Meu destino é você. escrita por Drica Mason


Capítulo 21
Chapter #21


Notas iniciais do capítulo

Oiiii.



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— Vocês vão passar a noite juntos? — questionou Jen, revirando minha gaveta de lingeries.

— Acredito que sim, já que vamos hoje e voltamos amanhã. — respondo, vestindo um vestido florido, que se ajusta ao meu corpo e me deixa linda. — Por quê?

Após perguntar isso olho para minha amiga e prefiro não ter lhe contado esse detalhe do passeio. Ela está segurando um conjunto de lingerie vermelho com rendas, super sexy, ele é tão sexy que eu nunca tive coragem de usar e deixei escondido no fundo da gaveta. Jen está sorrindo de forma sacana e sei exatamente o que ela está pensando.

— Não. — digo, antes que ela comece. — Não vou levar isso.

— Você vai sim. — caminhou até a cama e enfiou o conjunto na minha mala. — Eduardo vai ficar louco quando lhe ver nisso.

— Mas é muito — pondero. — ousado. — digo, retirando o conjunto da mala. — Nós só transamos uma vez, Jennifer. É muito cedo para eu usar isso.

— Nada disso. — diz ela, enfiando novamente o conjunto na mala. — Afinal ele não te pediu em namoro? — indaga, prefiro ficar em silêncio enquanto ela me encara. — Deixa de bobagem, Alana. Depois que Eduardo te ver nesse conjunto, ele vai querer transar com você sempre.

— Meu Deus, Jennifer!

— Nossa, você parece uma beata até. — murmura. — Vem cá, entre nós duas, a mais comportada aqui sou eu. E te conheço Alana, uma pedaço seu está curiosa para saber como ele vai reagir te vendo nesse conjunto ousado.

Tá bom, eu tinha que admitir. Uma grande parte minha estava morrendo de curiosidade para saber como ele ia reagir, mas uma pequena parcela me dizia que ele podia me achar ridícula e que isso estragaria tudo, e eu não quero estragar tudo, quero que tudo de certo pela primeira vez em anos.    

— Você tem razão.

— Eu sempre tenho. — diz ela, colocando novamente o conjunto na mala, dessa vez o deixo ali quietinho no meio das outras roupas.

Depois que termino de me arrumar, Jennifer me ajuda com meus cabelos, ela faz um coque e deixa alguns fios de cabelos soltos. Estou me sentindo bonita e não vejo a hora de ver meus garotos, os três. Quero saber para onde Eduardo vai me levar, ele está fazendo mistério, então acredito que deve ser um lugar incrível.

Vou para a sala e levo minha pequena mala de mão junto. Sento-me no sofá e em poucos minutos estou pensando na noite de ontem, no quanto ela foi maravilhosa e no quanto Eduardo foi inteiro meu no momento em que estávamos unidos, a gente esqueceu cada preocupação, esqueceu tudo, naquele quarto, em meio a gemidos e sussurros existia apenas nós dois.

Penso no quanto quero mais noites como a de ontem. No quanto quero ser dele mais e mais vezes. Estou realmente muito apaixonada por ele e tenho medo que isso seja apenas um momento de Eduardo e que logo ele vai acordar e me arrancar da sua vida como se eu fosse um nada.

Droga, por que estou pensando nisso? Agora mesmo estava pensando nos orgasmos que ele me deu e do nada começo a ficar paranoica. Trate de tirar isso da cabeça, Alana. Continue pensando na noite de ontem, quando ele penetrava fundo dentro de você e murmurava seu nome, era o seu nome que saia da boca dele. Eduardo também está apaixonado por você, não fique pensando besteiras.

— Alana, acorda. — diz Jen, estalando os dedos. — Eles chegaram.  — aponta para a porta.

Levanto-me ligeiro e vou abrir a porta, antes dou uma alisada no vestido, então abro a porta e vejo os três mais o cachorro parados, todos com um sorriso encantador nos lábios que me faz suspirar, mas o sorriso de Eduardo contém algo mais sacana, algo que faz os pelos do meu corpo se eriçarem e minha calcinha ficar molhada.

— Oi Naná. — os pequenos dizem juntos. Tiro meus olhos de Eduardo e encaro os dois.

— Oi. — digo. — Cadê o meu abraço?

Agacho-me e os dois me dão um abraço apertado e depois cada um dá um beijo estalado nas minhas bochechas. Como eu me derreto com o carinho desses dois.

