O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 9
Até mais


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, trouxe mais alguns capitulos para nós hj, espero que gostem....



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POV ???

Levantei-me rapidamente da cama ao notar que os membros do meu chalé já haviam dormido, suas respirações calmas denunciavam isso. Eu já estava vestido, o que facilitava muito, me dirigi até a porta cautelosamente, pegando no caminho meus sapatos e minha capa preta, e a abri devagar para não fazer nenhum barulho desnecessário. Quando a porta já estava semiaberta olhei cuidadosamente para os lados, procurando sinais das harpias, elas eram terríveis quando conseguiam pegar um semideus fugitivo, mas também era muito previsíveis e depois de um tempo aqui eu já consegui decorar a hora que elas trocavam de turno entre si.

Não foi muito difícil chegar até a entrada da floresta, os chalés e as árvores faziam sombras, onde eu facilmente podia me esconder, sem contar que eu não tinha muitas preocupações em ser visto, poucos seriam loucos o suficiente para sair do chalé a essa hora. A floresta não era muito densa e com a lua iluminando não ficava difícil visualizar o que estava na frente, mas os ruídos que os monstros faziam aqui eram de arrepiar a espinha de qualquer um. Me pus a trilhar o caminho, que já conhecia de cor e salteado, até o riacho que fazia a divisa do bosque. Não demorou muito para que o barulho de água se infiltrasse em meus ouvidos, me fazendo tirar os olhos do chão e olhar para figura encapuzada que brincava com uma faca nas mãos.

—Atrasou–se esta noite – a voz grave e soturna comentou, mas não olhou para cima para me olhar.

—Tive que esperar meus companheiros de chalé pegarem no sono – eu disse de má vontade ouvindo uma risada de escárnio vindo da figura.

—Claro que sim – ele disse com uma pitada de humor negro – eu soube que chegaram quatro novos semideuses hoje. – falou como quem não quer nada, mas eu sabia que aquela era a minha deixa pra falar o que eu sabia.

— Sim, dois indeterminados e dois filhos do mar – eu falei, e pela sua expressão ele não estava surpreendido.

— Presumo que sejam Perseu e Pandora – ele deduziu de maneira pensativa, me surpreendendo.

— Exatamente, os conhece? Como? – eu disse de maneira mais afobada do que gostaria.

—Sim, já ouvi estes nomes antes – disse relaxadamente, me provocando indiretamente – meus “informantes” no monte Olimpo – fez aspas com os dedos -me informaram sobre eles. Infelizmente não me deram muito detalhes. O que sabe sobre eles? – me perguntou, fazendo-me bufar de desgosto.

—Um pouco sobre suas personalidades e habilidades. – falei sentando-me na raiz de uma árvore próxima, ele fez sinal para que eu continuasse. – A garota é imprudente, fala de mais, parece ser inteligente e tem uma paciência bem curta, não sei se ela controla algum domínio do pai, mas possui uma habilidade muito grande com arco e flechas. O garoto é mais calmo, relaxado, é um líder nato e é um grande observador, assim como a irmã , não sei afirmar se possui poder sobres os domínios do pai, mas é habilidoso com a espada. – Ele assentiu, ainda de maneira pensativa.

— Fique de olho neles – disse por fim. – meus informantes disseram-me que eles são velhos conhecidos do Olimpo, seja lá o que isso significa. Então por hora evite qualquer confronto com ambos, não queremos chamar a atenção dos deuses. – Ia contradizê-lo, mas ele me impediu. – Por hora, apenas fique de olho neles. –Mesmo a contragosto concordei levemente com a cabeça.

— Você não está me contando tudo o que sabe sobre eles – afirmei com raiva recebendo um aceno discreto em resposta.

—Você sabe o que precisa saber – ele disse rispidamente, me fazendo serrar os punhos. – Você entendeu o que precisa fazer?

—Sim pai, eu entendi – eu disse da mesma forma e quando recebi um aceno dele me virei pronto pra voltar para meu chalé, ouvindo um baixo murmúrio vindo dele.

— Talvez, em um futuro próximo, Perseu e Pandora se juntem a nós – logo senti que ele não estava mais ali e suspirei.

Ah como eu quero voltar para minha cama.

Pov Pandora

Depois que a decisão no olimpo foi concluída acordei com altos barulhos de trovões, notei que pelo resmungo o mesmo aconteceu com Percy, porém Max parecia estar no décimo quinto sono, perguntei-me se não estava imaginando o som. Desci silenciosamente do beliche e me dirigi até minha mochila e fui rapidamente até o banheiro trocar de roupa (link nas notas finais). Voltei pro quarto, vendo meu irmão mais apresentável com uma calça jeans e uma camiseta cinza. Fiz sinal para que ele me seguisse, eu fui para fora do chalé com ele no meu encalço. Não foi difícil sair dali, já que Max estava quase morto em sua cama, assim como pelo fato de que ninguém é idiota o suficiente para sair do quarto á essa hora. Nos encaminhamos para a praia, ali era o lugar mais calmo e era menos provável que alguém nos visse ali, pois nosso chalé era o único com vista pra lá. Me sentei em uma duna de areia, com meu irmão ao meu lado. Por um tempo nenhum dos dois ousou quebrar o silêncio instalado, somente observávamos as ondas se quebrarem na costa.

