Herois e Vilões escrita por karollabele


Capítulo 7
O Refeitorio




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/716315/chapter/7

No laboratório do patrulheiro, ele se concentrava tentando entender o que aquele protótipo fazia. Ted, seu braço direito tentava ajuda-lo sem sucesso. Não havia nada ali que informasse sobre o protótipo fora que o mesmo estava desaparecido.
O ambiente estava frio, mas era um clima até um pouco comum no laboratório. Havia vários fios espalhados pelo laboratório. Ted estava do lado dele, olhando para a foto, e depois olhou para o patrulheiro.
— Por que você não leva essa foto para a universidade? Talvez tenha algo lá que possa ajudar.
— Eu tenho a mais alta tecnológica disponível de Tecnocity. Se no meu laboratório eu não consegui a resposta, não vai ser na universidade. - Respondeu o patrulheiro
—É. Mas eles tem algo que você não tem.
— E o que seria? - Perguntou o patrulheiro
— Historia. Na universidade pode ter uma historia por trás disso.
— Humm.. Bem pensado, Ted. Vamos para lá agora mesmo.
— Bora. Só vou pegar minha jaqueta.
Na parte sul da cidade, Donn estava deitado com as mãos no peito, deitado na cama do seu apartamento minúsculo e bagunçado. Savannah estava sentada ao lado dele. Donn sorriu para ela, e a olhou um pouco descrente.
— Então, como planeja se infiltrar no meio dos heróis?
— Eu já não disse que eles não conhecem a Dark Aqua?
— E eu já não falei que sua ideia é idiota?
Savannah se levantou irritada.
— Ok, Donn. Você tem outra ideia?
— Tenho. Levante a bunda da cadeira e vá achar o protótipo antes que aquele herói pegue.
— Eu estava cuidando de você! - Exaltou Savannah
— Não preciso de cuidados. Eu sei me virar sozinho. - Disse ele friamente
— Quer saber? Ótimo. Você que sumiu o protótipo, não eu.
— Mas isso porque você não conseguiu rouba-lo primeiro.
— Eu estava esperando a hora certa de agir!
— Você demorou demais, e eu agi. Agora você precisa ser útil e pegar o protótipo.
— Quer saber? Eu vou agir do meu jeito.
— Ou seja, vai fracassar mais uma vez.
Savannah mordeu o lábio. Ela fechou os punhos e os apertou.
— Mas não serei culpado pela sua inutilidade. Eu irei ajudar do meu jeito. - Donn se levantou com dificuldade
— Ah é? Como? Você mal está se aguentando em pé. - Provocou Savannah
— E isso prova o quanto sou útil até mesmo debilitado.
— Vou seguir com o meu plano. - Ela se virou de costas e saiu do apartamento
Na universidade, Tay estava um pouco apreensivo. O local era grande, com vários prédios e campos. Tay estava no refeitório, com varias mesas brancas, e maquinas de comida. Ele se sentou em uma mesa enquanto Ted pegou uma garrafa de agua e se sentou na mesa.
— Vamos no departamento de historia e antropologia ver se achamos alguma coisa.
— É, eu sei.
— O que você está esperando?
— Honestamente? Eu não sei. Só que... A historia por trás desse protótipo me incomoda. Eu não sei o que esperar.
— Isso não é divertido? - Perguntou Ted sorrindo
— Tanto faz. Vamos ver isso. Eu fiz copias. Vá para o departamento de historia, e eu vou para o departamento de antropologia. Agiremos mais rápido assim. - Tay entregou um papel para Ted
— Ok. Estou indo para lá. Estou achando tudo emocionante.
Ted se afastou caminhando para o departamento de historia e Tay balançou a cabeça. Ted não tinha poderes e ajudava nas analises e encobri-lo quando ele precisava. Ted era um engenheiro da universidade. Ele ajudava Tay a criar algumas armas, mas foi difícil para ele se abrir para Ted, considerando que Ted não era do tipo que levava as coisas muito a serio. Mas, surpreendentemente Ted levou seu segredo a serio, e mais do que isso, propôs ser seu aliado. Tay abaixou a cabeça, segurando o papel, se lembrando de como conheceu Ted.
"Em um dia de trabalho normal, Tay estava sentado isolado no refeitório, já que o mesmo não tinha amigos. O refeitório estava movimentado porque o pessoal do setor estava organizando uma festa depois do expediente. Tay nunca fora convidado para festas. Ele não era popular o bastante. Caso fosse convidado, seria o garoto que ficaria no canto da festa observando tudo.
Ele observava o movimento do refeitório até ver um homem loiro de cabelo liso até a metade do pescoço comemorando a festa. Que idiota, Tay pensou. Ele estava conversando com todos e se divertindo. Ele viu Tay sentado no canto observando e foi até ele.
— E ai irmão, o que está fazendo ai?
— Humm... Só estou acabando o meu lanche e vou voltar para o laboratório.
— Espera ai, você não vai a festa hoje a noite?
— Por que eu deveria? - Perguntou Tay se levantando
