Meu destino é você. escrita por Drica Mason


Capítulo 14
Chapter #14


Notas iniciais do capítulo

Oiii :D



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No domingo eu acordei com meu celular tocando, era Eduardo. Claro que eu atendi apesar de ser domingo o único dia da semana que não trabalho, então poderia recusar a ligação e continuar dormindo, mas nunca faria isso. Ele me pediu para pegar os garotos e ficar a manhã toda com eles, enquanto terminavam de organizar o jardim para a festa de Bruno. Hoje é o aniversário dele. Meu garotinho está completando 6 anos, um homenzinho.

Só quero que tudo ocorra bem. Que Bruno fique feliz ao ver que as pessoas que mais o amam no mundo vão estar todos juntos, e que a tristeza não tenha lugar nesse dia especial. Tenho certeza que é uma data triste também, mas tenho certeza que Maria Fernanda vai ficar contente ao ver o filho feliz onde quer que ela esteja. E prometo que vou fazer de tudo para ver seu filho sorrindo e se divertindo.

Caminho até a janela do meu quarto e abro as cortinas. Depois de uma sexta feira e sábado chuvoso hoje o sol deu as caras e brilha forte no céu, nenhuma nuvem escura, apenas o azul claro do céu. Vai ser um dia perfeito, estou prevendo isso. E minha intuição é sempre muito boa.

Termino de me vestir e pego minha bolsa, as chaves do carro e o presente de Bruno. Passo pela cozinha e Jen ainda não acordou. Então pego uma banana. Durante o caminho até o elevador envio uma mensagem para Eduardo dizendo que chego logo.

Ahh Eduardo. Depois daquele nosso momento no escritório dele em que tentei o colocar contra a parede, acabei não o vendo mais durante toda a sexta feira, e no sábado apenas de manhã, por pouco tempo. Até parece que ele está me evitando, fugindo de mim. Não era para o clima ficar assim. Na verdade eu nem devia ter criado laços tão forte com essa família, mas acabou acontecendo.

Escondo o presente de Bruno em baixo do banco da picape e embarco nela. Durante o trajeto fico pensando em que lugar posso levar os meninos. Acabo decidindo em levá-los para meu apartamento, conhecer meu canto, a gente pode assistir filmes. Além do mais, Jen adoraria conhecer os meninos e com certeza cozinhar.

Os portões da mansão Ventura foram abertos para eu entrar. Estacionei meu carro na entrada do casarão e saltei para fora. Como sei que pela manhã a porta da frente sempre está aberta eu subi as escadas interligadas na varanda e segui para o interior da casa. Adentrei e tudo estava silencioso. Eles devem estar tomando café então vou direto para a cozinha e encontro meus meninos sentados ao redor da mesa. Estão todos em silêncio, inclusive Eduardo. Os três nem percebem minha presença.

— Oi. — falo, fazendo todos me olharem. Vejo o sorriso crescer nos lábios de Diego e Bruno, já Eduardo continua inexpressível.

— Naná. — meu apelido irrompe o silêncio.

Os dois garotinhos pulam de suas cadeiras e correm me abraçar. Abraço Diego, depois Bruno, aperto o menor e dou um beijo em sua bochecha.

— Pensei que hoje você não ia vir. — resmunga Bruno.

— Bom, estou aqui. E pretendo levar vocês para passear.

— Verdade? — os olhinhos de Bruno brilham.

— Sim.

Os dois comemoram dando pulinhos e gritando eba. Acabo percebendo que Eduardo está de pé e caminha até nós. Ele me encara sério, de um jeito que eu nunca vi.

— Bom dia, Alana.

— Bom dia. — dou um sorriso, mas ele continua sério, fico com vergonha e acabo escondendo meu sorriso. — Meninos, subam a peguem a mochila de vocês que eu ajeitei. Diego, ajude seu irmão.

— Tudo bem, papai. — O Di pega não mão do Bruno e os dois se retiram.

— Então. — digo, sentindo minhas bochechas formigarem. Depois de ter o questionado é meio difícil não sentir vergonha. — tudo bem?

— Tudo sim. — responde. — Você sabe a hora que deve trazê-los? — assinto. — Muito bem. Eu arrumei algumas mudas de roupa na mochila deles. Quando voltarem você os arruma e leva Bruno até o jardim.

