Nerve escrita por LustForJohn


Capítulo 10
Club Poppy


Notas iniciais do capítulo

Olá, Observadores.
Boa leitura.



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— Podem estar de brincadeira com você, mas comigo não. Cansei de tudo isso.

Abaixo a cabeça e fixo meus olhos no meu celular que fica vibrando loucamente, aumentando a frequência dos dadás. A mesa parece que vai se despedaçar com tamanha vibração. O quão irritante as pessoas por trás deste jogo podem ser? Chega a ser irritante e invasivo. Não sou obrigado a seguir ordens de ninguém. Que saco.

— Olha o que enviaram para você — insiste Nick. Ele fica me encarando com seu olhar animado, como um cachorro esperando pela recompensa depois de dar a patinha. Foi mal, estou sem ossinhos.

NERVE continua fazendo meu celular vibrar. Eu acabo cedendo e abro a notificação estúpida. Sou direcionado para o aplicativo de NERVE e começa a rodar um gif de todos os desafios que Nick e eu completamos até agora, sob uma legenda em tons de rosa neon:

OLHA QUEM A GENTE QUER PARA

OS DESAFIOS DO GRANDE PRÊMIO!

— Não sei se isso é algum tipo de apoio moral, mas ainda quero ir para casa — comento, indiferente.

Nick está com um sorriso bastante animado no rosto. Ele deve estar pensando que eu vou aceitar isso. Não, eu não ligo se fomos selecionados. Isto são os Jogos Mortais da vida real. No começo estava divertido, até começarem a nos desafiar a pular de prédios.

— Shawn, não desista antes de ver o seu Grande Prêmio. Estão me oferecendo um apartamento mobiliado na parte nobre de Los Angeles. — Porra. — Além de dois anos de cesta básica das melhores marcas.

— Sua vida parece estar ganha. — Assobio.

Ele bebe o último gole do seu refrigerante, fazendo barulho de sucção do vento no fundo do copo.

— Vou finalmente conseguir viver em paz com meu irmão sem precisar acumular alugueis atrasados e contas para pagar.

— Bem, deve ser bastante dinheiro que vão desembolsar. O que eles vão querer que você faça em troca, paraquedismo sem paraquedas?

Ele ri.

— Seu humor está voltando.

Que humor? Perdi no mesmo momento em que fiquei por quinze segundos de cabeça para baixo em uma montanha-russa com as travas de segurança abertas.

— Não tem essa de humor. Olha a recompensa, não vão te dar isso de graça.

Ele coça a cabeça.

— Deixa de drama e vê logo o que estão te oferecendo. Aposto que você vai gostar.

Passo as mãos no cabelo.

— Não sei se vão conseguir me convencer.

— Para de bancar o difícil.

Ele pousa a mão em cima da minha, transmitindo um choque elétrico no meu coração.

Massageio minha têmpora lentamente enquanto penso. Devo admitir, por mais que eu esteja com raiva deste jogo idiota, estou interessado em saber o que estão me oferecendo. NERVE até então me deu várias coisas que eu sempre quis. Mas este vai ser o Grande Prêmio para a última rodada. Depois de passar tanta vergonha neste jogo, espero que me deem uma nova identidade junto com bastante dinheiro para eu viver longe de todos que me viram passar vexame. Mudar para o norte da Itália, talvez?

— Vejo no caminho de volta para o Cafeinamente. — Me dou por vencido. — Minha mãe vai me matar — acrescento.

Ele ri.

Saímos da lanchonete e entramos no Del Rey de Nick. Ele dirige tranquilamente pelas ruas de Seattle enquanto eu vejo atenciosamente o que estão me oferendo. Quando termino de ler, sinto que meus pulmões pararam de funcionar.

— Só podem estar brincando.

Nick solta uma gargalhada contagiosa. Quero rir junto, mas estou nervoso o suficiente a ponto de não conseguir parar de tremer o celular.

— Eu falei exatamente isso — ele aponta.

