O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 23
Goku faz um redemoinho


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, esse é meu maior capitulo até agora e o último do ano....
Como eu vou viajar semana que vem e fui proibida de levar meu computador eu ñ vou conseguir escrever nada. Eu ñ sei quando posto o proximo, mas posso adiantar que é do Percy :)
A imagem é para ajudar vcs a imaginar, pq eu nao sou muito boa descrevendo lugares.
Se puderem leiam as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/716544/chapter/23

Pov autora

Las Vegas era linda a noite. As luzes eram incríveis e cintilavam fortemente em um contraste perfeito com a escuridão da noite. Os romanos conseguiam ouvir, mesmo ali do alto, o barulho da música alta que tocava nas festas, se Pandora se concentrasse ela tinha certeza que conseguiria  ouvir as fichas caindo sobre as mesas enquanto eram apostadas nos jogos.

Os semideuses pousaram em um estacionamento completamente lotado, mas ninguém presente deu muita atenção para cinco adolescentes desmontando de cavalos com asas e uma nuvem, provavelmente os mortais estavam muito bêbados, empolgados ou talvez fosse a névoa, quem sabe? Eles se despediram de seus amigos alados, com Tempestade sumindo em meio a um raio que quase acertou um carro e Panda tendo que prometer dar aos ‘irmãos’ torrões de açúcar quando eles se reencontrassem.

—O cassino do Julian não fica muito distante daqui – a filha de Diana se voltou para os companheiros, que assentiram e passaram a segui-la para fora do lugar. –Hmm... e eu devo avisá-los que Julian têm alguns ‘amigos’ estranhos, mas não se preocupem, eles não vão ataca-los – disse ela atiçando a curiosidade dos demais.

Algumas quadras mais distantes e uns minutos mais tarde eles estavam em frente a um cassino com um flor de lótus como símbolo e com um letreiro dourado brilhante com o nome “Lótus Voyage”. Havia uma fila não muito grande de pessoas bem vestidas, homens mais velhos e gorduchos cercados de jovens mulheres com vestidos longos e decotados. O segurança de no mínimo dois metros de altura controlava a entrada dos jogadores.

—Vamos entrar na fila? – perguntou Frank não muito crente que fariam isso.

—Nem fudendo – disse Pandora, e Hazel arregalou os olhos com o palavrão

—Olha a boca mocinha – disse Damon, provocativo.

A princesa ignorou a provocação do moreno e foi em direção ao segurança com os passos pesados, Damon a seguiu enquanto os outros acharam melhor ficar para trás.

—Moço, eu e meus amigos temos que conversar com seu patrão – disse a garota para o segurança, que voltou o corpo para eles, ficando de costas para a fila de pessoas.

A névoa fazia muito bem seu trabalho, mas para os olhos bem treinados dos dois morenos, ela não os enganava. Ambos conseguiam ver por trás do dos cabelos loiros escuros o grande e único olho castanho que o homem tinha. Damon fez menção de pegar a espada disfarçada de corrente militar no pescoço, quando Panda segurou sua mão, impedindo o movimento.

—E quem seriam vocês? – disse o ciclope lentamente, como uma criança aprendendo a falar.

—Somos de Nova Roma, semideuses romanos – disse Pandora em tom apaziguador. – Meu nome é Pandora e eu preciso conversar com Julian Watanabe.

O ciclope a encarou, piscando seu único olho lentamente e diversas vezes, então ele pegou um walkie-talkie e falou uma sequência de palavras que nenhum dos semideuses fez questão de prestar atenção. O garoto olhou para trás, chamando os outros três com um sinal da cabeça, notando somente com esse movimento que ainda segurava a mão da amiga. Hazel foi a única que notou o leve carinho que ele fez antes de soltar a mão.

—Vocês podem entrar, encontrem meu irmão, que ele irá leva-los até o senhor Watanabe – disse o ciclope abrindo a porta para eles, Jason arregalou os olhos ao ver o monstro, mas assim como os da Quinta Coorte, foi silenciado por um olhar de Panda.

—Obrigado – disse Damon entrando, com Panda, Jason, Hazel e Frank na sequência.

O lugar era completamente elegante, havia um tapete vermelho enorme dividindo as mesas de ambos os lados, que estavam completamente cheias por velhos milionários, um lustre enorme estava no meio do lugar decorado principalmente com as cores vermelho e dourado.

