Herois e Vilões escrita por karollabele


Capítulo 17
Veneno




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Na suíte, Ted e Manley estavam sentados no sofá. Manley segurava a foto de um garoto de cabelos castanhos e olhos marrons um pouco gordinho. Ted olhou para ele um pouco comovido.

 

— Nossa cara, eu não fazia ideia do que você já passou. Sinto muito por tudo isso.

 

— Obrigado por entender senhor Ted.

 

— Esse é mais um motivo para pegarmos a Hera venenosa. Ela vai pagar!

 

— Agradeço senhor Ted, mas eu aconselho que o senhor, e nem o senhor Tay se envolvam nisso.

 

— Como não nos envolver, Manley? Ela está interessada naquele protótipo do Homem de ferro. Falando nisso, você sabe o motivo disso?

 

— Bem... - Ele olhou para o lado

 

— Me fale o que você sabe! - Exasperou Ted

 

— Eu não sei muito, senhor Ted. Só que o Homem de ferro e ela se encontraram antes.

 

— É mesmo? Onde?

 

— Em Nova York.

 

Ted ficou pensativo, e olhou para frente.

 

Em um laboratório abandonado e mal iluminado, Tay estava deitado em uma maca. Ele estava sem armadura, e estava suando muito, ainda inconsciente. Havia equipamentos não utilizados e jogados pelos cantos. As paredes eram escuras, e não havia portas. Parecia que ninguém ia ali. Savannah estava com uma regata preta e alguns arranhões. Ela estava sentada na entrada do laboratório. Ela segurava a mão no braço arranhado e se lembrava da conversa com Snow.

 

"Savannah abriu os olhos, e olhou em volta. Um teto escuro, nenhuma iluminação. A pouca iluminação que tinha, vinha de fora. Savannah lentamente olhou para o lado, e viu uma pia não utilizada. Onde ela estava? Ela se perguntou. Ela não teria nenhuma resposta para isso. Ela olhou para o outro lado e viu o Patrulheiro deitado em uma maca do lado esquerdo do dela. Ela se levantou e colocou a mão na cabeça. Por que Donn fez aquilo? Lentamente ela se levantou e ouviu uma voz atrás dela:

 

— Ora, ora..

 

— Hmmm? - Ela olhou para trás

 

Snow estava com os braços cruzados, usando uma regata branca e um colete branco parecendo neve e peludo, destacando os músculos. Ele sorria de lado.

 

— Olha só quem acordou. Vocês estão me devendo um obrigado.

 

— Você nos salvou? Por que?

 

— Eu estava espiando vocês. Vocês vieram atrás de mim. Péssimo negocio por sinal, acabaram encontrando um cara barra pesada. Eu fiquei escondido atrás da arvore assistindo tudo. E que Show falando nisso!

 

— Isso não é hora para gracinhas. - Ela caminhou um pouco e se desequilibrou. Snow a segurou

 

— Calma ai fofinha. Vai acabar caindo e se machucando mais.

 

— Eu estou bem. Sei me virar sozinha.

 

— É. Talvez. Mas não posso dizer o mesmo do nosso amigo ali. - Snow gesticulou a cabeça para o Patrulheiro inconsciente.

 

— Droga. Me esqueci dele.

 

Savannah correu na direção do Patrulheiro que ainda suava.

 

— Sabe que você é mais bonita agora do que quando usava aquela mascara horrenda?

 

— Minha mascara não é horrenda! - Savannah olhou para ele irritada

 

— Tanto faz. Vai ajudar o cara ou não?

 

— Eu não sei como ajudar... Não sei o que ele tem...

 

— Que bom que eu sei...

 

Snow olhou para o cima, desconversado. Savannah se irritou mais.

 

— Então o que ele tem?

 

— Ah.. Isso... Hummmm... Por que eu ajudaria vocês?

 

— Então por que ajudou agora?

 

— Boa pergunta. Eu estava entediado. Não podia lutar com os dois idiotas desmaiados.

 

— Que bom que entretermos você. - Disse ela, irônica

 

— Até que não. Verem vocês dormindo é bem entediante. E você baba muito enquanto dorme.

 

— Como é que é?! Eu não babo, tá legal?! - Gritou Savannah exasperada

 

— Ei, calma ai. O paciente é ele ali. Não tem que perder seu tempo comigo.

