O Patrulheiro e Snow ainda olhavam confusos para Melina. Ela estava de cabeça baixa, ainda suspirando.

— Quem é Nuclear? - Perguntou o Patrulheiro

— É. Quem é o raios desse Nuclear? Eu nunca ouvi falar. - Comentou Snow

— Mas acho que sua mãe já ouviu falar. Ele era um inimigo dela.

— Como você sabe disso? - Perguntou o Patrulheiro serio

— Nos conhecemos há muito tempo atrás. Ele me ajudou...

Melina olhou para o lado, se lembrando do seu passado.

"Nuclear corria rapidamente voando. Melina tentava acompanhar o ritmo, mas não conseguia, ficando ofegante. Ela parou, tentando respirar. Nuclear parou e olhou para ela.

— Vamos Melina. Desse jeito, você vai ficar para trás.

— Me desculpe... Acho que não consigo.. Eu usei muita energia..

— Você consegue. Basta acreditar em si mesma. Concentre na luz em volta do seu corpo. Sinta. E você poderá alcançar voos maiores.

— Eu vou tentar!

Melina concentrou luz no corpo e voou rapidamente. Nuclear sorriu para ela. Melina parou de voar e caiu. Nuclear arregalou os olhos e a rapidamente pegou no colo enquanto ela caia. Nuclear rapidamente parou no chão.  Melina ainda estava ofegante.

— Você foi bem. Não desanime. Nós tentamos na próxima. Acho que a luz que você usa exige muita força.

— Eu sei.. Obrigada pela ajuda.

Nuclear fez carinho no rosto de Melina. Ela corou olhando para ele."

Melina corou ao se lembrar de Nuclear e desviou o olhar dos dois. O Patrulheiro olhou para ela firmemente.

— Como esse Nuclear pode nos ajudar?

— Nuclear trabalha com a energia nuclear. Ele pode derrotar esse gelo de Nevasca.

— Acho que não temos muitas opções. - Snow olhou para o Patrulheiro

— Eu vou ligar pra ele..

Melina se afastou e pegou o celular. Snow a observou e depois olhou para o Patrulheiro.

— É impressão minha ou ela parece incomodada?

— Eu não sei, mas vamos descobrir.

— Ótimo. Eu tenho um compromisso agora. Eu volto aqui depois.

— Espera. Você vai onde? - Perguntou o Patrulheiro, olhando Snow

— Tenho algo a resolver. Além do mais, vai demorar até esse Nuclear aparecer, não é?

Snow se afastou e o Patrulheiro suspirou. Não demorou muito até Snow entrar no bar. Donn estava sentado com uma garrafa de cerveja em cima da mesa. Ele acenou para Snow que suspirou ao vê-lo. Snow se aproximou dele e Donn sorriu.

— Que bom que veio, Snow.

— Corta essa. Diga logo o que você quer. - Snow se sentou

— Você sabe bem o que eu quero. O que você deve se perguntar é o que está disposto a fazer para manter a pessoa que você se importa em segurança. - Donn acenou para o barmen trazer mais cervejas. Snow suspirou

— Se você estiver pensando em ameaçar alguém que eu gosto, eu posso ir atrás de alguém que você gosta, como Savannah por exemplo.

— Fique a vontade para tentar. Mas acho que você, assim como todos, viram o que Savannah é capaz de fazer quando ela lutou com a sua mãe. Não acho que você conseguiria.

— Agora quem é que está me subestimando? - Perguntou Snow sorrindo

— Não me importa. Vamos aos negócios.

O barmen se aproximou e colocou duas garrafas de cerveja. Donn esperou ele sair e voltou a olhar para Snow.

— Ótimo. Estava me perguntando quando que a lula ia enrolar nisso.

— Você sabe que eu quero ir atrás da caixinha do Captain Shadow. E sua mãe tem grandes planos para loira. Parece que essa loira trás certas lembranças a ela, que ela adoraria repetir, só que pelo o que ela falou, dessa vez será bem pior.. Mais lento e demorado.

Donn sorriu. Snow ficou chocado. Ele estava com a mão na mesa. A mesa se congelou.

— O que..?

— Opa! Cuidado para não congelar o bar. - Donn sorriu sadicamente

— Me diga agora quais são os planos da minha mãe para Melina! - Exaltou Snow

Donn sorriu e deu um gole na cerveja.

— Ela não me deu detalhes, sabe? Mas disse uma coisa ou outra que pode ajudar..

— Eu não estou jogando um jogo, Donn! Talvez você não saiba de nada. Está só tentando ganhar alguma coisa de mim.

— Talvez. Talvez não. Mas a questão é.. Você vai mesmo pagar para ver? Ah garoto, você ainda tem muito o que aprender. Mas para mostrar que eu não estou brincando, eu vou te levar em um lugarzinho amanha. E quando você ver o que eu tenho para te mostrar, não vai só aceitar minha proposta, como irá fazer isso o mais rápido possível. Adorei o congelamento falando nisso. Parece sua mãe.

