Anabella Salvatore- a Nova História de B escrita por KathyCullen


Capítulo 6
Capítulo 5: Desconfianças


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!

Mil perdões pela demora. Minha vida anda muito tumutuada, e fica difícil criar novos capítulos com tantos problemas na cabeça.

Espero realmente que curtam este capítulo.Levou tempo para terminá-lo e revisá-lo. E o resultado foi ótimo, pelos menos na minha opinião. Foram 8 paginas do word, e mais de 3.600 palavras.

Neste capítulo teremos um pouco mais de Bella e os Quileutes.

Boa leitura!!!



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Capítulo 5: Desconfianças

Bella Pov

Jacob Black, meu amigo de infância, estava parado ao meu lado, junto com outros quatro garotos tão altos e fortes quanto ele. Dois desses meninos eu reconheci como Quil e Embry,  pois já os vi várias vezes  com Jake. Billy estava mais afastado, junto com outros dois homens.

Pude perceber que todos ofegaram alto quando abri meus olhos, e estavam me olhando com choque escrito em todo o seu rosto.

-Bella?- Jake chamou, um pouco receoso.

Me virei na sua direção e percebi que ele estava tão estranho quanto os outros. Inclinei minha cabeça para o lado e o estudei por um momento, tentando entender o que estava errado.

-Jake? Por que está me olhando assim?-perguntei,  sem conseguir conter minha curiosidade.

-Seus olhos...-murmurou, ainda meio chocado.

Eu estava começando a ficar irritada por não conseguir uma resposta esclarecedora. E acho que meu rosto expressou toda a minha irritação, pois um dos meninos, que reconheci como Sam Uley, corrreu até o banheiro e voltou com um espelho na mão.

-Olhe! –ordenou, pra minha surpresa, me entregando o espelho.

Fiquei irritada por ele mandar em mim, mas decidi deixar essa passar, pois minha curiosidade estava me matando. Então, fiz o que ele mandou.

De primeira eu não achei nada que pudesse ter causado aquela reação neles, meu rosto ainda era o mesmo...a única diferença eram os pequenos cortes na minha bochecha. Já estava me virando para perguntar o que estava errado, quando percebi algo me assustou terrivelmente...meus olhos estavam azuis.

Meus olhos se arregalaram quando encarei os dois orbes incrivelmente azuis pelo espelho. Era uma azul bem claro e chamativo, não sei como não reparei logo de cara. Eles eram extremamente belos e, por uma estranha razão, bastante familiares.

De repente, a imagem do garoto do meu sonho, o que se chamava Damon, surgiu na minha mente. Seus olhos eram idênticos aos meus e, com uma olhada mais atenta, eu podia perceber que não eram apenas nossos olhos que eram iguais. Seu nariz e seus lábios também eram idênticos aos meus, assim como o formato de nossos rostos. Nós poderíamos facilmente passar por gêmeos, se não fosse pela óbvia diferença de idade.

Eu estava completamente confusa. Quem era esse garoto? Quem eram aquelas outras pessoas? O que significavam esses sonhos?  Por que eu sinto esse aperto no peito quando penso neles? Será que eu estou recebendo imagens da minha vida passada? Por que eu pareço exatamente como aquela menina do sonho? São tantas perguntas...

Pude perceber uma movimentação pela minha visão periférica. Virei minha cabeça para o lado, tentando descobrir o motivo de tanta agitação. Sam e Jacob estavam segurando um dos meninos que eu não conhecia. O garoto estava me lançando olhares extremamente hostis e seu corpo todo tremia intensamente. Involuntariamente me levantei e me movi até o final do sofá, tentando colocar a maior distância possível entre eu e eles. Em minha mente rodavam palavras confusas... perigo...inimigo... amaldiçoado...

-O que você é?-rugiu o garoto, o ódio transparecia em sua voz.

Eu o encarei confusa. Como assim? E por que todo esse  ódio por mim? Ele nem me conhece...

-Paul, cale a boca! –Sam falou, com autoridade em sua voz, novamente.

Paul...Então esse é o nome do Sr. Nervosinho...

Para minha enorme surpresa, ele acatou a ordem de Sam de imediato. Lancei um olhar incrédulo a eles. Era como se Sam mandasse em Paul, de alguma forma. Dando uma olhada mais atenta no grupo, pude reparar que todos eles agiam como se Sam fosse seu líder. Até mesmo na forma como eles se posicionavam, atrás de Sam, como se fossem seus seguidores. O que está acontecendo aqui?

Quando Paul estava mais calmo, Sam o largou e se aproximou de mim.

