Tay ainda olhava seriamente para Manley. O que ele queria dizer com aquilo? Tay suspirou.

— O que é isso, Manley? O que você quer dizer?

— Eu sei que o senhor quer saber o porque Hera Venenosa quer o protótipo, talvez o que eu vou contar esclareça as coisas para  o senhor.

 - Por que está contando isso agora, Manley?

— Não sei. Acho que o senhor não iria achar respostas sobre o protótipo, e eu me lembrei... Talvez isso possa ajudar.

— Espera! Aguenta ai! Vou fazer pipoca! - Exaltou Ted

Ted correu na direção da cozinha e Tay suspirou profundamente colocando uma mão no rosto.

Na parte sul da cidade, no apartamento, Donn entrou na casa com a bagunça habitual. Mas havia algo que não era comum ali. A parede da janela estava toda cheia de raízes negras. Savannah olhava pela janela. Ele lentamente se aproximou dela e tocou em seus ombros.

— Savannah, querida, o que foi? - Perguntou ele suavemente

— Não foi nada, Donn. Não foi nada. A proposito, eu vi o seu videozinho.

— É mesmo? Eu não deveria ter deixado ali...

— Chega! Para com isso! Mas você conseguiu. Eu vou destruir o Patrulheiro. Eu irei me vingar.

Savannah olhou pela janela, olhando as nuvens grossas e cinzas que se formavam, vendo os primeiros pingos de chuva caírem. Donn ainda estava com a mão no ombro dela, atrás dela, olhando para frente.  Ele sorriu de lado, enquanto ainda a segurava.

Na suíte, Tay sentiu um arrepio repentino. Manley o observou.

— O senhor está bem, senhor Tay?

— Estou. Deve ter sido apenas um calafrio. Está começando a chover. - Observou Tay olhando pela grande janela

— Cheguei!

Ted se aproximou com uma tigela de pipoca na mão. Manley suspirou.

— Sente-se crianças. Essa historia é de 23 anos atrás.

Ted e Tay se sentaram no sofá enquanto Manley ficou na frente deles.

" Em uma noite, em Nova York, uma mulher de vestido verde curto, e cabelos longos vermelhos  e olhos verdes, caminhava pelas ruas. Ela observava tudo em volta se sentindo incomodada pelo barulho. Ela queria estar em um lugar tranquilo, longe daquela multidão toda. Ela parou em um beco.

— Maldito Coringa. Pode ter sido dessa vez que ele conseguiu me afastar, mas voltarei para Gotham mais forte do que nunca, e irei acabar com aquele controle patético que ele tem sob Arlequina.

Enquanto caminhava ela sentiu alguém a seguindo. Ela se afastou do beco e encostou em uma parede de tijolos.

— Batman? Ele mandou alguém me procurar. Não estou na minha força agora...

Ela andou mais rápido até ver um apartamento luxuoso com luzes brilhando, pela janela parecia ser uma festa. Ela não podia escapar do olheiro, mas poderia despita-lo. Ela rapidamente correu na entrada do apartamento, onde havia mulheres e homens conversando de mascara.

Ela viu uma mascara preta  caída no chão e a pegou vestindo logo em seguida. Ela sorriu de lado e caminhou até a sala do apartamento pegando uma taça de champanhe da bandeja de um garçom. Ela caminhou e olhou em volta. Havia muitas pessoas, mais mulheres. E o apartamento tinha muita tecnologia em volta. Um homem de terno, com mascara preta, e cabelos castanhos se aproximou dela, segurando a mão dela gentilmente.

— Sou Mr Stark. A quem devo a honra? - Ele olhou para ela com seus olhos brilhantes

— Hera... Digo, Paula Irving.

— Encantado. - Ele beijou a mão dela

— Suponho que essa festa seja sua. - Comentou ela

— Está certa. Diga-me, a quem eu devo o prazer de ter convidado alguém tão linda para minha festa?

— Eu vim de penetra.  Desculpe. - Ela olhou para o lado, desconsertada

— Oh, não se desculpe. Os penetras são sempre as melhores pessoas, não é? Além do mais, não seria uma boa festa sem um penetra, não é?

— Acho que você tem razão. - Ela sorriu de lado

— Você pode ficar a vontade, com uma condição.

— Qual? - Ela questionou

— Terá que dançar uma dança comigo. - Ele estendeu a mão para ela

— Não recusaria um pedido do anfitrião.  - Ela pegou a mão dele

Eles foram para o meio da sala. Ele estendeu a mão e fez um gesto e uma musica lenta começou a tocar. Ele segurou a cintura dela firmemente e começaram a dançar uma dança lenta. Ela colocou a cabeça no ombro dele. Estava conseguindo relaxar depois de dias fugindo do Coringa. Ele olhou para ela e sorriu.

