- escrita por Blue Butterfly


Capítulo 33
Trinta e três


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei.
Miss Isles, tentei algumas vezes te responder a msg privada, não consegui - aparentemente fui bloqueada (?). Respondendo; Não é loucura. E fico feliz que tenha ajudado (bem, eu entendi que ajudou, me corrija se eu estiver errada. hahaha) E, além disso, adorei a metáfora! hahahaha



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Era domingo e, como o dia mandava, Maura queria dormir até um pouco mais tarde, principalmente pelo fato de que ela mal tinha dormido na noite anterior. Seu plano foi por água abaixo quando Jane resolveu, insistentemente, acordá-la beijando sua bochecha. Primeiro Maura tentou se livrar da outra virando-se de lado, depois escondendo o rosto atrás das mãos, depois escondendo-o atrás do travesseiro, e só quando Jane arrancou-o de suas mãos foi que ela desistiu. Ela abriu - mais ou menos - os olhos e estudou a outra. Ela estava lá, pairando sobre ela, um sorriso grande nos lábios. Maura não conseguiu evitar e sorriu também.

'Bom dia, Bela Adormecida.' A morena provocou e beijou seu pescoço.

'Hm.' Foi tudo o que ela conseguiu resmungar. Seus olhos queimavam por causa do sono e da luz brilhante no quarto. Ela imaginava que já não era tão cedo, considerando a claridade toda.

'Ei, eu sei que você tá com sono ainda, mas eu te acordei por um motivo.' Jane disse, acariciando seu rosto.

'É melhor que seja um realmente bom.' Ela resmungou, esfregando os olhos.

'E é!' Jane reforçou, empolgada.

'Da última vez você disse o mesmo, só que eu não gosto de baseball, Jane.'

'Ei, aquele foi um ótimo jogo, ok? E eu já me desculpei. Além disso, você deitou no meu colo e dormiu de novo.' A morena se defendeu.

Maura revirou os olhos. 'Era uma reprise, Jane. Você me acordou para eu ver uma reprise na TV!'

'Porque eu queria te ensinar sobre o jogo, mas voltando ao assunto... Provincetown.'

'Provincetown?' Maura franziu o cenho, confusa. 'O que tem Provincetown?' Agora com a curiosidade pega, ela se apoiou sobre os cotovelos e pareceu um pouco mais desperta.

Jane suspirou e se sentou ao seu lado. 'Eu preciso pegar uma papelada de um caso arquivado na delegacia de lá. É sobre um crime que nós estamos trabalhando e pode ser que esteja relacionado com um que aconteceu nessa cidade. Eu iria amanhã, mas pensei que talvez... sei lá, a gente pudesse ficar um dia lá? São só duas horas daqui, afinal de contas.'

Maura ergueu uma sobrancelha, parecendo mais ou menos interessada. 'Isso inclui assistir algum esporte?' Ela perguntou, desconfiada.

'Eu juro que não.' Jane sorriu e beijou sua bochecha. 'Prometo que escolhi umas coisas que você vai gostar.'

Maura riu levemente e se sentou de vez, esfregando os olhos. 'Bem, pelo jeito você já decidiu por nós duas.'

'Foi você quem disse, não eu.' A morena riu também, levantou-se da cama e abriu o guarda-roupa. 'Vamos precisar de roupas bem quentes.'

Maura assistia enquanto a morena tirava blusas, casacos, luvas e cachecóis de lá de dentro. Ela parecia mais determinada e empolgada com a pequena viagem do que já estivera com outra coisa antes. Vê-la assim era algo que deixava Maura entretida; ela abraçou as pernas e sorriu inconscientemente.

'Ei, você vem?' Jane lançou um olhar brincalhão em sua direção, e ela sorriu e balançou a cabeça firmemente em sim.

