Tudo é sobre ela escrita por Camila J Pereira


Capítulo 5
A Garota No Terraço


Notas iniciais do capítulo

Edward está agindo como um pilantra, não é mesmo?
Vamos ver como está a Bella depois dessa armação.
Edward e Bella nesse ponto parecem impossíveis de se tornarem um casal.
Alguém ainda torcendo pelo Edward?



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Á noite, Edward recebia seus convidados. Algumas dezenas de alunos que faziam parte de alguma forma do seu ciclo de amigos da escola. Ele tinha também convidado Jasper, não queria que a sua inimizade com Isabella afetasse a amizade deles. Jasper recusou dizendo já ter compromisso com a Alice e é claro, Alice não iria para a festa já que estava tão grudada com Isabella. Edward lamentava que duas pessoas legais estivessem inevitavelmente se afastando dele.

No entanto, aquilo não fez desanimar, ele queria se divertir. Tinha bebida e música alta. Seus pais se soubessem daquilo, iriam enlouquecer, mas ele não se importava de verdade. Irina chegou e eles dançaram juntos, logo eles estavam trocando beijos. Aproveitou para pagar a sua dívida, pediu para Irina falar sobre Paul na festa. Irina os apresentou, eles começaram a dançar.

— Vamos subir.  - Irina insinuava-se com voz provocante ao pé do ouvido de Edward.

— Tudo bem. – Uma festa era ainda melhor quando algo desse tipo acontecia, então ele subiu com a garota e mal fechou a porta, Irina jogou-se nele, dando-lhe um beijo devasso.

Dali em diante ele não conseguia concentrar-se mais em nada, a não ser em despir a garota que lhe dava beijos cada vez mais escandalosos. Despiram-se rapidamente e entregaram-se aos desejos. Irina mesmo que não verbalizasse estava cada vez mais apaixonada por Edward, sabia que ele ainda não estava no mesmo patamar, mas guardava esperanças. Minutos depois, Edward saia do seu quarto, sem ao menos esperar que ela terminasse de se vestir. Ela estava um pouco decepcionada, ele nunca oferecia mais do que aquilo, mas era melhor do que nada. Sabia que Edward um dia se apaixonaria, pelo menos ele não ignorava o seu corpo.  

Ao descer, Edward deu de cara com Paul e duas garrafas de cerveja. Ele o abraça risonho dando-lhe tapinhas nas costas. Edward deduziu que tudo ia bem com Emily. Com a voz um pouco arrastada, Paul agradecia a Edward:

— Sabe, se não fosse por você iria demorar um pouco mais com a Emily. – Edward deu tapinhas no ombro dele retribuindo.

— Você mereceu. – Referiu-se ao que pediu mais cedo. – Só queria tê-la visto depois que destrancou a porta do terraço. - Paul parou indeciso. Edward sentiu um mau pressentimento. – Você destrancou a porta, Paul? - Repetiu.

— Eu acho que esqueci.

— Você o que?! – Sua voz soou um pouco estrangulada por causa do susto. Ele olhou para o relógio em seu pulso, já era quase meia noite. Isabella estaria no terraço a muitas horas, debaixo da chuva, vento e com certeza faminta. Aquilo poderia matar alguém.

— Eu não voltei.... Estava empolgado para vir a festa... – Justificou-se.

— Que merda! – Edward imaginou novamente o quão frio poderia estar no terraço. – Encontre Jacob e diga para que encerre a festa por mim. Consegue fazer isso¿ - Perguntou amargo. Não teria tempo de falar com ninguém, qualquer minuto poderia ser fatal para a garota no terraço.

Pegou o seu carro e dirigiu até a escola. Correu até a entrada, tinha voltado a chover forte e bateu na grande porta de vidro, ninguém atendeu. Tentou outras entradas e janelas. Edward já estava completamente encharcado e desesperado. Não era aquilo que queria que acontecesse, só queria assustá-la um pouco.

Depois de algumas tentativas, conseguiu entrar pelos fundos do prédio, havia luzes acessas naquele local. O segurança deveria estar por ali, mas antes de chamar a atenção para a sua presença, ele foi direto para as escadas. Viu a porta do terraço sendo bloqueada pela vassoura o que indicava que ela ainda estava lá. Edward a abriu e recebeu uma rachada violenta de chuva e vento congelante. Ela estava ao lado da porta, recostada na parede, encolhida de frio, sua mochila ao lado também parecia ensopada. Não soube identificar o sentimento que teve quando a viu abraçada as próprias pernas, parecia desacordada. Agachou ao lado dela e a sacodiu, Bella abriu os olhos lentamente. Estava com uma cor arroxeada por todo o rosto e lábios.

