Musical High escrita por Any Rebel


Capítulo 5
Capítulo 5 : Insônia!


Notas iniciais do capítulo

Estou postando hoje porque eu já tinha acabado antes e estava ansiosa pra postar. (Kkkk, bem louca... (XD) )
O capítulo pode ficar meio depre no início, mas peço que o leiam todo porque é importante para o entendimento da história/fanfic.
Espero que gostem! Boa leitura! (^·^)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/715742/chapter/5

Estávamos rindo e cantando, eu e a mamãe. Eu comecei a contar à ela as minhas trapalhadas nas aulas de educação física e ela me contava as loucuras que era o seu trabalho no hospital.

O semáforo ficou verde, então ela voltou à fazer o carro andar. Estava chovendo forte. Não nego que estava com medo. Então um caminhão desgovernado veio em nossa direção e... Tudo preto.

     ***

Eu acordei assustada. Me sentei na cama e coloquei a mão no meu rosto.

— Molhado...? - murmurei para mim mesma - Ah não... De novo...?

Sim. Novamente eu tinha chorado dormindo. Eu faço isso seguido por causa de um pesadelo. Se bem que não beemm um pesadelo. Está mais para uma lembrança.

Eu tinha oito anos e meio. Minha mãe e eu sofremos um acidente de carro. Eu quebrei um braço e sofri pequenos arranhões. Já a minha mãe... Ela... Ela entrou em coma e está assim até hoje. O meu pai tinha à largado antes de eu nascer e bem... Era só eu e ela. Mais ninguém. Como resultado eu tive que ficar num abrigo de menores. Ela ainda está aqui porque sou muito nova para decidir se desligamos ou não os aparelhos.

Enquanto eu estava no abrigo, conheci a Maika-san. Ela era uma das cuidadoras de lá. Não sei como, mas parece que ela viu algo em mim e resolveu virar minha tutora legal. Claro que teve um monte de procedimentos e tal, então só fui pra casa dela quando completei dez anos, uns seis anos atrás. Foi a Maika-san que me deu um carinho maternal que eu já tinha quase esquecido.

     ***

Me levantei da cama e resolvi tomar um banho para tentar disparecer. Despir-me e fui para baixo do chuveiro, deixando o jato d'água molhar a minha cabeça. Mas parecia que mesmo assim as lágrimas não cessaram. Eu continuava à chorar. Não tinha como evitar. Parecia que, sempre que eu tinha sonhos como esse, tudo vinha à tona e era difícil me recompor. A Maika-san sempre me ajudou nessas horas. Mas ela não estava lá naquele momento. Ela sempre diz : "Chore. Coloque pra fora tudo o que lhe afinge, pois eu estou aqui pra te ouvir e ajudar. Você não está sozinha. E nunca vai estar. Confie em mim ."

Terminei o meu banho e fui me vestir. Coloquei um vestido de tecido leve cor-de-rosa. Deixei os meus cabelos soltos mesmo e pus o meu óculos. Já eram três e quinze da manhã. Tentei dormir novamente mas não consegui. Meu coração ainda estava agitado.

— Não vai adiantar nada eu ficar aqui parada, relembrando tudo isso... - murmurei pra mim mesma.

Me levantei e saí do quarto bem devagar pra não acordar a Gumi-chan. Desci as escadas e saí do prédio.

     ***

Tinha à recém chegado no jardim. O ar estava fresco e a lua e as estrelas iluminavam o céu. Estava lindo!

— Miku-chan? O que você está fazendo aqui à essa hora?- disse uma voz familiar me tirando dos meus pensamentos. Me virei e vi quem era : Shion Kaito.

— Eu que pergunto. - eu digo.

— Só respondo se você responder.

— Então você primeiro.

— Não você.

Nós dois respiramos fundo e falamos ao mesmo tempo :

— Insônia. - arregalamos os olhos com a coincidência.

Então, ele diz :

— É mentira, né? - eu confirmei com a cabeça. - Também. Quer dizer o seu motivo primeiro, ou não?

— Pesadelo. Sonhei com algo que eu queria esquecer.

— Também tive um pesadelo. Só que foi com algo que eu não quero que aconteça.

— É... É complicado, né...? - dei um sorriso triste.

—  E você veio aqui fora pra se distrair, certo? - ( nossa, o cara é bom com adivinhações!).

— Sim...

— Quer sentar? - ele diz apontando o braço para um banco que fica de baixo de uma árvore. Eu assenti com a cabeça e me sentei no lugar. Ele fez o mesmo. Ficamos um pouco em silêncio. Sinceramente, eu não sabia nem o quê conversar com ele... - Noite bonita, né? - ele puxa papo.

— É...

— Quer falar sobre o quê?

— Sei lá...

— Tá treinado a música de ontem?

— Um pouco. De onde você tirou aquela idéia maluca de polícia secreta?

— É que eu sempre me senti observado... Como se tivesse alguém sempre cuidando o quê eu faço.

— Desde quando você sente isso?

— Desde sempre, ora. - (o cara acabou de falar "sempre" e eu perguntando de novo... )

— Sério?

— Sim. É que na minha casa tem uma governanta chata que cuida de mim desde que eu nasci. Ela sempre pega no meu pé, só porque os meus pais nunca estão em casa.

— Que dureza.

— Isso não é nada! Precisa ver as aulas de etiqueta dela! A maior chatice do muuuunndo!

— Uau!

— É! E...

— Não! "Uau" você fazer aulas de etiqueta! Eu devo parecer uma troglodita perto de vocês. - ri um pouco.

