Drabble 12: Em que eu ganho uma habilidade inútil.

[***]

Midoriko sabia que ela tinha magia, mesmo em seu novo corpo infantil.

Ela podia sentir isso dentro de si mesma, pois era algo que ela tinha se acostumado ao longo dos anos uso em sua antiga vida. Era sempre bom saber o quanto de magia você tinha, ou o quanto você estava usando, especialmente se você se especializava em cura ou batalha, em ambas as áreas o feiticeiro tinha que estar sempre ciente de sua magia para não estar esgotado em caso de necessidade. Outras áreas como poções, runas, alas ou fabricação de feitiços ou varinhas, exigiam quase perfeição na forma que a magia era empunhada para não causar explosões possivelmente fatais.

Desde o seu renascimento, Midoriko não tinha, nem uma vez visto os sinais de magia fora de si mesma. Sem fotos em movimento, sem vassouras, sem móveis ou utensílios se movendo sem ajuda aparente. Sem aparatações ou viagens através do flú, sem brinquedos mágicos, sem plantas mágicas ou feitiços ou poções.

Apesar de tudo isso, ela sabia, tão bem quanto ela sabia que ainda tinha sua própria magia, que ela não tinha renascido em algum lugar aleatório onde ela era a única pessoa a usar magia. A razão para isso é que Midoriko, mesmo sem provas físicas podia sentir.

Ela podia sentir o poder ao seu redor, muito mais forte do que ela nunca tinha sentido antes fora de Hogwarts, esse lugar, onde ela agora vivia, escorria com magia terra tão forte e ainda mais... Puro do que ela nunca tinha sentido antes. Sua Kaa-san, junto com cada pessoa que ela tinha encontrado nessa nova vida também exibiam uma versão menos selvagem do que a magia que ela podia sentir.

Entretanto, o que a incomodava, era o fato muito curioso que ela sentia as coisas de uma forma diferente do que ela podia lembrar-se de sentir.

Antes, como Hariett, ela tinha adquirido a capacidade de ler a aura mágica em pessoas e em objetos, algo que levo muito estudo e aperfeiçoamento, mas ela tinha chegado ao ponto em que poderia instintivamente ler as auras daqueles ao seu redor, seja para o uso de sua magia ou de uma forma mais rudimentar de empatia onde ela poderia sentir intenções, sejam boas ou más.

Agora, nesta nova vida, suas leituras sobre outros seres humanos eram praticamente inexistentes em comparação. Foi só depois de meses de meditação (O que? Ser um bebê era chato, ela tinha que fazer algo além de dormir e comer! Atividades mentais eram suas únicas opções) que ela poderia vagamente podia sentir a aura de sua Kaa-san, que ela mais um conhecimento instintivo no fundo da sua mente do que o uso consciente de uma habilidade real, e não importa o quanto ela tentasse não estava ficando melhor.

No entanto, para contrariar essa perda drástica de habilidade, aparentemente Midoriko tinha adquirido o que parecia ser hiper-consciência natural. Basicamente ela podia sentir as plantas e magia natural como se ela uma criatura da natureza como ninfas e druidas.

Ela não sabia se essas criaturas realmente sentiam a natureza da forma que ela sentia agora, porque a extensão de seu conhecimento sobre eles eram alguns parágrafos em um livro sobre criaturas mágicas que ela tinha lido quase cinco décadas atrás e um monte de mitologia trouxa.

Ela realmente não tinha idéia de como ela poderia usar essa habilidade ou se seria útil de alguma forma por isso ela decidiu mantê-lo no fundo da sua mente até que ela realmente poderia usá-lo (ou não, realmente, no que poder sentir plantas poderia ser útil?)

[***]