 

— É. Que bom que não. Porque você seria o próximo a babar.

 

— Como você? Eu duvido. Você baba como uma cachoeira. - Snow fez um gesto de cachoeira com as mãos.

 

Savannah se irritou e pegou uma bandeja metalizada e jogou em Snow, que desviou.

 

— Calma ai, foi só brincadeira.

 

— Vai se ferrar!

 

— Relaxa. Você tem que cuidar de outra pessoa, não é?

 

— É mesmo.. Culpa sua que está me distraindo..

 

— Oh, eu distraio você? Que bonitinho. Eu realmente tenho uma aparência irreparável. As mulheres não me resistem.

 

Savannah revirou os olhos.

 

— Não seja ridículo.

 

Ela se aproximou do Patrulheiro. Ele ainda suava. Ela olhou para Snow.

 

— E ai?

 

— E ai o que? - Ele olhou para ela

 

— Vai colaborar, ou não?

 

— Ah é.. Aquele cara parecendo um polvo robotizado. Serio, qual o problema de vocês? Por que tudo tem que ser parecido com robô? É a revolução dos robôs isso aqui?

 

— Continue... - Resmungou ela

 

— Bom, aquele lula injetou um veneno... Ele disse que era... era.. Ah, lembrei! Veneno de escorpião fatal do deserto!

 

— Escorpião do deserto? Por que não falou antes sua anta? Esse veneno irá mata-lo em poucos minutos.

 

— Que pena.. Não me chamem para o funeral. - Ele se virou de costas para sair do laboratório

 

— Não tenho outra escolha. Terei que remover a armadura.

 

— Opa.. - Snow rapidamente apareceu perto dela

 

— Não ia embora? - Perguntou ela

 

— Ah, o que seria de vocês sem mim? Mas você tem certeza que quer fazer isso?

 

— Não tem outro jeito.

 

Savannah rapidamente tirou a armadura do Patrulheiro e ficou com os olhos arregalados. Tay. O garoto irritante e questionador que a encheu de perguntas desde quando ela chegou na cidade. Snow se aproximou o rosto para ver, mas Savannah colocou a armadura nele antes que ele visse.

 

— Ei! Não tem graça!

 

— Não era para ter. Se manda.

 

— Hunf. Bem, espero que resolva os conflitos que surgirão disso.

 

— O que quer dizer com isso?

 

— Você logo vai descobrir. E eu vou me divertir a beça.

 

Snow saiu do laboratório abandonado e Savannah tirou a armadura de Tay. Ela encostou a mão no pulso e arregalou os olhos. Ele estava melhorando. Como isso era possível? Ele devia ter morrido, mas ao invés disso, está recuperando, lentamente, mas está. Será que era um tipo de imunidade ou resistência? Pensou Savannah. Ela pegou um pano e o molhou na pia não utilizada e colocou na testa de Tay. "

 

Savannah ainda estava sentada pensando em tudo que tinha acontecido. Ela ouviu um barulho e se levantou indo para dentro do laboratório. Tay olhou em volta e viu que estava sem armadura. Ele olhou para Savannah.

 

— Você..

 

— Parece que você se recuperou muito bem.

 

— Eu não fui o único a fazer coisas boas. Você também me enganou muito bem.

 

— Eu não..

 

Tay se levantou e se aproximou dela.

 

— Me faça um favor? Me esqueça. Eu não devo nada a você. Você que me colocou nessa situação em primeiro lugar.

 

Savannah arregalou os olhos. Tay estava com os olhos frios. Ele pegou a armadura e saiu do laboratório abandonado com um pouco de dificuldade.

 

Ela abaixou a cabeça e sentiu um vento frio. Donn estava com as mãos nos bolsos do sobretudo. Ele sorriu para ela.

 

— Ora. Como as coisas acabam bem. - Disse ele irônico

 

— Você! É tudo culpa sua!

 

— Que culpa tenho eu? Deveria ter sido vilã desde o inicio. Não devia ter fingido que era uma heroína, porque nós dois sabemos que você não é. Está chateada por que seu disfarce acabou ou é outra coisa?

 

— Não é nada.

 

— Que bom. Porque a missão mudou. Você deverá matar o Patrulheiro.

 

Savannah arregalou os olhos, enquanto Donn sorria a observando.


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