- O que você é?-repetiu a pergunta

Eu estava começando a ficar irritada de novo. Fechei meus olhos e respirei fundo, na tentativa de me acalmar. E deu certo.

-Com assim?-perguntei, ainda com os olhos fechados.

Quando abri meus olhos, todos ofegaram alto...de novo.Qual é o problema agora?

-Bella, seus olhos voltaram ao normal. –disse Quil, antes que eu pudesse fazer qualquer pergunta.

Olhei no espelho novamente, só para me deparar com os meus usuais olhos chocolates. Suspirei, aliviada. Menos um problema...

Abri a boca pra perguntar algo, mas fui interrompida por Sam, que estreitou os olhos em minha direção.

-O.Que.Você.é? –ele perguntou novamente,  rosnando.

Fiquei completamente chocada,  ele realmente rosnou pra mim? Antes que eu pudesse responder, Jacob começou a caminhar em minha direção.

-Jacob, se afaste! –Sam falou, novamente num tom autoritário.

Jacob o obedeceu prontamente, porém bastante relutante,  se colocando atrás de Sam de novo. Isso tudo me deixou confusa e irritada.

-Será que alguém poderia me dizer o que diabos está acontecendo aqui?-perguntei, sem me importar com o volume da minha voz.

Reparei, com espanto,  que os cinco meninos ali presentes começaram a tremer mais ainda,  principalmente Paul e Sam. Que merda é essa?

-É o que eu quero saber. O que você é? Tenho certeza que não é uma humana.-disse Paul,  furioso.

De  repente, me bateu uma enorme vontade de dar um soco nele. E isso me deixou bastante surpresa, já que sempre fui uma pessoa calma...bom,  pelo menos até agora.

Respirei fundo,  tentando me acalmar, antes que fizesse algo que me arrependesse depois.

-Olha, eu realmente não sei do que vocês estão falando. Que eu saiba,  eu sou e sempre fui  uma humana.-falei,  olhando pra cada um.

Tinha algo neles que simplismente não me caia bem, mas eu não podia dizer o que era. Eu apenas tinha  uma sensação de que eles eram especiais e diferentes...e que escondiam um grande segredo. Mas...o quê?

-O que aconteceu com seus olhos? Por que eles mudaram de cor? E como você se curou tão rápido? Nenhum humano é capaz disso.-falou Sam,  estreitando os olhos pra mim.

E então eu percebi o que estava errado sobre eles.

-Por que vocês agem assim, como se não fossem humanos? Do jeito que falam, parece até que são outra coisa. Por que isso? –perguntei,  tentando achar em minha mente alguma explicação para isso.

Apesar de toda a raiva, eles trocaram olhares receosos entre si, o que não passou despercebido por mim.

Paul se lançou em minha direção e agarrou meu braço, apertando-o.

-Isso não é da sua conta, amante de sanguessugas. Agora pare de enrolar e responda, de uma vez por todas, o que você é? –ele disse,com um olhar demoníaco no rosto,  arreganhando os dentes incrivelmente afiados pra mim, exatamente do mesmo jeito que os lobos fizeram para Laurent.

Realização bateu em mim e a lembrança de uma conversa que tive com Jake a muito tempo atrás voltou em minha mente...do dia em que fui à praia com o pessoal da escola e Jake me contou as lendas locais. 

Puta que pariu! As lendas  são verdadeiras!

Meus olhos se arregalaram e meu coração acelerou.

-V-Vocês...vocês  são os lobos!Os lobos que  me salvaram na floresta...de Laurent...-falei, tentando conter a vontade de sair correndo da casa, pra longe de todos eles.

Por um momento todos ficaram estáticos,  me olhando surpresos e chocados. Paul foi o que se recuperou  primeiro e apertou mais meu braço,  ignorando  meu grito de dor. Seu corpo começou a sofrer  espasmos violentos, me sacudindo junto com ele. Os outros meninos correram em nossa  direção,com Jake e Sam na liderança,  e puxaram Paul, fazendo ele me largar. Jacob deu um empurrão em  Paul,  fazendo-o voar pela porta, levando-a consigo.  Pude ouvir  um barulho de roupa se rasgando,  antes de  ver Jacob sair pela porta, correndo em direção a Paul,com Sam em seu encalço.

Sem nem  ao menos pensar, corri atrás deles, mais  por curiosidade do que qualquer outra coisa. Parei no topo das escadas, olhando pra cena na minha frente, fascinada e assustada ao mesmo tempo.

No jardim de Billy, perto da entrada para a floresta, estavam dois lobos enormes atracados,  lutando entre si. Um era cinza e o outro, que era maior e mais robusto, era de um marrom avermelhado. Eu não sabia dizer como nem porque,mas algo me dizia que Jacob era o  lobo marrom.