—Que vontade de jogar uma partidinha de poker – comentou Pandora ao ver um grupo de homens gritarem uns com os outros ao redor da mesa.

—Sério? – perguntaram Jason e Damon ao mesmo tempo, os dois se encaram, odiando a ideia de pensarem a mesma coisa. A morena deu de ombros, sem notar o desconforto dos garotos.

—Acho que aquele cara deve ser o irmão do nosso ‘amigo estranho’ – disse Frank ao notar um homem grande e corpulento vestido de terno próximo a uma porta na lateral do cassino.

Eles se aproximaram do ‘homem’ e notaram que ao seu lado havia uma pequena garotinha com não mais que cinco anos, conversando com ele normalmente.

—Oi, eu sou Aika Watanabe, quem são vocês? – disse a menininha. Ela tinha os cabelos lisos e negros, assim como os olhos que eram puxadinhos, mostrando a origem japonesa que ela tinha, usava um vestido vermelho com bolinhas brancas e, por algum motivo, uma tiara de Miney.

—Oi Aika – disse Hazel animadamente, se aproximando um pouco, mas distante do ciclope que parecia estar em outro mundo. – Eu sou Hazel e esses são meus amigos: Frank, Pandora e Jason. E aquele é meu irmão:  Damon.

—É um prazer conhece-los. Mas o que vocês estão fazendo aqui? – ela disse.

—Pergunto-me a mesma coisa sobre você –murmurou Frank bem baixo, se referindo a idade da menina.

—Nós viemos conversar com Julian.  Seu irmão, não é?  - disse Panda se abaixando para ficar da altura da garota, e recebeu um aceno positivo de Aika.

—Meio irmão, na verdade. Mas o que vocês querem com ele? – perguntou a menina, curiosa.

—Explosões – gritou o ciclope de repente, dando um susto nos cinco semideuses, que se prepararam para sacar suas espadas, mas foram impedidos de fazer qualquer coisa por Aika que deu um chute na canela do monstro, que choramingou algo inteligível para os outros.

—Não se preocupem – disse a menina com ambas as mãos na cintura, olhando o ciclope com uma cara feia que nem nela ficava fofa. – Como ele está aprendendo a falar, ele vive repetindo algo que aprendeu, no momento isso quer dizer: explosões. Mesmo que você dissesse que estava com dor no mindinho do pé, ele diria que iria acontecer uma explosão. – A menina parecia decepcionada, porém ninguém sabia dizer se era por causa do ciclope ou por não ter a resposta de sua pergunta.

—Subir – disse o ciclope, em meio ao seu choramingo, recebendo outra cara feia da menina em troca.

—É sim, vocês podem subir para ver o Julian – disse a menina com um aceno teatral da mão. – Agora vamos Rum, eu quero comer alguma coisa – ela disse e saiu puxando a mão do ciclope para longe.

—Então tá, né.... – murmurou Jason, indo para a frente e abrindo a porta de ferro, encontrando uma escadaria. Enquanto dezenas de pontos de interrogação apareciam na cabeça do loiro, a filha da Caça passou por baixo do braço estendido do pretor e subiu as escadas. Depois de um olhar duvidoso compartilhado pelos demais, os quatro subiram as escadas.

Quando se pensa em alguém que é capaz de localizar um deus sem ter que sair em casa, normalmente se imagina alguém incrível, talvez um homem com aparência de magnata? Ou talvez um velho sábio, como se via nos desenhos? Era entre mais ou menos isso o que Hazel imaginava, na realidade a morena imaginava qualquer coisa menos a cena que seus olhos presenciaram.

O quarto em que entraram possuía um estilo oriental em tons de cinza e marrom, perfeitamente organizado, com uma cama de casal, um sofá em frente a cama, uma televisão de tela plana de 50 e tantas polegadas colocada próxima ao armário, com vasos sobre a cômoda e quadros e um espelho presos na lateral do quarto. Sobre a cama com um controle de videogame na mão havia um garoto completamente concentrado no Mortal Kombat em sua frente.

Ele era um adolescente! Obviamente os romanos estavam acostumados com seres místicos em formas pouco convencionais, como deuses da guerra se mostrando como mendigos, ou monstros milenares aparecendo como professoras de matemática. Se fossem parar pensar eles mesmos eram adolescentes querendo salvar uma deusa, mas ao verem o grito estridente do garoto ao vencer a luta, eles não puderam deixar de pensar em como eles queria um velhinho sábio, nem que você um anão roxo como Dohko.