'Eu vou me trocar.' Ela disse, se levantou da cama e foi para o banheiro. Dez minutos depois, com roupas quente, dente e cabelo escovados, ela estava de volta ao quarto, os pés ainda descalços no chão. 'Eu devo colocar uma bota ou...?' Ela perguntou, incerta.

'Sim, nós vamos andar um pouco do lado de fora hoje.' Jane pontuou.

'Certo.' Ela trabalhou para colocar a meia e o calçado e dentro de tão pouco tempo ela estava pronta. Ela não tinha se incomodado com maquiagem naquele dia, nem sequer pensando que poderia se sentir mais exposta sem ela. Era só quando Jane parava em sua frente e a estudava - assim como agora - era que ela se sentia um livro aberto: um simples soprar do vento e a morena poderia ver todas as palavras, em todas as páginas, gravando sua história.

'Nós vamos ter um dia bom hoje, ok?' Ela disse e acariciou seus braços. Maura engoliu o nó na garganta, sabendo muito bem que aquela pequena observação fora acrescentada por conta da discussão do dia anterior e a razão dela ter acontecido, e balançou a cabeça em sim.

Droga, ela se sentia pequena. Desequilibrada, sem ter no que se apoiar, a não ser Jane. Entretanto, ela não tinha mais certeza se a morena era seu porto seguro. Como ela poderia, de qualquer forma? Em menos de doze horas a outra tinha colocado diante de seus olhos a imagem da pessoa que ela mais queria esquecer. Se a detetive tinha achado que aquilo serviria como motivação, ela não poderia ter se enganado mais; aquilo só servira para desencadear uma corrente elétrica de medo que percorria sua espinha, cada terminação nervosa de seu corpo.

Ela balançou a cabeça para se livrar dos pensamentos, tratou de escolher as próprias roupas para colocar na mala. Depois de fazerem um rápido desjejum, as duas embarcaram no carro e Jane dirigiu sem parar pelas duas horas que vieram. Maura não estava com muita vontade de conversar. Ela apenas prestava atenção na paisagem do lado de fora, a testa colada contra o vidro da janela. Ela tinha prometido para si mesma deixar o acontecimento do dia anterior para trás, e com sucesso ela tinha conseguido cumprir a promessa, mas em sua mente outras questões dançavam. Ela tinha sido tão forte até agora. Ela tinha erguido o queixo desde que conversara com Kendra no hospital. Ela saíra de lá, sem dúvidas, ainda aterrorizada, mas ela tinha decididamente encarado o futuro de cabeça erguida. E ela se sentia mais forte, independente, recuperada. Agora que fora lembrada do julgamento, ela sentia pequenas partes de si se perdendo. Esfarelando-se ao vento. Jane dizia que ele não poderia mais machucar ela, só que aquilo era informação inútil - seu cérebro não a processava por alguma razão, e ela talvez nem estivesse com medo dele mas de que algo ruim pudesse acontecer novamente.

Ela se sobressaltou quando sentiu a mão de Jane em sua coxa, apertando levemente num pedido de atenção.

'Maura, você tá bem? Eu te chamei duas vezes e você não respondeu.'

'Sim, eu só me perdi em pensamentos.' Ela apertou a mão de Jane com carinho. 'Qual foi sua pergunta?'

'Você tá com fome? Nós estamos quase lá, mas se tiver afim de almoçar agora, nós podemos parar.'

'Não, eu consigo aguentar um pouco mais.'

Jane meneou a cabeça e continuou dirigindo. Quinze minutos mais tarde elas pararam em um restaurante que oferecia uma variedade imensa de frutos do mar. Jane não era muito fã, mas Maura adorava e bem... Ela tinha feito isso por ela. Elas não tinham passado mais do que trinta minutos lá, e quando voltaram para o carro, a morena revirou uma bolsa que estava no banco de trás e depois ofereceu um comprimido para Maura - um segundo para si mesma.

'O que é isso?' A outra perguntou, completamente confusa.