Sam correu em direção a eles e estourou em um enorme lobo preto. Num só impulso, ele lançou Paul na floresta, depois fez o mesmo com Jacob,e então eles sumiram de vista. Sem pensar, comecei a descer as escadas, com a intenção de segui-los, mas alguém agarrou meu braço,  me impedindo de seguir adiante. Olhei pra trás e vi que era Quil que me agarrou. Lancei um olhar raivoso a ele,  por não me deixar ir atrás dos meninos. Apesar de tudo que Jake me fez, eu ainda me preocupava com ele.

-Não me olhe assim,  boneca. Não há nada que você possa fazer ali. Se você se meter, vai acabar se machucando. Deixa que Sam cuida disso. –falou Quil,  piscando pra mim.

Ignorei o seu flerte e olhei pra floresta novamente.

-Mas...-sussurrei, sendo interrompida por Billy,que estava um pouco atrás de Quil.

-Sem “mas” Bella. Eles podem resolver isso sozinhos. Agora vamos  voltar para a sala,pois temos muito o que falar.-ele disse, rudemente.

Ergui minhas sombrancelhas pra ele, confusa e surpresa com o seu tratamento rude. Quando não recebi nenhuma resposta, simplismente dei de ombros e o segui pra dentro da casa. Me sentei no sofá grande, sem conseguir esquecer a cena que presenciei agora a pouco. Então tudo o que Jake me disse era verdade.Bom, isso não deveria ser nenhuma surpresa, considerando que eu atraio todo o tipo de criaturas místicas. Me pergunto qual será a próxima...Elfos? Fadas? Bruxas?

-Bella...você estava falando a verdade, quando disse que é apenas uma humana? –perguntou Billy, num tom receoso, mas ainda ríspido.

-Sim, Billy. Eu estava falando a verdade.Até onde eu sei,  sou apenas uma humana. Eu não faço a menor idéia do por que meus olhos mudaram de cor...nem da minha cura rápida. Isso nunca aconteceu antes. Eu juro! –falei, tentando soar o mais convincente possível.

-Então, por quê você tem essa cicatriz feita por um frio? Por que você não se tornou uma vampira? –perguntou, apontando para o meu pulso.

Involuntariamente, coloquei minha mão sobre a cicatriz, passando os dedos pela pele marcada, e me encolhi, ao lembrar do dia em que a ganhei. Do fatídico dia que James tentou me matar.

Antes que eu pudesse responder,Jake e os outros dois meninos passaram pela porta,  rindo e dando socos um no outro, de brincadeira. Sam se sentou no outro sofá, junto com o velho Quil e Harry. Jake e Paul se sentaram no chão, com Quil e Embry. Billy estava sentado do meu lado esquerdo, e um outro garoto do meu lado direito.

Quando todos já estavam acomodados,  me virei para Billy e comecei a contar todo o incidente com o clã de James. Dizer que eles ficaram chocados era um eufemismo. Se a situação não fosse tão delicada e desconfortável, eu provavelmente estaria rindo horrores. A cara deles era realmente hilária.

Estava chegando na parte onde eu acordei no hospital em Phoenix, quando Sam me interrompeu.

-Peraí...você está dizendo que foi mordida, mas que o seu parasita sugou o veneno pra fora, impedindo sua transformação?-ele perguntou, com os olhos arregalados.

-Sim...foi exatamente isso que eu disse. –falei, revirando os olhos pra ele.

Será que vou ter que ficar repetindo as coisas toda hora?

-Então aquele vampiro moreno fazia parte do clã que te atacou? –perguntou Billy

-Sim.

-Mas o que ele queria com você?-perguntou Jake

-Ele disse que estava  fazendo um favor pra Victória. Ela era companheira de James...bom,  pelo menos era isso que ela achava. Pelo que ele me disse, parece que ela quer vingança pela morte de James. Companheiro por companheiro...foi o que Laurent disse. –falei

-Você já  falou com os Cullens sobre isso? –perguntou Sam, estreitando seus olhos pra mim.

-Não. Eu não faço a menor idéia de onde eles estão, nem como encontrá-los. E, pra  falar a verdade, eu realmente não quero chamá-los. Não é como se eles se preocupassem comigo  ou coisa parecida. –falei,  dando de ombros.

E isso era a  mais pura verdade. Todos eles saíram sem nem  ao menos um adeus. Nem mesmo  uma carta eles deixaram. Simplismente sumiram de  minha vida...como se nunca tivessem existido. Abriram as portas de seu mundo pra  mim e me abandonaram com as conseqüências disso. Me deixaram só, pra enfrentar e arrumar a bagunça que eles fizeram.