Com um pigarrear vindo da garganta de Frank, Julian notou pela primeira vez os cinco ali, se levantando rapidamente. Ele tinha a pele tão branca quanto leite e cabelos negros como piche que possuíam uma única mecha platinada no topete, os olhos eram o que mais surpreendiam, eles eram de um verde frio e venenoso que lembrava e muito uma cobra. Vestia um pijama laranja que imitava a roupa do Goku. Os olhos frívolos dos garoto analisaram cada um com uma lentidão agoniante, parando em Hazel por um tempo fazendo a morena sentir um frio na espinha e no fina se fixando em Pandora. Julian abriu um sorriso, que Hazel não soube dizer se era debochado, sarcástico ou levemente amigável.

—Pandorita! Há quanto você não aparece aqui! Aconteceu alguma coisa? – Ele disse tudo de uma vez, abraçando Panda de maneira desengonçada e rápida, logo se afastando dela, sendo analisado pelos olhos prateados e astutos de caçadora que a morena tinha.

—Preciso que você localize alguém para mim – ela disse com firmeza, segurando a vontade e revirar os olhos ao ver o bico que Julian fez quando ela terminou de falar.

—Obvio que você quer algo assim, você nunca vem aqui apenas para visitar ou pedir se eu estou bem – ele disse cruzando os braços e se sentando na ponta da cama, dessa vez Pandora não segurou a vontade, e revirou os olhos. – Mas antes disso, por que não me apresenta seus amigos? – Ele pediu, desfazendo toda postura de antes, parecendo uma criança prestes a ganhar um presente de natal.

—Estes são: Hazel, Frank, Damon e Jason – disse Panda depois de um suspiro dramático, apontando para cada um enquanto os apresentava.

Hazel ainda se mantinha inquieta, não gostando nenhum pouco dos olhos do garoto voltando a olhá-la, Frank notou a inquietação da amiga e se aproximou dela, segurando sua mão de modo discreto, afinal eles compartilhavam a desconforto com a presença de Julian. Por outro lado, Jason e Damon compartilhavam pensamentos e posturas semelhantes, ambos sabiam que por mais que o garoto lhe causasse incômodo, eles acreditavam que ganhariam uma luta mano a mano com Julian, graças ao porte franzino do rapaz. E ainda havia Pandora, que parecia confiar bastante no Watanabe, e isso os tranquilizava um pouco, provavelmente o Goku júnior não atacaria uma amiga.

—Então você vai nos ajudar, ou vai ficar enrolando? – Perguntou a Princesa, notando o desconforto alheio, o olhar curioso e venenoso do amigo e a postura dura que Damon e Jason tinham adotado, ambos estavam com os rostos sérios e com as preparadas para uma batalha, o loiro com as mãos nos bolsos, onde guardava sua moeda que virava espadalança e o moreno com o braços cruzados, próximos a sua correnteespada.

—Mas é claro que eu vou ajuda-los – respondeu ele, batendo ambas as mãos nas coxas. – Você perdeu seu gato de novo Panda? É ele que quer que eu localize? – Disse ele com uma voz mais suave e com um olhar terno, que ainda sim ficava estanho nele.

—Eu não perdi.... –Pandora parou antes de concluir a frase e soltou uma das alças da mochila, abrindo-a e vendo que ela se encontrava, aparentemente, vazia. Ela suspirou. – Ok, eu perdi meu gato, mas não é por isso que viemos aqui. Preciso que você localize Lady Juno.

—Juno? A Rainha do Olimpo? – Julian perguntou incrédulo, e depois de receber um aceno positivo da princesa, passou a rir de maneira estridente, o que não agradou nenhum dos ouvidos presentes. –Acho... que... ela está... no Olimpo... – ele disse entre respirações, trazendo uma carranca ao rosto da filha de Netuno.

—Se ela estivesse no Olimpo, nós não estaríamos aqui, não acha? – Falou secamente Damon, passando a mão no ouvido, ele não tinha gostado nenhum pouco do descaso do menino.