— Aguente um pouco mais. Vou te tirar daqui. – Bella não disse nada, não reagiu de maneira alguma com a presença dele ali. – Consegue levantar? - Continuou imóvel e trêmula. Ele deduziu que poderia estar em choque e muito fraca. Pôs a mochila dela nas costas e a pegou nos braços, percebendo o quanto ela era leve. – Tudo bem. Vamos sair daqui. – Bella estava com o rosto bem próximo ao dele, Edward a olhou por mais um momento. Seu coração estava apertado novamente por causa dela. Nada daquilo lhe trazia satisfação, mas a respiração dela em seu rosto, aquilo era bom. Tentou concentrar-se e desceu as escadas. No último degrau, ela segurou firme sua blusa colada ao corpo. Edward olhou para ela. Seus lábios tremiam.

— Na...Não deixe...

— O que? - Tentou aquecê-la ao apertá-la ainda mais contra seu corpo.

— Não deixe ninguém... Ver... – Bella respirou algumas vezes. Estava difícil falar. – Ninguém nos ver. – Ele não poderia imaginar que ela lhe pediria isso. Pensou que a primeira coisa que poderia fazer era gritar e mostrar para todos o que ele tinha feito com ela. Porque ele sabia que aquela altura, Isabella já teria deduzido que foi sua armação.

— Tudo bem. – Edward andou rapidamente até a saída e a colocou dentro do carro. Ligou o aquecedor, lamentando não ter nenhum cobertor para ela. – Levarei você até um hospital.

— Casa. – Ele a olhou incerto.

— Tem certeza?

— Casa. – Repetiu. Edward ainda não sabia se era o certo a se fazer. Ela ainda tremia, a pesar de sua cor já estar voltando ao normal. – Casa. – Edward a levou sem discutir, não sabia como agir, muito menos o que falar. Só lamentava imensamente. Ele parou diante da casa dela. Bella viu que as luzes estavam acessas, a sua avó deveria estar preocupada. Abriu a porta, Edward se apressou em sair e ainda a ajudou a descer. Seu gesto ríspido para manter uma distância dele, deixou claro que não havia desculpas.  

— Eu...

— Vá embora. – Ela não queria ouvir qualquer coisa que ele achava que tinha que dizer naquele momento.

— Não era para ser assim. Você sairia no final das aulas...

— Eu não quero te ouvir. Seu plano...o que deu errado...Não muda nada... – Bella estava chorando naquele momento. Sentia-se fraca e ferida de muitas maneiras. Aquilo fez com que ele sentisse vontade de abraça-la, era estranho. Ele mesmo parecia tão confuso e magoado.

— Isabella...

Afastando-se lentamente, Bella entrou em sua casa. Como esperado, a sua avó aguardava o seu retorno e deu um pulo ao vê-la. Assustou-se ao ver o estado da neta.

— Menina! O que aconteceu? Porque está tão ensopada? - Bella abraçou a avó sem se importa que estava molhada. Sentiu o aperto forte dos braços dela e sentiu vontade de chorar novamente, mas suportou. – Ligaram do seu trabalho, ninguém conseguia falar com você e você não tinha aparecido. Liguei tanto para seu celular e nada.

— Desculpe, vó. – Lamentou tê-la feito passar por aquilo. – Eu estou bem, só preciso tomar um banho quente.

A sua avó a ajudou a tirar as roupas molhadas e correu para a cozinha para fazer um chá para a neta. Quando ela entrou no quarto de Bella, ela já estava deitada debaixo das cobertas.

— Levante-se um pouco, beba esse chá e coma os biscoitos. – A senhora Bree pôs a bandeja do lado da neta. Bella sentou na cama, e bebericou o chá. – Contará o que aconteceu?

— Há essas líderes de torcida e o filho do Carlisle que andam me aterrorizando na escola.

— Até o filho do Carlisle? Porque?

