Bohémienne escrita por Ananda Ayira


Capítulo 13
Fatalité!


Notas iniciais do capítulo

Preciso traduzir o título?? KKKKK "Fatalidade!"
Sorrys se demorei mais do que pretendia, mes amours!
Mas compensei num capítulo recheado de fortes emoções pra vcs! Heheheh...
Dedico este à Emily Dorrit, ela é leitora nova aqui... Seja bem-vinda, ma belle!
Nos vemos nos comentários! :*



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— Papa? Papa!?

A voz doce, apesar de assustada, despertou o poeta na prisão subterrânea.

— Hélène! – Exclamou. Feliz por não estar sonhando.

O homem correu até a fresta com grades de ferro, única janela de sua cela.

— Hélène, o que está fazendo aqui? – Indagou pegando a mão da filha. – Eu pedi à Clopin que cuidas...

— Fugi de Clopin, papai. Perdão, mas precisava ver-te!...

A menina agachada na rua, diante do “buraco dos ratos”, agarrava-se à mão do pai e às barras que o prendiam.

 Porém, Gringoire não conseguia sorrir por vê-la.

— Papa, não está feliz em me ver? – Perguntou ela.

— Ora, claro que estou! Estou sim, ma petite lune... – Respondeu-lhe.

— Então, qual o problema?

Um instante de silêncio se seguiu e os dois entreolhavam-se com angustias.

— Quando é que vai sair daí, meu pai? – Ela questionou.

—  Hélène, o homem que assassinei para te salvar era um homem bem quisto dentro do seu regimento. – Explicou. – E eu fui preso em flagrante.

A menina estremeceu diante do sentimento de pesar do pai.

— Só há duas maneiras para que eu saia daqui...

— Que maneiras, seriam essas? Papa, está me deixando sem esperanças. Quero tirar-te deste lugar! - Gringoire soltou-se da mão de Hélène. – Quebraria estas barras com minhas unhas e dentes, se pudesse...

Ele se virou de costas. Hélène começou a tomar consciência do rumo da conversa. Do motivo da angustia e dor de seu pai.

— Só saio daqui morto ou para morrer, minha filha. – Sentenciou-se Gringoire.

A garota encostou-se contra as grades abafando o grito com a mão, sentando-se no chão de pedra da rua.

— Não chore, ma belle lumiére. – Ele voltou-se à ela, enxugando as lágrimas e amparou-lhe o rosto. – Não tive a intenção!

De modo que Hélène ficou estirada de lado na rua, com o braço, o pingente de pedra azulada e parte do rosto para dentro da cela. Suas lágrimas caíram dentro da alcova.

— Mas preciso que entenda, ma fille; eu me condenei para salvar-te daquele monstro. Minha alma há de ser salva das chamas, há uma chance para redimir meus pecados, afinal. – Ele, por fim, sorriu. E beijou a mão da filha.

Hélène só conseguia chorar. Não queria imaginar viver sem seu pai. Sua vida resumia-se à companhia dele, aos seus ensinamentos, de latim e de letras e palavras.

— É por isso que você precisa ir ficar com Clopin. Ele vai cuidar de você. Confie nele. Assim como eu confio.

— Não! Não. – Protestou ela. – Não pode me deixar!

— Eu jamais te deixarei, Hélène. Estarei sempre olhando por ti. – Acariciou o rosto da filha. – Eu e a Lua. Lembra-se? Ela é tua madrinha. Vai sempre guiar-te. Iluminar-te... Até troquei meus poemas pela proteção dela sobre ti, não esqueças disso.

Ela sorriu em meio as lágrimas.

 - Eu te amo, minha filha. – Disse beijando-lhe no rosto entre as barras de ferro.

— Eu também te amo, papa.

Ficaram ali algum tempo. Tentando, em silêncio, encontrar algum consolo naquela despedida entre pai e filha.

— Você tem que ir, está ficando tarde. Não podes ficar sozinha à estas horas da noite. – Dolorosamente, soltou-lhe a mão e empurrou-a para fora da grade.

— Adeus, pai. – Despediu-se ao levantar.

