O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 22
Du, Dudu e Edu


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeee... como vcs estão?
Enton, esse cap tbm é da Pandinha, pq como eu falei a parte dela é maior...
Eu espero q vcs gostem e tudo mais...
Bjuss e até os comentarios



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Pov Pandora

Depois da minha conversa com Octavian todos nós nos arrumamos com uma incrível rapidez. Um cara da Quinta Coorte nos deu uma carona no Hannibal (o que eu achei muito legal) para a fronteira. Ninguém falou nada o caminho inteiro, Jason estava com uma cara de quem não dormiu a noite inteira, Hazel estava serena, apesar de eu crer que aquilo era uma fachada, Frank possuía um tique insistente e irritante de colocar e retirar a mão no bolso, talvez por causa da madeira com a qual sua vida estava ligada e Damon estava quieto, o que eu agradeci, já que assim ele não me irritava.

Quando chegamos no alto da colina uma estátua de Termino se materializou ali em nossa frente.

—Identificações, por favor. – o deus disse com tedio.

Ele nos revistou e ficou dando dicas por pelo menos uns 20 minutos, o que me fez ter vontade de arrancar a língua dele, tudo bem que eu até gostava do Termino, ele era um deus gentil, atencioso, responsável e educado (quase um Quiron romano), mas as vezes, quase sempre, ele extrapolava (quer dizer, nem minha mãe me “guiava” por tanto tempo assim).

Depois que ele terminou (graças ao meu bom Zeus) nós podemos finalmente ir em direção a morte certa... quer dizer ir salvar minha tia e recuperar o símbolo de Roma, facilzinho. Aposto que enquanto eu tenho que fazer isso, meu irmão deve estar fazendo competição de arquearia com Zoe, Phoebe e Diana.

Já fazia umas duas horas que nós andávamos em direção ao sul e ninguém falou nada, o que era preocupante e completamente agoniante para a minha pessoa hiperativa.

—Aonde vamos Pandora? Você disse que conhecia uma pessoa que podia nos ajudar. – Disse Damon e eu tive vontade de abraça-lo por terminar com o silencio desgastante, mas acredito que ele iria levar isso para o outro lado

—Nós vamos para Vegas, honey –eu disse, recebendo em troca quatro olhares em cima de mim.

—Vegas? O lugar dos cassinos, drogas, sexo e hotéis de luxo? – disse Damon, eu não sabia identificar se ele estava incrédulo ou divertido.

—Sim – eu disse, ajeitando as alças da minha mochila e olhando para ver se Bob tinha um lugarzinho para respirar já que ele estava ali dentro (antes que me julguem de maltrato aos animais, saiba que ele fica ali por que quer) – É graças a essas quatro características que Julian vive lá.

—Julian? – Quem perguntou foi Jason.

—Meu amigo, o cara que pode nos ajudar – respondi.

—E podemos saber quem ele é? – Ele perguntou e eu sabia que aquilo era uma maneira sutil de me fazer falar.

—Não – corte rápido, Tramontina. E o silencio se fez presente por mais uma meia hora.

—Vai demorar muito se continuarmos nesse ritmo – quem quebrou o silencio dessa vez foi a dócil Hazel.

—Tem razão – eu e Damon respondemos ao mesmo tempo eu o encarei mortalmente e ele apenas me direcionou um sorriso debochado.

Jason assobiou alto, depois de falar alguma coisa que eu não ouvi porque estava pensando em uma maneira de matar um filho de Plutão.

De repente o ar ficou mais denso, e eu olhei para Jason me perguntando se ele estava irritado com alguma coisa, mas o loirinho parecia tão ou mais sereno que antes, olhei para frente e senti o ar se tornar frio e meus ouvidos estalaram. Cerca de trinta metros de distância, uma miniatura de ciclone de três andares rasgava o céu azul claro. Ele tocou baixo próximo a nós e tomou a forma de um cavalo enevoado com raios piscando através de seu corpo.