—Nossa que brabinho – disse Julian irônico, mas adotando uma postura mais condizente com a situação. – Pela cara de vocês vou acreditar que Juno realmente sumiu, ou simplesmente não quer ser encontrada – ele passou a andar de um lado para outro no quarto, deixando eles ainda mais ansiosos. – Você sabe o quanto é complexo localizar um deus, principalmente um que não quer ser achado, não sabe Pandora? – olhou Pandora fixamente, a mesma nem se quer piscou antes de responder.

—Eu sei que é complicado, mas confio em suas habilidades.

—Isso vai custar caro – murmurou o Goku Junior, pra si mesmo e nenhum deles se deu o trabalho de comentar alguma coisa a respeito. –Então lá vamos nós – e com um estalar de dedos de Julian todo o ambiente mudou.

O quarto antes tão belo e arejado dera lugar a uma sala escura com apenas algumas velas iluminando o lugar. Julian estava vestido com uma capa negra estilo assassin's creed enquanto os outros vestiam capas vermelhas iguais as dele.

— Ainda com essa ideia pitoresca de copiar os bruxos de 1400? – perguntou Panda, não estranhando a mudança súbita de lugar.

—Você sabe que os bruxos de 1400 eram meus irmãos, não é? Filhos de Trivia assim como eu –disse Julian se ajoelhando no chão e desenhando alguma coisa ali.

—Trivia? – murmurou Hazel, apertando a mão de Frank.

—Isso mesmo, mas talvez você a conheça por Hécate. – disse Julian ainda concentrado.

—Assim como a mãe, Julian e seus irmãos tem uma incrível capacidade de localizar alguém ou algo graças ao seu controle sobre a névoa – explicou Pandora, vendo a cara de confusão dos amigos.

—Obviamente, nem todo lugar e nem todo alguém, há muitos lugares feitos para não serem encontrados e muitas pessoas que se escondem para não serem perturbados. Isso apenas minha mãe é capaz de encontrar. – Falou Julian, se levantando após terminar de desenhar o que quer que estivesse desenhando no chão.

Com um aceno das mãos de Julian todas as velas distantes se aproximaram, ficando sobre o pentagrama e o iluminando. Hazel deu um grito quando uma das velas passou raspando por cima de sua cabeça. Damon e Jason se sentiam desconfortáveis com a cena, mas não demonstraram nenhuma reação ao ver a letra delta (triângulo) formada pelas velas. Julian se postou no meio do triângulo e abriu os braços, com isso um vento forte se fez presente, derrubando o capuz de chapeuzinho vermelho de Panda, e todas as velas passaram a ter uma luz esverdeada como os olhos de Julian ao invés das chamas vermelhas normais.

—Vamos começar – a voz de Julian estava mais grossa e firme, nada parecida com a voz de garoto que ele tinha antes. – Eu conseguirei localizar, ao menos parcialmente, a localização de Lady Juno, mas para que isso seja o mais claro possível eu preciso de algo que lembre ou se ligue a Juno, algo poderoso que vocês como parentes, mesmo que não muito próximos, possuem. – Continuou o garoto tirando uma adaga de prata do bolso interno da capa e a girando na mão.

—O quê? – perguntou Frank, e mentalmente Hazel o parabenizou pela coragem.

—Sangue - responderam Damon, Panda e Julian e uníssono.

—Exatamente – Julian ainda brincava com a adaga enquanto falava – Temos aqui quatro sobrinhos de Juno, mas três já seriam o suficiente, não é uma conexão perfeita, eu preferia alguém mais próximo, como um irmão ou um filho, mas se é isso que temos... – o desdém escorreu de sua voz e ao terminar a frase atirou a adaga contra Pandora, que a segurou antes que a ponta afiada acertasse sua testa.

A morena deu alguns passos para a frente e com a adaga cortou sua mão, um pequeno filete de sangue carmesim escorreu pela palma da mão da morena e deslizou pelos dedos quando ela baixou o braço, deixando algumas gotas caírem no meio do triangulo, próximo aos pés de Julian. A adaga brilhou levemente e logo o corte de Pandora estava curado e ela estava limpa, pronta para ser usada novamente. Panda se afastou do delta e ofereceu a adaga a Damon, que com os braços cruzados e olhar sério focado no sangue no chão negou com a cabeça, Panda refez o movimento e ele negou novamente, a olhando apenas com o canto do olho para ela. Com os olhos estreitos e um dar de ombros ela entregou a adaga para Jason, que fez o mesmo que ela e depois ofereceu a adaga para Hazel. Mas antes que a garota pensasse em pegar a adaga a mão grande de Frank se colocou sobre o punho cravejado de pedras da arma.

