Ask me escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Ask Me


Notas iniciais do capítulo

Música inspiração: Ask Me - The Smiths.

Eu estava aqui ouvindo a música e pensei: FINN E POE ♥

É a primeira tentativa desse casal, eu acho que ficou amor doce fofinho quero babar nos dois, não importa como ficou, eles são AHHHRGGJÇGLG ♥ chega, vão ler.



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So, if there's something you'd like to try

If there's something you'd like to try

Ask me - I won't say "no" - how could I? 

(The Smiths)


Poe Dameron estava ansioso, andando de um lado para o outro, enquanto aguardava a resposta da enfermeira, que pediu para ele esperar do lado de fora da sala onde Finn terminava uma quantidade infinita de exames.

O piloto sentou em um banco e depois se levantou. Ele buscou algo para beber, mas não conseguia nem sequer levar o copo à sua boca. O dróide BB-8 ficou ao lado de Poe durante todas as duas horas que se seguiram.

Ele aproveitou esse momento para tentar treinar o que vinha circulando em seus pensamentos. Era precipitado e muito inadequado para o momento, mas ele queria pelo menos tirar alguns desses pensamentos de sua cabeça e transformá-las em palavras.

— Então, Finn. — Poe olhava para a parede, enquanto BB-8 observava a cena. — Eu soube que você estava aqui fazendo um check-up rotineiro. Não, isso é ridículo. — Ele olhou para o dróide. — Tem razão, eu o trouxe aqui, não tem lógica o que eu disse. — O piloto passou as mãos nos cabelos. — Certo, e se eu convidar ele para ir ao... vejamos, o que podemos fazer aqui? Não tem nenhum lugar para ir.

BB-8 deu uma ideia, eles poderiam ir até o hangar e conhecer os aviões. Poe gostou da ideia.

Quando a enfermeira apareceu, o piloto a interceptou, antes que ela desaparecesse pelo corredor.

— Como ele está? Já pode ir para casa? — Poe perguntou. — Digo, ele não tem uma casa, mas acredito que podemos resolver isso. Algumas instalações estão vagas, eu já falei com a General Organa, sabe... na verdade, eu tive uma ideia, mas não sei se ele vai aceitar. Enfim, como ele está?

A enfermeira olhou para a prancheta e ajeitou os óculos.

— Senhor, o paciente está bem, a demora aconteceu por conta de uma pequena complicação nos aparelhos. Mas tudo já foi normalizado.

Poe não a deixou partir. Ainda havia algumas perguntas, mas a enfermeira não havia como responder a todas elas.

— Pode entrar no quarto, ele já se vestiu e vai aguarda o resultado do último exame. Não se preocupe, seu amigo está em boas mãos, ele está se recuperando muito bem.

Antes que Poe fizesse mais alguma pergunta, ela desapareceu, virando o corredor.

BB-8 estava em frente a porta fechada do quarto em que Finn aguardava. O dróide olhou para Poe, depois girou até a porta e bateu algumas vezes. Dameron avançou no pequeno dróide para impedir que ele entrasse, ainda não se sentia preparado, mas a porta se abriu nesse momento.

— Hey. Oi, amigo. Olá. — Poe moveu as mãos, acenando para Finn, depois colocou-as na cintura, balando a cabeça. — Você está bem, ótimo. Muito bem. — Ele deu um sorriso desajeitado, olhando sério para BB-8,

— Não precisava me esperar, Poe, eu disse que ia demorar. — Finn parecia abatido, ele se virou e caminhou até a cama. — Eu não sei para que essa demora. Eu estou recuperado, posso ser útil em outro lugar. Poderia estar ajudando de verdade. Rey pode estar precisando de mim.

— Não se preocupe, Rey está sendo assistida por muitos. Não que sua presença seja importuna, pelo contrário. Mas você tem que ficar cem por cento para isso. — Poe aproximou-se de Finn, levando sua mão até o ombro dele. — Vamos, um pouco de ânimo para melhorar essa cara.

Finn deu uma risada, ainda que um pouco desanimada.

— É muito bom ter você aqui. Eu não conheço ninguém e me sinto um peixe fora da água. É muito estranho.

