Meu destino é você. escrita por Drica Mason


Capítulo 25
Chapter #25


Notas iniciais do capítulo

ESSE É O ÚLTIMO, ENTÃO APROVEITEM.



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Eu estava indo para casa, para a casa que eu vivi durante anos, que passei toda a minha infância, ao lado da minha família. Não acredito que vou ver minha mãe, ver como ela está e como anda sua saúde. Verei também o meu irmão que tanto amo. Senti tanta falta deles, tanta falta. Parece que faz tanto tempo que não nos vemos. Mas faz apenas um ano e meio, sei, pode parecer pouco tempo, mas é a minha família, as pessoas que eu mais amo, ficar um mês longe já é muito tempo. 

A última vez que estive aqui foi no aniversário da minha mãe. Na festa surpresa que papai e Felipe organizaram para ela, eles passaram dias guardando segredo, sendo confidentes. Mamãe até disse que estava achando aquilo muito estranho. Eu quase não pude vir por causa do trabalho que tinha na época, o escroto do meu chefe não queria me dar folga. Mas um dia antes da festa eu pedi demissão e mandei a porra do meu chefe se danar e viajei para cá. Minha mãe ficou tão feliz aquele dia, e me contou que a minha visita tinha sido o seu melhor presente. 

— Eu não contei para ela. — meu pai disse, fazendo-me voltar a realidade. — Quero fazer uma surpresa. Você sabe como ela adora surpresas. 

— Eu sei. — concordei sorrindo. 

Estávamos no carro do meu pai, voltando para casa. Eduardo estava ao meu lado, segurando minha mão, escondido do meu pai, claro. Ele aceitou passar a noite na minha casa, após meu pai insistir muito. Meu primo está com a gente, ele mora na mesma rua que meus pai, junto com sua esposa e um filho de 2 anos. 

— O que sua mãe tem? — questionou Eduardo. Eu ainda não tinha lhe contado sobre a doença da minha mãe, na verdade, não tinha falado muito sobre a minha família para ele. 

— Ela tem leucemia. — respondi. — Foi diagnosticada há quase dois anos.

Ele arqueou as sobrancelhas, totalmente surpreso e com uma expressão séria do tipo, por que não me contou nada antes? 

— Devia ter lhe contado. — disse, antes que ele falasse algo. — Só não havia tido tempo, e não queria lhe incomodar. 

— Você não estaria me incomodando, Alana. 

— É melhor a gente falar sobre isso depois. — sussurrei.

Eduardo suspirou e assentiu. 

Olhei para a frente e vi que meu pai estava nos observado pelo retrovisor e eu sabia que ele estava pensando em algo, a dúvida acabará de ser plantada na sua cabeça, com certeza muitas perguntas virão. Ele sempre tem muitas perguntas sobre tudo. Dessa vez tenho que estar preparada. 

Um longo silêncio se estendeu dentro do carro, escutava-se apenas nossas respirações dentro do carro, mas então meu celular apitou eu o peguei dentro da bolsa e destravei, tinha algumas ligações perdidas de Jen e uma mensagem de Eduardo, que acabará de ser entregue. 

Estou morrendo de vontade de te beijar e te abraçar. Deve ser uma barra essa doença da sua mae. Você devia ter me contado. 

É bom saber que ele não está chateado comigo, e que quer me dar apoio, isso é tão bonito, me encanta de uma forma tão grandiosa, que me faz amar Eduardo ainda mais. 

Começo a digitar uma resposta. 

Quero tanto esse beijo e esse abraço. Desculpe por não ter lhe contado antes. Foi por uma besteira, prometo lhe contar tudo.

P.s: quero muitos beijos e muitos abraços. 

Enviei e cuidei sua expressão quando ele recebeu a mensagem, ele estava sorrindo. Logo estava digitando. 

Será que teremos oportunidades? 

Respondi: 

Garanto que sim. 

Olhei para ele e sorri, assegurando minha resposta. 

Quando o carro entrou na rua onde já morei, uma enxurrada de lembranças vieram a tona. Eu vivi toda minha infância e adolescência nesse lugar, sinto falta de tudo e é bom estar aqui novamente. 

— Está entregue, Rodrigo. 

— Obrigado tio. — meu primo desembarcou, fechou a porta e enfiou a cabeça na janela. — Boa noite para vocês, e Lana, não se esqueça de dar uma visita, você vai adorar o João Victor. 