Hélène ainda chorava. Mas sabia que Gringoire tinha razão. O tempo escorria e não havia nada que pudesse ser feito. A não ser esperar que Clopin a acolhesse, mesmo após ter fugido sorrateiramente na calada do crepúsculo.

Tendo somente à vista os olhos do pai, pelo buraco da rua que era a janela da cela, afastou-se com mais lágrimas nos olhos de luar. Por fim, criou forças e pôs-se a correr pela rua.

Gringoire deu às costas a abertura das grades. E desabou no chão de sua cela.

Num choro de criança perdida, desafogou toda a dor daquela despedida. Sua filha, única luz, havia lhe dito adeus. Havia descido, por fim, a noite sobre sua vida.

Paris, 1499...

— Peter, - Expirou Luce. – que lugar é esse? – Indagou.

Olhando ao redor eram vários casebres abandonados há anos, alguns queimados, inclusive. Com paredes de pedras e telhados de madeira e palha em ruínas.

— Um pedaço do passado, ma lune.— Respondeu dando três passos à frente da cigana.

— É a segunda vez que me chama disso.... – Resmungou. – “minha Lua”. Não faz sentido...

— Ah, faz sim. Você só não compreendeu ainda...– Retrucou ele. –Mas fique calma, querida. Siga-me...

Peter continuou a andar pela rua, passando os casebres e estudando cada um. Espiando entre as janelas quebradas e os buracos nas paredes. Ratos e cães e outras pragas de rua se apossaram de alguns lares.

Luce seguia atrás, hesitando cada passo que tomava na direção que o rapaz a guiava. Um sopro gelado varria-lhe o peito. E não era o vento da rua em sua pele despida.

O rapaz forçou uma das portas acorrentadas. E a madeira podre cedeu. Um barulho alto que ninguém ouviu, pois havia ninguém ali.

— Peter, o que está fazendo? Pode ser preso por invadir! – Alertou Luce.

— Não é invasão, se a dona está. – Retrucou ele.

— “Dona”? Peter, você bebeu um talho inteiro de vinho? Eu nunca, se quer, vim aqui na minha vida inteira! – Exclamou ela.

— Não que se lembre...

Peter adentrou a casa. Luce o seguiu, analisando o lugar.  

O casebre de pedra era tão pequeno que só tinha um cômodo. Os únicos móveis eram uma mesa de madeira, e uma cama perto de uma lareira.

O sentimento de nostalgia que permeava seus sonhos lhe invadiu. Sobre a mesa haviam pedaços de papel, um tinteiro, cuja tinta já estava seca, e uma pena.

Não havia comida em nenhum lugar, mas havia cheiro de vinho. E exalava da cama. Luce sentou-se sobre ela, debruçou-se no colchão de palha. O cheiro de vinho e de cortiça impregnado nos lençóis, como uma lembrança incerta impregnada em sua mente.

Levantou-se.

— Que lugar é este? E o que eu tenho que descobrir? Peter, eu te peço, que pare de brincar comigo. – Luce clamou. Sentia seu coração falhar cada batida, ali naquele lugar.

— Está bem. Mas acho que vai querer sentar-se novamente...

Place de Gréve, 1495...

— Papa! Papa! Não! – Os gritos de Hélène eram os únicos que se opunham aos risos da multidão.

— Hélène! Menina, volte já aqui! – Os gritos de Clopin em seu encalço, eram exceção.

A multidão divertia-se. Há tempos não viam uma execução. Gritos de “Enforquem-no!”, “Andem logo!”, “Morte ao condenado!” vinham de todas as direções.

O tamanho diminuto de Hélène lhe dava vantagem para atravessar a multidão, chegando bem próxima ao patíbulo.

A multidão alvoroçou-se. Sedenta pelo entretenimento que a desgraça do homem lhes causava.

— Hoje, no dia de Nosso Senhor, segundo do mês de agosto do ano de 1495, o homem conhecido pelo nome Pierre Gringoire, é acusado dos crimes de não cumprir com seus deveres de súdito do rei de França, sonegando seus impostos, desrespeitando a lei. E pelo assassinato do soldado, Francis d'Alevigne. O réu foi julgado...

