Herois e Vilões escrita por karollabele


Capítulo 32
O Colar


Notas iniciais do capítulo

Savannah e Donn. Credito da imagem: Renan



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/716315/chapter/32

 

O Patrulheiro olhava serio para Donn, e apertou os punhos. Donn mordeu os lábios, com a posição pronta para o combate.

 

— Se você está tão disposto a fazer isso..

 

— É. Eu estou. Porque você fez algo que não deveria fazer.

 

Os tentáculos rapidamente foram na direção do Patrulheiro, que desviou.

 

— Ah é mesmo? E o que seria?

 

— Você machucou Savannah.

 

O Patrulheiro olhou para ele com os olhos arregalados. Donn se aproveitou disso e com um tentáculo, ele chicoteou o Patrulheiro fazendo ele cair no chão. Donn rapidamente fez o tentáculo amassa-lo, mas o Patrulheiro rolou para o lado, fazendo o tentáculo bater no chão, fazendo um pequeno buraco.

 

— Por que está tão disposto a defender os sentimentos de uma ex?

 

— Isso não é da sua conta.

 

— Ah é mesmo? Porque parece que é. Você entra na minha cidade, ameaça, causa vários assaltos, homicídios, tentou me envenenar e acha que não é da minha conta?

 

— Você não percebe, não é? Você nem ao menos vê. Tolinho. Eu vou clarear a visão para você. Você tem tudo. Só que ainda não percebeu, só perceberá quando eu tirar tudo de você. Tudo o que você tem será meu, mas por hora, eu quero só a correntinha de coração.

 

— Por que quer uma coisa sem valor?

 

— Acho que tem valor para alguém. E na minha experiência, todo assalto, todo item tem valor.

 

O Patrulheiro rapidamente lançou um laser na direção de Donn, mas o tentáculo defendeu. O Patrulheiro correu na direção dele, desviando dos tentaculos, dando um soco no rosto de Donn. Donn fez um tentaculo o empurrar para longe. O Patrulheiro rapidamente voou na direção dele, porem Donn agarrou o Patrulheiro com os tentáculos.  Donn pegou mini bolinhas robóticas que grudaram na armadura dele, fazendo explodir. O Patrulheiro foi jogado longe. Sua armadura era resistente a explosões, mas a força da explosão o deixou um pouco tonto e caído no chão. Donn rapidamente pegou a correntinha de coração dele.

 

— Isso que você tem, agora é meu. E isso é só o começo.

 

Donn se virou de costas, seus cabelos balançavam com o vento.

 

Um tempo depois, o Patrulheiro chegou a sua suíte vazia, ao menos era o que ele pensava. Quando ele abriu a porta, viu Snow sentado no sofá, com um robe cinza comendo salgadinhos. Ele arqueou a sobrancelha olhando para Snow, que acenou para ele.

 

— E ai parceiro! Como vai?

 

— Snow? O que você está fazendo aqui? E melhor: como descobriu esse lugar?

 

— Eu tenho meus métodos. Você pediu para cuidar da cidade, lembra?

 

— Eu lembro. Mas não pedi para invadir minha casa.

 

— É sua, é? Eu nem percebi. - Snow olhou do lado sorrindo

 

— Eu não estou com paciência para isso... - O Patrulheiro suspirou

 

— O que foi, cara? O que aconteceu? Teve curto circuito nessa lata velha?

 

— Não me provoca Snow...

 

— Fala ai, cara. O que houve?

 

— Tive problemas com o Mr Donn.

 

— O lula? Nem me fala tivemos uma luta daquelas...

 

— É mesmo. Obrigado por ter me ajudado. - O Patrulheiro sentou no sofá

 

— De nada, Tay.

 

— Como é? - O Patrulheiro perguntou surpreso, olhando para ele

 

— Eu mexi nas suas coisas, vi que seu nome é Tay. Mas o que parece  é que não tem nenhuma foto sua. Você não é muito social, não é?

 

— Acho que não.. - O Patrulheiro olhou para o lado

 

— Sabe cara, você deveria ter visto. Eu congelei aquela lula, foi por pouco que eu não acabei com ele.