— Tenho certeza que vou. — concordei, afinal, eu adoro crianças e me dou muito bem com elas. — Amanhã dou uma passadinha aqui. 

Rodrigo acenou e papai retomou o caminho para casa. Meu coração já estava batendo forte dentro do peito, em poucos minutos verei minha mãe, como quero abraçá-la. O carro adentra a entrada da minha casa. Tem grandes muros e grades vermelhas, o portão se abre automaticamente e o veiculo entra. A casa continua a mesma, o jardim parece ainda mais vivo do que dá última vez que o vi, minha mãe ainda cuida dele. Na varanda está cheio de vasos de flores, várias espécies de orquídeas, que são as preferidas da minha mãe. 

Desembarco do carro assim que ele para e corro pela calçada, depois pela varanda até chegar na porta, infelizmente a encontro trancada e não tenho as chaves. Tenho que esperar meu pai, que ainda não desceu do carro, está conversando com Eduardo, os dois saem dando risada. Estou encarando os dois, papai me olha e sobe a varanda, meche no bolso da calça, pegando o seu chaveiro.

— Deixa que eu entro primeiro. — diz, passando por mim e enfiando a chave na fechadura. — Fica quietinha aí. — ele empurra a porta e entra. — Shh, vamos fazer uma surpresa para sua mãe. Eu já volto. 

Eu assinto, e ele deixa uma pequena fresta da porta aberta. Escuto-o chamar minha mãe, ele a chama de “Querida”, como sempre, num tom suave e cheio de carinho. Então a voz da minha mãe se fez presente, meus olhos transbordaram e logo senti os braços de Eduardo ao meu redor.

— Humberto, graças a Deus. — disse mamãe, com aquela voz suave e deliciosa de escutar. — Como está seu pai? Por que não atendeu as minhas ligações nem as do Felipe? Nós estávamos preocupados.

— Calma meu bem. — ele amenizou, em seu tom calmo. — Eu acabei ficando sem bateria. Desculpe. — explicou. — Meu pai está bem. A cirurgia correu muito bem.

— Ai graças a Deus. — ela disse. — E quando ele volta para casa?

— Ele vai ficar um tempo em observação. — respondeu. — Ele vai ficar bem, meu amor. Meu velho não é fraco.

— Eu sei disso. — eles ficaram alguns segundos em silêncio, o que penso que ou eles se abraçaram ou se beijaram. Eles ainda se amam muito, é tão linda a relação deles. — E como você está? 

— Um pouco cansado. Mas bem. — Ai meu Deus, por quanto tempo meu pai vai ficar enrolando, estou quase entrando. — Eu trouxe uma surpresa para você.

— O que é?

— Fica quietinha aí que eu vou lá buscar. 

— Ai Humberto, você sabe que eu estou velha e doente, já tá na hora de parar com essas surpresas e suspenses. 

— Você adora. — rebateu meu pai, sua voz já estava bem perto o que fez Eduardo se afastar de mim. A porta se abriu e meu pai assentiu, dando passagem para eu entrar.

— Mas acho que já está na hora... — minha mãe se calou, assim que seus olhos encontraram os meus. — Filha.

— Mamãe.

Sua aparência é de uma mulher muito cansada, fraca e doente, sei que tudo isso é por causa do câncer e da quimioterapia, me dói tanto vê-la assim, mas quando ela abre o sorriso mais lindo do mundo eu literalmente me esqueço de tudo e corro até ela, abraçando-a, apertando seu frágil corpo contra o meu.

— Ah mamãe. — sussurro, já em um choro intenso. — Quanta falta eu sinto de você.

— Eu também sinto sua falta, querida. — ela segura meus rosto entre suas mãos. — Você está tão linda, mas do que da última vez que nos vimos. — ela limpa meu rosto. — Sinto uma energia tão boa. Você está feliz não está? Muito feliz?

— Sim. — digo. — Ainda mais feliz agora, perto de vocês. — Abraço-a novamente. — Você está bem? — pergunto segurando seu rosto.

— Estou ótima. — ela responde. — É tão bom te ver, meu amor.

Nós nos abraçamos mais uma vez. E posso sentir os braços finos da minha mãe fazendo força para me abraçar apertado. Eu lhe dou um beijo na testa e seguro suas mãos.

— Cadê o Felipe? Aquele pirralho!   