'Para enjoo. Nós vamos precisa.' Ela disse e abriu um sorriso misterioso. Maura segurou o comprimido entre os dedos e franziu o cenho.

'E nós vamos precisar porque...?'

'Bem, é um segredo. Apenas tome, por favor. Dentro de alguns minutos você vai saber.' A morena disse e engoliu o dela com um gole de água.

Maura confiou nela e fez o mesmo. O hotel ficava apenas dez minutos do restaurante. A cidade era pequena, acolhedora, indiscutivelmente habitada por pessoas ricas. As árvores estavam secas por conta do inverno, mas a paisagem ainda assim era bonita. No centro da cidade o comércio se amontoava em ruas estreitas, tornando um pouco difícil dirigir por lá. A vantagem daquela época do ano era que os pedestres quase não perambulavam por elas - diferente do verão - o que, Maura desconfiou, era um ponto positivo a considerar a pouca paciência de Jane no trânsito. Conforme iam se afastando do centro, as casas maiores começaram a aparecer e, com elas, os jardins grandes e bem cuidados, outrora verdes também. Ela descobriu, com um tanto de surpresa, que o hotel que estariam hospedadas ficaria literalmente na beira do mar. Era um prédio verde claro que alinhava mais ou menos dez quartos lado a lado, três andares. As cercas brancas rodeava cada um dos pisos, e Maura descobriu também que, apesar do oceano aberto apenas há alguns passos dali, na parte traseira do complexo havia uma piscina imensa, ao seu redor cadeiras de praias, mesas, guarda-sóis.

Ela acompanhou Jane até o quarto, prestando atenção em cada detalhe, cada barulho, cada estímulo novo. Era um ambiente branco decorado em tons de vermelho e laranja, criando grande contraste com aquela época fria do ano. Ela se sentiu acolhida por conta das flores - naturais! - aparentemente recém colhidas, mas que provavelmente tinham sido compradas em uma floricultura. A cama de casal carregava várias almofadas também vermelhas e laranjas, com padrões diferentes de pinturas, alguns livros em cima de um baú aos pés da cama, mesa com taças e uma garrafa de vinho. Aquele quarto tinha certa personalidade. Um tanto parecida com a da morena, inclusive. Maura abriu um sorriso e abraçou a cintura dela depois de se livrar da própria mala.

'Uau. Eu gosto daqui.' Ela beijou carinhosamente o ombro da outra.

'É uma pena que nós temos que sair logo, então.' Jane riu e acariciou sua cabeça.

'Por quê?' A outra perguntou, choramingando em brincadeira.

'Você vai gostar mais do que vem em seguida. Bem, eu espero. Vamos só colocar algumas peças a mais de roupa, ok?' Ela beijou os lábios de Maura quando ela estava prestes a reclamar, e depois beijou de novo porque ela sabia que a loira não desistiria tão fácil. 'Nós vamos mesmo precisar. É sério.'

E foi apenas porque Jane disse com seriedade, esperando por sua colaboração, que ela se comprometeu à escutá-la. Luvas próprias para esqui, uma segunda calça por baixo da jeans, toca, cachecol devidamente enrolado no pescoço. A costa sempre era mais fria por conta da maresia e a única coisa que Jane disse de antemão era que elas teriam que andar até o porto. Não era necessariamente longe, mas a caminhada contra o vento gelado não seria agradável se não estivessem aquecidas o suficiente. Colocando por último um casaco próprio para neve - ainda que não estivesse nevando - a prova de água e que bloqueava o vento, as duas finalmente deixaram o conforto do quarto quente para se dirigirem ao porto.

