O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 27
Monstro de Sucata


Notas iniciais do capítulo

Oi viventes!!!
Sorry pela demora, eu tava sem criatividade para fazer esse capitulo e um pouco triste tbm (vcs vão entender porque logo logo).
Espero q vcs me perdoem e tals..
Boa leitura



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Pov Autora

Por mais que Percy gostasse do tio e amasse Sra. O’leary, ele tinha que dizer que detestava com todas as suas forças viajar pelas sombras. Ele sempre tinha a sensação de que tinha esquecido seu estômago no caminho. Ele não sabia exatamente onde estavam já que seu senso de localização é terrível em solo.

Sra. O’leary parou, ou se atirou, próximo a um riacho ao pôr do sol, as montanhas já não apareciam mais e haviam centenas de quilômetros de terra seca e rachada.

—Ela não vai conseguir ir mais que isso. – Percy disse, saltando das costas da cadela. Sendo seguido rapidamente por Zoe e um pouco depois pelos outros três.

—Por que ela parou aqui? Ela aguentava viajar muito mais quilômetros antes. – comentou Zoe, não se dando conta de que sua fala implicava em muitas coisas que não passaram despercebidas pelo cérebro analítico da filha de Atena.

—Por causa da proteção mágica disso – Percy apontou para frente.

Á frente estava uma estrada de duas pistas coberta pela metade com areia. No outro lado da rua havia uma casa murada, uma loja de tacos que parecia tão velha quanto Percy e um escritório de correis com uma placa que dizia: ARIZONA GILA CLAW. Além disso havia algo que parecia uma cordilheira de colinas. Colinas feitas de montes e mais montes de lixo.

—Por que um ferro velho teria uma proteção mágica? – Questionou Thalia.

—Não é um ferro velho comum, Thals. – Respondeu Annabeth, sem tirar os olhos dos montes de sucata. – É o ferro velho de Hefesto.

—Um deles, na verdade – comentou Percy, enquanto observava Sra. O’Leary voltar ao tamanho de uma rottweiller normal. – Hefesto deve ter um desses em cada estado do país.

Eles ficaram em silencio por um momento, olhando a cordilheira de sucata até Maxwell falar:

—Não vamos conseguir atravessar esse negócio hoje. Já é uma armadilha gigante na luz do dia, não quero nem imaginar como isso deve ser à noite.

—Max está certo – o outro moreno concordou com o irmão. – Devemos descansar esta noite.

—Achei que quisesse acabar com isso o mais rápido possível – comentou Thalia, apesar de comemorar internamente o fato de poder descansar.

—E eu quero, mas também quero sair vivo disso aí – revidou Percy, sem notar o revirar de olhos de Max e Thalia. Zoe e Annie não falaram nada, apenas retiraram suas mochilas prateadas das costas e delas retiraram cinco colchonetes e mais cinco cobertores. Enquanto isso, Percy se concentrava em fazer uma fogueira e cozinhar alguma coisa.

Momentos mais tarde os cinco estavam de barriga cheia e deitados confortavelmente, ou o mais perto disso, em seu colchonetes. Com o perímetro sendo gentilmente vigiado pela Sra. O’Leary. Porém, enquanto Zoe e Max estavam dormindo como vítimas de medusa e Percy vivia um sono agitado, abarrotado de sonhos, Annabeth e Thalia não parecia nenhum pouco dispostas a dormir.

—Eles já se conheciam. – Murmurou Annie, olhando de lado para a amiga, que observava a lareira crepitar.

—Percy e Zoe? – sussurrou, recebendo um aceno positivo da loira. – Imagino aonde e quando uma caçadora que odeia homens conheceu um garoto e não o transformou em adubo.

—Mas pensando assim, Lady Artemis parecia conhecer Percy e Dora, e não fez nada contra ele, mesmo ele e a irmã tendo atrapalhado nossa missão. – Ela deu uma pausa, e passou a olhar para o céu. – Quando nos conhecemos, Percy disse que ele a irmã adoravam caçar. Talvez seja de uma de suas caçadas que eles conhecem Zoe -  comentou Annabeth, pensativamente. Causando um olhar indagador da morena em sua direção.

—Acredita mesmo nisso? – Duvidou Thalia com a voz fraca, sentindo o cansaço do dia, aparecer sobre seu corpo.

—Não, mas vou deixar assim até ter essa missão terminada.

Logo após isso, ambas se juntaram aos outros e dormiram.

Enquanto isso, o sono de Percy se tornava cada vez mais agitado, graças aos seus variantes e estranhos sonhos.