—Eu sou neto de Juno, isso deve servir tanto quanto sobrinhos – falou Frank recebendo um aceno positivo do “feiticeiro” em resposta.

O chinês fez o mesmo ritual que os amigos, passou por cima das velas e cortou a palma da mão, deixando o sangue pingar sobre o de Jason e Pandora. Quando ele voltava ao seu lugar, o filho de Triivia comentou:

—Você tem uma história intrigante Frank Zhang, habilidades impressionantes que desconhece. Mas o mais importante de tudo, cuide para não se queimar, o fogo não deixa nada para trás quando atiçado. – O garoto fez todo o caminho de volta para o lado de Hazel com um bolo na garganta difícil de engolir, enquanto os outros tinham uma pulguinha atrás da orelha.

Antes que alguém fizesse alguma pergunta ou comentário, o feiticeiro japonês começou a entoar um cântico em grego antigo, o que causou estranheza nos romanos presentes. Enquanto o canto tomava mais força, um redemoinho começou a se formar em volta de Julian e do delta. Os cinco semideuses se afastaram até que suas costas batessem contra uma parede, os cabelos das meninas voavam de um lado para o outro enquanto os rapazes tentavam se proteger do vento forte com as mãos.

—O que está acontecendo? E que língua é essa que ele está cantando? – Jason gritou para ser ouvido entre a bagunça.

—É a magia de Julian fazendo efeito – gritou Pandora tentando se proteger do vento ao se esconder atrás de Frank – Ele está falando em grego, normalmente a magia fica mais forte se entoada assim.

—Por que? – gritou o loiro de novo.

—Eu não sei. – Mentira, ela sabia só não estava a fim de explicar.

De repente todo o vento parou e com um piscar de olhos eles estavam de volta ao quarto bem decorado do japa, com suas roupas normais de volta, incluindo Julian com sua roupa de Goku. Ainda encostadas na parede, Hazel e Panda deslizaram até o chão, sentando-se.

—Conseguiu? – perguntou Damon rispidamente ao Watanabe, o moreno já voltara a ser sério, o que surpreendeu até mesmo Pandora, que assim como os outros ainda estava meio enjoada com o redemoinho de antes.

—Como eu disse, a localização não é altamente precisa, mas... – Julian fez suspense, arrancando um bufo nada discreto da filha do mar – Valle de Sonoma, California.

A mente dos romanos deu uma volta de 360 graus quando eles ligaram o lugar a um único ponto conhecido.

—A casa do lobo – os cinco disseram em coral.

—Imagino que sim – disse Julian com expressão mais séria do que lhe era habitual.

—Mas isso é.... – Hazel não conseguiu terminar a frase.

—Não diga impossível – falou o Watanabe. – Soa como um desafio e desafios foram feitos para serem superados.

O silencio perdurou por alguns segundos, quando Panda, já em pé, o quebrou. – Temos que ir, não sei se temos muito tempo.

Mesmo com suas palavras a Jackson e os outros demoraram um pouco para se mexer e tomar alguma atitude, as últimas informações tinham sido muito para todos.

—Antes de irem, Pandora – Julian chamou, pela primeira vez parecendo hesitante, chamando atenção de todos, principalmente da morena que estranhou o amigo a chamar pelo nome, sem nenhum apelido tosco. –Você sabe que eu não gosto de me meter nas brigas do olimpo, mas você é minha amiga e acho que você deve saber –o “feiticeiro” olhou para a amiga vendo os olhos pratas focados sobre si. – Faz um tempinho, talvez logo após que vocês saíram de lá, que o acampamento Júpiter declarou guerra...

—O que? – gritaram Jason e Frank.

—Contra? – perguntou a princesa, sem demonstrar emoção.

—Um grupo de aliados que eles estão sendo induzidos a acreditarem que são inimigos – disse o Goku Jr, tomando cuidado com as palavras. – E posso dizer que o mesmo está acontecendo do outro lado.

—Um inimigo em comum que está fazendo dois prováveis aliados se tornarem inimigos – murmurou Panda pra si mesma, mas sendo ouvida por todos. – Uma distração perfeita.