Donn se levantou e deu um tapinha no ombro de Snow que olhou para baixo. Donn sorriu de lado se divertindo e saiu do bar.

Enquanto isso no navio do Captain Shadow, Savannah suspirava e olhava distraída para uma parede. Captain Shadow se aproximou dela.

— Ainda pensando em Donn?

— Ele não deveria ter feito o que fez.

— Esquece isso.

— Não. Eu não consigo.

— E se eu te contar uma historia?

— Uma historia? Que historia?

— A minha historia.

Savannah olhou para ele. Captain Shadow olhava para ela.

Na suíte, Melina se aproximou do Patrulheiro que estava observando o gelo. Ele olhou para ela.

— E então?

— Eu chamei o Nuclear. Ele está vindo.

— Que bom.. Espero que ele chegue logo..

— Eu sei.. - Melina olhou para o lado

Enquanto isso, em um apartamento no centro da cidade, Denise pegou o celular e discou um numero. Ela esperou tocar até que alguém atendeu.

— Alo? É o Ted? Oi. Nos encontramos no refeitório, lembra? Então.. Eu liguei porque queria saber se você quer tomar um café comigo.

— Claro. Me encontre em uma cafeteria perto da sua casa. - Respondeu Ted, na outra linha

— Ótimo estarei lá.

— Estarei esperando.

Ted desligou e Denise pegou o celular.

— Dessa vez eu te peguei Lotus.

Ela pegou a bolsa e saiu de casa.

Enquanto isso, na suíte, o Patrulheiro ainda observava o gelo. Não demorou muito, até que um homem voando com rajadas de fogo se aproximou. Melina arregalou os olhos olhando para ele. O Patrulheiro o olhou.

— Sou Nuclear. Me chamaram?

— Oi Nuclear. Sou o Patrulheiro.O vigilante de Tecnocity, prazer. Obrigado por ter vindo tão rápido. - O Patrulheiro apertou a mão dele

— Que isso. Eu estava em uma cidade próxima. O prazer é meu. - Nuclear sorriu e apertou a mão dele

— Como você pode ver, estamos com um problema.. Há um homem desmaiado lá dentro e não conseguimos entrar. Nevasca congelou de um jeito que não podemos quebrar.

— Nevasca.. Ela está dando problemas por aqui, não é? Essa mulher é muito perigosa. Você deveria ter cuidado com ela. Oi Melina.

— Oi Nuclear..

Nuclear olhou para ela. Melina desviou o olhar. Ela se afastou e Nuclear olhou para a suíte.

— Bem, vamos derreter o gelo.

— Como você pretende fazer isso, se não conseguimos quebrar o gelo? - Perguntou o Patrulheiro

— Minha energia nuclear é capaz de derreter gelos como esse.

Nuclear esticou as mãos e fez uma rajada intensa de energia nuclear na suíte, fazendo o gelo se derreter. Quando o gelo derreteu, o Patrulheiro rapidamente foi na direção da suíte, entrando na casa. Nuclear se aproximou de Melina.

— Obrigada..

— Faz muito tempo que eu não te vejo..

— É.. Faz mesmo..

— Melina, me desculpe por aquilo. Não foi minha intenção.

Melina abaixou a cabeça. Nuclear pegou as mãos dela. Snow tinha acabado de chegar na suíte e olhou os dois. Ele olhou para o lado e respirou fundo se aproximando deles.

— Você deve ser Nuclear, eu presumo.

— Acho que estou ficando famoso. - Sorriu ele

— Não. É que o cheiro da fumaça e esse cabelo de fogo ficaram na cara.

— Snow! - Melina o reprendeu

— Então bombinha, você conseguiu ajudar? Muito bem.

— Eu só fiz meu trabalho. Eu sempre ajudarei Melina para o que ela precisar.

— Humm.. Estou vendo isso.. - Disse Snow, olhando para o lado

— Agora eu tenho que ir atrás de Nevasca antes que ela..

— Por que esperar meu querido? Eu estou bem aqui. - Interrompeu Nevasca

Nevasca estava na frente dele com a mão na cintura. Ela sorriu e atirou uma bola de gelo na direção dele. Nuclear mandou raios de energia nuclear na direção dela que desviou. Nuclear rapidamente foi na direção dela, para dar um soco. Nevasca se quebrou e derreteu em gelo.

— Droga! Um clone de gelo.. Onde ela pode estar?

Em uma floresta, na parte sul da cidade, Nevasca caminhava, com uma jaqueta de couro preta e calça preta. Ela sorriu e se aproximou de Hera Venenosa que estava tomando chá.

— Gostou do show?

— Eu nem estava prestando muita atenção, sabe? - Hera venenosa deu um gole no chá

— É mesmo? Mas mesmo assim, eu vim agradecer por ter me dado a indicação de onde seu filho morava.

— Ora.. Nosso filhos tem que aprender uma lição. E logo Tay aprenderá a dele. Não se rejeita uma mãe.

Hera Venenosa sorriu e Nevasca sorriu também.