— Sem chances! Não podem estar falando sério.

— Eles estão sim. Não viu um dos vencedores da edição passada, aquela garota que ganhou um mês com tudo pago em Paris? Tudo pago mesmo. O que te ofereceram?

Não sei se estão querendo me fazer de palhaço, mas estou muito animado com o que me ofereceram.

— Uma bolsa — balbucio.

— Quê? Tipo da Gucci?

Solto uma risadinha.

— Não, idiota. Uma bolsa integral com todos os materiais didáticos para a faculdade de música da universidade mais prestigiada do estado de Washington. Não vou precisar pagar nada.

Eles realmente me ouviram hoje de manhã? Não importa, este é o meu maior sonho.

Nick bate no volante em comemoração.

— Maneiro. Vai poder usar o seu novo violão tanto para estudar quanto para trabalhar.

Ele tem razão. Adoro quando eles me oferecem tudo que mais quero, apesar de achar bizarrice.

Nick liga o para-brisa quando uma forte chuva começa a se formar. Tomo a liberdade de ligar o aquecedor e esfrego minhas mãos, de repente ficou frio. NERVE envia mais uma notificação e eu abro instantaneamente. Nick olha para mim por um segundo e eu leio para ele em voz alta:

VOCÊS SÃO UMA EQUIPE FORTE E IMBATÍVEL.

PRONTOS PARA O TUDO OU NADA? AQUI VAI O DESAFIO:

• VÃO AO CLUB POPPY E ENTREM NA SUÍTE VIP ÀS 00H30. (MAPA A SEGUIR.)

• PARTICIPEM DE UMA ENTREVISTA DE CINCO MINUTOS.

• PERMANEÇAM NA SUÍTE VIP POR TRÊS HORAS E COMPLETEM

OS DESAFIOS DO GRANDE PRÊMIO QUE SERÃO PROPOSTO A VOCÊS LÁ.

Ficamos em silêncio por cinco minutos, deixando apenas o som da chuva forte batendo no teto do carro. Eu pensei que fosse algo mais arriscado, mas me pareceu tão simples. Nós podemos fazer. Eu posso fazer.

Ele estaciona perto da praça, posso ver meu Monza estacionado na frente da cafeteria, onde o deixei antes de sair com Nick. Ela está quase vazia, apenas com poucos clientes sedentos por café noturno.

— Acho que vamos estar seguros em um local privado — comento.

— Estou sentindo que você não quer parar agora.

Nick apoia o cotovelo no volante e me encara, sorrindo. Droga, quero beijá-lo, mas não  quero parecer evasivo.

— Preciso desta faculdade, meus pais não têm dinheiro nem para nos sustentar. Não queria estar atrasado para chegar em casa, minha mãe deve estar furiosa.

Ele gargalha, me fazendo parecer bobo.

— Atrasado? Shawn, você enfrentou vários loucos por café noturno enquanto cantava uma música sobre ficar chapado, encarou uma montanha-russa problemática, surfou em um carro em movimento, e está me dizendo que não quer ficar de castigo?

— Para ser exato, eu já estou de castigo.

É verdade, estou de castigo faz dois meses quando eu acabei exagerando na dosagem dos meus medicamentos enquanto ouvia minha música triste favorita. Meus pais pensaram que eu tentei fazer uma coisa estúpida e ignoraram meus protestos quando disse que não foi minha intensão. Precisei implorar bastante para me deixarem ir à festa da Lele, mas olha onde eu me meti.

— Esse castigo te rendeu várias recompensas — caçoa. — Você já está encrencado! Se desistir agora, vai sair com alguns prêmios e mais mil dólares, levar um cacete da sua mãe e ser conhecido como um perdedor que desistiu logo no final. Ou você pode continuar até o fim: ainda vai levar um cacete da sua mãe, mas terá o título de vencedor e uma vaga garantida na faculdade que você sempre quis.