— Ele está estudando. Disse que ia tentar esquecer um pouco das coisas ruins que estavam acontecendo, mas acabou adormecendo. — respondeu. — Humberto, vai chamá-lo. Ele vai ficar tão feliz. 

Meu pai assentiu com a cabeça e saiu pelo corredor. 

— E quem é esse rapaz? — questionou mamãe, tirando sua atenção de mim. — Não me disse que estava namorando, Alana. Devia ter me contado. 

— Ele é meu chefe, mamãe. 

Eduardo sorri. 

— Olá. — diz ele.

— Ó querido, me desculpe. — disse mamãe, com as bochechas vermelhas. — Eu nem me apresentei e já fui tirando conclusões precitadas. — Vê-la tentando se explicar é tão engraçado, que eu começo a rir, ao contrário de Eduardo que parece tão apreensível. — Me chamo Dianna. 

Eduardo segurou a mão da minha mãe e sorriu. 

— É um prazer conhecê-la. — disse. — Agora sei de onde Alana herdou tanta beleza. 

— Ah meu querido, isso é verdade. — concordou minha mãe. Bom, eu também concordo, se tenho um rosto tão bonito é porque herdei traços da minha mãe, ela é a mulher mais bonita do mundo. — E olha que você não me conheceu antes dessa doença infernal, não é Alana? 

— Sim. - concordei. — Mas a senhora continua muito bela. 

— Eu concordo. — disse meu pai, vindo do corredor. — Vai ser sempre a mulher mais bela.

Meu pai beijou a testa da minha mãe.

Essa relação de amor e carinho é tão bonita, apesar de vários anos de casamento, várias dificuldades e brigas, eles ainda continuam unidos e se amam tanto. É essa relação que desejo para mim. Longa e cheia de amor, que vence barreiras. 

— Alana! — exclamou Felipe que vinha logo atrás do meu pai. Ele correu até mim e me abraçou, tão apertado que me senti sem ar. 

— Minha nossa, como você está forte. — resmunguei, sentindo seus braços me apertarem com força. — Está comendo muito espinafre, menino. 

— Aposto que agora eu ganho de você no braço de aço. 

— Impossível. — retruquei, lhe dando um empurrão no ombro. — A gente pode ver isso depois.

— Com certeza. — concordou. — E quem é esse? — arrebitou o nariz encarando Eduardo. — Está namorando maninha?

— Meu Deus, por que vocês acham isso? — exclamei. — Ele é meu chefe e um grande amigo.

— Huum. — resmungou Felipe, se desvencilhando de mim. — Oi. — eles se deram um aperto de mão e se encararam nos olhos. É, meu irmão tem essa mania, ele é ciumento. — Apenas chefe e amigo então? 

— Para com isso, pirralho! — exclamei, bagunçando seus cabelos.

Eduardo estava vermelho e vê-lo envergonhado era tão bonitinho. 

— Quem quer jantar? — exclamou minha mãe. — A gente pediu uma pizza, está fria, mas tem microondas e vocês devem estar com fome.

— Sim, eu adoraria um pedaço de pizza. — disse papai. — E vocês?

— Eu estou morrendo de fome. — falei. — Vamos. - puxei Eduardo. 

(...)

Depois do nosso jantar, nos reunimos todos na sala. Mamãe queria saber de todas as novidades, e eu contei tudo, menos a parte em que estou namorando meu chefe. É claro que eu não quero esconder meu relacionamento com Eduardo, eu apenas acho que ainda não é o momento certo, com tudo isso que aconteceu com meu vô, o momento não é apropriado. Minha mãe ficou tão empolgada com os meninos, disse que quer muito conhecer os dois, e eu também quero que ela os conheça logo, tenho certeza que eles vão adora-la. Contei como está sendo a faculdade e como Jen deu sorte ao conseguir um emprego de sub chefe em um restaurante muito bom, contei também que ela está namorando e Felipe ficou muito triste. Digamos que Jennifer foi a primeira paixão do meu irmão.

Felipe contou sobre a escola e sobre seu trabalho voluntário no abrigo para cães. Disse que é um lugar onde ele se sente bem, fazendo o bem. Fico tão feliz pelo pirralho, ele merece tudo de bom. Ele não deixou passar batido a vontade de cursas medicina veterinária e perguntou se o curso era bom na minha faculdade. Nossos pais que não ficaram felizes com essa história de Felipe, pois havia uma faculdade muito boa na cidade que disponibilizava o curso que ele tanto deseja.