— Ele pensa que sou amante do pai dele e está empenhado em me atingir. Eles me prenderam no terraço da escola e só consegui sair agora. Eu não quero mais falar sobre isso, vó. – Bella falava rápido enquanto voltava a deitar e se cobrir.

— Mas que absurdo é esse? Esses garotos são delinquentes por acaso? Devemos falar com a escola, com os pais deles e com a polícia. – Bella voltou a sentar assustada.

— Não!

— Você poderia ter ficado doente ou algo pior. – Sua avó estava irritada com razão.

— Vó, ele é o filho do Carlisle.

— Mesmo assim ele errou.

— Eu não quero resolver isso dessa maneira. Carlisle não merece.

— E você merece isso? - Bella encolheu-se na cama. – Esse machucado no nariz também foi implicância desses alunos? - Desviou o olhar inquisidor da avó, mas o sentia sobre ela esperando por uma resposta. – Menina eu te fiz uma pergunta. – Insistiu.

— Sim. – A velha senhora estava com o coração partido vendo que a neta estava sofrendo.

— Carlisle deve saber sobre isso.

— Ele está viajando.

— Quando ele voltar então. – Sua avó caminhou até a porta e voltou a olhar para ela. – E beba mais do chá antes de dormir. – Ordenou.

Bella obedeceu a avó mesmo sem vontade. Pensou que iria morrer aquele dia e sentiu pela avó. Quando Edward apareceu no terraço, completamente molhado e aterrorizado, ela teve certeza de que ele estava por trás de tudo aquilo. O bilhete, até possivelmente o sumiço do seu celular. Tudo fazia parte do seu plano para que ficasse sem comunicação. Um sentimento ruim tentava invadir o seu coração, estava muito triste, mas não pensava em vingança, na verdade, queria sumir.

***

Edward chegou em casa e ainda encontrou Jacob esperando por ele. O amigo tinha dispensado todos e ainda recolhia o lixo de sua casa. Jogou-se no chão que ficou completamente molhado por causa das suas roupas. Estava exausto e preocupado, nem ouvia direito as perguntas de Jacob. Passou as mãos pelo rosto e cabelos sentindo-se um tanto desesperado ainda.

— Alguma coisa aconteceu, mas você não quer dizer, é isso? - Jacob parou em sua frente. Estava mais do que curioso pela forma que o amigo agiu aquela noite. Saiu no meio de sua própria festa e mandou que ele dispensasse a todos. – Qual é! Deu vontade apenas de tomar um banho de chuva?

— Acabou de acontecer uma grande merda. – Enfim falou.

— Que tipo de merda? - Jacob sentou-se ao lado dele, pressentia que algo muito sério tinha acontecido.

— Eu armei para a Isabella. – Era a primeira vez que Jacob ouvia o amigo falar o nome da garota que vinha atazanando. – Fiz com que fosse presa no terraço. A ideia era liberá-la no final das aulas, mas Paul a esqueceu lá. Eu saí da festa e fui até a escola. Ela estava realmente mal lá em cima, estava muito frio e chovia tanto...

— Que merda, Edward! – Jacob sentiu tanta raiva que explodiu diante do amigo. – Você ficou louco?

— As coisas saíram do controle. – Edward choramingou.

— Você passou totalmente dos limites. Ela está bem agora?

— Eu não sei... A deixei em casa, ela não quis ir a um hospital.

— Você foi o maior idiota, sabia?

— Eu me sinto assim.

— Espero que depois dessa você pare com isso. Eu juro que sou capaz de... – Jacob limitou-se a xingar baixinho.

— Vai me entregar?

— Se aprontar mais uma dessas acha que ficarei só olhando? - Edward fechou os olhos com força. Tinha certeza que aquilo ainda iria lhe dar maiores dores de cabeça, apesar de Isabella parecer querer encobertá-lo no primeiro momento. - Como podemos saber se ela está bem? - Jacob precisava saber da garota.

***

Bella teve uma noite terrível e para piorar sentia-se um pouco resfriada, mas tinha que agradecer aos Céus por não estar ainda pior. Tinha ainda demorado para pegar no sono, remoendo todos os longos minutos que passou naquele terraço escuro, úmido e congelante. Tudo por que Edward Cullen agia como um mau caráter quando tinha algum assunto mal resolvido com alguém. Ele não era digno de ter Carlisle como pai. Ela espirrou no momento em que sua avó entrou em seu quarto.

