Moon Lovers: The Second Chance escrita por Van Vet, Andye


Capítulo 66
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas! Estou de volta e, comigo, trago mais um capítulo na nossa fanfic.

Antes de mais nada, e como já é de costume, agradeço por todos os comentários e recomendações que recebemos nessa semana... parece que o capítulo passado mexeu bastante com todos os nossos leitores KKK Obrigada por isso!

No capítulo de hoje temos uma interação bem inusitada, mas que era necessária para este momento da história. O que será que isto quer dizer?

Esperamos que curtam o que temos aqui e que façam uma ótima leitura!

Beijos.




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Gun detestou ter ficado tão exposto quanto estava naquele momento. Ele havia exigido que os empregados sempre encaminhassem seu médico e o fisioterapeuta para o quarto, mas naquele dia a troca de turnos coincidiu com a chegada dos profissionais. Dessa forma, os idiotas que deveriam direcionar a dupla para o quarto não estavam a par desta ordem.

Resignado, Gun sentou-se na cadeira de rodas e abandonou seus aposentos em direção à sala, onde uma pequena parafernália médica estava montada e muito bem instalada. Sem jeito, ele estava quebrado por dentro também, pensou, afinal Wang Gun nunca ficava sem jeito, aceitou ser consultado no ambiente comum da casa.

— Senhor Wang, como tem passado? — o médico que o acompanhava desde o início do tratamento e vinha monitorando seu progresso, ou a falta dele, perguntou.

— A mesma porcaria de sempre — o paciente rabugento deu de ombros e estacionou a cadeira diante do homem. Disfarçando, olhou para o relógio na parede a fim de conferir se algum de seus irmãos chegariam, e retornou a fitar o doutor — O que vai ser hoje? Agulha, perguntas idiotas e agulha de novo?

— Paciência, meu jovem. Paciência — o médico sorriu cordial — Eu disse que sua lesão não foi completa. Meus exames podem não ter nenhuma valia para você, mas quem os checa sou eu e posso dizer: você está evoluindo.

Irritado com todo aquele otimismo barato, Gun observou o doutor repetir o processo de sempre. Agachou na sua frente, retirou as meias dos pés e, com a ajuda do fisioterapeuta, apoiou aquele pedaço de carne inútil sobre uma plataforma de madeira.

A seguir, o homem se sentou sobre o chão e, como uma criança feliz com seus brinquedos macabros, se pôs a escolher um dos equipamentos que testaria nele dentro do estojo médico.

— Para mim só existe uma evolução: ou eu ando ou não ando — o paciente opinou continuando a conversa esperançosa do outro e tentando despedaçá-la.

— Ah é? — o médico o olhou calmamente. Com as mãos, começou a massagear seu pé em movimentos circulares mostrando que o argumento de Gun era irrevogável. Ele não sentia nada.

— É. Acho que vou cancelar essas consultas, aliás — provocou o sujeito o fitando com desdém.

— Entendo — respondeu sereno.

— Por que está fazendo massagem num pedaço de pé morto? Que ciência é essa que está tentando me fazer acreditar para pegar meu dinheiro?

Desconfortável com o modo desrespeitoso de Gun, o fisioterapeuta focou no rosto do médico. O profissional mais experiente não lhe devolveu o olhar, concentrado demais em seu trabalho. Deveria estar muito acostumado com esse tipo de reação de seus pacientes, pensou o jovem garoto.

— Seu pé não está morto, Gun. Seus músculos recebem nutrientes e oxigênio do mesmo jeito que o restante do seu corpo e eu estou, nesse momento, trazendo um pouco mais de circulação para seu tecido. Ele está prestes a presenciar um evento importante, precisa se aquecer.

— Quanto idiotice… — suspirou e revirou os olhos. A cabeça pendendo para o lado de tédio deu de cara justamente com quem menos queria: Shin cruzando a porta principal.

— Boa noite — Shin fez uma breve vênia, porém respeitosa para o médico e o fisioterapeuta, que devolveram o gesto — Como vão as coisas… com você, Gun?

Lutando para não se afogar no recorrente mar de humilhação e raiva, ele revidou para o irmão – o bastardo – que parecia ter pegado algum gosto em instigá-lo ao se aproximar do perímetro onde acontecia a consulta.

— Nada que te interesse, vira-lata — fez um movimento com as mãos como se o estivesse varrendo dali.

Shin engoliu a ofensa. Havia um tempo, dias não tão distantes assim, que ele sentia ódio daquele irmão com uma mutualidade feroz.

Em nome de todas as coisas que ele e os outros irmãos estavam se esforçando para criar após a morte de Hansol, um real companheirismo entre eles, se esforçou para abandonar os maus pensamentos.

— Ele é seu irmão? — o médico abelhudo perguntou.

— Não.

— Sim.

Gun negou. Shin confirmou. Gun olhou para Shin cheio de raiva. Shin sustentou o olhar como se dissesse “não vai ser tão fácil como você quer”.

— Irmão ou não, o senhor está prestes a ver um momento muito positivo na vida do senhor Wang Gun — o neurologista o informou com humor. Então, sem nenhum aviso prévio, enfiou uma agulha no dedão do rapaz e mergulhou-a até a metade em sua carne.

Shin ficou apavorado por um momento até perceber que aquela agulhada doera mais nele do que no paciente. Soltando seu riso mais nebuloso, o herdeiro aleijado disse:

— Quanta vida nesse pedaço de músculo nutrido e oxigenado, hein doutor?

— Eu estava apenas confirmando a intensidade da dor — novamente o médico apareceu com outro instrumento, desta vez uma pinça prateada, um aparato cirúrgico — Melhor se segurar na cadeira, senhor Wang… Esta você vai sentir.