Os tambores dos soldados soaram. Graves e tensos.

— Culpado!

A multidão regozijou-se. E Hélène gritou em lágrimas. Clamou:

— Pai! – Aos prantos.

O homem, metido numa túnica branca, ao lado do carrasco olhou para baixo... E desviou o olhar da filha. Sem uma palavra que a pudesse consolar, um verso, uma rima derradeira que fosse.

O algoz cobriu o rosto de Gringoire com um pano preto e colocou a corda em torno do pescoço do homem. E, rapidamente, puxou a alavanca.

Não houve grito da vítima. Apenas comemoração da plebe.

O corpo caiu.

Como o coração golpeado e sangrando, a menina caiu de joelhos nas pedras da praça, em lágrimas. Berrando como uma criança com sede.

Clopin, a alcançou. Abraçou-a, tentou leva-la dali, mas Hélène rechaçou o cigano.

— Deixe-me vê-lo morrer! – Exclamou empurrando Clopin, enquanto via o pai se debater, cada vez menos, preso à corda.

A multidão ria. Ria alto. E as lágrimas de Hélène se tornaram silenciosas.

 

O corpo balançava com vento. E ninguém o tirava de lá. O pátio da catedral estava deserto. Já haviam horas que o enforcado deixara de se debater, não havia mais ninguém no pátio de Notre-Dame se não a menina que, de joelhos, ainda fitava o morto na corda. Seca demais para derramar mais lágrimas.

Ouviu passos se aproximando, mas não se mexeu. Se fossem soldados para leva-la, levariam para onde? Ela não tinha onde ir e estava completamente sozinha. Pelo menos com seu pai, quando não tinham onde ficar pelo menos ficavam juntos.

— Hélène? – Chamou uma voz ao redor. Clopin. - Hélène, venha comigo. Vou proteger-te agora. Teu pai confiou-te a mim, não vamos desrespeitá-lo.

Ela não respondeu e continuou a fitar o corpo de seu pai.

O cigano abraçou-a e a levantou. Hélène estava petrificada, mas seguiu com o homem.

 

Paris, 1499...

A garota, atônita, apertava os lençóis nas mãos. Ainda sentada sobre a cama, arfava como se tivesse sido açoitada. Mas o flagelo haviam sido as revelações que Peter fizera-lhe.

Sua vida. Agora, uma mentira. De repente, havia um pai, de quem ela não lembrava. Cruelmente sentenciado à morrer diante dos seus olhos. Um poeta, que amava sua vida de vadio, bem como apaixonava-se rapidamente por mulheres e que, porém, vivia enamorado da Lua. Que lhe rendia seus melhores sonetos.

Tal carinho que a Lua recompensou-o salvando a filha da fatalidade que se abateu sobre a mulher que ele mais amou. Protegendo-a da doença da mãe e das ruas. Para consolar e aplacar a culpa que Gringoire sentia pela tragédia que causara à cigana e à fille de joie, sua amada Cecille. Um presente, todavia, que exigiu seu preço. Os olhos da criança. Tinham neles a marca da madrinha. A Luz da Lua.

Luz que enfeitiça os corações jovens e sensíveis. Pura, contudo, cálida e misteriosa.

— Por que está me dizendo isso? – Indagou Luce.

— Os seus sonhos, são lapsos de lembranças da vida que você tinha antes de Clopin. Ele pode ter apagado suas memórias, lhe dado outro nome e ter feito você acreditar que sempre viveu no Pátio dos Milagres. Mas, não, Luce... Você ainda é Hélène. – Finalizou Peter.

— Não foi isso que eu perguntei, Peter! Se você está me dizendo isso, primeiramente, é porque alguém te contou e, depois, tem algo que você quer com isso. – Ralhou ela. – Eu podia muito bem viver o resto da minha vida como Luce, sem nunca saber disso. Por que me contou?

— Você começou a se lembrar sozinha. Estava desesperada, com pesadelos e tem se revirado e suado na cama todas as noites. Eu estou lhe ajudando...

— Não sem um propósito. O que você ganha com isso? – Questionou, levantando-se.