O cavalo se aproximou de Jason, fazendo Hazel e Frank darem um passo para trás, enquanto eu dei um para frente.

—Isso é um espirito das tempestades? – eu perguntei, talvez, um pouco surpresa.

—Sim, eu fiz amizade com ele em minha última missão – ele respondeu, enquanto acariciava o focinho (?) do espirito, sem esconder o sorriso arrogante. Ouvi um bufo atrás de mim, e tive quase cem por cento de certeza que veio de Damon.

—Tá, tá, mas eu tenho certeza que seu bichinho não vai conseguir levar cinco pessoas- disse o filho de Plutão, se colocando ao lado de Jason e o olhando com um sobrancelha arqueada em ironia. Antes que Jason retrucasse eu me afastei dos dois e fiquei ao lado de Hazel, observando o desenrolar da discussão.

—Eles são sempre assim? – perguntei para a morena ao meu lado, que negou com a cabeça.

—Não, nunca os vi discutir tanto. –Ela me respondeu.

Distanciei-me deles e parei de me prestar atenção nas palavras de Damon e Jason. Fechei os olhos e clamei.

Preciso de vocês irmãozinhos, preciso de ajuda.

Abri meus olhos ao ouvir o arquejo de surpresa de Hazel e o som de asas batendo repetidamente. Ali em minha frente, estavam três Pégasos brancos cada um com um sinal diferente próximo ao focinho e com a crinas mais brilhantes que a lua.

—Pessoal, apresento-lhes Du, Dudu e Edu – eu disse apontando para cada Pégaso da esquerda para a direita.

Ninguém me respondeu, todos encaravam embasbacados os Pégasos, acho que eles só haviam visto Scpio na vida.

Jason foi o primeiro a falar, ainda encarando os animais, que estavam se gabando em minha mente.

—Só há três, vocês são em quatro.

—Eu sei, mas eu já cavalguei em um Pégaso, mas nunca em um espirito da tempestade. –Eu disse e ele entendeu a indireta.

—Está bem. –Ele disse, chamando a atenção dos outros três, que tiraram os olhos dos cavalos. –Eu e Panda vamos em Tempestade e acho que eles podem montar nos Pégasos, não é? – ele reportou e me olhou ao final.

Assenti, enquanto hesitantemente acariciava o focinho de Tempestade.

—Sim, é como montar em um cavalo normal, só tentem não balançar muito os pés para não baterem nas asas deles. Não precisam ficarem os guiando, eles já sabem que caminho tomar.

—É seguro? – perguntou Frank, que era quem estava mais distante dos cavalos.

—Completamente – eu disse com convicção. – Você pode até dormir no lombo deles se quiser.

—Acho que não – ele disse, mas já acariciava a crina de Edu, enquanto Hazel já estava montada no Du e Damon, para variar de cara fechada, montava em Dudu.

Jason subiu em Tempestade e me ofereceu a mão para me ajudar a subir, aceitei sua ajuda e me aconcheguei na parte de trás do cavalo.

Quando já estávamos no ar fazia um tempo, Jason me mandou descansar, e depois da noite agitada, não tive outra escolha a não ser acatar sua ordem e dormir.

                                                      ************

Acordo, não sei quanto tempo depois, quando Tempestade dá uma guinada para o lado esquerdo, quase me derrubando.

—Desculpe – gritou Jason, antes de dar outra guinada, dessa vez para a direita, me fazendo o segurar pela cintura.

Ainda embriagada pelo sono, observei que Hazel, Damon e Frank também desviavam de algo que com as nuvens grossas eu não conseguia ver o que era.

Depois que Tempestade deu um descida brusca, como se eu tivesse pedido, vi uma pedra enorme passar raspando pela minha cabeça. Olhei para baixo e vi os ourae, como os outros que eu já havia enfrentado, esses usavam uma túnica branca simples que cobria a pele áspera e escura como basalto. Eram extremamente musculosos, e tinham pouco mais de seis metros de altura, barba branca e comprida, cabelo desgrenhado e um olhar selvagem, como o de um eremita louco. Um deles gritou algo incompreensível para nós e atirou outra pedra, que quase acertou a asa de Edu.