— Tá.

— Ótimo. — Eduardo me dá as costas e se afasta, caminhando para fora da cozinha. Fico sem entender porque ele me tratou de forma tão seca. Esse homem é mais complicado do que uma mulher com tpm, eu hein.

Vou até a sala e espero os meninos. Logo eles descem a escada, cada um com uma mochila nas costas. Eles dizem que estão prontos então saímos. Nunca andei com eles na picape, então dirijo com calma. Em poucos minutos estaciona a velha ranzinza na frente do edifício em que moro.

— Você mora aqui, Nana?

— Sim, Di. — respondo. — Vamos?

[...]

Eu tive que puxar os meninos para fora novamente quando encontrei Jen e Caio no maior amasso no sofá da sala, ela ainda gritou um palavrão quando notou que eu estava parada na porta com duas crianças. Caio foi logo levantando e se recompondo enquanto Jen arrumava os cabelos e ajeitava a postura. Encarei os meninos parados no corredor e eles pareciam não entender nada. Fiquei realmente aliviada por eles não terem visto o que eu vi.

— Esperem aqui que a Nana já volta.

Os dois balançaram suas cabecinhas e eu sorri. Entrei no meu apartamento e lancei um olhar desaprovador para os dois marmanjos depravados em pé no centro da sala. Caio me encarou e baixou a cabeça, certamente envergonhado, mas Jen estava soltando fumaça pelas ventas.

— Cacete, Alana. — resmungou Jen. — Por que você não bateu?

— Porque esse apartamento também é meu. — retruquei, cruzando os braços. — E esse sofá também. Meu Deus, que nojo. — digo com uma expressão repugnante.

— Não exagere, queridinha. — Jen deu de ombros. — Por que trouxe duas crianças para nosso apartamento?

— Você sabe porque — respondi. — É o aniversário do Bruno e Eduardo me pediu para ficar com eles de manhã. Para organizarem a festinha.

— Ah é mesmo. Eu me esqueci. — ela sorriu. — Finalmente eu vou conhecê-los.

Caminhei até a porta novamente enquanto minha amiga dava pulinhos e batia palminhas.

— Okay, agora vocês podem entrar. — falei, dando passagem para os pestinhas mais fofos do mundo. Eles entraram no meu apartamento e notei os dois pares de olhos olhando cada detalhe do lugar onde moro. Quando a curiosidade deles cessou, ambos encararam Jen que tinha um sorriso enorme na boca.

— Quem são eles? — perguntou Bruno, apontando para Jen e depois Caio. Diego demonstrava a mesma curiosidade que o caçula.

— São meus amigos. — respondi. — A garota morena é a Jennifer, minha melhor amiga. E ele é o Caio, um amigo e às vezes meu salvador.

Encarei minha amiga que parecia babar pelos garotos — eu sei, eles dão essa primeira impressão a todos. Afinal são as crianças mais encantadoras do mundo. Eu fiquei babando por eles quando os conheci. —, depois Caio que sorria para os meninos.

— Então, esses são os garotos que eu cuido. — comecei. — O Diego. — apontei para o maior. — E o Bruno.

— Ai minha nossa senhora da fofurice humana! — exclamou Jen. Eu nem sei se essa senhora existe. — Eles são lindos demais.

Juro que pensei que era uma boa ideia trazê-los para meu apartamento, mas agora não sei se fiz o certo. Jen parece uma louca, vai assustar os meninos e eles nunca mais vão querer vir aqui. Dei um sorriso forçado, e puxei os meninos para mais perto de mim, fiz uma careta para a doida varrida, mas ela nem ligou.

— Você estava certa amiga. Eles são encantadores. — O Bruno deu risada.

— Essa é sua amiga que faz bolo de chocolate? — questionou o maior. — Porque se for, eu já gosto dela.

Jen colocou a mão sobre o peito e suspirou encantada.

— Sim. Sou eu mesma. Faço o melhor bolo de chocolate do mundo.

— O melhor? — os olhinhos de Bruno brilham intensamente. Esse menino adora bolo de chocolate e francamente o da Jen é sim o melhor do mundo.

— Sim. O melhor. — diz minha amiga, orgulhosa como ninguém. — Não é Alana?

— Sim. É o melhor. — concordo.

