Tay olhava o antropólogo seriamente. Hera venenosa estava atrás daquele protótipo, mas para que? Tay ficou pensativo. Afinal, quem era Hera venenosa mesmo? Ted notou a expressão dele e se levantou.

— Bem... Isso é uma surpresa. Tem mais alguma informação? - Perguntou Ted, olhando para o antropólogo

— Não. Foi só isso que eu descobri. Que essa vilã chamada Hera venenosa queria o protótipo já tem um tempo atrás, mas não sei suas motivações.

— Obrigado. O senhor ajudou bastante.  - Tay apertou a mão dele

— De nada. Só quis ajudar. - O antropólogo apertou a mão dele

Tay se virou de costas para sair da sala do antropólogo. Mas ele o chamou:

— Espere!

— O que? - Tay olhou para ele

— Por que você tem tanto interesse nesse protótipo?

Tay sentiu um suou frio percorrendo sua cabeça. Ele o olhou desconsertado.

— Ah.. Não é nada demais. Sou fascinado por tecnologia. E achei esse protótipo interessante.

O celular de Tay começou a tocar e ele se sentiu aliviado. Ele atendeu o celular e se afastou um pouco.

— Certo. Estou indo para ai.

— O que foi? - Perguntou Ted

— Tenho que ir. Obrigado mais uma vez.

Tay saiu da sala e Ted o seguiu.

— O que realmente aconteceu? - Perguntou ele

— Eu não sei direito. Só me pediram para ir até um prédio comercial no centro da cidade.

— Quer que eu vá junto?

— Não precisa. Eu cuido disso.

— Espera.. Quem te ligou?

— Não ligaram para o patrulheiro, mas para mim como Tay. Eles querem que eu veja algo. Nao precisa vir comigo.

— Eu sou engenheiro mecanico. Posso ser util.

— Não vou te convencer, nao é? Tudo bem. Vamos logo.

— É assim que se fala.

No centro da cidade, havia uma outra faixa escrito "Nao ultrapasse", e as viaturas estavam estacionadas na frente de um predio branco com vidros transparentes, e vasos de flores na entrada. Nao demorou muito até que Tay chegou no local com o seu carro preto, estacionando logo em seguida. Ted saiu junto com ele e eles caminharam até um policial.

— Olá. Viemos em nome da universade de Tecnocity.

— Os cientistas? Podem entrar, mas estejam preparados para o que vão ver. - Alertou o policial

— Preparados para o que vamos ver? O que ele quis dizer com isso? - Sussurrou Ted para Tay

— Não sei, mas não estou gostando disso. - Sussurou Tay

Eles entram no predio, e havia um corpo de um homem caido no chao. Ele tinha cabelos marrons curtos e usava um terno azul escuro. Havia uma roda de policias no corpo. Tay olhou o corpo e se aproximou deles.

— Com licença, nós podemos ajudar? - Perguntou ele

— Quem sao voces? - Perguntou o policial

— Somos os cientistas.

— Ah.. Que bom que voces chegaram. Sou Calven. O chefe de policia. - Cumprimentou um homem usando terno marrom

— Sou Tay. Cientista fisco e também engenheiro tecnológico. Nao entendo por que nos chamaram aqui.

— Terão que falar com a perita criminal primeiro.

O chefe de policia apontou para uma mulher que estava de costas com cabelos soltos de costas segurando uma prancheta. Ela se virou e Tay e Ted a encararam surpresos. Era Savannah. O que ela estava fazendo ali? Tay ficou serio e se aproximou dela.

— Olá de novo.

— Ah, voce? Nao posso responder suas perguntas hoje. Estou trabalhando. - Ela se virou de costas

— Que coincidência. Eu também. Me mandaram falar com você.

— Serio? Por que?

— Eu nao sei. Poderia me explicar?

— Hummm.. Bem, houve um homicídio como pode ver. Estamos no prédio farmacêutico de Tecnocity. Esse homem que morreu era um funcionário.. Acho que era administrador financeiro. Você foi chamado aqui porque houve uma tentativa de abertura no cofre tecnológico do prédio, porem, entrou em modo de segurança. Irá explodir tudo se você não ajudar. - Explicou ela

Tay a olhou seriamente.

— Me leve até o cofre.

— Por aqui.

Savannah começou a caminhar e Tay a seguiu. Eles subiram um andar de escadas e aproximaram de uma sala com um cofre metalizado, saindo fumaça, com varias luzes acesas e com uma contagem regressiva na tela do cofre.

— Nossa..

— Só voce pode nos ajudar.. Afinal, voce nao foi o cientista que construiu esse cofre para o predio farmacêutico?

— É, fui eu... Como o sistema de segurança..- Tay abaixou a cabeça

— Que pena que foi ativado.. Voce tem menos de 10 minutos, espero que consiga. - Savannah sorriu se divertindo e se afastou

— Nao vou deixar voce me atrapalhar.

Tay colocou a mão no cofre de segurança e suspirou fundo. Ele havia construído, ele saberia como resolver. Mas a presença de Savannah o incomodava. Era como se ela vigiasse todos os seus passos. Tay se aproximou atrás do cofre e se aproximou dos fios. Ele tinha colocado um botão secreto para caso o sistema de segurança ativasse. Ele apertou o botão e o sistema parou a contagem. Savannah apenas o observava enquanto o chefe de policia se aproximou.

— Voce conseguiu. Que bom.

— É o que parece..

— Obrigado.

— O senhor nao precisa me agradecer. Apenas fiz meu trabalho.

Ted entrou na sala e acenou para Savannah.

— Ola Savannah, nao sabia que era perita.

— Oi. Voce nao sabe muitas coisas. Até mais. - Ela acenou e se afastou para falar com o chefe de policia

— Voce conseguiu. Parabens, cara.

— É.. Obrigado. Nao acha estranho a Savannah estar aqui?

— Parece que é a profissão dela afinal.

— Vou tirar isso a limpo.

Ele se aproximou de chefe de policia que estava conversando com Savannah. Ele sorriu ao olhar para Tay.

— Que bom que o senhor está aqui.

— Eu queria saber.. -

— Eu tenho algo importante para falar. Eu comentei com a senhorita Savannah o quanto ela nos ajudou hoje. - Interrompeu o chefe de policia

— Nao tenho duvidas quanto a isso. - Disse Tay serio

— É. Por isso seria um grande favor para nós se voce deixasse ela trabalhar com voces por um tempo na universidade. O que aconteceu aqui foi totalmente criminoso e muito bem planejado. Como voces criaram o sistema de segurança, pode ser util.

— Eu nao sei se é uma boa ideia. Fora que o departamento é só para cientistas.

— Que otimo. Eu sou biologa também. - Savannah sorriu para ele

— Como é que é? - Tay a encarou sem acreditar

— Otimo. Parece que tudo foi resolvido. Voces dois vão trabalhar juntos por um tempo.

Tay a olhou seriamente, e ela só sorria.