— Papai disse que você vai viajar com a gente. — comentou Diego, olhando para Eduardo.

Fico em pé novamente e encaro Eduardo.

— Viajar? — indago. — Para onde vamos?

— Ainda é segredo. — ele diz. — Temos que ir logo. Você está pronta?

— Sim. — digo. — Só um minuto.

Despedi-me de Jennifer e peguei minhas coisas, depois saímos. O carro de Eduardo estava estacionado na frente do prédio, ele colocou minha mala no bagageiro, depois ajeitamos os meninos no banco traseiro, eu fui no banco do carona.

— Você vai guardar mistério por quanto tempo? — questionei. Eduardo me encarou e depois olhou para trás e quando percebeu que os meninos não estavam ligando para nós dois e sim para a tela do tablet ele colocou a mão sobre minha coxa e apertou. Gemi e fechei os olhos, sentindo seu toque.

— Até a gente chegar lá.

— E isso vai demorar?

— Você é muito curiosa. — murmura. — Logo você vai saber.

Ele continuou com a mão na minha coxa durante quase toda a viagem. As vezes ele segurava minha mão e levava ao seu colo, as vezes nos soltávamos porque os meninos precisavam da nossa atenção, mas quase sempre ele fazia questão de estar tocando em mim e isso fazia meu coração acelerar dentro do peito.

Depois de quase uma hora de viagem Eduardo resolveu falar para onde estávamos indo.

— Minha mãe tem uma chácara nessa cidade. — disse. — Quando eu era pequeno adorava vir para cá e passar o final de semana inteiro aqui. É um lugar maravilhoso.

Pude ver que era um lugar lindo mesmo pelo lado de fora, pelo menos quando passamos pela pequena cidade, tinha várias construções antigas, e agora estávamos passando por uma longa extensão de mata fechada.

— Ainda não tinha tido a oportunidade de trazer os meninos. — continuou. — Acho que é um lugar maravilhoso para a gente passar o final de semana. — ele me olhou e pegou minha mão. — inclusive nós dois.

Eu sorri toda encantada com aquilo.

— Papai, por que você está segurando a mão da Naná?

Parece que tínhamos esquecido que tinha mais duas pessoas no carro, e duas pessoinhas muito curiosas, que nos encaravam com os olhos arregalados e curiosos. A pergunta tinha vindo do maior, que não tinha nada de bobo e apesar da sua inocência ele é um menino muito esperto.

— Vocês são namorados? — foi a vez de Bruno perguntar. — A Aline disse que se eu segurasse a mão dela no recreio a gente ia ser namorados.

— Se vocês são namorados isso quer dizer que a Naná vai ser a nossa mãe?

Ah meu Deus, que tipo de perguntas eram aquelas, eu devia estar parecendo um tomate de tanta vergonha. Olhei para Eduardo que estava igual a mim, não tínhamos respostas, estávamos surpresos com aquelas perguntas. Minha nossa, eles são tão pequenos.

— A Naná vai ser nossa mãe? — indagou Bruno, olhando para o irmão. — Eu queria que a Naná fosse nossa mamãe. Ela é legal e muito bonita. Papai. — ele olhou para o pai. — A Naná vai ser nossa mãe?

Olhei para Eduardo que continuava surpreso e sem palavras, ele apenas prestava atenção na estrada e havia soltado minha mão segundos antes. Essa reação dele me deixou um pouco receosa, sabia que era difícil falar sobre aquilo, mas uma hora ou outra os garotos iam questionar.

— Meninos. — comecei. — Nem sempre pegar na mão de uma pessoa quer dizer que elas sejam namorados. É apenas uma demonstração de carinho.

— Então você não vai ser a nossa mãe? — perguntou Diego. Eu assenti com a cabeça. — Que droga.

Ele cruzou os braços e ficou carrancudo. Após isso seguimos viagem em silêncio.

Passamos por uma placa que indicava que logo a frente chegaríamos a chácara Ventura. O carro adentrou a propriedade e seguiu por um caminho de pedregulhos, logo adiante enxerguei uma casa muito bonita, não era tão grande, tinha uma varanda média com uma piscina na frente, com espaço para espreguiçadeira e uma cesta de basquete. Tudo ao redor da casa se resume a uma grama bem aparada e verdinha e logo atrás há muitas árvores que tornam o cenário ainda mais bonito. É um lugar maravilhoso.