Vejo o sorriso dos dois ficar ainda maior. Jennifer já conquistou esses meninos logo de cara.

— Eu tive uma ideia. — fala Jen, toda animada. — Por que vocês não me ajudam fazer um bolo?

— A gente pode, Nana?

— Claro que podem, Diego.

Depois da comemoração dos meninos, Jennifer levou os dois para a cozinha. Fez ambos lavarem as mãos e então começaram a fazer o bolo. Fiquei admirando a alegria dos dois. Jen sempre teve talento, tanto na cozinha quanto com crianças. Parei de encarar os três e olhei para Caio que também olhava todo bobo para minha amiga.

— Então você está apaixonado? — Ele tirou os olhos da cena fofa e me encarou sorrindo.

— Apaixonado? — rebateu. — Eu quero me casar com essa mulher.

Bom, eu não sei se isso é bom ou ruim. Caio ama minha amiga de verdade, fico muitíssimo feliz. Mas e se ele a tirar de mim. Não vivo sem as loucuras da Jen. Quem vai me alegrar com comida como ela alegra? Não posso viver sem ela. Porém, se ele a faz feliz, jamais torceria contra.

Caio é o homem certo para minha amiga. Ele é bom, educado, carinhoso e gostoso pra cacete. O pacote completo.

— Cuide bem dela.

— Eu vou. — disse.

— Caio, cadê o Cadu?  

— Ele tá com nossa tia. — respondeu. — Aliás, eu tenho que ir pegar ele.

— Traz ele aqui. Os meninos vão adorar. E podemos almoçar todos juntos.

— Sério? — assenti. — Tudo bem, eu volto logo. — e antes de sair me deu um beijo na bochecha.

Depois que Caio saiu me joguei no sofá e fiquei olhando a cena que se passava na minha cozinha. Três pessoas que eu amo tanto se divertindo. Tive tanto medo de uma hora para outra perder todos eles. Jen se casando e montando sua família. Os meninos crescendo, certamente eles não vão precisar de uma babá por toda a vida deles. Eu serei dispensada uma hora ou outra. Será que eu vou ficar sozinha, sem ninguém?

Sei que tenho meus pais. Mas a cidade que moro é muito pequena, meus sonhos não cabem lá e meus pais nunca vão querer morar em um lugar agitado como esse ou qualquer outra metrópole. Sendo assim, vou me tornar uma psicóloga sozinha, sem ninguém me esperando em casa.

Droga. Por que estou me sentindo assim?

A maldita bad bateu do nada. E meu coração parece uma amora de tão pequeno que ficou dentro do peito. Tenho a sensação de que nem sempre essas pessoas vão estar na minha vida. Eu não quero perdê-los. Um grande vazio me toma. Eu levanto, respirando fundo, vou até a janela e tento me acalmar, a última vez que me senti assim foi na oitava série, as coisas não acabaram bem.

— Amiga? — Jen aperta meu ombro e eu me viro. — Você está bem?

Forço um sorriso e faço que sim com a cabeça.

— E os meninos? — ela sorri.

— Estão raspando a bacia do bolo.

Olho sobre os ombros de Jen e vejo os dois, cada um com uma colher, brigando pela última raspa de massa de bolo da bacia. Eles estão todos lambuzados de chocolate, começo a sorrir, sentindo-me bem melhor.

— Você está bem mesmo?

— Sim. — afirmei. Mas eu conheço minha amiga e ela ficou me encarando com aqueles olhos de águia, procurando qualquer vestígio que dissesse o contrário, e antes que ela encontrasse mudei de assunto. — Chamei o Caio e o Cadu para almoçarem com a gente. Tudo bem?

— Claro.

[...]

Eu vou fazer pizza. Foi o que Jen disse indo em direção a cozinha e colocando seu avental. Eu não sabia se era a coisa certa, mas ela alegou que era um dia especial e tínhamos que comemorar com pizza. Os meninos adoraram a ideia e se aliaram a Jen, eu não tinha chance alguma. Então, apenas deixei que ela fizesse o que bem entendesse.

