Anabella Salvatore- a Nova História de B escrita por KathyCullen


Capítulo 4
Capítulo 3: Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!!



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Bella Pov

 

Eu tinha plena consciência que estava sonhando, apesar de ser um sonho muito estranho. Bom, essa era a única explicação plausível para o cenário em minha frente.

 

Eu estava parada em frente a uma bela casa, que possuía uma arquitura caracterísica do Renascimento com alguns vestígios do estilo da Roma antiga. Era um modelo parecido com os palácios medievais italianos, de corpo mais ou menos cúbico, pavimentos de auto pé-direito, estruturada em torno de um pátio interno, de fachada rústica e coroada por grande cornija, o que lhe conferia um aspecto de solidez e invencibilidade. Poderia classificá-la de uma enorme mansão com formas puramente clássicas.

 

Ouvi um suspiro ao meu lado, que acabou me tirando de meus pensamentos. Era uma criança, de aproximadamente 10 anos. Ela possuía cabelos numa familiar cor de chocolate, que desciam em cachos até sua cintura. Seus olhos eram de um castanho chocolate intenso, também familiar. Ela estava com um vestido de época, na cor azul claro, apertado até sua cintura e largo em suas pernas, com as alças caídas por seus ombros. Em sua cintura tinha uma faixa com um azul mais escuro.

 

A criança possuia uma beleza fora do comum, uma beleza que parecia não ser humana. Ela tinha uma expressão triste no rosto, enquanto olhava cada detalhe da casa.

 

-Ana! -ouvi alguém gritar.

 

A pequena virou para trás de abriu um largo sorriso. Segui seu olhar e me deparei com um rapaz de, no máximo, 12 anos, que possuía cabelos pretos, que caíam por sua testa, e olhos incrivelmente azuis. Os olhos mais belos que eu já tinha visto em toda a minha vida.

 

Assim como a menina, ele possuía roupas de época. Um terno cinza e calça social na mesma cor. Em sua cabeça, um chapéu marrom, que o deixava com aparência de um rapaz mais velho.

 

-Damon! -gritou a pequena, correndo em direção ao rapaz.

 

Ele a pegou e começou a girá-la no ar. Os dois davam altas gargalhadas.

 

-Minha pequena! -ele falou, dando um beijo em sua testa.

 

-Papai! -ela gritou, correndo agora até um homem que estava saindo de uma carro, que parecia ter uns 40 anos.

 

Ele era alto e tinha um corpo magro, porém musculoso. Seus cabelos eram castanhos claro e curto. Seus olhos eram de um azul tão lindo quanto os do rapaz.

 

Ele repetiu o gesto do rapaz mais novo.

 

-Minha princesinha. Tu já estavas com saudades? -perguntou

 

-Demasiado, papa! -falou a pequena, dando um sorriso radiante.

 

-Então Aninha, gostas da casa? -perguntou o rapaz

 

-Gostei, maninho. Apesar de achar que é demasiado grande. Um exagero. -falou, bufando

 

O rapaz e o senhor riram.

 

-Sabes como sua mãe tem um gosto por coisas extravagantes. -disse o pai

 

-Eu sei. Mas não consigo entender o por que. -falou a pequena

 

-Nem eu entendo, amore mio. Agora vamos entrar, mia cara! Sua mãe nos espera. -falou o pai, jogando a pequena nos ombros e correndo pra casa, rindo com as crianças.

 


Tudo ficou embaçado e então o cenário mudou.

 

Agora a pequena se encontrava sentada em um lindo sofá, com estampa florida. Em suas mãos se encontrava um livro de contos, de um antigo escritor famoso. Ela estava com um vestido amarelo, cheio de bordados, que iam até seus pés. Ela agora aparentava ter 14 anos. Eu não podia ver seu rosto, pois ela estava de costas pra mim, mas eu sabia que era a mesma menina. Não sei como, mas eu sabia.

 

Ela estava tão concentrada no livro que não reparou no garoto que a observava com um sorriso no rosto. Este era totalmente diferente do outro. Possuía cabelos castanhos claros, que eram meio arrepiados. Seus olhos eram castanhos, um pouco mais claros que os da menina. Ele a olhava com um sorriso sapeca, como se estivesse aprontando algo.

 

De repente o sol entrou pela janela, iluminando toda a sala. Só então pude perceber o quão bonito era o cômodo. Senti uma estranha sensação dentro de mim, algo que eu realmente não entendia, não fazia idéia do que era. Parecia...saudades. Mas, saudades de quê?

 

Passei meus olhos pelo local, observando cada detalhe, como se fosse gravar tudo em minha memória. Foi então que algo me chamou a atenção e me deixou extremamente chocada e assustada.

 

Na parede em frente a menina, estava pendurado um quadro enorme. Era uma foto da família. Mas não foi isso que me assustou, não mesmo. O que causou essa reação em mim foi o fato de ver uma garota extremamente parecida comigo, porém mais nova. Qualquer um que visse, iria pensar que ela era minha irmã gêmea ou então minha filha.

 

Isso me deixou muito confusa. Como pode existir uma garota idêntica a mim, em uma época totalmente diferente da qual eu vivo? Serei eu sua reencarnação? Acho que não! Então, por que eu sinto como se já conhecesse esse lugar, essa casa? Por que sinto saudades de algo que existia muito antes de eu nascer? Por que toda essa situação me era extremamente familiar, como se eu já tivesse passado por isso? Como se fosse um Dejá vú...

 

No quadro tinham mais quatro pessoas com a menina. O senhor e o rapaz que eu tinha visto antes, e o garoto que estava parado na porta, olhando pra ela. Além deles, tinha uma moça, com, no máximo, 39 anos, que tinha um lindo sorriso no rosto. Ela possuia cabelos escuros como o rapaz chamado Damon, mas seus olhos eram chocolate, como os da menina.

 

Fui tirada dos meus pensamentos quando vi, pela minha visão periférica, o rapaz se aproximando, lentamente, da menina. Era evidente que ele queria assustá-la. Porém algo bem esquisito aconteceu. A menina sentiu a presença do garoto.

 

-Não irá conseguir me assustar, Stefan. Desista! -ela disse

 

O menino fez um bico muito bonitinho e bateu o pé.

 

-Você podia pelo menos fingir né? Que droga! -falou ele

 

A menina apenas riu.


-Você queria me assustar né? Menino malcriado. Agora vou ter que te ensinar uma lição. -brincou, enquanto se levantava

 

O garoto arregalou os olhos e começou a se afastar.

 

-Isso não. -ele disse,antes de sair correndo

 

Ela pulou o sofá e começou a correr atrás dele, rindo enquanto ele gritava. Quando ela o alcançou, segurou a gola de sua camisa e puxou. O deitou no chão e começou a fazer cócegas em sua barriga, fazendo-o gargalhar.

 

Novamente a cena sumiu, mas dessa vez só restou escuridão. Eu comecei a ouvir vozes, sussurrando coisas incompreensíveis. Dentre elas, uma me era familiar, apesar de estar um pouco mais grossa que o normal. Eu sabia que estava recuperando a consciência. Sabia que estava acordando. Mas não tinha a menor idéia de onde eu estava e de quem estava ali comigo.

 

-Veja, ela está acordando! -alguém gritou, quando mexi meus braços.

 

Ouvi o som de um tapa e alguém falou:

 

-Não precisa gritar idiota!

 

Abri meus olhos e dei de cara com cinco homens fortes e morenos, pareciam índios. Dentre eles, dois não me eram estranhos, e um era o meu ex-melhor amigo, Jacob Black.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!!!!!!