— Por favor, não invada outra festa. Apenas venha aqui. - Eles riram

Ele esticou ela e a girou, colocando seu corpo sob o dela enquanto dançavam. Todos impressionados com a elegância deles, começaram a dançar, mas não conseguiriam ser tão elegantes.

Um tempo depois, eles pararam de dançar. O Mr Stark sorriu para ela.

— Me espere na varanda. Verá uma vista deslumbrante.

— Tudo bem.

— Oh, espere. Não podemos deixar a melhor parte. - Ele entregou uma garrafa de champanhe para ela

Ela pegou a garrafa de champanhe e duas taças e caminhou até a varanda e Manley ao olhar para ela abaixou a cabeça rapidamente. Ela o reconheceu e se aproximou dele.

— Manley não é? Faz um tempo que eu não o vejo desde que saiu de Seattle.

— Você não deveria estar aqui.

— Ah é mesmo? E você vai fazer o que?

— Talvez eu deva contar ao senhor Stark.

— Abra o bico e se juntará o seu filhinho. Há há há.

Ela abriu a porta da varanda, empurrando Manley que quase caiu. Ela sentiu o ar puro, o barulho não estava tão alto. A vista era deslumbrante como Stark tinha falado. Ela fechou os olhos e respirou fundo, e os ventos balançaram seus cabelos vermelhos. Stark se aproximou atrás dela e a tocou no ombro.

— Cheguei. Não demorei, não é? Não poderia ser rude com os outros convidados.

— Não demorou. Mas não está sendo rude deixando-os para ficar aqui comigo?

— Eu dou festas toda a hora então... - Ele coçou o cabelo

— Entendo. Então você também tem o habito de trazer garotas bonitas para sua varanda?

— Hummm... Não. Na verdade, eu não trago ninguém aqui. Você foi a primeira.

— Por que eu?

— Eu não sei.. Achei você diferente, diferente de tudo o que eu já vi... E isso me atrai. - Ele colocou a mão no rosto dela

— Eu não estou buscando por um relacionamento. - Ela olhou para o lado

— Me desculpe. Também o que eu poderia saber? Sou só um bêbado...

— Eu não acho você só um bêbado. Você sabe dar festas incríveis não é?

— Qual o seu medo? - Ele olhou para ela

— Não tenho medo de nada.

— Então qual o problema de se relacionar?

— Eu quando criança vi o que os relacionamentos são capazes de fazer.

— Não são todos relacionamentos que são iguais.

— E os seus são diferentes? Imagino que seja uma garota diferente a cada festa.

— Talvez esteja certa. Mas sabe o que mais eu sou? Persistente.

Stark puxou Paula Irving para perto e a beijou. Ela ficou surpresa. Ela poderia mata-lo ali, agora mesmo, mas de algum jeito, ela gostou daquilo. Ela retribuiu o beijo. Ele a envolveu em seus braços a inclinando um pouco.

No dia seguinte, quando o sol surgiu ela saiu rapidamente do apartamento do Mr Stark. Quando Stark acordou, ela não estava mais lá. Ele caminhou até a cozinha, e ouviu a porta batendo. Manley foi atender e um homem encapuzado estava parado na porta.

— O Mr Stark por favor?

 - Quem é, Manley? Diz para a mulherada que estou de ressaca hoje.

— É um homem senhor.

— Muito menos. Humm.. O que você quer?

— Eu vim de Ghotam pedir uma informação ao senhor ao pedido do Batman. O senhor viu essa mulher? - Ele mostrou uma foto de Hera Venenosa

— Essa é...

— Isso mesmo. Ela vem causando muitos problemas para nossa cidade. Batman planeja captura-la o quanto antes.

— Ela está na minha cidade. Então agora é problema meu. Eu cuido disso.

Stark vestiu sua armadura do Homem de ferro e voou até onde Hera Venenosa estava. Ela estava perto de um rio respirando fundo. Se virou de costas até perceber a presença dele.

— Você..?

— Você virá comigo, será mandada de volta para Ghotam.

— Não vou mesmo. Eu tenho um encontro.

— Stark? Ele só usou você. Ele é um mulherengo. Riu de você assim que saiu.

— Ah é? Eu irei destruir você, Stark, sua geração, tudo o que você construiu!"

Manley acabou de contar e Tay estava serio.

— Cara, o Homem de ferro é foda. Ele gosta de festas como eu.

— Você tem razão, Ted. Tenho que falar com o Homem de ferro. Mas não irei ligar. Eu vou ir para Nova York.

Manley e Ted olharam Tay que estava serio.