— Porque as gatas curtem isso, saca? Elas não vão vir até você, você terá que ir até elas, ou será um completo solitário. - Ted deu um tapinha no peito de Tay que observou seu gesto
— Hummm.. Obrigado pela observação, eu acho. Vou indo, com licença.
Tay se afastou indo para o laboratório, de cabeça baixa. Ted não entendeu sua reação, e perguntou para um colega próximo:
— O que deu nele?
— Ele cresceu sem pais. Ele é muito sozinho, tanto que evita o máximo trabalhar com outros cientistas. Acho que ele já é um solitário.
— Ah... - Murmurou Ted, olhando para o local onde Tay tinha ido
Horas mais tarde, Tay estava caminhando em uma esquina um pouco escura perto da universidade. A esquina era mal  iluminada. Ele ouviu alguém chamando ele, ele se afastou um pouco para procurar quem estava o chamando. Ele viu Ted com uma garrafa de cerveja na mão.
— Não quer mesmo ir para a festa? Está super divertido.
— Não. Fique com os outros bêbados. - Respondeu Tay, ainda caminhando
— O que é isso, orfaozinho? Se você não se socializar, não terá ninguém no mundo, do mesmo jeito que não tem pais.  
Tay apertou os punhos e olhou para ele.
— Por favor, retire o que disse.
— Eu não estou falando por mal, sabe? Mas, se nem família você tem, por que não se socializar e conhecer pessoas novas?
— Eu não quero! Vá curtir sua festa, suas garotas, e me deixe ser o solitário órfão que eu sou! - Gritou Tay
— Calma cara, não precisa ficar tão bravo. Só tentei ajudar.
— Você não está ajudando em nada.
Tay começou a caminhar, e ouviu um grito e o barulho de uma garrafa caindo no chão. Ele se virou e viu dois homens armados segurando Ted pronto para assalta-lo. Ted gritou por ajuda, olhando para Tay que correu. Os homens estavam mascarados, e um deles jogou Tay no muro, fazendo ele se machucar. Ted naquele momento ficou com medo, podia ver nos seus olhos. E então de repente um homem com uma armadura azul correu até os homens os golpeando. Eles caíram o chão. Ted olhou para o patrulheiro chocado.
— Você.. Você é aquele que todos estão falando, o patrulheiro. Você me salvou! Obrigado!
— De nada.
— Ainda mais depois que um idiota me deixou para morrer...
O Patrulheiro apertou os punhos e se virou.
— Aproveite o restante da sua vida.
Um assaltante que estava  observando tudo com uma arma laser e atirou na direção do patrulheiro. Ele bateu o corpo no muro. O assaltante correu. Ted ficou chocado, ao ver uma fumaça em volta e correu na direção do patrulheiro para ajuda-lo, mas ficou mais surpreso ainda ao ver a parte da armadura que cobria seu rosto que estava derretida. Era Tay. Ele o olhou com os olhos arregalados.
— Você?
— O que? - Ele tocou na parte derretida da armadura no rosto
— Você é o cara estranho do refeitório! Você é o patrulheiro! - Exasperou Ted
— Shh.. Fique em silencio. Ninguém pode saber disso. Se bem que poderia acabar com você agora mesmo, e garantir minha identidade.
— Heróis não matam. - Disse Ted confiante.
— Tem razão. Mas não sou herói. Sou um justiceiro. - Ted ao ouvir isso, engoliu em seco
— Fica frio cara...
— Quer saber? Não vou perder meu tempo com você. - Ele se virou de costas
— Espera ai.
— O que foi? - Ele o encarou
— Você vai sair assim? Quero dizer, você é incrível. E você me salvou.. Mesmo eu sendo um.. Babaca com você. Quero te ajudar no que puder.
— Você não pode me ajudar.
— Na verdade, posso. Sou um ótimo engenheiro. Podemos juntos criar uma armadura mais resistente que essa para isso não acontecer de novo. E ai, o que me diz?  Sou Ted, falando nisso.- Sorriu Ted
— Tay.
E assim fizeram. Com ajuda de Ted, Tay conseguiu criar uma armadura mais resistente, com propriedades luminosas, mais resistente a lazer, e outros tipos de arma, praticamente impenetrável. Ted ajudou Tay não só a guardar sua identidade, mas lhe deu algo que Tay não sabia que precisava: Um amigo. "
Tay balançou a cabeça e caminhou até o departamento de antropologia. O corredor era estreito. Ele se aproximou de uma sala e bateu na porta branca. Um homem velho de cabelos brancos, olhos castanhos, atendeu a porta.
— No que posso ajudar? - Perguntou o antropólogo
— Eu queria saber se o senhor tem informações desse item.  - Tay mostrou a foto para ele
— Hummm.. Acho que eu já vi algo parecido em uma expedição que eu fiz, mas não tenho os registros aqui, quer entrar?
— Eu gostaria muito. E então, o senhor o viu? Onde? - Perguntou Tay fechando a porta
— Eu o vi há muito tempo atrás quando tive um problema na expedição, mas se não fosse por ele..
— Ele quem? - Perguntou Tay
— Homem de ferro. Ele estava com esse protótipo.
Tay ficou com uma expressão seria, olhando para ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Herois e Vilões" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.