- escrita por Blue Butterfly


Capítulo 31
Trinta e um




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De um minuto para o outro a quantidade de pessoas tinham aumentado consideravelmente na mesa. Frost. Frankie. Korsak. Isso deveria ser porque em algum momento Jane a Kendra começaram a contar sobre momentos particularmente engraçados no trabalho. As duas começaram a gargalhar - um tanto por conta do efeito do álcool no sangue - e a atenção dos amigos foi pega, logo, todos estavam sentados ali. Jane estava se divertindo. Deus, fazia tempo que ela não ria tanto assim. Ela sentia falta dos amigos, da cerveja, da simples companhia e conversa descompromissada. Aquelas quatro pessoas - agora ela podia incluir Kendra - eram os amigos mais próximos que ela tinha. Eles deveriam, definitivamente, fazer isso mais vezes durante a semana. Ela só esperava que Maura se adaptasse bem à presença deles - em certo ponto, ela conseguiria, Jane tinha certeza.

Por falar em Maura, a detetive pegou o celular e conferiu a tela. Droga, a loira já tinha mandado uma mensagem cinco minutos atrás, dizendo que tinha deixado o Aquário. Jane calculou o tempo que deveria levar para a loira chegar até ela, relaxou na cadeira de novo e começou uma nova categoria de conversas: baseball.

'Ah não, não mesmo.' Kendra balançou o dedo indicador em negativo. 'Sem esportes, qual é.'

'Ah, Kendra, você não gosta do Red Sox? Que pena. Aposto como meu irmão vai retirar o convite para um encontro que eu sei que ele iria fazer para você.' Jane disse apenas para deixar Frankie com vergonha, mas a cara de Kendra também foi impagável. O mais engraçado, entretanto, veio depois.

'Eu não - Jane, eu, Kendra... ela tá brincando.' Frankie disse, todo desconcertado, balançando as mãos desajeitadamente.

'Desculpa, eu não resisti.' Jane disse entre risadas, o rosto de Kendra impassivo. 'Mas a tua cara, oh meu Deus!' A morena disse para Kendra. A mulher finalmente revirou os olhos, bebericou a cerveja e riu baixinho.

'Se você me fizesse o convite, eu aceitaria, Jane.' E então o jogo tinha virado. A morena ficou sem reação, piscou os olhos várias vezes enquanto todo mundo da mesa gritava em unanimidade um 'Uuuhhh'. Kendra abriu um sorriso e ergueu uma sobrancelha. 'Mas eu, claramente, sou areia demais para teu caminhãozinho.'

De novo, todos na mesa riram depois de exclamarem.

'O que?' Jane rebateu. 'Você nem sabe. E eu não vou discutir isso aqui!' Jane se inclinou para frente e disse entredentes.

'Mais uma rodada!' Korsak ergueu a mão e pediu para um garçom. O rapaz fez um gesto de contingência e atendeu o pedido.

Mais uma cerveja, mais álcool circulando pelo seu corpo. Aquela deveria ser a quarta, e Jane já estava se sentindo zonza. Ela achou melhor tomar aquela com mais cautela se não quisesse estar bêbada no momento em que Maura chegasse. Depois de mais uns minutos, ela foi ao banheiro. Lavou o rosto com água gelada. Secou as mãos e conferiu o celular de novo.

Dentro de cinco minutos a loira estaria lá. Ansiosa, ela avisou aos colegas que iria ao lado de fora esperar por Maura. Não era muito aconselhável a esperar por um minuto que fosse fora daquele lugar aquecido - o inverno era tão rigoroso ali - só que a verdade é que ela nem sentia o frio maltratando sua pele. Ela tinha certeza que era por conta da leve sensação pinicante que o álcool causava na sua pele, e ela sabia também que a loira podeira explicar aquilo. Maura parecia ser entendida de todas as coisas - menos sarcasmo, é claro.

Ela esfregou as mãos quando viu o carro de Arthur estacionar na sua frente. Esperou até que Maura saísse de lá - ela abriria a porta para a loira em outras ocasiões, só que nessa, ela não queria se intrometer na privacidade dela e do pai - e abriu um sorriso imenso ao ver a pequena figura sorrindo também para si.

Ela era inacreditavelmente linda. O cabelo mais curto caía acima dos ombros e eles estavam dourados por conta da luz da rua. As covinhas estavam desenhadas no rosto, os olhos claros, brilhando.

'Ei, você.' Jane disse e segurou seu rosto. Ela inclinou-se para frente e beijou os lábios quentinhos de Maura sem censura. Ela se afastou e passou os braços em torno dela. 'Esse seu sorriso no rosto é porque: a) você está feliz em me ver; b) seu pai entendeu minha ordem e te deixou mesmo feliz, ou; c) você está feliz em me ver?'