Quem ele quer encorajar com este discurso motivador? Mas Nick não está errado, vou levar um esculacho quando chegar em casa de uma forma ou de outra. Decido brincar com a situação:

— É isso que você chama de apoio moral?

— Eu só estou sendo realista e a risada que você acabou de dar denunciou que estou certo. — Ele sorri e deita uma perna no assento dele, colocando uma mão pesada sobre a minha relaxada. — Qual é, Shawn? Formamos uma bela equipe. Eu preciso de você comigo, por favor.

Estou com uma pulga atrás da orelha. Ele realmente me quer com ele ou apenas está sendo egoísta e tentando me convencer a continuar para ajudar a ganhar seu apartamento? Não é injusto, também estou sonhando estrelas com a faculdade. Quero apostar na alternativa em que ele está sendo sincero e queira tentar algo a mais comigo. Nesta altura em que estamos, nem ele acredita naquela história de namorada. Vai ver foi um desafio de NERVE.

Coço minha cabeça involuntariamente.

— Você tem razão, é uma proposta muito boa. Sairemos nós dois ganhando se nada der errado: seu apartamento e a minha faculdade.

— Você pode passar o seu castigo aperfeiçoando sua experiência com o novo violão antes de começar os estudo.

Solto uma gargalhada por dentro, mas por fora eu apenas dou um tapinha na mão dele.

— Já te falei que seu encorajamento é péssimo.

— Desculpe — ele sorri. — Vamos aceitar?

Balanço a cabeça.

— Sim, vamos.

Como um gatinho animado, ele pula do seu assento e puxa meu rosto para um beijo rápido, mas selvagem e caloroso. Isso também não é encorajador, mas me deixou animado.

Abrimos o aplicativo do NERVE ao mesmo tempo. Vou na aba das finais e toco com prazer no botão de aceitar. Uma aba aparece, mostrando uma lista pré-definida com todos os outros finalistas que estarão nas finais de Seattle.

• @ZzzZzz

• @EstrelaCadente

• @AN1M4L

• @XCX

• @BellaTempestade

Nick e eu ainda não possuímos um nome de usuário, nem sabia que precisava ter um.

Quem será esse pessoal, eles também são daqui de Washington ou de todo o país? Vamos ter que trabalhar em equipe para ganhar o prêmio, se for igual todas as últimas edições. Espero que sejam legais.

— Como será o nosso apelido? — Pergunto.

— Vamos colocar algo fofo — propõe. — Tipo Nick&Shawn e Shawn&Nick?

Me poupe, não estamos na quinta série. Mas eu gosto do carinho dele.

— Minha nossa, não. Vamos colocar algo original. Já sei qual vai ser o meu.

Digito algo e toco em enviar, fazendo com que meu apelido apareça na lista. Nick olha em seu celular e também digita algo. Seu apelido surge logo depois do meu:

• @Entregador

• @Pequeno_J

Eu deixo escapar uma risada por causa do pequeno, mas fico curioso a respeito da última letra.

— J é para o quê? — Pergunto, tentando arrancar algo.

— Segredo. — Ele sorri com encanto.

Reviro os olhos, me divertindo.

— O Sr. Segredo ataca novamente.

Nick ri e se aproxima de mim, acariciando meu cabelo bagunçado.

— Vamos lá — sussurra ele, bem baixinho. — Para as finais.

— Para as finais — repito. — Vamos vencer.

— Vamos vencer — ele repete.

Já falei que não estamos na quinta série, mas esse jogo de repetir palavras foi bem fofo.

Me pegando de surpresa, Nick puxa meu rosto para um beijo calmo e aconchegante. Meu coração já está acostumado, não erra mais nenhuma batida.

Nick ajeita a postura e dá partida no carro, fazendo o motor roncar. Então ele começa a dirigir pelas avenidas movimentadas de Seattle, enquanto vou o guiando pelo mapa no meu celular.