Jane passou o braço em sua cintura e elas andaram lado a lado na areia branca da praia. Era um pouco mais difícil porque seus pés afundavam um pouquinho, mas valia a pena porque assim elas conseguiam prestar atenção nas conchinhas espalhas pelo chão e vez ou outra elas se inclinavam para apanhar as mais bonitas - Jane arremessava as feias de volta ao mar, sempre fazendo Maura rir com seu estalo de língua em desaprovação. O vento não soprava tão forte e o sol brilhava alto no céu. Na metade do caminho, de acordo com Jane, elas pararam para observar o oceano. Ela tinha abraçado Maura por trás, e a mulher a ninava de um lado para o outro, tão lentamente como as ondas se formando e quebrando no mar. A loira fechou os olhos e sentiu a brisa assoprar gentilmente seu rosto - o frio em sua pele era bem recebido por conta do calor que sentia por causa do exercício e das roupas quentes. Ela escutou o barulho da água se chocando contra a areia, contra a própria água, quando as ondas se quebravam. Uma gaivota gritando em protesto ao longe. E depois apenas o som do mar. Do vento. Sons gentis e hipnotizantes que a acalmavam, abraçavam seu ser, que prometiam paz assim como os braços de Jane prometiam calor.

Era a primeira vez depois de muito tempo que ela sentia aquela serenidade ao seu redor. Ela se virou e beijou demoradamente os lábios de Jane. 'Obrigada por me trazer aqui.'

Jane sorriu para ela e abraçou-a com mais força. 'Se lembre que esse não é o destino final.' Ela brincou, beijando de volta Maura.

'Devemos continuar andando, então?'

A morena meneou a cabeça, e de novo elas retornaram a andar.

Chegaram até o porto e Jane, como se já estivesse estado ali antes, andou com toda confiança para um lugar. Uma pessoa em específico.

Um senhor de cabelos grisalhos, baixo e um tanto magro. Eles trocaram algumas palavras e Maura descobriu, com assombro, o que elas estavam prestes a fazer.

'Maura, esse é Doug. Velho amigo meu. Ele vai nos levar para uma volta.' Ela sorriu com satisfação.

Maura apontou tolamente para uma lancha. 'Ali?'

Jane riu e balançou a cabeça em sim. 'É! Eu somei dois mais dois e pensei que, desde que você me contou que gosta de observar a vida aquática com teu pai, você também fosse gostar de ver um show de verdade. Tem umas baleias que sempre aparecem por aqui.'

Maura estava de queixo caído. Ela não sabia que Jane tinha um amigo tão velho, muito menos um que possuísse uma lancha. Ela se sentiu tocada, porém, quando Jane mencionou seu pai e a experiência que tiveram no aquário de Boston. Agora contente, ela caminhou alguns passos à frente e apertou a mão do homem. 'Prazer em conhecê-lo.'

'O prazer é meu, senhorita.' Ele disse educadamente.

Maura sorriu ainda mais e dispensou a formalidade com a cabeça. 'Me chame apenas de Maura, por favor.'

'Certo. Vocês estão prontas?'

'Sim senhor, capitão!' Jane brincou, mas o homem pareceu se inflar um pouquinho com o título.

A lancha não era das mais extravagantes, mas era grande e tinha dois decks, sendo que no superior havia uma cama grande o suficiente para três pessoas. E era lá que Maura e Jane estavam se acomodando agora. Duas cobertas grossas estavam dobradas lado a lado e a loira tinha entendido o por quê da insistência de Jane sobre as roupas quentes.

'Eu vou velejar de vagar, então com sorte vocês não vão congelar de frio. Nossa parada não é muito longe, também, então vocês vão ficar bem.' O senhor observou do deck lá embaixo, e depois desapareceu.

Logo a lancha estava se movendo sobre o mar, lentamente. Maura se embrulhou numa coberta e se sentou entre as pernas de Jane - que também se cobrira para se manter aquecida.

'Você me pegou de surpresa, Jane.' Ela disse, se virando um pouquinho para encarar a morena. 'Eu não estava esperando por nada disso.'

'Eu imaginei que você precisava de um tempo de tudo. Mesmo que seja só por algumas horas. Eu sei que você se sente pressionada com seus pais em Boston, estressada com o julgamento. Vamos deixar isso de lado e só viver o agora. Ok?' Jane dizia enquanto acariciava gentilmente seu rosto.