— Como assim?

— Dããã! Você ainda não se ligou? Eu não sou rica que nem você e o resto da escola. - (digo : os 90%).

— Hã? Então como você entrou aqui?

— Bolsa de estudos.

— Mas ninguém nunca consegue ganhar a bolsa.

— Ah, obrigada por dizer que eu sou burra! - disse irônica.

— Aff! Você me entendeu! - ele respondeu.

— Sim eu sei! - ri - É que eu e a Maika-san estudamos as férias inteiras juntas, além que ela pagou um curso de coral pra eu treinar a minha voz.

— "Maika-san"?

— Ela é a responsável por mim.

— Hum... E então? Como é ser pobre?- ele brincou.

— Há, há! - ironizei novamente - Muito engraçado! Eu não sou pobre! É classe média que se diz!

— Ui! Desculpe! - ele disse se finando de rir.

E assim fomos rindo e conversando. Ele me contou as suas traquinagens com a tal governanta e eu lhe contava os "segredos de pessoas pobres" (classe média). E, por estranho que pareça, ele ficou fascinado por eu ter ido o fundamental inteiro de bicicleta em vez de limusine que nem ele.

     ***

Depois de um tempo de conversas e gargalhadas (sério ele até colocou uma barata de plástico na sopa da velha!), eu tinha cansado de ficar naquele banco. Então eu me levantei e me deitei na grama.

— O que você está fazendo? - o rapaz pergunta sem entender.

— O que foi? Nunca deitou num gramado?

— Sim, mas...

— As estrelas estão tão lindas... Brilhantes como sempre.

Kaito se levantou e deitou do meu lado. Ele comentou :

— Nossa... Fazia tempo que eu não observava as estrelas assim...

— As nuvens também estão bonitas, né?

— É mesmo.

— Kaito-kun, posso te fazer uma pergunta?

— Huhum.

— Ela é pessoal.

— Huhum.

— Como você conseguiu ter namorado a Neru? É sério, como?

Ele respirou fundo e disse :

— Se você não for fofoqueira como os Kagamines...

— "Kagamines"? Não foram eles que me contaram...

— Por isso que são fofoqueiros! Eu contei pro Len, que contou pra Rin, que contou pra Luka, que contou pra Gumi, que provavelmente foi quem te contou.

— Calma! Respira! - eu pedi - Eu sei guardar um segredo. E você não acha que precisa contar isso para alguém?

Ele me olhou sério e indeciso.

— Tá bom... - o azulado disse - Só não me critique, ok?

— Huhum!

— Am... Foi ano passado. Eu tinha à recém entrado em Musical High. Eu já conhecia a Neru e os outros desde o fundamental - (bairro rico, escola rica...) - O meu pai, Shion-sama, é dono de uma empresa de carros muito famosa no exterior. E seu rival, Akita-sama - (pai da Neru, eu acho...) - também tem uma empresa de carros conhecida. E para acabar com a rivalidade, o Akita resolveu com o meu pai um contrato onde eu me casaria com a Neru assim que termiáassemos a escola, para que nós dois governássemos as duas empresas juntos. Então o meu querido— voz irônica - pai, me obrigou à começar à namorar a garota.

— Que monstro! - exclamei - E então?

— Então parecia que ela queria um escravo e não um namorado! Aquela chata me mandava fazer tudo o que ela queria! O pior era o ciúme mega exagerado! Ela até queria que eu saísse da banda só porque tem mais meninas do que meninos! Então eu terminei com ela. O meu pai queria me matar! Ele ficou uma fera comigo. Acho que só não me bateu por causa que eu apareceria roxo na escola. E pra ele aparência é tudo...

— Que horror...! Desculpa por ter feito você lembrar disso tudo...

— Tá tranquilo. Ainda bem que já passou! - ele virou o rosto pra mim e sorriu aliviado. É... Ele precisava mesmo de um desabafo...

     ***

Um silêncio tomou conta. Eu me sentia tão mais tranquila, que já estava quase dormindo.

— Ei. - Kaito me chamou - Já está amanhecendo.

— Hum...? - eu falei abrindo os olhos.

— Quer ver uma coisa legal?

— Tá bom. Mas depois - bocejo - eu vou voltar pro meu quarto...

     ***

O azulado me levou para dentro da escola e me conduziu até uma longa escada.

— Aonde vamos? - perguntei.

— Você já vai ver!

Subimos a escada toda e chegamos à um terraço. Uau! A vista é incrível! Dá pra ver tudo daqui! Eu fiquei (literalmente) de boca aberta!

— Ótimo, deu tempo! - ele sorriu.

— Tempo pra quê?

— Pra isso! - ele virou o meu rosto e me mostrou o horizonte, onde se via o esplêndido nascer do sol. Agora sim eu fiquei fascinada!

     ***

Eu abri a porta do meu quarto e me joguei na cama. Mas um maravilhoso som de um despertador de uma verdinha animada despertou.

— Booommm diaaaa! - ela falou/gritou alegre. Ela me olhou e se indignou - Ainda dormindo, fofinha?!

— Humm... - respondi.

— Anda! Levanta!

— Hoje é sábado...- falei sonolenta - E também eu não dormi direito...

— Por quê?

— Insônia...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meus queridos fantasminhas... COMENTEEEMM! É sério, não custa nada, e vocês podem ainda alegrar o dia de alguém, tipo : eu (OwO).
E eu sei que vocês existem...
Beijinhos para todos os meus queridos leitores e até mais! (^3^)
PS: A música citada neste capítulo e no anterior é SECRET POLICE.