Caio, Cadu e Manu chegaram e trouxeram refrigerantes. Bruno deu um grito e correu até Manu, a cadela vira-lata que encanta qualquer um. O Cadu a ensinou dar a patinha, por isso ela encanta a todos. Mas com Bruno nem foi preciso, ele foi logo abraçando Manu e acariciando o pelo macio da cadela que chegou a deitar de barriga para cima. Diego logo se juntou ao irmão, parecia que os dois nunca haviam visto um cachorro.

— Papai nunca deixou a gente ter um cachorro. — comentou Bruno baixinho, acho que para apenas Cadu escutar. — E eu sempre quis um.

Minha nossa. Porque Eduardo nunca deixou os meninos terem um cachorro? Uma criança precisa de um cachorro. Ter um cachorro é a melhor coisa do mundo. Eu e Jen só não temos um porque com certeza acabaríamos esquecendo de dar comida para ele. Mas eu sempre amei cachorros e gatos, tanto que tinha um cachorro chamado Barry e duas gatas, uma chamava Luna e a outra Lizzie. Depois que eu me mudei, Felipe ficou com eles.

Infelizmente, Barry morreu de velhice e Lizzie teve um câncer de útero, acho que nunca chorei tanto. Restou a Luna, a sapeca da família. E meu pai acabou adotando mais um cachorrinho, chama-se Bob, é um Golden retriever. Felipe sempre quis um desses, então papai o deu quando completou 12 anos.

— O bolo está pronto. — anunciou Jennifer. — Crianças, lavar as mãos.

— Ah não. — murmurei.

Essas crianças não vão comer nada da festa de aniversário hoje. E se Eduardo saber que os filhos comeram bolo de chocolate antes do almoço, eu estou frita. Pior, será se ele souber que os filhos comeram bolo de chocolate e depois almoçaram pizza, estarei morta no fim do dia.

[...]

Depois do almoço arrumei os meninos para voltar para casa. Jennifer não queria que eu os levasse embora, alegou que queria que eles passassem um mês ou mais na nossa casa, ela adorou os pestinhas. Claro, que Diego e Bruno amaram a minha amiga, ela fez bolo de chocolate e pizza de almoço, que pessoa no mundo não a amaria? Acredito que nenhuma.

Bruno queria ficar mais tempo na minha casa. Ele falou que estava se divertindo, mas em nenhum momento tocou no assunto do seu aniversário. O que a desgraçada da tia dele fez foi cruel demais. Espero nunca trombar com essa maluca, não sei o que sou capaz de fazer, mas boa coisa que não vai ser.

Olhei para meus meninos, eles estavam às coisinhas mais fofas desse mundo. Bruno usava um calção jeans verde, uma camisa branca com listras pretas, um chapéu pork pie marrom e calçava um tênis marrom. Já Diego usava um shorts jeans escuro, camisa branca social e tênis preto com cano, para finalizar um óculos escuro. Não tem como eu ficar mais apaixonada por esses meninos.

Optei por me vestir depois, no meu quarto na mansão ventura. Para Bruno não desconfiar, ele já perguntou porque estava tão arrumado e eu tive que mentir para ele, então, vou evitar mais perguntas da sua parte.

Os meninos se despediram de todos e a gente saiu.

Espero que Bruno goste da surpresa. Estou ficando receosa.

[...]

Quando chegamos a mansão estava tudo vazio e silencioso. Eu tinha acabado de mandar uma mensagem para Carolina e ela respondeu dizendo que podíamos entrar e ir direto para o jardim. Entrei com os meninos no grande salão da mansão e eles se entreolharam. Peguei na mão de cada um deles e falei que Eduardo estava nos esperando no jardim. Bruno quis sair correndo, mas eu o mantive perto de mim.

Quando chegamos ao jardim o queixo do mais novo caiu e sua boca formava um O. Ele estava surpreso, e eu também estaria se me dessem uma festa surpresa dessas. Não tinha ninguém, mas o jardim estava cheio de brinquedos maneiros, até uma parede para escalar, tinha também cama elástica, piscina de bolinha, tiro ao alvo e um space bus. Bruno tinha toda razão de estar surpreso.

Meu coração quase saltou pela boca quando um monte de gente saiu de trás da parede de escalar e gritaram um sonoro SURPRESA e balões começaram a subir para o ar. Minha nossa! Fiquei tão impressionada com aquilo que nem reparei a hora que Bruno largou minha mão e saiu correndo. Foi Diego que me puxou e apontou para o irmão que corria de volta para casa.