Meus velhos têm medo de ficarem sozinhos. 

Já era tarde quando mamãe demonstrou muito cansaço e papai conseguiu fazê-la ir dormir. Mas antes me mandou mostrar o quarto de visitas para Eduardo, no entanto, Felipe levantou primeiro e disse que ele mesmo mostraria o caminho para Eduardo. Essa foi a última vez que o vi, então fui para o meu quarto.

Meu pequeno e aconchegante quarto, antigo quarto na verdade. Minha mãe o deixou do mesmo jeitinho que eu o deixei, as fotos, os objetos, livros e quadros, então tudo em seu devido lugar. As paredes continuam azuis, aquele azul bem clarinho que lembra o céu. As persianas cobrem a janela. Minha cama está arrumada, com um edredom lilás, o meu preferido. Estar aqui é tão nostálgico.

Mandei uma mensagem para Eduardo, pedindo para ele dar uma escapadinha mais tarde e vir para o meu quarto. Depois fui tomar um banho. Quando voltei ele havia me respondido.

Acho que o seu irmão não gosta de mim. Ele me olha de um jeito estranho. 

Eu comecei a rir. 

Felipe tem esse jeito desde que comecei a namorar o Fábio. Apesar dele ser o caçula, ele consegue ser mais protetor do que eu. Todo esse cuidado dele em manter Eduardo longe de mim é ciúme de irmão. 

Respondo: Ele é apenas um irmão ciumento, cuidando da sua irmã indefesa rsrs. Você vai vir?

A resposta dele demorou um pouco, o que me deixou aflita e pensando que ele havia dormido e esquecido de mim. 

Será que ele não está vigiando a porta do meu quarto? 

Dou uma gargalhada e respondo. 

Vem logo!!! Estou com saudades. 

Okay... Assim que leio sua resposta corro até a porta do meu quarto e abro uma fresta.

O quarto de visitas fica no final do corredor. Eu escuto um ranger no chão e vejo a silhueta de Eduardo. Ele anda rápido e assim que passa pela soleira da porta a fecha e me puxa para um beijo longo e urgente.

— Minha nossa. — ele mordeu meu lábio e puxou minha nuca. — Senti tanta falta disso.

— Eu também. — gemi, sentindo meu lábio sendo sugado por sua boca.  

— É como uma tortura. — ele sussurrou, beijando meu pescoço. — Não poder te tocar e nem te beijar. 

— Desculpe.

— Não peça desculpas. Eu entendo. — diz, agarrando minha cintura. — Aliás, sua família é ótima.

— Fico feliz que tenha gostado deles. — lhe dou um selinho e me afasto. — Acho que eles gostaram de você também. 

— Seu irmão não gostou de mim.

— É só o jeito dele. — explico. Sento-me na minha cama. — Esquece ele por alguns minutos. 

— Vou tentar. 

Eduardo olha ao redor, seus olhos passam pela minha estante de livros, pelo guarda-roupa, pelos quadros presos na parede, pela minha mesa de estudo e se fixam no meu mural de fotos. Ele dá alguns passos na direção do mural e eu noto que ele olha fixo pra apenas uma foto onde estão eu e Fábio. Ai meu Deus, eu e Fabio, nos beijando.

— Quem é esse daqui? — questiona, me sondando. — Por que vocês estão se beijando?

Eu começo a rir e ando até ele, abraço-o por trás.

— Esse é o Fábio.

— Uhum. — resmunga mal humorado. — E?

— E ele é meu ex namorado.

Sinto seus músculos se retesarem, ele está tenso e não tira os olhos da foto.

— Ele deve ser bem importante.

— Não vou mentir. Ele já foi mesmo muito importante para mim. — digo. — Mas faz muito tempo que não nos vemos.

— E você ainda pensa nele?

— Às vezes?

— Como assim às vezes? — ele rebate, em um tom firme, se desvencilhando de mim. — Quando está comigo você pensa nele?  

— Meu Deus, Eduardo. — murmurei. — Claro que não.

— Mas pensa nele. 

— Você está com ciúme?

— O que você acha?

Eu suspiro. Não acredito que ele vai ter uma crise de ciúmes agora. Pego a foto e tiro do mural, puxo a gaveta da cômoda e jogo a foto lá dentro. 