Eduardo estaciona o carro em baixo da sombra de uma árvore e desembarca do carro. Ele faz questão de contornar o veiculo e abrir a porta para mim e depois para os meninos que saltam para fora do carro e começam a correr por todo o gramado. É claro que eles amaram esse lugar e eu também. Até o ar parece mais leve, a brisa que bate em meu rosto e bagunça meus cabelos, permito-me fechar os olhos e respirar o ar puro.

— Sabia que você ia adora. — ele sussurra, perto do meu ouvido, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. Tenho vontade de grudar nossos lábios, mas me controlo, depois que os meninos nos bombardearam com perguntas todo cuidado é pouco.

— É lindo. — digo, sorrindo.

— Você pode me ajudar a levar as malas?

— Claro que sim. — ele sorri e vai até o porta mala. Retira a minha pequena mala, outra maior e uma pequena. Me entrega a minha e sai carregando as outras. — Vem comigo. — eu o sigo pelo gramado até a varanda da casa. — Meninos, se comportem.     

Entramos na casa e não deixo de perceber a decoração, o cômodo é pequeno e aconchegante, o chão é de madeira muito bem lustrada, as paredes são em tom bege e branco e tem muitos quadros pendurados, uma grande luminária no teto, um sofá de canto marrom, uma mesinha de centro e a estante que tem algumas fotos e livros além de uma televisão enorme. Mas apesar da lindeza do cômodo o que mais chama minha atenção é a enorme janela que nos dá a vista do lado de fora, onde posso ver os meninos correndo no jardim brincando com Amendoim.

Ao lado do sofá tem um corredor onde nos leva para outros cômodos, há quatro portas, duas de cada lado. Eduardo abre à primeira a esquerda, dentro do cômodo há duas camas de solteiro com edredom azuis, um armário grande e um mesa de estudo. Ele coloca a mala maior sobre uma das camas e volta para o corredor.

— Pedi que mamãe organizasse tudo aqui, antes da gente vir. — comenta. — Ela organizou um quarto para os meninos, com duas camas e organizou outro para você. — diz calmamente. — Mas, quero que você durma comigo, no meu quarto.

Encaro os olhos de Eduardo que me fitam com um misto de curiosidade e aflição. Ele espera que eu fale alguma coisa, mas o que ele disse demora a fazer sentido na minha cabeça.

Okay, Alana. Acalme-se, ele quer que você durma com ele, no quarto dele. Isso não é motivo para entrar em pânico e nem para o seu coração estar quase saltando pela boca.  

— Vou entender se você quiser dormir no outro quarto.

Dou um passo a frente e como o corredor é muito estreito, meu movimento nos deixa muito perto um do outro. Olho para o lado e não há ninguém, os meninos continuam se divertido no gramado. Fito seus olhos e depois seus lábios que me fazem um convite que eu aceito de bom grado, seguro seu rosto e pressiono meus lábios com os dele. Sua boca é quente e me recebe de forma voraz e nada contida. Eduardo está me retribuindo com urgência e logo suas mãos estão agarrando minha cintura e me puxando para mais perto de si.

— Isso é um sim? — ele pergunta, descendo beijos molhados por meu pescoço.

— Aram. — resmungo.

Ele sorri e me dá um selinho, se afastando em seguida.

— Vou te mostrar nosso quarto. — eu assinto, respirando fundo e jogando minha vontade de arrancar sua roupa para longe.

  Ele abre a porta que fica na frente do quarto dos meninos, segura minha mão e me puxa para dentro do cômodo, é uma peça pequena, com apenas uma cama — enorme, diga-se de passagem, que não deixa nada a desejar pra minha imaginação fértil. —, uma cômoda ao lado direito dela, em cima há um porta retrato com uma foto de Eduardo com os meninos e uma miniatura de bicicleta. Ao lado esquerdo tem uma janela com cortinas marrom e as paredes são brancas. Eduardo coloca nossas malas em cima da cama e se aproxima de mim.

— Precisamos falar sobre o que aconteceu no carro.

— As perguntas dos meninos? — ele assente e se senta na cama, me puxando para sentar ao seu lado. — Eles são tão curiosos.

— Eu sei. — ele diz, massageando meu joelho. Não posso deixar de perceber o quanto ele gosta de me tocar. — Por isso acho que devemos contar para eles.

