos pés a cabeça, por um momento penso que ele me odeia, mas sinto seus dedos segurar os meus com delicadeza, e ele leva minha mão até sua boca e beija. Sou pega totalmente de surpresa.

— Prazer senhorita, me chamo Diego. — oh meus Deus, esses meninos vão roubar tantos corações quando crescerem.

— Hum... Que cavalheiro. — seu sorriso se alarga. — O prazer é todo meu, Diego.

Meu primeiro dia e está sendo maravilhoso, espero não precisar usar as balas e nenhum outro encanto com esses garotos, espero que eles gostem de mim. Assim como eu estou adorando os dois. Como disseram eles são muito bem educados. Mas guardarei as balas, ninguém sabe o dia de amanhã.


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