Em primeiro lugar ele viu novamente sua mãe acorrentada, dessa vez ele soube reconhecer o loiro de pele pálida a olhando, próximo ao céu. Ele falava alguma coisa para ela, que Percy não conseguia ouvir, pois estava muito longe dos dois.

Logo, em meio a névoa, o sono mudou. Mostrando a deusa Quione furiosa, Percy sabia que ela estava furiosa, pois o terreno ao seu redor estava completamente cheio de neve. Seu vestido branco estava banhado em icor dourado, e seus olhos brilhavam de maneira assustadora.

—Ela vai me pagar. Eu vou trucida-la. – Ela gritava, com alguém que o moreno não conseguia ver. – Pandora irá me pagar. O fim da princesa do olimpo está próximo.

O moreno, no sonho, arregalou os olhos e logo sentiu seu corpo espectral ser levado para outro sonho. Dessa vez ele estava na época da Revolução industrial, em Londres. Ele conseguia ver ele mesmo sentado em uma mesa de pôquer. Havia dois velhos ricos com mulheres muito mais jovens atrás deles. E ocupando a última cadeira da mesa, estava um garoto de cabelo e olhos cor de piche, ele aparentava ter a mesma idade que Percy, uns 18 anos. Percy se lembrava dele, apesar do tempo, era um filho de Hades e um grande amigo seu da época. Naqueles dias, Pandora tinha se juntado a caçada com a mãe deles, então o moreno passou a fazer outras coisas. Como extorquir velhos em uma mesa de pôquer.

—Você já foi mais precavido – comentou o Percy jogador, enquanto via o amigo apostar tudo, levando os dois velhos a fazer o mesmo, enquanto o filho de Poseidon pulava fora.

—Ah Percy, eu lhe disse para confiar em mim – disse o outro, ao recolher as fichas do centro da mesa.

—Nunca mais duvido de você, Damon – comentou Percy, enquanto bebia um gole de seu Whisky.

A cena mudou de novo, e essa com certeza era a mais confusa dentre todas. Percy estava no espaço, literalmente. Ele conseguia observar todos os planetas e satélites e se sentir como uma estrela flutuante.

—Quem é você Percy Jackson? - Uma voz grave retumbou, fazendo todo o sonho tremer.

—Quem está aqui? – O moreno gritou, apesar de ter a impressão de que não seria ouvido.

—Você é um ser arrogante filho de Poseidon, mas quem é você? – A voz repetiu, parecendo vir de todos os lados.

—Há o costume de responder perguntas feitas, para ter as respostas que deseja. – Percy revidou, enquanto olhava para todos os lados, a procura de quem quer que estivesse falando.

—Creio que não estávamos tão errados sobre você e sua irmã, não nos decepcione Perseu. Está tendo uma chance valiosa, não a perca.

O único pensamento de Percy, era que chance era essa.

                                                               ******+++++******+++++******

No dia seguinte, logo de manhã cedo, os cinco estavam prontos para entrarem no deserto de sucata. Eles não sabiam quanto tempo ficariam lá dentro, já que as dimensões do lugar podiam ser bem variadas.

Não demorou muito para que eles atravessassem a primeira duna e estivessem “dentro” do lugar. Em cada centímetro em que eles pisavam, eles encontravam centenas de coisas diferentes. Espadas de todos os tipos de materiais, arcos e flechas, colares, máquinas incompletas, adornos de cabelos, pedaços de estatuas e mais algumas centenas de coisas que eles não faziam ideia do que eram. Os olhos da filha de Zeus se encantaram por um escudo de prata tão belo quanto o seu, e quando ela estava prestes a erguer o mesmo, uma mão a impediu.

—A menos que queira matar todos nós, você não vai encostar em nada aqui. Na verdade isso vale para todos, não encostem em nada, não tirem nada do lugar. – disse Percy, enquanto trazia Thalia pelo pulso para mais próximo dos outros.

— O que acontece se pegarmos alguma coisa? – Perguntou Max, se afastando de uma espada de ouro que parecia brilhar aos seus olhos.

—Não sei. Ninguém foi estupido o bastante para querer descobrir.  – Respondeu o mais velho.

Algum tempo passou depois disso, eles só não sabiam dizer se foram horas ou minutos. O deserto parecia não ter fim. O cansaço já se abatia sobre os cinco semideuses, quando eles subiram a última montanha e viram a autoestrada.

—Estamos perto – suspirou Zoe.