A loira franziu o cenho e inclinou a cabeça para o lado. 'Você deu duas opções iguais.'

'É porque elas são mais importantes.' Jane brincou e beijou sua bochecha. 'Como foi o jantar?'

Maura abriu um sorriso misterioso, colocou o cabelo atrás da orelha. 'Bem... Foi inesperadamente bom.'

'Oh.' Jane ficou surpresa, mas ela sabia que Maura não estava dizendo aquilo só para agradá-la e tentar melhorar a imagem do pai. A loira não sabia fingir sentimentos, e ela parecia honestamente contente. 'Eu não sei nem o que dizer. Eu fico feliz.' Ela deu de ombros, achando que talvez o último acréscimo fosse mais aceitável.

'Eu posso te contar tudo, mas lá dentro. Jane, tá congelante aqui fora. Você andou bebendo, não é?' Maura estreitou os olhos para ela, e para escapar de qualquer reprimenda, a morena segurou a mão da outra e começou a guiá-la para dentro do bar.

'Uma ou duas cervejas.' Ela mentiu.

Maura apertou sua mão com um pouquinho mais de força quando elas passaram pelas portas de madeira. Jane sabia que ela estava nervosa por estar ali pela primeira vez, no meio de tanta gente que ela não conhecia - exceto por Frankie e Kendra. Quando as duas chegaram na mesa, Jane apresentou a mulher para Korsak e Frost, e a loira educadamente apertou a mão de cada um deles. Ela já tinha se encontrado com Frost antes, mas na ocasião eles trocaram pouquíssimas palavras, logo, isso nem contava como uma apresentação de fato.

Mais uma cadeira foi adicionada na mesa. Uma taça de vinho branco já estava esperando por Maura ali, e ela agradeceu Jane, sorrindo. A princípio Maura mal trocara palavras com Frost e Korsak - ela ainda estava tímida, fora da zona de conforto, e Jane entendia isso perfeitamente bem. Aos poucos, ela foi se socializando com os dois devido as tentativas de Frankie, Kendra e Jane de incluí-la em assuntos que não fossem policiais. Tudo começara com a menção sobre o dia de ação de graças. Depois, de alguma forma, a conversa foi parar em Angela e no gato que ela tinha arrumado para Jane. Então Maura tinha se empolgado e contado que ele se chamava Repolho, e oh Deus, ela contou cada detalhe da conversa que Angela e Frankie tinham lhe contado sobre essa história da infância de Jane. Em outra ocasião, a detetive pediria para morrer, mas agora ela só olhava orgulhasamente para a mulher.

E Jane, provocando, mencionou Bass, a tartaruga.

'Jabuti!' Maura exclamou, ainda perplexa porque ela já tinha repetido isso tantas vezes para a morena, e ela nunca se lembrava. A boca de Korsak tinha desenhado um O em admiração. Ele se inclinou para frente e perguntou se Maura tinha uma paixão por animais também.

'Ela dissecava sapos quando criança.' Jane provocou, ganhando um olhar reprovador da loira.

'Isso não é verdade!' Ela se defendeu em seguida. 'E sim, eu gosto muito de animais. Hoje mesmo jantei com meu pai. Nós passamos longos minutos observando um tanque de água salgada. Eu gosto de peixes, da vida marinha.' Ela disse com gentileza para Korsak.

E desde que essa brecha lhe foi dada, desde que essa pequena conexão tinha sido criada entre eles, Maura se abrira e passara a conversar com todos na mesa em completo conforto. O ponto alto da noite foi quando Frost desafiou-a a jogar dardos - Jane não tinha certeza de como o assunto foi parar ali, ela ou estava muito bêbada ou ela simplesmente tinha deixado de ouvir o que todos falavam porque observar Maura se movimentando elegantemente era tão mais satisfatório do que tudo mais. A loira aceitou o desafio e disse que seu desempenho poderia não ser o dos melhores, considerando que ela mesma tinha tido sua cota de bebida alcoólica, mas que daria seu melhor.

Ela deu. E no final do jogo Frost tinha sido derrotado vergonhosamente.

'Você me deve uma taça de vinho.' Maura disse para ele, rindo, divertida.

'Eu pago todas as minhas apostas, senhorita.' Ele disse e gesticulou para ela o caminho do bar. O olhar dela e de Jane se trancaram por um instante; a morena lançou-lhe um sorriso e balançou a cabeça em aprovação.

Jane se sentou mais uma vez na mesa - ela tinha ficado em pé, ao lado de Maura tentando lhe convencer de que tinha uma técnica melhor do que a dela nos dardos, mas em certo ponto a loira se irritou e pediu para que ela se afastasse. Ela o fizera, mas ainda estava por perto, o suficiente para lançar olhares mortíferos para qualquer pessoa que estudasse Maura com um pouco mais de interesse.