—Esqueci que há montanhas aqui, malditos numinas montanum! — disse Jason antes de levar Tempestade para outro lado, com a cara fechada, praguejando tantos palavrões em latim que minhas tias lavariam sua boca com soda cáustica

—Foca em nos tirar daqui, não em criar um dicionário de palavrões, Jason! – Gritei, quando quase fomos acertados por uma pedra. Ele não me respondeu, mas pouquíssimas pedras chegaram perto de nós, e depois do que pareceu uma hora, saímos da zona de pedregulhos voadores.

—Acho que devemos parar e descansar um pouco, Jason – eu disse próximo a ele, vendo sua cabeça assentir.

Vamos descansar um pouco, meninos. Eu disse mentalmente para os pégasos, ouvindo o arquejo sufocado de Frank quando os pégasos desceram, sendo seguidos por Tempestade.

Quando estávamos no chão, tive a leve impressão que Frank se jogaria ao chão e o beijaria.

—Por que paramos agora? Vamos chegar de madrugada em LA parando agora – Disse, obviamente, Damon.

—Porque mesmo cavalos voadores precisam descansar – eu disse, enquanto procurava com os olhos uma sombra para descansar no parque em que tínhamos parado, mesmo não o observando, eu sabia que ele revirava os olhos. Quando eu passei a conhecer este mal educado tão bem? – Além do mais, será muito melhor chegarmos a noite, Julian é muito mais ativo nessa hora.

Antes de terminar de falar eu já havia subido em um dos troncos mais baixos de uma grande árvore, colei minhas costas no tronco da árvore e os olhei.

Jason já havia se deitado sob uma sombra, Damon havia pego uma garrafa d’água e se sentado ao pés da árvore em que eu estava sentada enquanto Hazel e Frank ainda estavam próximos aos cavalos, conversando baixinho. Não contive um sorriso vendo a cena.

—Quem irá fazer a primeira vigília? – perguntou Jason, estendido no chão.

—Não é necessário, -respondi. – Escolhi esse lugar, justamente, porque as nereidas podem nos avisar se virem qualquer perigo.

Eles assentiram e logo Frank e Hazel se juntaram a nós, se deitando não muito distantes um do outro. E eu, mesmo tendo dormido a pouco tempo atrás, não precisei de muito para voltar ao mundo de Morfeu.

Pov ?????

Ele só podia estar ficando louco!

Eu estava poucos metros distante do “acampamento” em que estavam os semideuses responsáveis pela missão de resgate a Rainha do Olimpo e eu estava para encontrar um de meus chefes quase no nariz deles. Talvez ele não fosse o único louco aqui.

—Conseguiu algo com a garota? – ele disse. Nada de “oi” ou “tudo bem?”, apenas o que ele queria saber. A capa negra dele se arrastava no chão, enquanto o capuz largo cobria seu rosto, mas eu sabia que se eu respondesse qualquer coisa errada, nada de bom iria sair disso.

—Não, ela não deixa escapar nada, mas também não é discreta, qualquer pode perceber que ela possui um segredo. Os informantes não deixaram escapar nada sobre ela e o irmão?

—Não, eles são bem esquivos quanto a isso.

—Acha que eles não sabem de nada? – perguntei, pois duvidava disso.

—Pelo contrário, acho que eles sabem demais e omitem por que querem assim.

—E como eu devo proceder? – Perguntei, pois não entendia aonde ele queria chegar.

—A falta de informações não me agrada, nos agrada. Então as ordens são as seguintes: caso sinta, perceba ou até mesmo imagine que Pandora estará contra nós, você deve matá-la. – Engoli em seco, quando senti os olhos dele sobre mim.