—Pandora, eu não estou entendendo nada – falou Hazel. A Jackson a olhou, sentindo compaixão pelo estado de confusão da garota, ela e os outros sempre foram ensinados a saber de uma coisa, como ela poderia ensinar algo tão complexo naquele momento?

—Hazel, mais tarde eu explico tudo para vocês, prometo – respondeu, olhando de canto mulata baixinha.

—E tem mais – murmurou Goku. – Ainda há informações que afirmam que seu pai, Netuno e seu tio, Plutão estão envolvidos com o sumiço de Juno e com a guerra que está por vir. Júpiter parece acreditar na traição dos irmãos, porque isolou todos os deuses no olimpo e proibiu a entrada dos dois deuses até o solstício de inverno –Aquilo já era demais até para Pandora. Ela precisava de um momento para organizar suas ideias.

—Tem mais alguma coisa? – ela perguntou, parecendo ter envelhecido dez anos nos últimos cinco minutos. O japa apenas negou com a cabeça, vendo o cansaço da amiga. Os outros quatro tentavam entender um pouco mais da situação com as partes que tinham compreendido, mas até agora não tinham chegado a uma conclusão exata. – Posso pedir mais dois favores? – A princesa pediu ao amigo.

—Claro – ele respondeu.

—Você pode contatar meu irmão e dizer tudo o que me disse, ele precisa saber e espero que ele tenha alguma ideia de parar com isso – o japonês assentiu, enquanto os romanos ainda digeriam a palavra irmão. – E você tem algum carro para nos emprestar, não sei se vou conseguir convocar os pégasos novamente. – Dessa vez o Goku negou.

—Eu não tenho carro algum, sou mais adepto de aparatar nos lugares do que me locomover por um automóvel – então seus olhos brilharam como as velas de antes. – A menos que algum de vocês saiba pilotar um helicóptero.

—Eu sei – Damon se prontificou, recebendo olhares de todos. –Não me perguntem.

—Ótimo – Goku bateu palmas. E com um estalar de dedos eles estavam no telhado do cassino com um helicóptero dourado com uma flor de lótus pousado a três metros de distância.  Julian tirou uma chave do bolso e jogou para Damon que a pegou no ar. –Cuide do meu bebê. – O moreno não respondeu, mas isso não afetou o Japa que se aproximou de Panda, enquanto os outros se afastaram para deixá-los a vontade.

—Como eu posso agradecê-lo por tudo que fez? – Pediu Pandora com a voz mais branda, segurando ambas as mãos do amigo.

—Volte inteira, então nós conversamos sobre formas de pagamento, mas não se preocupe eu aceito cartão agora – o Watanabe respondeu, arrancando uma risada da amiga, que o abraçou. –Cuide-se e lembre-se não confie em ninguém que queira esconder quem é. – Ele sussurrou, recebendo um aceno positivo da amiga.

A filha de Netuno correu em direção ao helicóptero ao ver que ele já estava com as hélices girando, entrando na frente ao lado do piloto enquanto Jason, Hazel e Frank estavam atrás, tensos tanto pelas informações quanto pelo voo. E por mais que isso parecesse estranho, Pandora estava feliz em voar, aquilo ajudaria a colocar suas ideias no lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse ano que eu passei escrevendo essa história foi incrível, eu não imaginava que receberia comentários ou favoritos, não imaginava que teria gente que gastasse seu tempo pra ler uma história minha, quem dirá comentar ou acompanhar. Eu agradeço a cada um de vocês, do norte ou do sul, do oeste ou do leste, vocês fizeram meu 2016 ficar melhor com cada favorito ou comentário, acreditem eu ficava boba quando via uma nova notificação sobre a história. Eu sei que as vezes eu demoro ou não os respondo, mas eu juro que nunca fiz por mal, sempre houve um motivo, motivos que eu não vou mais deixar que me abalem. Obrigado por vocês terem me motivado, acompanhado, dado ideias e fazendo com que o desejo de desistir dessa fic se mantivesse bem longe (porque sim, já houveram momentos que eu já não sabia se continuava a escrever). Obg por jamais terem me deixado desistir.
Feliz Natal e um prospero ano novo para todos nós, que tenhamos mais ideias e menos demora...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.