Tay estava encarando o antropólogo que analisava a foto do protótipo que ele havia mostrado. O antropólogo então sorriu e se aproximou de uma mesinha com uma garrafa de café.

— Quer um pouco de café? - Perguntou o antropólogo, receptivo

— Não. Obrigado. Diga-me senhor, onde conheceu o homem de ferro?

— Em uma expedição! Os detalhes eu não posso mencionar, mas o homem de ferro estava acampando por lá, estava de férias, ou algo do tipo.. Eu estava em uma floresta.. E quase cai de um precipício.. Se não fosse ele, eu não estaria aqui hoje. - Sorriu ele

— E onde você viu o protótipo?

— Com o homem de ferro. Ele estava segurando um protótipo semelhante ao da foto. Ele não me deu nenhuma informação, é claro. Apenas verificou se eu estava em segurança e foi embora. Mas eu nunca esqueci a pedra que ele segurava. Parecia uma rocha metalizada, com uma pedra azul na ponta que brilhava.

— Parece que é a mesma da foto.

— Isso é muita coincidência. - Comentou o antropólogo

— É.. Muita coincidência. - Murmurou Tay

A TV da sala do antropólogo estava ligada. Houve uma tentativa de assalto no banco. Os assaltantes estavam fazendo os funcionários de refém, a jornalista narrava tudo, enquanto o antropólogo observava a TV e Tay ficou serio.

— É incrível como o mundo de hoje está perigoso.

— Está mesmo. Com licença, eu tenho que ir. Obrigado pela historia. Foi emocionante. - Tay estendeu a mão

— Se precisar, estou aqui. Agora, posso ficar com essa foto? Achei um artigo muito interessante. - O antropólogo apertou a mão dele

— Claro. Sem problemas. Até mais.

Tay saiu rapidamente da sala do antropólogo e correu na direção da saída do departamento e bateu em Ted, ele bateu na parede.

— O que é isso cara..? Você não olha por onde anda? E se fosse outra pessoa?

— Que bom que não é. - Sorriu Tay irônico

— Você quase me quebrou.

— Parece que não fiz o serviço direito então.

— Engraçadinho. Eu estava te procurando. Eu fui no departamento de historia, não achei muita coisa.. Só que parece que já contaram historias dessa pedra, um povoado distante. Eles ficaram de procurar os artigos para mim.

— Bom trabalho Ted. Eu tenho que ir.

— Onde você vai?

— Há um assalto no banco de Tecnocity. Preciso impedi-los.

— Eu queria ajudar..

— Você já me ajuda Ted. Você faz o suficiente. Tenho que ir, até mais. Segura as pontas para mim.

Ted abaixou a cabeça. Segurar as pontas e ficar para trás não era o que ele realmente queria. Ele queria a ação, a aventura. Tay sabia que Ted queria ajuda-lo, mas também não queria que ele ficasse em perigo.

O patrulheiro logo voou para o banco de Tecnocity. O prédio era alto de cores claras, o prédio não era alto no tamanho, mas tinha muita largura. Havia varias viaturas cercando o prédio, a policia estava toda armada,  e curiosos observavam atentamente. O patrulheiro voando entrou por uma janela aberta no ultimo andar e voou pelo prédio até ir na sala principal, onde assaltantes armados estavam imobilizando as vitimas no chão. Eles estavam mascarados, com arma, enquanto um deles estava com um telefone falando com a policia.

— Vocês darão todo o dinheiro, se não, mataremos todos os civis aqui. - Ameaçou o assaltante

— Eu não teria tanta certeza disso. - Disse o patrulheiro

— Era só o que faltava. O patrulheiro. Fogo nele!

Os assaltantes atiraram no patrulheiro. As balas não atravessavam, apenas caiam no chão. Ele correu na direção do assaltante e o pegou pelo pescoço.

— Solte eles agora mesmo!

— Isso não é uma escolha..

— Como não é uma escolha?