— Como?

— Isso mesmo que você ouviu. — diz. — Criança tem uma imaginação muito fértil, Alana. Não é impossível eles saírem por aí falando para todo mundo que a gente namora, mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer, então, pra que ficar adiando?

— Mas e as pessoas? Seus amigos? Seus familiares? Seus clientes?

— O que tem as pessoas?

— Isso é um tipo de coisa que se espalha rápido. Logo todos vão ficar sabendo e vão falar. — digo, levantando-me. — É claro que elas vão falar. Todo mundo vai falar. Apontar para a gente. Dizer que eu não passo de uma simples babá e tudo essas coisas que pessoas falam.

— Eu não me importo. — ele levanta-se e segura meus ombros. — Eu não me importo mesmo, Alana. — repete, dessa vez olhando profundamente dentro dos meus olhos e isso me deixou mais calma. — As pessoas sempre falaram de mim, mas eu nunca me importei. Não é agora que vou me importar.

— E se amanhã ou depois você se arrepender?

— Eu não vou me arrepender, Alana. — ele segura meu rosto e me faz olhar em seus olhos. — Das poucas certezas que eu tenho na minha vida, você é uma delas.

Eduardo beija minha testa e me abraça forte. Aninho minha cabeça em seu peito quente e largo. Ele me acolhe, me aperta, me protege de tudo, me sinto bem, segura e amada em seus braços. Talvez seja muito cedo para me sentir assim, mas é muito forte, sinto que a cada minuto estou mais apaixonada por ele, e isso pode me destruir ainda.

Mas se eu tenho uma certeza no momento, é essa, que eu quero ficar com Eduardo e pouco me interessa os riscos e o que as pessoas vão falar.

Suas mãos seguraram meu rosto e ele me faz olhar em seus olhos novamente. No seu olhar eu consegui ver o quanto seus sentimentos por mim eram verdadeiros, apesar disso, não conseguia explicar porque me sentia tão insegura. Eduardo abriu um sorriso lindo em seus lábios e acariciou minha bochecha com o polegar.

— Mas você ainda não me respondeu. — disse. — Se aceita ou não ser a minha namorada?    

Sorri e joguei meus braços ao redor do seu pescoço, fiquei sobre a ponta dos pés e aproximei nossas bocas, senti sua respiração rápida acariciar meu rosto e fechei meus olhos, antes de beijá-lo respondi:

— Quero ser a sua namorada.

Ele suspirou e me beijou com certa calma, aproveitou aquele momento sem pressa alguma, explorando cada canto da minha boca com sua língua e meu corpo com suas mãos enormes.

Eduardo sentou-se na cama e me puxou para sentar em seu colo, tudo isso sem largar a minha boca. E o beijo tornava-se cada vez mais ávido e urgente e suas mãos cada vez mais ousadas.

Ele beliscou minha bunda e eu gemi.

— Os meninos. — sussurrei, quando uma de suas mãos entrou por dentro do meu vestido e subiu.

— Hum. — resmungou, beijando meu pescoço e subindo a mão pelo interior das minhas coxas. Quando ele chegou na minha intimidade e afastou minha calcinha fui obrigada a pular do seu colo e me encostar na parede, pois minhas pernas pareciam gelatina.

Encarei Eduardo ainda sentado na cama, com um sorrisinho safado nos lábios.

— Você não pode fazer isso quando os meninos podem nos encontrar assim a qualquer momento. — murmuro em tom sério. Ele levantou-se todo sexy, ainda com aquele sorriso que molha calcinha e se aproximou, cada vez mais, me encurralando contra seu corpo. — Eduardo. É melhor você manter dis...

A palavra foi engolida por sua boca quando ele me beijou, dessa vez sem calma alguma. Afundando sua língua dentro da minha boca. Ele tinha uma maldita habilidade de sugar toda a minha razão e me deixar completamente excitada e molhada.

— Você tem toda a razão. — ele disse, se afastando. — Desculpe, eu fiquei empolgado. — sussurrou no meu ouvido. — Só consigo pensar na noite de ontem. É difícil olhar para você e não poder tocar em você, beijar você, tirar a sua roupa.

— Prometo que de noite você vai poder tirar a minha roupa.

— Vou mesmo? — seus olhos brilharam, como os de uma criança quando ganha chocolate.