 

— Eu imagino.. Ele quase me pegou agora.. Se essa roupa não fosse especial..

 

— Você tem ainda a armadura de gelo que conseguiu as minhas custas, não é?

 

— É. Por que?

 

— Eu posso te ajudar a melhora-la com uma condição.

 

— Que condição seria essa? - O Patrulheiro arqueou a sobrancelha

 

— Eu quero ver a identidade secreta do Patrulheiro. - Snow sorriu

 

— É serio isso?

 

— Me chame de curioso.

 

— Tanto faz. Isso ficará para depois. Eu tenho que ir no departamento de policia agora. - O Patrulheiro se levantou

 

— É mesmo? Você adora se meter em encrenca, hein? Quando sair, feche a porta. - Snow colocou os pés em cima da mesa

 

O Patrulheiro olhou para ele serio e saiu da suíte.

 

Enquanto isso, na parte sul da cidade, Donn entrou no apartamento. Savannah estava sentada na cama. Donn caminhou até a cozinha e pegou um saco de gelo e colocou no rosto.

 

— Donn? Você já chegou?

 

— Não. Eu ainda estou lá. Mas eu estou de bom humor. Meu roubo foi bem sucedido.

 

— Que bom..

 

— Ainda está com essa cara? Melhore e trate de cumprir seus objetivos.

 

— Eu sei. Não precisa me lembrar toda vez.

 

— Por que eu acho que precisa? Mas, de todo o modo, eu tenho algo que irá alegrar você.

 

— E o que seria?

 

Donn se aproximou dela e entregou a correntinha de coração de ouro. Savannah olhou para ele surpresa. Donn apenas a observava com seus óculos escuros.

 

— O que..? O colar do vídeo....

 

— Eu vi o quanto ficou chateada e o quanto você queria. Então eu peguei ele pra você.

 

— Você.. Fez isso por mim?

 

— Ora, não fique tão surpresa, quando estávamos juntos eu sempre roubava uma joia pra você.

 

— Eu sei..

 

— Mas tudo bem, é comum se esquecer das partes boas.

 

Savannah olhou para baixo. Donn ainda a observava.

 

— Obrigada Donn. Você destruiu o meu coração. Você seria minha destruição ou minha salvação?

 

— Eu sou os dois, amor. Aquele idiota do Patrulheiro não quis te dar por você ser quem você é. Eu estou te dando por você ser exatamente o que é.

 

Savannah se aproximou dele e o abraçou. Ele ficou um pouco surpreso, mas retribuiu.

 

— Admita, meu bem. Você adora um amor bandido, não é?

 

Savannah olhou para ele. Donn afagou o rosto dela lentamente.

 

No departamento de policia, O Patrulheiro caminhou até um policial que o informou onde era a sala do detetive West. O Patrulheiro entrou na sala pequena, com uma cortina branca, e uma mesa marrom de madeira um pouco larga e um armário cinza atrás de uma cadeira preta. Na mesa havia uma caneca branca. O detetive West estava colocando uns papeis na mesa quando viu o Patrulheiro chegando.

 

— Que bom que você chegou.

 

— Eu não fujo das minhas obrigações.

 

— Queira se sentar, por favor. - O Detetive West gesticulou para que ele sentasse na cadeira em frente da mesa

 

— O que você queria tratar comigo? - O Patrulheiro se sentou

 

— Muito bem. Você senhor Patrulheiro. Imagino que uma identidade secreta. Pois bem. Você tem feito um grande trabalho protegendo as pessoas de Tecnocity, mas isso é o trabalho da policia.

 

— Eu não deixarei de fazer meu trabalho por causa disso. Vejo que você é novo aqui, detetive West, não é? A policia sabe do meu trabalho. - Disse o Patrulheiro seriamente

 

— Pois é. Eu sei. A policia daqui admira muito seu trabalho. Não entenda mal. Mas queremos um trabalho mais próximo com você.

 

— O que isso quer dizer?

 

— Quer dizer que nós temos grandes planos pra você.

 

Detetive West sorriu e o Patrulheiro o observava seriamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Herois e Vilões" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.