— Nada, Hélène! – Exclamou ele.

— “Hélène”? Como ousa me chamar pelo nome que meu pai me deu?

— Porque é quem você é. – Respondeu Peter.

— Não cabe a você definir isso.

A garota, sem pensar, saiu correndo para fora do casebre. Alcançando a rua e apressou o passo. Não conseguia mais distinguir seus pensamentos, apenas suas lágrimas. O chão de pedra contra seus pés descalços e o vento frio do anoitecer contra sua pele. Os cabelos batiam em suas costas.

Virando ruas aleatoriamente e continuava a correr. Vagava, sem rumo, sem indagar aonde suas pernas a levavam e quais caminhos percorria dentro de Paris.

Já deveriam ser altas horas e seu cansaço já pesava em seus membros. Sem menor noção de onde estava, do quão longe do Pátio dos Milagres. E, pior, de quem ela era.

Tudo o que Peter lhe dissera transpassava sua mente como uma flecha num soldado durante um ataque surpresa. Seus olhos deixaram de chorar haviam horas, não porque seus sentimentos de conflito a deixaram, mas por desidratação. Seu peito arfava e a boca rachada implorava por uma gota de água.

Foi quando reconheceu os sons dos canecos de ferro e dos gritos alterados de álcool de La Pomme D’Eve. Não estivera ali desde a vez que estivera nas ruas com Gahel e Aimée.

Ela espiava do vidro da taberna, vendo os pratos e canecas cheias de vinho, virou as costas para a janela do local e deixou-se escorregar pela parede. Sentando-se ao chão, com o cheiro de carne assada lhe invadia, fazendo seu estômago reclamar do vazio e sua boca encher-se d’água que ela não tinha.

Quase desmaiando, devido ao cansaço físico tão bem quanto o emocional, ouviu a porta da taberna abrir. Num esforço, se virou de lado, pensando em mendigar um pedaço de pão a quem saísse.

Entretanto, os dois homens entreolharam-se, viram-na debilitada. Cochicharam entre si, algo que ela não pode decifrar.

— La demoiselle, está bem? – Perguntou um deles, abaixando-se para olhá-la.

O rapaz deveria ter seus vinte e poucos anos, olhos castanhos de madeira recém-cortada e cabelos loiros cacheados curtos, mas que cobriam-lhe as orelhas.

— Poderiam me dar um pedaço de pão? – Suplicou ela.

— Claro, vamos ajuda-la. Não vamos, Jacques? – Respondeu o primeiro e fez sinal para que o outro o ajudasse a coloca-la de pé novamente.

— Vamos, sim. – Disse enquanto o primeiro passava um dos braços da garota por trás de seu pescoço.

O outro rapaz fez o mesmo com seu outro braço. Os pés da menina roçavam o chão, impedindo-a de controlar seus passos. Eles viraram a esquina, na direção contrária à taberna.

— A-a taberna... – Gaguejou ela.

— Lá não é lugar para uma jovem como você, demoiselle.

A esquina era um beco sem saída. Ao final do beco, eles a colocaram no chão. Já em pânico, a menina enrijeceu-se o suficiente para ficar de pé sozinha.

— Eu já te vi por aí, menina... – Falou o primeiro. – Cigana.

O segundo rapaz agarrou-lhe os braços e os apertou em suas costas. E enfiou o nariz dentre seus cabelos, aspirando-os.

— Bruxinha linda. – Sussurrou.

— Dançando até parece que já estive no inferno... – Falou o primeiro com malícia.

O que estava à sua frente agarrou-lhe as pernas, e juntos os dois rapazes a deitaram no chão do beco. Seu coração acelerou, tentar debater-se no chão de pedra, além de doloroso, era inútil. Ela começou a chorar e quando tentou gritar, o mesmo que segurava suas mãos calou-a com um lenço em sua boca. E, se ela tentava cuspi-lo, ele o enfiava mais fundo em sua garganta.

Quando o rapaz começou a apertar outras partes de seu corpo, em busca de excitação, o outro, que lhe segurava os braços, puxou-os a cima de sua cabeça, imobilizando-a enquanto o primeiro erguia suas saias, apertava suas pernas com força. Outra vez tentou, inutilmente, gritar por ajuda.