— Imaginei que pudesse pegar um resfriado. – Ela lhe entregou um copo com algo efervescente. – Tome isso por enquanto, vitamina. Levante-se e vamos tomar café.

Quando se firmou no chão, percebeu o quanto o seu corpo parecia quebrado. A sensação era de que tinha corrido uma maratona, levado uma surra e em seguida sido atropelada. Tentou não gemer alto a medida que caminhava até a cozinha. Sentou-se diante de uma mesa farta, a sua avó havia trabalhado bastante para aquele banquete.

— Para que tudo isso?

— Porque você não se alimentou corretamente ontem e vi que não comeu nem os biscoitos que deixei. Se deixar seu corpo enfraquecer, o resfriado será mais forte.

Bella forçou-se a comer um pouco, mas tanto o desanimo quanto o resfriado não a deixavam ter um bom apetite. Engolia mesmo sem sentir o sabor e quando achou que não podia mais, apenas levantou e lavou a louça.

— Vou até a farmácia comprar alguns remédios para você.

— Deixe que eu mesma vou, vó.

— Não, você fica aqui. – Decidiu.

Bella agasalhou-se um pouco mais, sentia que estava ficando com febre. Assim sentou-se diante da tv para assistir algo. Logo assim que a sua avó saiu, a campainha soou. Intrigada ela foi atender e quase fecha novamente a porta, mas conteve-se.

— Oi. – Edward disse num fio de voz. Analisou a garota a sua frente. Bella estava um pouco agasalhada demais. O tempo tinha voltado a ficar mais ameno aquele dia.

— O que veio fazer aqui?

— Saber como você está. Você está resfriada? - Bella desde a noite passada via aquela expressão preocupada no rosto daquele garoto e não se convencia.

— Não interessa a você como eu estou. – Prestes a ter a porta fechada em sua cara, Edward apressou-se em segurá-la mantendo-a aberta. Aquilo desagradou Bella, ele percebeu em sua expressão.  

— Isabella, eu sinto muito por ontem. Eu sei que pisei na bola. Eu sei o quanto fui um idiota e por isso estou aqui. Quero pedir desculpas, sinceramente. E quero saber se precisa de algo. – Bella olhou por um momento para Edward, estava enojada.

— Edward Cullen, eu sou bastante rancorosa, por isso, não posso perdoá-lo por me deixar congelar no terraço. E sobre o que eu preciso: a única coisa de que eu preciso é que desapareça da minha frente. – Bella bateu com força a porta. Edward sobressaltou-se e sentiu-se um pouco desapontado. Não deveria esperar que ela o perdoasse tão rapidamente, sabia que deixa-la no terraço durante tantas horas tinha sido extremo, mas não foi por querer.

***

No domingo após o almoço num restaurante com o cardápio voltado a frutos do mar. Carlisle e Esme voltaram para casa. Os dois sentindo-se tranquilos e confiantes. Carlisle havia contado tudo na manhã do dia anterior. Descobriu que hesitou, que foi covarde sem motivos. Esme era realmente compreensiva.

No banco do taxi, eles estavam abraçados. Curtiam um ao outro, sem segredos, sem nada como obstáculo. Carlisle se sentia muito mais leve e ainda mais apaixonado pela confiança e compreensão da esposa.

— Devemos chama-la para um almoço ou jantar. Acha que ela vai gostar? - Carlisle a beijou deslumbrado.

— Acredito que sim. Bella é doce e agradável e tem um lado espirituoso. Não deveria tê-la escondido de vocês.

— Não se atormente, me certificarei de recuperar o tempo perdido. – Novamente beijaram-se apaixonados.

Quando chegaram em casa, nenhum dos seus filhos estavam presentes. Sabia que a Rosie estava no hospital, mas Edward deveria estar com os amigos em algum lugar.

— Filho, onde você está? - Esme ligou para o filho enquanto deixava as malas no quarto com Carlisle.

— Passei no shopping com o Jacob.

— Ah sim. Acabamos de chegar. Não demore. – Esme pediu.

— Tudo bem, mãe.

Edward desligou o celular. Jacob estava com um aparelho na mão, ele olhava suas funções.

— Chegaram?

— Sim. – Respondeu. – O que achou desse?