Kendra sentou-se também, parecendo tão esgotada quanto Jane. Ela suspirou e enterrou a cabeça nas mãos. 'Caramba, acho que bebi demais.'

A risada rouca de Jane soou baixa. 'Bem-vinda ao clube.'

A outra apontou Maura com a cabeça - ela conversava empolgadamente com Frost - e depois sorriu para Jane. 'Ela é fantástica, eu devo dizer.'

A detetive riu mais uma vez - seu peito agora poderia explodir de orgulho - e concordou com a cabeça. 'Eu sei. É o que eu penso toda vez que olho para ela.'

O olhar de Kendra demorou-se sobre Maura, e depois sobre Jane. Ela piscou os olhos azuis e cansados, menores por causa da bebida e sono. Em simpatia, ela abriu meio sorriso e inclinou-se para frente. 'Sabe de uma coisa, Rizzoli? Eu vejo porque vocês gostam uma da outra.'

'Oh, é mesmo?' Disse Jane, divertida.

Kendra ergueu uma sobrancelha e balançou a cabeça em sim. 'Você é chata para caramba, se me permite, mas quando ela olha para você, parece que ela encontra tudo o que precisa.'

'Que seria...?' Jane franziu o cenho, mas não sabia se deveria levar Kendra a sério nessas condições.

'Convicção.' Ela disse, simplesmente.

Jane meneu a cabeça apenas uma vez e analisou a palavra. Ela tinha que admitir que fazia todo sentido, ainda mais por ter sido algo observado por uma terceira pessoa. Era isso que Maura certamente via nela. Convicção. Porque Jane era sempre honesta, não importava a situação; Jane sempre respondia suas perguntas honestamente, fossem elas lhe causar dor ou não. Ela tinha sido sincera com Maura desde o começo, em todos os aspectos. Era assim que elas tinham construído a relação delas - não apenas a relação romântica, mas também de amizade. Ela procurava fazer tudo da forma mais clara possível; fora assim quando contara sobre Kimberly e também quando dissera que passar pelo trauma não era nada fácil e seria, sim, um processo demorado. Com honestidade elas foram apertando os laços que vinham construindo desde a primeira vez que se encontraram. E também com companheirismo. Verdade seja dita, Jane era mais do tipo que fazia do que falava. Em vez de apenas dizer para Maura eu vou estar aqui por você, ela agia. Ela abraçava Maura durante pesadelos, era sua companhia durante filmes, peças teatrais. Era ela quem fazia questão de estar presente em almoços e jantares - e quando Maura mais precisava. Jane servia como sua guia, alguém de confiança que mostrava que caminho traçar. Sim, convicção fazia todo sentido.

A morena gesticulou com a cabeça em compreensão. Ela concordava com Kendra, também.

'Ela confia a alma dela em você, posso dizer.' Ela bebericou a cerveja. Jane se perguntou se ela já não tinha bebido demais. 'É por isso que ela gosta de você, Rizzoli. Claro, deve ter outros motivos também. Eu nem consigo imaginar quais, na verdade.' Ela riu com a provocação.

Jane juntou um punhado de amendoins e arremessou contra ela. 'É melhor você parar com isso, Kendra. Logo agora que eu desconfiava que podia levar você à sério.' Mas ela riu também e balançou a cabeça, suspirando. Ela correu as mãos pelo cabelo, ponderando se seria sábio continuar com essa conversa. Elas estavam em um pub, pelo amor de Deus, mas é que Jane raramente se sentia inclinada a conversar com alguém sobre Maura, e agora que Kendra aparecera ali, disposta a escutá-la, ela não poderia ignorar a oportunidade. 'É por isso que eu temo forçá-la a entender e conversar sobre o julgamento.'

Kendra franziu o cenho e balançou a cabeça. 'Você não está forçando ninguém, Jane. Eu entendo que você não quer desestabilizar essa relação de vocês, e eu sinto muito em dizer isso, mas vai acontecer. Quando a hora chegar, eu vou dizer para ela sobre o dia. É o meu trabalho. Você só se preocupe em continuar fazendo o que está. Ela vai precisar do seu apoio.'

Jane estreitou os olhos, cruzou os braços na frente do corpo. Ela poderia estar enganada mas ela tinha quase certeza que pegara algo no tom da voz de Kendra. 'Você, por acaso, não sabe do dia ainda, sabe?' Ela se sobressaltou quando a loira jogou um olhar carregado de culpa para ela. 'Kendra! Você tá brincando comigo? Que diabos? Você sabe há quanto tempo?'