Saí correndo atrás dele. Ele subiu as escadas e foi direto para seu quarto. Fechou a porta com tanta força que fiquei me perguntando se ele havia comido espinafre ou tomado alguma poção que lhe desse força. Mas não era hora para essas bobagens. Empurrei a porta e adentrei o cômodo. O Bruninho estava deitado na cama, abraçado ao travesseiro.

Vê-lo daquele jeito me cortou o coração.

Sentei-me nos pés da cama e acariciei suas costinhas. Ele respirava rápido e com força, e manteve a cabeça abaixada.

— Bruno.

— Eu disse para o papai que não gosto de festas. — resmungou. — Eu não mereço festas de aniversário. Foi minha culpa a mamãe ter morrido.

Merda! Eu estudei anos psicologia. Escutei palestra de renomados psicólogos. E agora não sei o que falar para Bruno. Fiquei pensando. E senti tanto ódio da tia dele que era capaz de esgana-la se estivesse na minha frente agora.

— Bruno, não é a sua culpa. — falei, mas ele não me deu ouvidos. — Sua mãe te amou tanto que ela preferiu dar a vida a você e te cuidar lá do céu.

— Isso não é verdade.

— É sim. Sua mãe virou um anjo. — falei. Ele fungou e me olhou. — Ela precisava cuidar de você. Porque lá no céu faltava anjos e você precisava de um, então, ela escolheu ser o seu anjo e lhe proteger lá de cima. Porque ela te ama mais que tudo. — juro que estava tentando. — Não é sua culpa, meu amor. — passei a mão por seus cabelos loiros. — Nunca foi.

Dei um beijinho em sua bochecha.

— Sua mãe está lhe protegendo e não gosta de ver você triste. Ela quer que você se divirta hoje, porque é o seu aniversário, o dia mais importante da vida dela. — Bruno sentou-se na cama. Bom, já era um começo.

— Se eu me divertir ela vai ficar feliz?

— Claro que sim. Muito feliz. — respondi. — E eu também vou.

Bruno deu um sorriso pequeno e se jogou em mim, me dando um abraço forte.

— Ela é mesmo um anjo agora?

— Sim. O anjo mais bonito do céu. — afaguei suas costas. — Agora que tal a gente descer e brincar naqueles brinquedos maneiros? Ou eu vou fazer muitas cócegas em você, até resolver que é melhor ir brincar lá fora do que ficar aqui.

Nem dei tempo para ele responder e já iniciei uma série de cócegas em sua barriga. Bruno começou a dar risada e tentou fugir de mim, mas não conseguiu, eu era bem mais forte e estava disposta a levar ele para o jardim. Continuei, até ele implorar para parar e dizer que preferia descer e brincar com os amigos dele. Então a gente desceu e fomos para o jardim.

— Parabéns, Bruno. — disse Aline, dando um abraço em Bruno. — Vamos escalar?

Bruno assentiu e os dois saíram correndo. Aline é a melhor amiguinha dele e tem talento para fazê-lo rir, sei que são amigos desde o meu primeiro dia como babá. Eu me lembro dela e suas sardas. Fiquei observando Bruno se divertir, longe de qualquer preocupações.

Algum tempo se passou. Eu havia procurado Eduardo pela festa, mas não o encontrei, estava realmente ficando preocupada. Andei até Carolina, ela devia saber onde o filho havia se metido. Esperei-a cumprimentar alguns convidados e então me aproximei.

— Cadê o Eduardo? — ela olhou para os lados e depois para mim.

— Ele não vai vir.

— Como assim ele não vai vir na festa do filho dele?

— Sinto muito Alana. Eduardo passou por muita coisa quando a Nanda morreu. Essa data é difícil para ele.

— Mas é o filho dele.

Carolina continuou impassível. Mas se Eduardo pensa que vai fugir disso, ele está muito enganado. É o aniversário do seu filho, nada mais devia importar.


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Notas finais do capítulo

Então, se tiver ao menos 4 comentários, que eu sei que é possível - porque ao menos quatro leitoras eu sei que tenho - posto o cap 15 hoje mesmo e no cap 15 tem algo que vcs vão adorar, então comentem. São apenas 4 comentários.
Beijooos :*



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