Se ele continuasse sorrindo e me olhando daquele jeito eu mesma ia acabar tirando minhas roupas e as dele.

— Vai. — respondi. — Mas agora eu preciso ver os meninos.

Sai daquele quarto o mais rápido possível, ainda com as pernas bambas e a pulsação alterada. Olhei pela enorme janela da sala e os meninos continuavam brincando com o cachorro. Então resolvi me juntar a eles e tomar um ar puro para tentar acalmar meu corpo que fervia.

Eduardo se juntou a nós minutos depois. Ele havia trocado de roupa, colocado uma regata cinza e um calção preto, estava descalço. E quando meu olhar encontrou o dele ele me deu uma piscadela.

— O que vocês acham da gente brincar de pique esconde? — sugeriu, fazendo os filhos gritarem um sonoro sim todo empolgado. — Okay, eu vou contar e vocês se escondem.

— Tá bom, papai. — disse Bruno, já saindo correndo.

— É melhor você se esconder, Nana. — disse todo presunçoso.

— Você não vai conseguir me achar, Eduardo.

— Tenho certeza que sim.

E dessa forma o desafio foi lançado. Eduardo virou-se de costas e começou a contar. Olhei ao redor e as únicas coisas que poderiam me dar um bom esconderijo eram a casa e as árvores. Diego estava escondido atrás do carro e Bruno havia se escondido atrás da poltrona que tinha na varanda da casa. Corri até uma árvore com galhos grossos e comecei a subir.

Eu fazia muito isso quando era criança, me esconder na copa das árvores, era uma coisa fácil, mas agora não é tanto, na verdade estou morrendo de medo de cair. Porém, não posso deixar Eduardo vencer, então me agarro nos galhos mais fortes e continuo subindo, me escondo na copa da árvore e fico quieta.  

— Lá vou eu. — escuto Eduardo dizer.

Não consigo enxerga-lo. Mesmo assim fico quieta e espero. Logo, Eduardo encontra Bruno e logo depois Diego. Assim só resta eu. Estou ansiosa, sinto que ele está perto, posso escutar seus passos amassando a grama. Ele passa por baixo da árvore e meu coração dispara, mas ele nem olha para cima, o que me deixa mais calma. Encontro um vão entre os galhos que me permite ver Eduardo cada vez mais longe. É esse o momento. Ainda em silêncio começo a descer. Quando estou perto do chão acabo enroscando meu pé em um galho e o desastre acontece, acabo perdendo o equilíbrio e caio parecendo uma jaca podre.

— Naná. — Diego é o primeiro que corre até onde estou. Bruno vem logo atrás dele. Eles ficam perto de mim enquanto Eduardo vem correndo.

— Meu Deus, Alana. — ele se agacha e me olha preocupado. — Você está bem? — começa a checar se tenho algum ferimento, e é claro que tenho, o tombo foi feio e me proporcionou um grande esfolado na perna.

— Droga. — sussurro e começo a rir descontroladamente. Os meninos se sentam ao meu lado e começam a dar gargalhadas junto a mim, segurando a barriga de tanto rir. Eduardo acaba entrando no momento e se senta a minha frente, rindo de mim. — Minha nossa. — limpo algumas lágrimas que caíram de tanto dar risada. — Eu esqueci que não tenho mais 8 anos.

— Você quase me matou de susto. — falou Eduardo.

Ficamos sentados em baixo da árvore por um longo tempo, as gargalhadas iam e voltavam com força total, esse tombo seria lembrado para sempre. Não consigo acreditar que paguei esse mico.

— Meninos. — Eduardo chamou a atenção dos meninos. — Eu e a Naná temos algo para contar para vocês. — ele esticou o braço e segurou minha mão. — Vocês estavam certos hoje. Eu e a Naná estamos namorando.

— Verdade? — questionou Diego, olhando para o pai. — A Naná é a sua namorada?

— Sim, ela é. — afirmou sorrindo.

Depois disso os meninos comemoraram, e começaram a correr pelo gramado, entoando a seguinte frase:

Tão namorando. Tão namorando. Tão namorando.       

E era exatamente isso, nós estávamos namorando. Eduardo sentou-se ao meu lado e segurou minha mão, afastou meu cabelo do rosto e me beijou diante dos filhos.

Eu estava tão feliz. Sentia cada vez mais que ali era o meu lugar. Ao lado de Eduardo e dos meninos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do cap.
Beijoos :*



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