'Não há uma data definida ainda. Eu ouvi ontem a tarde. Estão divididos em agendar para o dia quatorze de janeiro ou vinte e um.' Ela esclareceu, colocando as duas mãos sobre a mesa. 'Essa data ainda pode mudar, Jane, por isso não comentei nada. Eu sei que a resposta oficial chega na segunda-feira, e só então posso te dizer com certeza.'

'Sobre o que vocês estão falando?' Maura tinha se aproximado com uma nova taça de vinho na mão e Jane quase pulou da cadeira de susto. Ela nem sequer notara a presença da outra, tão focada em seus pensamentos.

'Sobre um caso arquivado. Desculpa, a gente não consegue deixar de pensar no trabalho.' Foi Kendra que disse, mentindo - por uma boa razão.

'Oh.' Maura disse simplesmente e se sentou ao lado de Jane.

A morena estudou-a e sorriu, passando um braço em sua cintura. 'Sabe de algo que eu não sabia de você?'

'Hum?' Ela bebericou o vinho.

'Desse teu espírito competitivo. Você fica meio que insuportável quando tá disputando com alguém.' A morena disse e riu ao notar a expressão indignada de Maura.

'Perdão?' Ela disse na defensiva. 'Eu apenas dou o meu melhor, sempre.'

Jane e Kendra trocaram um olhar divertido, e a morena achou melhor não comentar mais nada. Maura também estava levemente alterada por causa do álcool, talvez mais do que Jane que estava acostumada a beber tanto assim desde sempre. Elas não demoraram muito para encerrarem a noite. Já era tarde e se elas quisessem pegar um táxi teriam que sair de lá logo. Frankie não concordou com sugestão e, sóbrio, se ofereceu para dirigir as três para casa. Nenhuma negou. Entraram os quatro no carro, Jane e Frankie na frente, as outras duas atrás. Kendra seria a primeira a ser deixada em casa. Durante o caminho todo Jane e Frankie eram o que mais falavam, e pelo retrovisor Jane podia ver que Maura estava com a cabeça encostada na janela, os olhos piscando pesadamente. Ela tinha dormido quinze minutos depois, e quando Frankie estacinou em frente ao apartamento de Kendra, eles se despediram com vozes baixas. Meu Deus, Jane pensou, nós estamos velhos mesmo. Naquela altura da noite ela mal conseguia pensar direito, mas ela tinha que admitir que tinha sido um dia longo para ela e também para Maura, era natural que estivessem cansadas assim. Ela pediu para Frankie que ele deixasse elas na casa de Jane que de acordo com o GPS era mais próxima do que a de Maura. Mais trinta minutos e então era a sua vez. Ela deu um beijo no rosto do irmão e acordou a loira - ou tentou, porque ela tinha os olhos abertos mas parecia não raciocinar muito bem. 

Ao chegaram no apartamento, as duas mal trocaram palavras. Maura acariciou a cabeça de Repolho - que queria toda atenção dela - e se retirou para o quarto de Jane. A morena, por sua vez, trancou a porta, alimentou o gato e só então tirou os sapatos. Ela trocou rapidamente de roupa, decidindo colocar uma camiseta velha e shorts como pijama. Para sua supresa, Maura nem tinha tirado o vestido do corpo. Ela ficaria irritadíssima ao acordar e notar que ainda estava usando a roupa - cara - da noite anterior, só que quando a morena tentou acordá-la, um som de protesto foi a resposta que recebeu. Ela se deitou na cama, então, e a aconchegou nos braços. Ela sorriu com a normalidade daquilo tudo, daquele dia, de como ela e Maura pareciam ter se adaptado com aquela vida doméstica. Repolho apareceu logo, se aconchegando nos pés da loira.

As duas estavam tão bem assim. É claro que Maura ainda não estava recuperada, que ela ainda tinha desafios a vencer, medos a perder, mas o fato é que Jane estimava a calmaria de ultimamente. Nenhum ataque de pânico. Nenhum não chegue perto de mim. Os pesadelos quase nunca aconteciam. Só que ela sabia, também, que aquela calma era bem característica da quietitude anterior à tempestade. Jane temia o que estava por vir. Era imprevisível, incalculável, e talvez Kendra estivesse certa em dizer que Maura deveria se preparar. Não seria fácil ver seu pesadelo em carne em osso, a poucos metros de distância. Jane sabia muito bem disso. Acontecera com ela antes, e não foi a melhor das experiências, mesmo para ela que era uma detetive. O que aconteceria com Maura, então?

A mulher se remexeu e suspirou em seu sono, apertando o braço em torno de Jane. Aconteça o que acontecer, eu vou estar com você e nós vamos passar por isso juntas.

De novo.


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