— Eu vou estar aqui, pode apostar. Eu vou ficar com você. Pode contar comigo. — Poe viu que aquele parecia o momento propício para fazer algum convite. — Se quiser, podemos sair depois. Ir em algum lugar para relaxar, conhecer melhor os arredores. Sabe, a gente pode sair.

— É. Pode ser. — Finn concordou e sentou na cama.

Poe virou-se para BB-8, fazendo um sinal de joia com o dedo.

A ideia inicial era levar Finn até o hangar, entretanto, o lugar estava apinhado de androides, pilotos e pessoas demais para o gosto de Poe. Estava longe de ser um lugar para relaxar.

Por isso ele decidiu que poderiam ir um pouco mais longe, afinal de contas, não estava oficialmente em nenhuma missão naqueles últimos dias.

— BB-8, meu caro, você vai ter que esperar aqui. — Poe falou, abaixado até a altura do dróide. — Me deseje sorte.

Finn observava o horizonte, estava pensativo desde que foram liberados da ala médica. Para tentar animá-lo, Poe achou melhor se desfazer da imagem militar que aquele lugar possuía, o que era um pouco difícil, já que estavam na base militar dos rebeldes.

— Vamos, Finn. Tenho um bom lugar para você conseguir relaxar. — Poe mexeu a mão e Finn o acompanhou. Eles andaram alguns metros até uma motocicleta voadora.

— Você quer andar nisso? — Finn apontou. — É seguro?

Poe riu.

— Você enfrentou um vilão com um sabre de luz, está com medo dessa motocicleta voadora?

— Eu não estou com medo da motocicleta. — Finn pareceu ofendido, mas seu rosto retorcido demonstrava outra coisa. — Só não sei se estou preparado para voar novamente.

Dameron segurava óculos protetores em sua mão direita, ele pensou alguns instantes então entregou um para Finn. Sabia que o rapaz estava sobre uma pressão muito grande por conta dos acontecimentos das últimas semanas. Afinal de contas, não fazia assim tanto tempo desde que ele se tornou um traidor da Primeira Ordem.

— Você confiou em mim uma vez como seu piloto. — Ele perguntou, atiçando Finn com uma piscada de olho. — Lembra-se, estar pronto cem por cento?

Finn encarou os óculos protetor, então pegou-o e colocou em sua cabeça, ajeitando depois nos olhos. Poe animou-se e sentou na moto, chamando-o para subir também.

— Eu vou, mas não precisa ir muito rápido, e nem muito alto. — Finn suplicou.

— Pode deixar, meu amigo, segura firme, para não cair. — Imediatamente Finn apertou as mãos em volta do corpo de Poe. — Ok. Nem tão apertado assim, senão eu não vou conseguir respirar. Mas se quiser, pode ficar assim também, eu não vou te julgar.

Ele acelerou a moto e decolou sobre o gramado até o rio. Enquanto Finn gritava para ir mais devagar, e apertava com mais força o corpo de Poe.

— Como é que isso vai me ajudar a relaxar? — Finn gritou.

— Achei que já estivesse relaxado. — Poe respondeu, gritando da mesma maneira para que o outro pudesse lhe ouvir.

— Só você consegue relaxar voando nessa velocidade. — Finn continuou gritando.

— Uma hora você vai conseguir. — Poe sentiu a cabeça de Finn pousando em suas costas. — Eu queria te perguntar uma coisa...

— O que?

Eles continuavam gritando.

Poe fiou em silêncio por um tempo, deixando Finn curioso. Quando a moto foi deslizando vagarosamente por sobre o rio. Ele virou o corpo levemente, para que pudesse olhar Finn em seus olhos.

— Pode perguntar. — Finn insistiu, enquanto Poe retornava ao lugar, olhando para frente.

— Quer jantar mais tarde? — O piloto apertou os lábios, ansioso pela resposta.

— Claro. — Finn encostou o queixo no ombro de Poe, que não se segurava com um sorriso escancarado.

— Então é melhor se segurar.

— De novo não! — Finn gritou, apertando novamente com muita força o corpo de Poe. Na verdade, ele não acelerou de fato a motocicleta, apenas queria ser abraçado novamente. Quando percebeu isso, Finn suspirou. — Poe Dameron, você é muito estranho.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que era boba feliz ♥
Podem comentar, beijos.