—Por que vocês temem tanto dois semideuses? – Perguntei, depois de engolir o bolo que se formou na minha garganta.

—Você deve aprender a sempre temer aquilo que desconhece – e sumiu, mas sua voz continuou ecoando em minha cabeça – espero que saiba cumprir ordens.

Fiquei alguns minutos parado ali, até notar uma garota de, aparentemente, 15 anos de pele verde e cabelos roxos, ela intercalava o olhar entre mim e o “acampamento”. Sabia que ela iria contar para os romanos o que tinha visto e ouvido, então eu a encarei fixamente, e ela, com o olhar apavorado sumiu depois de fazer ‘puf’. Mas eu não poderia culpa-la, afinal quem não temeria alguém com os olhos cor de sangue?

Pov autora

Algumas horas depois os semideuses já se encontravam sobre os lombo dos cavalos (ou nuvem), e dessa vez Panda estava na garupa de Dudu junto a Damon, já que Tempestade havia ficado nervoso com a parada e Jason possuía uma política estrita de evitar que suas primas caíssem mais de mil metros em queda livre.

—Quer parar? – falou a filha de Netuno irritada, enquanto olhava sobre o ombro.

—Não – disse Damon atrás dela, mexendo os dedos novamente sobre a barriga da morena, sentindo o abdômen dela se contrair e ela se remexer graças as cocegas que ele fazia. – Se não parar de se remexer, a gente irá cair. – Ele disse, mas parou o que estava fazendo.

—Damon? – perguntou Panda olhando o horizonte, depois de um tempo em silencio, chamando a atenção do garoto que observava o pôr do sol.

—Sim? – ele disse para mostrar que a ouvia.

—Você... você tem ideia de quem fez isso? – ela disse baixinho, odiando como sua voz pareceu frágil.

Pandora não estava acostumada com isso, ela sempre tinha as informações na mão, seja conseguindo por próprio mérito ou por informações que recebia do Olimpo. O fato de na mesma época em que sua madrinha, uma das mais antigas deusas, foi sequestrada por alguém desconhecido, os deuses se isolarem, como a Rapunzel na torre, a deixava ao mesmo tempo irritada e apavorada...

—Há boatos – disse Damon, quebrando os devaneios da morena. – Eles dizem que os titãs irão ressurgir e entrar em uma guerra contra os deuses, como na primeira guerra dos deuses com os titãs. Só que dessa vez – ele fez uma pausa, e Pandora o olhou sobre o ombro. – Dessa vez eles estão mais fortes.

—Como? – perguntou ela e o outro suspirou.

—Sabe que cada monstro, semideus, titã ou qualquer coisa possui uma essência, não é? – ela assentiu, mas ele não esperou realmente uma resposta dela. – Então, as essências dos titãs estão no Tártaro, alguns dizem que eles estão se reconstituindo e ganhando força.

—OK, mas isso não explica como eles podem ficar mais fortes.

—A essência deles não é a única no Tártaro, Pandora. – Ele disse com a voz pesada. – Dizem que eles planejam consumir a essência dos...

—Gigantes – Pandora sussurrou assustada, e acabou se desequilibrando, fazendo Damon segurar cintura dela com uma mão. –Juntando as duas maiores forças anti-olimpo que já existiram, em uma. –Ela concluiu, sem se importar com a mão do garoto sobre si, ou com o fato de ter quase caído de mil metros de altura.

Damon se calou depois de ver a garota chegar à conclusão que ele desejava, enquanto isso a mente de Pandora entrava em colapso. Eles não falaram mais nada, até observarem as luzes de vegas se fazerem presentes em seus campos de visão.

—Chegamos em seu reino, princesa. – disse Damon.

Pandora sabia que ele não fazia de propósito, mas chama-la pelo seu titulo a fez sentir-se ainda mais impotente.

—Vamos lá – ela disse e os pégasos guinaram para baixo.


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Notas finais do capítulo

O capitulo nao foi revisado, então desculpem qualquer erro ;)



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