— Você não precisa ficar assim. — me aproximo dele e seguro sua mão. — Fábio foi muito importante para mim, mas está no passado. — Seguro seus braços e coloco ao redor da minha cintura. — Eu gosto de você. — Fico sobre a ponta dos meus pés e o beijo, Eduardo demora para retribuir, então eu tiro sua camisa, mordo o lóbulo da sua orelha e distribuo mordiscadas pelo seu pescoço. Ele geme e agarra minha cintura, sem conseguir mais manter o controle me ergue com facilidade e anda comigo até a minha cama, ele deita sobre mim e me beija.

— É melhor você não fazer tanto, não quero que seu irmão invada o quarto e me acuse de estar me aproveitando de você. — sussurrou beijando meu pescoço.

Eu dou uma gargalhada, mas ele tapa minha boca com a mão.

— Shhh.

— Tudo bem, tudo bem. — sussurro. — Prometo não fazer barulho. — ele sorri. — Mas você precisa ir para o seu quarto depois que acabarmos.

— Então é assim? Você me usa e me despacha?

Eu faço uma careta.

— Tudo bem. — ele diz. — Vou embora depois.  

Ele me beija e eu sinto um tremor de excitação percorrer todo meu corpo. Sexo proibido é gostoso pra caralho. 

(...)

— Isso foi tão bom. — murmurei ofegante, após Eduardo tombar seu corpo ao lado do meu. — Parece que viver perigosamente é incrível. 

Ele começou a rir e me puxou para deitar sobre seu peito. 

— É uma pena ter que ir para o meu quarto daqui pouco. — falou, acariciando minhas costas.

A gente ficou em silêncio, um silêncio confortável, gostoso. Eu adorava esse clima depois do sexo, onde estamos exaustos e ofegantes, é um momento que ficamos quietos pensando em como a gente funciona bem juntos, trocando carícias e pedindo para que não acabe nunca. Mas eu precisava conversar algo sério com Eduardo, antes que ele saísse do meu quarto. 

— Ei. — resmunguei, virando de bruços. Pressionei meu queixo contra seu peito, de modo que conseguisse encarar sua expressão. 

— O que foi? — questionou, deslizando os dedos pelas minhas costas. — Algum problema?

— Na verdade sim. — respondi. — Eu sei que você já me ajudou muito, senão fosse você, eu ia estar dentro de um ônibus ainda, preocupada com a saúde do meu vô, mas você me ajudou e eu sou muito grata por isso.

— É isso que casais fazem, Alana. — ele diz, acariciando meu queixo. — Eles sempre se ajudam. 

Segurei sua mão e a beijei. 

— Eu sei. 

— Você precisa de alguma coisa? 

— Sim. — respondi. — Eu preciso de uma semana de folga. — soltei. — Quero ter certeza que meu avô vai ficar bem e quero muito passar mais um tempinho com minha família. Mas eu sei que os meninos também precisam de mim. Por isso eu vou entender se você não me der essa semana. 

— Alana. — ele sentou-se na cama. — Uma semana é tanto tempo. — suspira. — Os meninos vão sentir tanta falta sua.

 Continuou e eu já sentia um aperto no coração, aqueles meninos também são minha família, sei que uma semana é tempo demais, mas eu preciso ficar ao lado do meu avô, meus pais e Felipe, sei que os meninos vão entender. 

— É tempo demais para mim também. — ele diz. — Mas a gente dá um jeito não é? — ele fez uma pausa e me fitou. — Vai ser difícil, mas eu nunca te negaria isso.

Eu sorri e me joguei em seus braços e o abracei apertado. 

— Obrigada. — sussurrei. — É por isso que eu sou tão apaixonada por você. 

— O quê? — ele encarou-me. — Apaixonada por mim? 

— Totalmente. 

Ele colocou meu cabelo atrás da orelha e sorriu. 

— Linda. — disse, me puxando para um beijo. — Você tornou essa semana ainda mais longa e difícil para mim. 

— Pensa no sexo de saudade. Dizem que é o melhor. 

Ele deu um sorriso safado e me puxou, jogou meu corpo sobre a cama e ficou sobre mim. 

— Os de despedida são incríveis também.

Sei que vai ser difícil essa semana longe dele e dos meninos, não é só para ele, pra mim também. Mas a gente dá um jeito sempre. E uma semana passa tão rápido, ainda mais se eu estiver ao lado de pessoas que eu amo.


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Notas finais do capítulo

Bom, por hoje é isso, vou tentar voltar logo, espero que tenham gostado, cometem gente, por favor. Beijoos!



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