— É bem legal e discreto. Acho que combina com ela. A questão é: ela aceitará? - Edward pegou o aparelho celular da mão do amigo e deu a vendedora a sua frente.

— Por favor, embrulhe para presente. – Edward estava pensativo e seu coração não parava de parecer esmagado dentro do peito. – Pelo menos devo tentar, por minha causa ela perdeu o celular.

— Por sua causa ela quase morre. – Edward olhou impaciente para Jacob que não o ajudava.

— Não foi a minha intenção mesmo ela sendo a amante do meu pai.

— Não acha que ele vai perguntar de onde ela tirou esse aparelho caso aceite? - Edward pensou um pouco, estranhamente sentindo-se divertido com a ideia do pai sentir ciúmes dele.

— Ela pode inventar qualquer coisa, não é mesmo? Garotas são experts nisso.

Edward voltou para casa assim que pegou o novo celular que daria a Bella. Talvez com aquilo ela pudesse perdoá-lo. Ela teria que entender que não foi a intenção dele prejudicar a sua saúde. Ele abraçou a Esme assim que a viu em casa.

— Então, como foi a viagem? 

— Edward, porque você prendeu a Bella no terraço da escola? - Esme perguntou séria de repente fazendo Edward ficar sem reação. – Responda, Edward. – Eles se encararam por um tempo, Esme determinada a obter uma resposta e ele sem conseguir pensar em nada que diminuísse a sua culpa perante a mãe. Jogou-se no sofá, estava perdido.

Apoiou a cabeça entre as mãos, os cotovelos nos joelhos. Qualquer coisa que falasse seria ainda pior. Esme estava decidida a confrontá-lo, era um péssimo momento para a sua mãe ser tão insistente.

— Eu ainda não ouvi nada de você e estou esperando, perdendo a minha paciência. – Ali estava ela, a mãe autoritária e enérgica que só aparecia em momentos drásticos. Aquele era um dos momentos, Edward admitia.

— Mãe... – Choramingou, apelando talvez para o seu charme. Esme bateu o pé algumas vezes em sua frente.

— Você trancou a Bella no terraço? - Edward não tinha escapatória, teria que dizer a verdade.

— Sim. – Falou baixo, mas Esme ouviu muito bem.

— Olhe para mim! – Era um momento único, Esme Cullen fazendo com que sua voz ressoasse por todo o ambiente de maneira autoritária.

Reunindo a sua pouca coragem do momento, obedeceu a mãe. Olhou para ela com uma careta de hesitação. Ela estava realmente brava. Esme olhava para o filho com dureza, as mãos na cintura demonstravam a sua desaprovação.

— Eu deveria apenas mandar você para um colégio interno. – Edward temeu um pouco pela sua liberdade. – Você a trancou no terraço num dia chuvoso por várias horas.

— Só queria assustá-la um pouco. As coisas saíram do meu controle...

— Ah saíram? - Esme falou com desdém. – Saíram porque você nem deveria ter começado isso. Algo sério poderia ter acontecido com a Bella. Eu fui mesmo muito condescendente com seu comportamento, achando que você estava confuso por conta da idade, os hormônios e tudo o mais.

— Eu sinto muito, mãe. – Lamentou e ele lamentava de verdade.

— Vá para o quarto.

— Isso significa que estou de castigo? - A quanto tempo não passava por aquilo! – Eu sou praticamente maior de idade.

— Parece que falta muito para se tornar um adulto a julgar pelo seu comportamento. Eu ainda espero que o Edward de antes retorne. Não pense que vai escapar de pedir desculpas para a Bella. – Edward franziu o cenho, dando-se conta de que a sua mãe tratava a garota como “Bella”.

— Bella? - Esme desfez sua expressão dura e pareceu um pouco desconcertada. - Sabe por acaso quem é ela?

— Sim, sei.  – Edward deixou o queixo cair.

— Como assim? Isabella, aquela garota...- E a sua voz voltou a ser acusatória.

— Edward. – Esme o interrompeu em seu limite. – Vá para o seu quarto, agora. – Edward sem outra alternativa, obedeceu a mãe, confuso, sem saber se a mãe conhecia a verdade sobre Isabella. Como ela poderia saber da verdade e preocupar-se tanto daquela forma? Esperou o pai chegar, tudo aquilo estava apenas começando.


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