Maura piscou os olhos para ela. Horas atrás, ela questionara a lealdade de Jane apenas porque a morena estava tentando de alguma forma ajudá-la - mesmo que não tivesse parecido assim. Agora ela estava lá, meio que se redimindo, meio que tentando provar à ela de que apesar das circustâncias o bem-estar de Maura vinha primeiro. Jane fizera aquilo por ela; organizara a viagem na primeira parte da manhã enquanto ela dormia, quando simplesmente a detetive poderia apenas pedir que encaminhassem os documentos do caso por correio, por um outro oficial. Mas bem, aquela era a Jane que ela amava. Eu a amo, Maura se deu conta, com certo espanto. Não era sobre só as ações e demonstrações de Jane por ela. A razão pela qual ela amava Jane estava muito além disso; daquela sensação em sua barriga toda vez que a morena entrava pela porta, dos seus lábios se curvando por vontade própria num sorriso quando a morena sorria para ela, da sensação de estar flutuando quando Jane a segurava em seus braços. Pensar em perdê-la doía. E havia tantas outras coisas que ela não podia explicar. E isso tudo é amor. Ela concluiu.

'Eu amo você.' As palavras saíram dos seus lábios sem pedir licença, sem sequer serem ponderadas - elas nem precisavam, de qualquer jeito. Era a pura verdade, era aquilo que ela sentia. O que surpreendia Maura, ela analizara, era que ela sabia quantos casais se separavam em momentos de crises. Mas não ela e Jane. Com elas fora exatamente o contrário. Primeiro aquela aversão de uma à outra. Depois compreensão, uma amizade que se estabeleceu delicadamente, se amarrando em histórias repartidas, contadas num final de noite silenciosa e sombria. Força e companheirismo em seus momentos de terror. Uma honestidade latente que conectava dois lados - o dela e o de Jane. Apoio mútuo. Todas ferramentas para superar um período turbulento e, entre isso, de maneira misteriosa, tantas outras coisas que foram se instalando naquela relação que a princípio era tão frágil. O que ela sentia por Jane agora era tão intenso como a força da natureza: bela, incontrolável, por vezes destruidora. Talvez aquela fosse a sua própria natureza, afinal de contas.

'Você sempre vela por mim.' Ela adicinou, beijando com ternura os lábios da morena.

Jane sorriu e apertou seus braços na cintura dela. 'Eu venho lutando por você desde sempre. Eu sei que você tem feito o mesmo, mas você não pode se permitir fraquejar, Maura. Ok?'

Ela balançou a cabeça ligeiramente em sim, seus olhos ainda nos de Jane.

'E só para constar, eu amo você também.' Ela sorriu.

Ela sorriu e Maura imitou o gesto. 'Eu sei.' Ela beijou o pescoço da outra. 'Você não precisava dizer. Você me mostra todo dia. É só uma questão de interpretação.'

'Se você tivesse parado na primeira parte, eu diria que você é um tanto convencida. Mas acho que você  tem razão.' A morena, divertida.

Maura riu baixinho e se ajeito no abraço da outra. Agora suas costas estavam contra o peito de Jane, e seu olhar perdido no oceano. Ela suspirou fundo, cruzando seus dedos com os da morena. Aquilo era tão certo. Amar Jane parecia tão poético, encorajador.

'Eu amo você.' Ela disse mais uma vez, num sussurro, traduzindo mais uma vez seus sentimentos.

Não muito longe dali, uma primeira baleia apareceu. Ela saltou sobre as águas, caindo de costas e borrifando gotas por todos os lados. Maura arfou em admiração e apontou para ela, endireitando a coluna em surpresa.

'Jane, olha!' Ela disse com entusiasmo. A risada da morena se registrou em sua mente, e naquele momento em que ela via uma vida se expressando oceano afora, ela sentia a sua própria se expandindo.


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