— Depois eu deixo você se divertir com ela também, meu amigo. – Disse ao outro. Ele cravou as unhas nas coxas dela, a menina ganiu como um cão ferido. – Eu só quero ver o que mais ela faz como uma diaba...

Ele sorriu sadicamente, sem soltar as pernas dela enquanto ajeitava-se entre elas. A garota fechou os olhos esperando pelo pior. Tentou lembrar-se de algo para se livrar dali, mas nada lhe ocorreu. Sabia que não havia virtude que pudesse perder, já a dera de bom grado, mas o medo da violência lhe tomou. Poucas as ciganas que viviam horrores nas ruas voltavam para contar histórias. As que voltavam, sentiam-se impuras, sujas e jamais esqueciam o que lhes ocorrera. Outras chegavam a tirar as próprias vidas... Será que era o que aguardava, afinal? Pensou.

Quando ouviu, um grito seco, seguido pela sensação de algo líquido respingar sobre ela. Suas pernas também se libertaram. O cheiro delator. Sangue. Assustaram-na e ela permaneceu imóvel.

— Hélène. – Chamou-lhe uma voz conhecida. – Sou eu.

Ela abriu os olhos, retirando o tecido de dentro da boca. Nauseada, segurou-se na parede, mas não havia nada para seu estômago devolver. E se levantou com dificuldade.

— Peter... – Arfou. – Como... você me seguiu?

— Tentei. Ainda bem que te achei de novo, pelo visto. – Apontou com os corpos com a adaga suja ainda nas mãos.

— E o outro? O que estava segurando meu braços? – Perguntou ela.

— Ele fugiu quando me viu cortar a garganta do primeiro. – Respondeu Peter.
— Hélène...

— Não use meu nome! – Rompeu ela.

— Prefere que eu volte a chamar-te de “Luce”? – Questionou ele.

— Eu não sei!... – Bradou. – Graças à você, eu não sei mais quem eu sou! Era esse seu propósito o tempo todo?

Ela o olhou nos olhos. Seus olhos prateados de luar, refletidos no jade pétreo dos olhos dele.

— Me diga a verdade. Por que você me contou sobre o meu passado?

— Porque eu preciso da sua magia. – Despejou, antes que percebesse.

O rapaz levou a mão na boca, ela havia usado seu poder recém-descoberto nele e ele não fora capaz de lutar.

Ela riu.

— Eu sabia. Gadjê, nenhum, entra no Pátio dos Milagres por acaso... Você entra. Porque esse tempo todo você estava procurando por mim, pra me usar para sabem os deuses o quê! – Ralhou ela.

— Sim, mas...

— “Mas” digo eu, Peter! – Interrompeu. – “Mas” você não vai conseguir. Seja o que for, eu o repudio!

— Ali estão eles! – O grito ecoou da entrada do beco.

Era o rapaz que fugira ao ver o amigo ser morto por Peter. Ele trazia consigo três guardas, armadas de espadas e felizes em capturar ciganos.

— Esses vadios nos assaltaram e mataram meu amigo!

Os soldados avançavam na direção de Peter e da garota.

— Hélène, pegue minha mão! – Pediu Peter.

— Não use o meu nome! Não vou pegar sua mão, depois de ter me traído! – Gritou.

— Pegue minha mão! – Disse tomando a mão dela.

— Não, se vamos ser presos, ao menos mantenho-me distante de você, seu traidor!

Um dos soldados, apanhou Peter pelo braço e o outro puxou a menina.

Todavia, Peter desapareceu num nevoeiro. Deixando a adaga suja de sangue para trás e a menina a gritar de raiva.


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Notas finais do capítulo

Peço perdão por qualquer mal estar causado por este capítulo...
E, também peço perdão por quaisquer erros que possa ter, não tive muito tempo pra revisar queria atualizar antes do Ano-Novo, hehehe...
Inclusive, um ótimo 2018 à todos! ♥
Um grande beijo e até os reviews! (pros fantasmas, até ano que vem, né... ¬¬' )



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