—Acho que sabemos que eu devo ir para o acampamento Júpiter – eu murmurei baixinho, mas ao sentir seu olhar sobre mim, soube que ele ouviu.

— Por que diz isso? – ele disse, mas parecia quase concordar comigo – aqui você ao menos vai ter Zoe, Phoebe e Diana de conhecidas. – não pude evitar rir dele, ele parecia tentar convencer a si mesmo.

— Nós dois sabemos que você deve ficar aqui. Eu já sou odiada por noventa por cento deste acampamento – não evitei a risada de escárnio – e sabe, eu sinto como se fosse meu destino ir até lá, entende? – eu completei sem nenhum traço do riso anterior, Percy ficou me olhando, como se analisasse se eu realmente falava sério, depois de um tempo ele me dirigiu um meio sorriso.

—Sei como se sente, é assim que me sinto sobre ficar aqui – ele disse, olhando para o mar novamente. Esta foi a minha vez de olha-lo com atenção. Ele parecia relaxado, apesar de que sua sobrancelha estava arqueada, sinal que ele estava pensativo, mas tirando esse ínfimo detalhe ele falava verdade.

— Ótimo, eu vou partir agora mesmo – eu disse me levantando e sacudindo a areia da minha calça, sem olhar diretamente para ele. – Eu vou sair agora para não ter que responder perguntas. Você pode avisar Quiron? Apesar de achar que Dionísio já o tenha avisado... – fui impedida de continuar pelos braços fortes de meu irmão rodeado meu corpo. Eu me sinto terrivelmente ridícula nesse momento, mas sentir o aconchego de meu irmão fez com que  algumas lágrimas teimosas aparecessem e caíssem de meus olhos. Fazia muitos anos, centenas na verdade, que eu e ele não nos separávamos por nada nesse mundo, e naquele momento nos braços de Percy, eu tive o péssimo pressentimento que não o veria tão cedo quanto gostaria.

—Shiiu, μικρή γοργόνα (pequena sereia) – ele disse acariciando meus cabelos, enquanto eu aspirava seu cheiro de maresia em seu peito, mais lágrimas escorreram ao ouvir o meu apelido de criança. – Tudo vai ficar bem, e antes do que imaginamos, nós vamos nos rever. – ele disse calmamente, mas pelo seu tom de voz embargado não consegui acreditar fielmente em suas palavras. Afastei-me um pouco a fim de o olhar, logo vi que ele segurava suas lagrimas. Naquele momento uma nostalgia enorme me atingiu, ele estava extremamente semelhante ao nosso pai, no dia que nós fomos embora do Olimpo, e constatar isso, fez com que mais lágrimas quentes escorressem por meu rosto. Vendo isso meu irmão as enxugou com os polegares, e me direcionou um belo sorriso. –Vai ficar tudo bem maninha. Não se esqueça de quem somos. – ele disse, apertando a ponta de meu nariz, que agora provavelmente estava vermelho, fazendo-me sorrir.

— Tem razão – eu disse, secando meu rosto com as mãos. –Ainda somos o general e a princesa do olimpo – falei com convicção, porque sabia que tanto eu quanto ele faríamos o possível e o impossível para nos vermos novamente.

— E sempre seremos – ele disse, se pondo ao meu lado e caminhamos de volta ao chalé em um meio abraço. Não demorei muito para arrumar minhas coisas, minha mochila já possuía tudo o que eu precisaria, ela era um presente de Hermes e praticamente cabia qualquer coisa ali dentro. Max ainda dormia como se sua vida dependesse disso, o que me fez ficar mais aliviada. A lua iluminava completamente o chalé, de uma maneira muito bonita, eu já estava saindo dali quando notei um porta retrato na escrivaninha do quarto. Na foto apareciam Max, Dylan, Spencer, Annabeth, Thalia e mais alguns semideuses que eu não sabia quem eram. Foi a primeira vez que eu notei como Max parecia feliz perto dos amigos, seus olhos azuis cor do oceano brilhavam na fotografia, de uma maneira que eu nunca vi. Ouvi um pigarro discreto vindo de Percy e soube que estava na hora de eu ir.

Dirigimo-nos em direção á divisa do acampamento em completo silêncio. Eu parei ao lado do antigo pinheiro de Thalia, olhei para meu irmão e o abracei novamente, murmurando um baixo “eu amo você”.

—Eu também amo você – ele disse me apertando mais forte. Me soltei de seus braços, lhe dei um beijo na bochecha e comecei a descer o monte. Na metade do caminho lembrei-me de algo.

—Hey Percy – eu disse não muito alto, mas o suficiente para ele ouvir- Cace a filha de Zeus por mim. – e continuei a descer, dessa vez sem olhar para trás, ouvindo a risada de meu irmão sendo trazida pelo vento


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