— Você não pode lutar com todos nós de uma vez. Você não tem super velocidade. Então caso acabe comigo, meu parceiro irá atirar na cabeça daquela atendente. - Gesticulou ele

— Não.. Por favor.. Não.. - Chorou a atendente

— Como vocês podem ser tão baixos? - Perguntou ele enojado

— E como você pode se achar tão superior? Voce acha que nós não somos nada. Agora eu quero ver o que fará para salvar a vida desses inocentes ao mesmo tempo. - Provocou o assaltante

— Talvez eu não salve, mas posso acabar com você. - Disse o patrulheiro apertando o pescoço do assaltante

— E talvez ele consiga.

Todos pararam. Uma garota usando uma mascara nos olhos, com uma camisa preta colada no corpo, e uma mini saia preta, botas longas, e cabelo solto sorriu caminhando na direção  deles. Todos olharam sem entender.

— Quem é você? - Perguntou o patrulheiro

— Sou Dark Aqua. - Sorriu ela

— Eu nunca ouvi falar. O que quer aqui?

— Eu vim ajudar. E parece que você está precisando não é?

— Não preciso de ajuda. Obrigado.

— Não seja teimoso.

— Agora.  - Disse o assaltante

Outro assaltante rapidamente atirou na atendente, porem varias raízes negras cresceram na frente da atendente, detendo a bala. Ela sorriu e rapidamente vários tentáculos apareceram segurando todos os assaltantes. Ela olhou para o patrulheiro que balançou a cabeça, e com um lazer na mão, ele socou o assaltante o mandando para fora do banco através da janela. Os tentáculos giraram, e ela rapidamente jogou o resto dos assaltante pela janela. Eles caíram no chão, todos machucados com arranhões. A policia rapidamente os pegou, os colocando em viaturas. A população vibrou e gritou o nome do patrulheiro. Um oficial de policia entrou no banco e olhou em volta.

— Estão todos bem?

— Estão. - Respondeu o patrulheiro

— Patrulheiro, eu preciso falar com você.

— Claro.

Ele se afastou para falar com o oficial de policia, e Dark Aqua ficou no canto, passando as mãos no braço, observando tudo, se sentindo deslocada. A atendente que ela havia salvado se aproximou dela.

— Obrigada. Você salvou minha vida.

— Hummm.. De nada.

— Você é uma heroína! O mundo precisa de pessoas como você!

Ela ficou surpresa. A atendente sorriu para ela e depois se afastou. O patrulheiro observou a cena. Dark Aqua se afastou para sair do banco, mas o patrulheiro a chamou:

— Espere!

— Humm? - Ela olhou para ele

— Obrigado.

Ela o olhou. O vento balançou seus cabelos, ela colocou uma mecha atrás da orelha e olhou para o lado, desconsertada.

— Não foi nada...

— Para nós foi. Espero que possa te ajudar algum dia. - O patrulheiro estendeu a mão para ela

— Obrigada.. - Ela apertou a mão dele

— Qual seu nome?

— Dark Aqua.

— Sou o patrulheiro. A gente se vê por ai.

O patrulheiro se virou e voou para longe, enquanto ela observou para onde ele voava, com seus cabelos balançando com o vento.

Alguns minutos depois, o patrulheiro chegou na sua suíte. A porta prateada do elevador abriu. Ele entrou na sala, e Ted estava sentado no sofá esperando por ele.

— E ai, como foi?

— Foi bem.. Eu tive uma ajuda..

— Ajuda? Que ajuda? - Perguntou Ted, curioso

— Uma garota. Se chama Dark Aqua.

— Nunca ouvi falar.

— Nem eu. Mas ela nos ajudou. Honestamente, se não fosse ela, eu não teria conseguido deter todos eles sozinho.

— Que bom que tem mais um herói para te ajudar.

Na parte sul da cidade, Savannah entrou no apartamento pequeno e  bagunçado e fechou a porta. Donn estava sentando no sofá, e sorriu maliciosamente olhando para ela.

— Estava esperando por você. Se divertiu brincando de heroína?

— Donn? Não me enche. - Ela se afastou da porta e caminhou até a cama, ele se levantou

— Espero que tenha se divertido. Porque nós temos uma nova missão para você.

— Qual é?

— Descobrir a identidade do patrulheiro.

Savannah o encarou surpresa.