No mesmo momento um som semelhante ao de mil tratores operando juntos.  Junto com isso, veio um aparente terremoto, que fez com que enormes pedaços de ferro caíssem. Uma coisa se ergueu em meio ao ferro velho, fazendo centenas de coisas diferentes caírem, como quando se sai da piscina e a água começa a escorrer por você.  A coisa era um gigante de bronze com uma armadura grega completa, um arranha-céu com braços e pernas e uma cara deformada. Suas juntas rangiam, fazendo os semideuses sentirem dor nos dentes e o gigante estava coberto de poeira.

—Talos! – Annabeth arquejou.

—Quem? –Perguntou Max.

— É uma das criações de Hefesto – respondeu Percy. – Mas esse não é o original, é pequeno demais para sê-lo.

O gigante não pareceu gostar da pequena discussão deles, pois com um movimento robótico ele retirou a espada de mais de 30 metros da bainha, num som horrível de metal raspando em metal.

—Alguém pegou alguma coisa? – perguntou Zoe, mas nenhum deles conseguiu responde-la.

O gigante deu um passo lento, mas que cobriu metade da distância entre ele e os semideuses e fez a terra tremer.

—Temos que correr! – falou Annabeth. E foi o que eles fizeram, mesmo sabendo que se quisesse o gigante os alcançaria com mais alguns passos.

Eles acabaram indo um para cada lado com intuito de confundir o gigante. Thalia brandiu Aegis e sua lança, embora não soubesse o que fazer com qualquer um dos dois. Ao mesmo tempo, as flechas de Zoe e de Annabeth ricocheteavam na cabeça do gigante.

Percy e Max acabaram ficando próximos, se escondendo atrás de um amontoado de sucata.

—Você pegou aquela espada, não é? – Percy perguntou, completamente irritado.

—Eu não peguei nada – revidou Max, furioso pela acusação.

Antes que Percy falasse mais alguma coisa, uma sombra se fez presente sobre suas cabeças, tampando o céu.

—Saí daí – gritou Max e os dois filhos do mar saltaram para trás, ambos observando a cratera que o pé de Talos formou no lugar onde eles estavam minutos antes.

—Ei Talos, vem me pegar! – Annabeth gritou do outro lado, chamando a atenção do gigante para ela.

— O que você pegou? – Questionou Percy, quando viu o gigante se concentrar em Thalia.

—Eu não peguei nada, porra! – Max estava no cumulo da irritação, e quando viu o olhar incrédulo do outro sobre si, passou a mostrar os bolsos da calça e do casaco, provando que não tinha nada nos mesmos. – Eu não disse? – Ele comentou com arrogância e levantou o pé, pois tinha uma coisa o incomodando ali.

—Merda – disse Percy, quando viu que embaixo do sapato de Max, presa na sola havia uma pequena porca dourada. Max arrancou aquilo e deixou a porca refletindo na palma da mão.

Os dois não falaram nada, pois o ouviram o som de uma enorme coisa de metal caindo. Annabeth tinha enganado o monstro, fazendo o ficar bem próximo dos fios elétricos de um poste ali perto, e quando o mesmo tentou golpeá-la com a enorme espada, ele acabou acertando os fios. Os cabos de aço vertendo eletricidade se enroscaram no gigante, e este acabou se deixando desequilibrar, apoiando um único joelho sobre um monte de metais.

Porém, alguns segundos depois o gigantes se levantou, parecendo cem vezes mais furioso que antes. Ele se voltou contra Annie, apunhalando uma pilha de espadas mal feitas, errando a loira por pouco, mas as espadas fizeram uma pequena avalanche, praticamente soterrando a Caçadora sob ela.

—Não!!! – Thalia gritou e na mesma hora atirou sua lança, carregada com relâmpagos, acertando perfeitamente o joelho do monstro, que desmoronou, infelizmente se recuperando logo depois.

O monstro levantou o pé, pronto para pisotear o que estivesse em sua frente. Foi neste momento que tanto Percy quanto Max notaram o furo no tornozelo do gigante, com letras vermelhas escritas: PARA MANUTENÇÃO.

—Hora da maluquice – Percy falou, olhando para o irmão.

—Manda. – Falou Max, ansioso para fazer alguma coisa.

—Talvez haja algum mecanismo lá dentro que o pare. Hefesto faria alguma coisa assim, caso ele perdesse o controle do gigante. Só vai ser difícil entrar.

—Mas como você vai entrar sem ser esmagado? Está querendo morrer, Percy? – Max parecia indignado.