-Como assim?-perguntou Jake

-Olha, eu realmente não quero  falar sobre isso. E, de qualquer maneira, eu não te devo nenhuma explicação.- terminei,  lançando a ele um olhar  frio.

Pude perceber que ele se encolheu um pouco,  e ficou com  uma expressão de dor, mas logo se recuperou e colocou uma expressão fria na cara,  me fazendo ver que ele não era  mais o meu amigo...o meu Jacob.

Antes que qualquer um dissesse algo, eu continuei.

-Eu sei que vocês querem respostas, mas eu não  posso dá-las, porque eu não as tenho. Garanto que estou tão confusa quanto vocês. Eu realmente não sei por que meus olhos mudaram de cor, nem por que me curei tão rápido. Inferno...eu nem sei se aquilo realmente aconteceu,  ou se foi apenas minha imaginação. –falei, totalmente frustrada, mas eu realmente quis dizer isso.  Como eu poderia explicar para eles algo que nem eu mesma sabia?

-Tudo bem,  nós acreditamos em você. Porém, eu acho que seria sensato colocarmos uma patrulha na sua casa,  apenas por segurança,  até que agente descubra o que aconteceu com você. Não quero deixar Charlie desprotegido. –disse Billy, num tom que dizia que não tinha discussão.

Olhei pra ele, chocada.  Ele estava falando sério? Realmente  acreditava que eu sou um perigo para  meu pai?

-Isso é  ridículo! Você acha que eu machucaria meu  próprio pai? –perguntei,  sem esconder  minha indignação.

-Eu não sei,mas prefiro não arriscar...pelo menos não até que tenhamos as nossas respostas. Eu sei que  você não gosta disso Bella, mas pense na segurança de seu pai. Nós não sabemos o que aconteceu e nem o que ainda pode acontecer. –disse Billy,  parecendo realmente preocupado com meu pai,e com um pouco de pena de mim.

-Eu  realmente não me importo se você quer colocar alguns dos lobos pra fazer  patrulha na minha  casa...pode colocar todos eles se quiser. O que me deixou chateada foi você achar que eu machucaria Charlie. Você quer que eles me vivigem?Tudo bem...sem problemas. Mas eu tenho uma condição. –falei, determinada.

-Qual? –Billy perguntou, visivelmente curioso.

-Eu quero que todos eles mantenham distância de Charlie. –disse,  meio petulante.

-Por que? –perguntou Sam,  parecendo bastante ofendido.

-Pelo que percebi, através do nervosinho ali...-falei, apontando para Paul. -...vocês não sabem controlar direito a transformação,  principalmente quando estão chateados. Eu não confio em vocês. Acho que seria sensato ficarem longe do meu pai, apenas por segurança. –completei, usando as mesmas palavras que Billy tinha usado contra mim.

Pude perceber que todos ficaram chateados,  mas não falaram  nada pois sabiam que eu estava certa.

-Isso é razoável...e justo. Nós aceitamos sua condição. Porém...nós temos uma também. –disse o velho Quil.

-E qual é? –perguntei, colocando minha atenção total nele.

-Se os  meninos perceberem que há algo errado e tentarem intervir,  você terá que obedecê-los sem fazer quaisquer perguntas...e imediatamente. –ele completou.

Bem, não  é como se eu tivesse outra opção,  né? Eles irão fazer essa  merda de qualquer jeito, com ou sem o  meu consentimento.

-Tudo bem, eu aceito. –suspirei, resignada. Olhei pra cada um deles  antes de continuar. –Mas alguma coisa que gostariam de falar...ou impor? –murmurei,  num tom cheio de petulância.

-Não.  Por enquanto é  só isso. Se acontecer algo num futuro próximo,  nos reuniremos aqui novamente pra discutir o assunto.  – Billy falou.

-Ótimo! Agora eu preciso ir pra casa. Se Charlie chegar em casa e não me encontrar, irá ficar louco de preocupação. –disse,já me dirigindo á porta, sem esperar por  respostas.

-Bella! – gritou Jacob, mas eu o ignorei e continuei andando até minha caminhonete.

Rapidamente abri a porta e entrei no carro. Já estava ligando-o quando ele apareceu na janela.

-Ei...será que tem como agente conversar um pouco? –ele perguntou, receoso.

Eu apenas olhei pra cara dele, totalmente incrédula e chocada com a sua cara de pau. Ele estava falando sério? Depois de me ignorar por todas essas semanas, ele acha que pode simplismente chegar e agir como se tudo estivesse bem, fingindo que nada aconteceu? Ahh...só nos seus sonhos.