A chuva está fraca, mas ainda dá para ouvir o som dela batendo no teto do carro, como se estivesse caindo pedrinhas sobre ele. O combo com o som do motor velho do carro me deixa relaxado. Eu serei um garoto morto quando chegar em casa, mas valerá a pena. Pelo menos, eles não terão mais que gastar aquele dinheiro todo que andaram guardando para a minha faculdade. NERVE me dará apenas por ficar em uma boate durante três horas.

É. Vai ficar tudo bem.


Depois de dirigir por quase uma hora, chegamos ao Club Poppy. É um prédio bem amplo de cinco andares, no fundo de um estacionamento lotado de carros ao redor de uma cerca de tijolos. Apesar de vários andares, apenas as luzes do primeiro estão piscando freneticamente, o som pulsante faz o carro vibrar e minhas entranhas se contorcerem de nervosismo.

Nick estaciona o carro em uma vaga VIP onde outros dois carros e uma moto estão parados. Minhas mãos trêmulas seguram meu celular, que mostra um enorme enunciado sobre o mapa do aplicativo dizendo que chegamos.

Nick toca na minha mão trêmula enquanto a garoa se dissipa sobre nós.

— Se quiser esperar.

— Só preciso respirar um pouco.

Minhas mãos tremem mais ainda quando meu celular começa a vibrar várias e várias vezes. Olho as notificações que chegaram.

Mensagens.

Mas não SMS, é como se fosse um chat particular no aplicativo do NERVE. São de meus amigos.

@Camz: ONDE VC TÁ? EU NÃO SABIA Q DAVA PRA ENVIAR MENSAGENS POR AQUI.

@Camz: AQ DIZ Q VC FOI SELECIONADO PARA AS FINAIS.

@Camz: PARA O GRANDE PRÊMIO.

@Camz: Ñ FAÇA NADA Q VC SABE Q EU Ñ DEIXARIA VC FAZER.

Camila, preocupada como sempre. Espero que ela esteja bem. Talvez ela ainda esteja com a Lauren. Falando no diabo, ela também me mandou algo:

@XoLoXo: EI, AQ É A LAUREN.

@XoLoXo: BOA SORTE NAS FINAIS, ESTOU TORCENDO POR VC.

As últimas mensagens são do Louis.

@Sou_Lou: MEU DEUS, VC CONSEGUIU CHEGAR ATÉ AS FINAIS.

@Sou_Lou: N SE PREOCUPE COM O Q ACONTECEU COM O NICK.

@Sou_Lou: EU ENTENDO O CIÚME DELE, ELE TEM SORTE.

Louis! Eu não me desculpei com ele pelo que o Nick fez.

Tento enviar uma resposta, mas é impossível. Acho que NERVE liberou a possibilidade apenas para meus conhecidos. O jogo deve saber bem quem eu conheço ou não, uma vez que estou sempre sendo vigiado.

Respiro fundo quando uma última mensagem chega. É da Lele.

@Lele_: VOCÊ NÃO VAI LONGE.

Eu já estou longe.

Balanço a cabeça e olho para o Nick. Ele também está lendo as mensagens que chegou para ele. De quem será?

— Quem te enviou mensagem? — Pergunto como quem não quer nada. Estou curioso.

Ele me mostra o seu celular e eu leio as duas únicas mensagens.

@Demi: FICO FELIZ, BOA SORTE.

É aquela garota que estava com ele, Nick mencionou o nome dela quando falamos pela primeira vez. Bom saber que ela se importa.

@Jo_Se_Ph: VAI NESSA MANINHO VC CONSEGUE!!!!!

Acredito que seja do irmão dele. Joseph? Se não for isso, são várias as abreviações. Ele deve estar nos assistindo diretamente de Califórnia — queria sentir o cheirinho do oceano caloroso.

Nick está com as pernas involuntariamente agitadas quando devolvo o celular a ele.

— Está nervoso? — Pergunto, tocando na sua mão.

— Nicholas.

Pestanejo.

— Nick é para Nicholas. Você perguntou hoje mais cedo. Agora você sabe.