—Melhor eu morrer do que vocês. Só distraia ele para mim – disse Percy

Max o encarou e deu um sorrisinho, que na opinião de Percy foi um pouquinho assustador e fora de hora.

—Você é diferente do que me fizeram acreditar, apesar de eu achar que ninguém sabe o que pensar sobre você.

—Max, do que você está falando? – Percy estava nervoso, ele queria ir ajudar os amigos, mas tinha a impressão de que o que Max estava falando era importante.

—Eu espero que você consiga mostrar para eles que você não é o inimigo, Percy. Pandora tem sorte de tê-lo como irmão – Max colocou a porca dentro da mão do irmão, e correu em direção ao gigante. – Distraia ele para mim! – Gritou por fim.

Percy ficou alguns segundos parado para absorver a conversa, até se tocar que tinha que voltar para a luta.

Thalia fazia um bom trabalho mantendo o monstro ocupado, ela conseguia ficar bem próxima ao gigante, já que era bem mais rápida que ele. Enquanto Max, próximo ao gigante, se equilibrava nas sucatas que tremiam conforme Talos se mexia.

—O que pensa que está fazendo? – Gritou Zoe para ele. A morena estava sobre uma pilha bem alta, atirando sequencias de flechas no gigante.

—Faz ele levantar o pé – Max gritou de volta.

A morena atirou mais uma flecha, que se alojou bem no buraco do olho do monstro. Ele não pareceu gostar pois se voltou lentamente para a Tenente. Se aproveitando disso, Percy correu em direção a Talos, fincando sua espada no tornozelo do gigante. O plano deu certo, pois o monstro olhou para baixo e levantou o pé, pronto para transformar o filho de Poseidon em polpa. Ele não conseguiu ver o que Max estava fazendo, pois teve que se virar e correr. Não sendo atingido por centímetros pelo pé gigante. Talos estava prestes a descer a espada contra Percy quando um raio enorme acertou a cabeça do monstro, o fazendo ficar desnorteado.

Talos se voltou para Thalia, mais lento que antes por causa do raio. Mesmo assim, em dois passos ele alcançou a filha de Zeus, prestes a acabar com ela, quando ele parou. Sua mão levantou rapidamente e acertou a própria cabeça com uma força estrondosa.

—Continua Max – Gritou Percy.

—Ele está lá dentro? – perguntou Annabeth, que recebia ajuda de Zoe para se retirar do meio das espadas que tinham a deixado presa.

O gigante cambaleou e passou a bater no próprio peito. Thalia se juntou aos outros três, na autoestrada. Todos observando a trajetória do gigante.

—Como ele vai sair de lá? – perguntou Thalia e ninguém soube como responde-la.

O gigante continuou a andar como um bêbado, até se chocar contra o resto dos fios de eletricidade.

—Não!!! – Gritou Annie, mas já era tarde.

O gigante começou a tremer compulsivamente, e partes do seu corpo começara a cair, primeiro um braço, depois o outro, então o pé se desprendeu e o monstro caiu com tudo para a frente. Com várias partes de seu corpo indo para lugares diferentes.

—Max! – Annie gritou, já com lagrimas se formando em seus olhos.

Todos correram em direção as ruinas, gritando desesperadamente o nome de Maxwell. Procuraram pelos destroços, da cabeça ao dedo mínimo, até que começou a escurecer. Annie se atirou no chão, chorando muito. E Thalia se sentou ao seu lado da amiga com os olhos marejados. Já Zoe foi para o lado de Percy, que encarava os destroços de Talos com uma expressão de dar pena.

—A culpa não foi sua – ela comentou, colocando a mão no ombro do amigo.

—Era para mim ter ido no lugar dele – Percy revidou, olhando a porca dourada na palma da mão. Sentiu um focinho gelado na sua perna, e observou Sra. O’Leary. Seus olhos caninos pediam desculpas por não ter podido ajudar. Ele se agachou e fez carinho na cadela, ainda olhando os destroços.

—Era o destino de Max – falou a caçadora, chamando a atenção do amigo. – Como a profecia disse: Um se perderá na terra ressecada.

Era o destino e Percy sabia que não se brincava com ele.


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Notas finais do capítulo

Hey, sigam meu tt @Nightmel28, eu vou começar a flar varias coisas sobre a história lá, e sobre alguns projetos tbm, então se vcs quiserem ficar sabendo de algumas coisas antes de eu postar, já que eu demoro um poquitinho, é só aparecer lá...
Beijinhos e queijinhos



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