-Jacob,  eu não tenho tempo pra isso agora. Eu realmente tenho que ir pra casa. Tenho coisas pra fazer. –falei, num tom seco e frio.

Eu quase tive pena ao ver a cara que ele fez...quase. Ele, aparentemente, não se importou comigo nessas últimas semanas...não deu a mínima  pra mim, simplismente me deixou de lado...como os Cullens haviam feito. E eu realmente já estava cansada dessa merda. Cansada de dar todo o meu  amor às pessoas, pra depois vê-las pisando em mim como se eu fosse nada. Cansada de vê-las me tratando como algo descartável.

-Bella, por favor! Eu realmente preciso falar com você. – ele insistiu, me deixando mais irritada.

-Eu já disse que não, porra! Não estou a fim de aturar essa merda agora. –gritei

Ele ficou completamente chocado com o meu estouro. E, pra ser honesta,  eu também fiquei. Mas não dei muita importância à isso, pois era razoável que eu ficasse irritada, considerando tudo o que sofri nestes últimos meses...principalmente depois que ele terminou comigo e me abandonou naquela  floresta maldita. Se ele aparecesse na minha frente agora, eu provavelmente definiria seu traseiro em chamas, de tão chateada que estava.

Lancei um último olhar a Jacob, que ainda estava me olhando com os olhos arregalados, antes de ligar o carro e fazer meu caminho de volta à Forks.

Era uma coisa boa que essa caminhonete tinha limites de velocidade,  pois eu realmente precisava de tempo pra me acalmar e assimilar tudo o que aconteceu hoje.

Minha vida é uma droga!

Sim...isso é a mais pura verdade.

E eu sou um maldito ímã de perigo!

Primeiro arrumo um namorado vampiro, que me enganou e me abandonou. Depois descubro que meu ex melhor amigo é uma merda de um lobisomem. E eu? Apenas uma humana sem graça, que não é boa o suficiente pra ninguém e sempre abandonada por aqueles que ama. Uma decepção atrás da outra...não tem coração, nem cabeça, que agüente. E pra completar todo o show de horrores que é minha vida, tem esses sonhos estranhos e misteriosos que estou tendo, de  uma  garota idêntica  a  mim, mas de outra época. E depois o outro ainda quer que eu tenha uma vida normal e fique longe do perigo. Tem como ser mais irônico?

Apesar de toda essa merda acontecendo, eu podia perceber que os sonhos que tive causaram uma mudança em mim, considerando os palavrões que soltei, o modo como tratei Jake, o meu comportamento petulante perante os anciões da tribo e toda a raiva intensa que senti hoje. E eu sentia que uma mudança ainda maior estava  por vir, mas não  podia dizer o que era, e eu realmente não me importava...por ora.

Tudo o que eu queria agora era chegar em casa, tomar um bom banho e me jogar na cama. Talvez eu consiga sonhar com aquelas pessoas novamente. Eu estava com um forte pressentimento que esses  sonhos eram muito importantes pra mim. Mas...por quê?

Já era noite, quando eu estacionei a caminhonete em frente a casa. Fiquei aliviada ao ver que a viatura de Charlie não estava lá. Isso significava que eu ainda teria um tempo pra pensar sobre os últimos acontecimentos.

Como se já não bastasse os meus problemas  com o abandono de Edward e sua família, além dos sonhos estranhos que tive e o desprezo que sofri de Jacob, agora também tenho que lidar com Victória e sua vingança estúpida. E eu tinha que admitir, eu estava com medo...mas não por  mim. Eu estava preocupada com Charlie. Pelo pouco tempo que eu vivi com os Cullens, eu sabia que os vampiros podiam ser extremamente malvados...e dramáticos. Eu sabia que Victória iria tentar  me fazer sofrer, torturando e matando todos os  meus amigos e parentes. Eu tinha certeza que o primeiro a ser pego por ela seria meu pai, e eu não poderia viver com isso em minha consciênia...nunca.

Foi pouco depois das nove da noite que meu pai chegou em casa. Ficamos em silêncio durante quase todo o jantar, parando apenas para contar como foi nosso dia e nossos planos para o fim de semana. Charlie estava pensando em ir pescar com Harry e Billy, e eu achei que era uma ótima idéia. Só assim ele poderia esquecer  os problemas e se divertir um pouco com seus amigos...sem falar que eu terei um tempo pensar em como poderei lidar com Victória.

Sim...isso será perfeito!


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Notas finais do capítulo

Eu realmente quero saber a opinião de vocês sobre esse capítulo.

Então...comentem!!!!