— Ah.

Ficou parecendo aquelas revelações espontâneas momentos antes do abate. Mas ninguém vai se machucar hoje, pelo menos eu espero.

— Eu sei falar expressões fáceis como “eu te amo” em português porque a família do meu pai é de Portugal e ele vivia dizendo coisas do tipo para mim.

— Como faço para pedir desculpa em português? — Ele pergunta, se aprofundando no meu baixo conhecimento na linguagem portuguesa.

Eu pigarreio.

Desculpe-me — silabo, bem devagar.

Nick ouve atentamente, balançando a cabeça.

Desculpe-me — ele repete, tentando acompanhar a minha pronuncia.

Estamos mesmo marchando para a nossa execução? Que bobagem.

Olho no meu celular quase sem bateria.

— É melhor a gente entrar — balbucio. — Está na hora.

Ele sorri.

Saímos do carro e caminhamos pelo extenso estacionamento do prédio. Está muito frio aqui fora, e a fraca chuva traz ventos mais congelantes ainda. Não tem ninguém na entrada VIP, apenas um segurança alto e magro com a postura torta. É como se tivessem pegado o primeiro cara que apareceu na rua e o colocado ali por um preço justo. Todo mundo tem seu preço, o meu foi a faculdade.

Ficamos parados como dois menores de idade tentando entrar de penetra enquanto ele dá uma boa olhada na gente e pede para que mostremos as entradas. Olho confuso para Nick, mas ele dá de ombros.

— Está no aplicativo — diz o segurança, a voz de fumante. — Entrada para as finais.

— Ah — fazemos um coro.

Sacamos nós dois ao mesmo tempo os celulares do bolso, navegamos pelo aplicativo até encontrar uma imagem que anuncia a nossa entrada, junto de nossos apelidos. Depois de mostrar os celulares para o segurança, ele checa no tablet pequeno dele e abre espaço.

— Usem o elevador VIP. É o quinto andar.

Era mais fácil simplesmente ter nos deixado entrar, impossível ele não conseguir decorar alguns nomes. Vai ver é protocolo.

É mais quentinho aqui dentro. É uma sala climatizada sem decorações com algumas poltronas espalhadas e piso de mármore. A música da balada pulsa fracamente sob nossos pés, mas não é tão incomodante. No outro lado da sala fica um pequeno elevador que anuncia sobre ele “Bem-vindos, VIPs”.

Ao entrarmos no elevador, Nick aperta em um dos poucos botões e começamos a subir. Olho através do espelho do elevador, na parte detrás, e não me reconheço. Estou acabado, meu cabelo está todo bagunçado, meus olhos estão presos dentro de uma aura escura, minha roupa está toda suja e amassada. Nick também não está muito bem, o rosto tão cansado quanto o meu, mas ainda com aquela expressão de assustado. Ainda pelo guindaste? Nossos olhares se encontram pelo reflexo, e sorrimos.

— Vamos ficar bem — clamo. — Só temos que permanecer por três horas, e ganharemos tudo o que eles ofereceram.

O elevador finalmente se abre e nos mostra um corredor com luzes escuras e um longo tapete vermelho que atravessa as duas pontas. Ainda dentro do elevador, nós respiramos fundo ao mesmo tempo. O cheiro do ar-condicionado recentemente limpo invade o elevador, me fazendo estremecer por dentro. Nick beija minha mão com muito carinho.

Apesar de ele estar sendo carinhoso, meu estomago continua se revirando e pedindo arrego. Eu também estou nervoso, mas não fiz todos aqueles desafios em vão. Preciso dessa faculdade e, além de furiosos, meus pais se sentirão orgulhosos por terem um filho que quebrou mil e uma regras para garantir seu futuro.

Nick rosna sarcasticamente enquanto segura minha mão:

— Vamos zerar o jogo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, meus queridos Observadores.

Não esqueça de deixar seu comentário.

Beijos.