O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 21
Sempre quis uma Lamborghini


Notas iniciais do capítulo

Com o ultimo capitulo, eu terminei de repostar a história, o que quer dizer que de agora em diante os capitulos vão demorar um pouquinho para sair....
Esse capitulo é novo, então espero que gostem... E para aqueles que não liam a história antes e estão lendo agora, sejam muito bem vindos ;)



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Pov Percy

Eu queria ser minha irmã neste momento, provavelmente ela estava relaxando em uma das banheiras de hidromassagem das casas de banho romanas, enquanto eu tinha que ser perseguido por um helicóptero mortal e ainda ter que aturar Zoe e Thalia discutindo.

—Ali – disse Max de repente, por cima da briga da Caçadora e da filha de Zeus -               Aquele estacionamento!

—Seremos encurralados – revidei.

—Confie em mim – e por algum motivo eu confiei.

Disparei através de duas pistas de transito e para dentro do estacionamento de um shopping. Nós deixamos a van, comigo apoiando Annabeth que ainda estava tonta pela pancada na cabeça. Esperei que Max nos guiasse para um lugar, mas antes disso a Sra. O´leary disparou na frente latindo e nos guiando por um lugar que só ela parecia conhecer.

—Vamos! – disse Max, seguindo a cadela. Antes que Zoe ou Thalia pudessem opinar eu lhes enviei um olhar fulminante.

Por mais surpreendente que isso seja nós acabamos encontrando uma entrada do metro. Deixei que Zoe e Max comprassem as passagens e logo nós estávamos seguros a bordo de um vagão em direção ao sul, quando nosso trem veio para superfície vimos o helicóptero rodeando o estacionamento, mas ele não veio atrás de nós.

Trocamos de trem umas três vezes, para despistarmos qualquer um que tentasse nos seguir, e agora nós estávamos em um trem de carregamento de três andares carros com cortinas de malha de aço e três andares de carros dentro. Ao lado do trem de carga dizia LINHAS SOL OESTE. Não havia mais o problema de dirigir, já que agora todos nós tínhamos nossos carros de luxo. Annabeth e Thalia estavam esparramadas em um Lexus no andar de cima. Max estava dormindo em uma Mercedes SLK, enquanto eu estava sentado e ouvindo música baixo em uma Lamborghini, quando Thalia abriu a porta do passageiro e se sentou ao meu lado.

—Acho que você me deve algumas explicações -, ela disse depois de termos ficado em silencio por um tempo.

—Que explicações? – eu pedi, mesmo sabendo exatamente o que ela queria falar.

—De onde aquele homem conhece você? – ela perguntou direta.

Eu demorei para responde-la, isso fez com que eu sentisse o crepitar da eletricidade fazendo meu cabelos se eriçarem. Fechei meus olhos por um momento.

— Ele tentou recrutar eu e Pandora para o lado de dele – os poderes de Thalia pararam na hora, como se estivesse em uma câmara anti-gravidade e de repente você caísse.

—Mas... – Essa foi uma das poucas vezes que eu vi a filha de Zeus sem palavras.

— Pandora e eu negamos, é claro, mas ele não gostou muito disso.

Essa foi uma das maiores verdades que eu disse desde que cheguei no acampamento. Bem... Talvez eu tenha omitido o fato de que isso tinha acontecido há mais de 3000 anos, antes de eu ser imortal, e antes de Zeus começar a ser um mal marido e começar a fabricação dos milhares irmãos de Thalia.

—Quem é ele? – ela perguntou depois de assimilar o fato anterior.

—Eu não sei – se posso confiar em você para dizê-lo.

Thalia não gostou de minha resposta, pois o ar voltou a crepitar, mas ela não me fez mais nenhuma pergunta.

Voltamos ao silencio desconfortável por mais alguns minutos. Thalia se remexia no banco, enquanto eu nem sequer me movia, mas depois de perceber que ela não ia aguentar o clima calmo por muito tempo, fiz a pergunta que possivelmente iria me matar.

—Thalia... Quem é Luke Castellan?

Esperei trovões, raios, gritos, eu só não estava preparado para vê-la se jogar contra o banco de olhos fechados, parecendo segurar as lagrimas.

POV Thalia

Eu tinha a impressão que Percy Jackson sabia exatamente quais botões apertar para me levar aos picos da irritação e a mais profunda melancolia. Sua pergunta me fez reviver um passado do qual eu não queria me lembrar, mas eu sabia que não ia conseguir mentir para ele enquanto ele me encarava de maneira tão incisiva.

—Um velho amigo – respondi por fim, mesmo sabendo que Percy não iria acreditar nisso, e pela cara que ele fez eu estava certa.

—Um velho amigo? – ele repetiu.

—Quando eu estava vindo para o acampamento, eu encontrei Annabeth e Luke pelo caminho. Nós três viramos inseparáveis, e bem quando estávamos quase chegando apareceram muitos monstros, eu fiquei para trás...

—E acabou sendo transformada em um pinheiro – ele completou e eu o olhei. – Já tinha ouvido essa ultima parte. – Sua expressão estava ilegível e eu odiava o fato de não saber se ele estava ou não mentindo.

—É, fui transformada em um pinheiro.

—Vocês eram próximos? – ele perguntou e eu só consegui assentir. – O que aconteceu?

—Um ano antes de Spencer, Annabeth e Dylan irem em busca do velocino de ouro para m.... Para salvar o pinheiro, Luke se declarou um traidor depois de tentar matar meu irmão. Um ano depois ele m... Envenenou o pinheiro, e depois disso eu voltei. – Eu resumi e ele assentiu sem me olhar, como se já esperasse por isso, questionei-me se ele não esperava.

—O quanto você o odeia? – me surpreendi com sua pergunta. Eu sempre ouvia lamentações (isso quando eu me permitia contar essa historia para alguém) ou olhares de pena (de pessoas para quem eu não precisava contar nada). Nunca uma pergunta assim.

—Menos do que eu gostaria, ou acharia seguro – respondi por fim, e ele assentiu com a cabeça de novo, como um professor que corrige as provas dos alunos pensando se deve ou não considerar algumas respostas.

Ficamos em silencio por um tempo apenas olhando para frente.

—Falou com sua irmã? Quer dizer, desde que ela saiu do acampamento? – perguntei quebrando o silencio. Ele já tinha arrancado algumas informações minhas, achei justo fazer o mesmo.

—Não –ele disse depois de me olhar pelo canto do olho.

—Como sabe se ela está bem?

—Eu sinto. E confio nas habilidades dela, as vezes mais do que nas minhas. – as palavras eram bonitas, mas ele havia as pronunciado de uma maneira mecânica, que me fazia pensar se ele estava realmente prestando atenção na conversa.

—Eu vou falar com a Zoe – ele disse de repente, depois de um silencio prolongado, me dando um susto. Não tive tempo de responder, ele já estava lá fora.

Momentos depois Annabeth abriu a porta do motorista parecendo contrariada.

—Você não acha estranho a relação de Zoe com Percy? – ela perguntou, antes mesmo de fechar a porta do carro.

—Um pouco, mas por que a pergunta? – questionei quando vi seus olhos em um cinza mais intenso que o normal.

—Talvez pelo fato de que ele apareceu entrou em nosso carro e Zoe me pediu tão sutilmente quanto um elefante se eu poderia sair para deixá-los conversarem. A sós.

—Isso é bem estranho mesmo, ainda mais se tratando de Zoe. – eu comentei me remexendo no banco.

—Isso é o que mais me inquieta, quer dizer nós duas sabemos e já vimos como Zoe age próxima a garotos, por que com Percy é diferente? – Ela perguntou, mas eu sabia que ela não queria que eu respondesse realmente.

A fala dela me fez lembrar da época em que era eu, ela e Luke contra o mundo, onde eu senti que tinha uma família, quando nós vimos as Caçadoras pela primeira vez e Zoe só não matou Luke por que Annie se jogou na frente dele. Questiono-me se não teria sido melhor se ela tivesse o matado.

—Acredito que o que quer que eles tenham não seja nada ruim, Zoe é centrada demais nas caçada para que tenha algo malicioso, e eu não acredito que o Jackson seja alguém cruel. –Disse ela me tirando das lembranças e dos pensamentos mórbidos.

—A relação deles pode ser estranha, mas nós duas sabemos que Zoe sabe melhor do que nós quando se trata de homens. Principalmente sobre seus caráteres. – Falei e Annie abaixou a cabeleira loira.

—A relação de Percy e Zoe é bem estranha mesmo, parecida com a minha e da minha irmãzinha – uma voz masculina falou atrás de nós. Eu e Annabeth nos olhamos e encaramos o banco de trás da Lamborghini.

Havia um homem ali, ele tinha cabelos loiros e compridos que estavam presos em um rabo de cavalo, ele tinha olhos azuis intensos e pele bronzeada e vestia uma camiseta do Queens e uma calça jeans e o que parecia ser um all star. Olhando para o desconhecido tive a impressão de já o conhecer.

—Lorde Apolo? – Annabeth tirou a duvida da minha cabeça. O deus abriu um sorriso e colocou o dedo indicador sobre os lábios, pedindo silencio.

—Shh. Meu pai não sabe que eu estou aqui, que tal me chamar de Fred? – assentimos.

—Se seu pai não quer que esteja aqui, por que você está? –Annie perguntou.

—O fato de meu pai ser o deus dos deuses não quer dizer que ele esteja sempre certo – Apolo respondeu adotou com uma postura séria. –Então eu vim até aqui porque ninguém, ninguém, mexe com minha irmãzinha.

—Então você vai nos ajudar? – me pronunciei pela primeira vez na conversa.

—Shhh. Eu já estou ajudando, até o por do sol eu vou poder manter esse trem em uma velocidade considerável, depois disso vocês estarão por conta própria.

—Mas onde está minha senhora? – perguntou minha amiga.

—Eu sei de muita coisa, mas isso, infelizmente, eu não sei responder. Acredito que sua tenente e Percy tenham alguma ideia, talvez eles possam lhe dar mais detalhes do que eu. – Ele disse e seus olhos pareceram verdadeiramente tristes, me senti mal por ele, eu também sabia como era perder um irmão.

Um raio seguido de um trovão clareou os céu e nos deixou temporariamente surdos, quando eu consegui voltar a escutar alguma coisa, ouvi a despedida de meu irmão deus.

—Eu tenho que ir. Fechem os olhos e boa sorte. – E com um clarão semelhante ao do relâmpago ele sumiu.

Eu e Annabeth nos olhamos e nos jogamos contra o estofado do carro.

“Acredito que sua tenente e Percy tenham alguma ideia, talvez eles possam dar mais detalhes do que eu.”

As palavras de Apolo ecoavam na minha cabeça, me questionei quantos segredos Zoe e Percy guardavam. Eu só esperava que um de seus segredos nos ajudassem agora e, principalmente, fizessem que esse desconforto no meu peito sumisse.

Pov Zoe

Acredito que Annabeth não ficou contente comigo por não deixá-la observar nossa conversa, espero que Annie um dia entenda que saber de tudo nem sempre é agradável.

—O General? – perguntei e ele assentiu me olhando de canto do olho.

—Sim, ele está bem empolgado com uma possível batalha comigo.

—Obvio que está. Ele espera por isso há milênios- eu disse, sentindo um gosto amargo na boca.

—Agora eu entendi tudo, eu me perguntava o que era aquilo que minha mãe segurava. Artemis está segurando o céu, Atlas deve ter achado uma maneira de enganá-la para fazê-la segurar sua maldição. – Ele concluiu.

—Provavelmente.

—Temos que ir para o jardim das Hespérides, é lá onde está minha mãe.

—Só há um problema: eu não faço a mínima ideia da atual localização do Jardim – eu disse, sentindo o medo tomar conta de mim. E se não tivéssemos tempo para encontrar o Jardim, minha senhora e amiga estaria em apuros.

—Eu também não – ele disse, mas não parecia muito preocupado com isso. De repente ele deu sorriso arteiro que fez todos meus sinais de alerta apitarem. – Acha que está muito cedo para o natal?

Meu sorriso espelhou o dele quando suas palavras fizeram sentido na minha cabeça.

—Acho que nunca é cedo demais para o natal.


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