Gun estava prestes a armar sua nova fisionomia de deboche quando a inesperada, surpreendente e potente dor o alcançou. O médico fechou as extremidades da pinça ao redor de seu dedo mindinho e, ao engatar a presilha do objeto, foi como se estivesse moendo um punhado de ossos nele.

— O senhor está louco? — Shin indagou, furioso, avançando sobre o neurologista ao passo que Gun urrava de dor.

— Calma, senhor. Faz parte do exame — o fisioterapeuta ergueu a mão e apoiou-a sobre o tórax de Shin, o impedindo de partir para atitudes equivocadas.

— Prontinho — o médico soltou o nocauteado dedo do paciente da pressão da pinça — Eu passei a manhã toda vendo suas ressonâncias e relatórios de exame e, como imaginado, sua lesão está involuindo. Você já está respondendo à dor profunda. Podemos começar com a fisioterapia!

— Que exame maluco é esse? Você podia ter quebrado o dedo dele — Shin continuou bufando às costas do médico que começava a guardar seus equipamentos e a se levantar. Gun, após o berro inicial, se aquietou completamente — E você? Está realmente bem? Ele…

Entretanto, Shin parou de falar tão logo viu o rosto do irmão. Tão logo se deu conta do que aquela dor significava.

— Eu senti… Eu consegui sentir… — Gun disse para Shin, feliz como um garotinho que reencontra um querido brinquedo perdido. Com lágrimas nos olhos, como um homem que reencontra a esperança.

— Sim, você conseguiu. Você conseguiu! — Shin anuiu, lutando para controlar sua própria emoção enquanto dava uma afetuosa palmadinha no ombro do mais novo.

***

Eujin estava sentado sobre a cama, seu velho companheiro, o fagote, apoiado no chão, preso entre suas pernas, passava por uma rigorosa inspeção do seu dono. Limpeza, lustração, afinação… Tantas coisas que, por tanto tempo ele deixou de fazer, voltavam a ser parte de sua rotina.

Com o curso programado para iniciar no próximo semestre, Eujin tomou sobre si a responsabilidade de ser feliz e fazer aquilo que o seu coração pedia. Era claro que ainda faltava o principal, sua Hye, para que as coisas ficassem realmente bem, mas ele insistiria, não poderia se dar por vencido faltando tão pouco.

Posicionando o instrumento sobre as pernas, começou a tirar alguns sons, sem uma melodia própria, apenas estimulando seus ouvidos para acostumarem-se mais uma vez com o instrumento, recordando da última vez que o tocou, para seu pai, poucos dias antes de seu falecimento.

Não conseguiu evitar aquela lágrima intrusa de escorrer por sua face. Tudo acontecera há algum tempo, suas vidas haviam seguido, como deveria ser, mas Eujin acreditava que as expressões do pai ao vê-lo tocar não sairiam de sua mente, nunca.

Eujin prendeu o fagote no apoio sobre o peito e posicionou o instrumento confortavelmente em suas mãos. Estava tenso. Fazia muitos meses desde a última vez que produzira qualquer tipo de som, mas a tensão estava em fazer aquilo naquele momento, naquele ambiente, para seu pai.

Aquele homem que sempre fora rude e intransigente quando o assunto era os sonhos de seus filhos fora sensível e delicado o suficiente para pedir, por favor, que seu filho o agraciasse com uma canção antes de dormir.

E ele estava de pé, em frente ao pedestal onde as partituras de algumas músicas repousavam ansiosas por serem melodiadas. Os dedos pareciam endurecidos, mas ele daria seu melhor.

— O senhor tem algum pedido de música em especial? — perguntou querendo controlar o próprio nervosismo.

— Não… deixo que escolha a que te deixa mais à vontade. Não tome isso como uma obrigação, apenas como uma diversão para seu pai.

— Certo — o mais jovem respondeu e, movendo os dedos, soprando firmemente o instrumento, tocou uma música antiga, provavelmente da época em que seu pai era jovem, esperando que ela lhe trouxesse boas recordações.

Enquanto tocava, se pegou pensando em quanto tempo esperou para que seu pai entendesse seu dom, sua vocação. O quanto esperou pelo dia em que aquele velho homem que ele tanto amava pararia de forçá-lo sobre algo que não fazia sentido e entenderia que sonhos não podem ser sufocados.

— Como você toca bem, meu filho — Hansol, deitado sobre a cama, aplaudiu displicentemente o filho quando esse encerrou sua primeira música — Fui tão rude com você e me envergonho disso…  Te impedi de realizar seus sonhos, de ser feliz e seguir com seus desejos…

— Não é bem assim, papai… — Eujin começou rapidamente, temendo que o homem tivesse lido seus pensamentos.

— É isso… te impedi de se realizar e joguei sobre você uma carga que não era sua, que você não merecia porque sempre fui cego… Me perdoe.

— Não há motivos para perdão, papai. O senhor só fez o que achava que era o certo.

— Seu coração é bondoso... Você sempre teve um espírito livre, tão diferente de mim, mas muito parecido com sua mãe. Você tem o dom de cultivar sonhos e esperanças quando tudo parece não ter mais jeito e espero que continue assim, mesmo que eu tenha te forçado a sufocar essa maneira tão maravilhosa de viver a vida.

“Gostaria de poder estar ao seu lado para ver sua felicidade num futuro próximo, gostaria de ir ao seu primeiro concerto, de segurar a sua mão ao final de sua primeira apresentação e te dizer parabéns, mas eu sei que não mais estarei com você nesse momento…”

— Papai…

— Lembre-se do seu velho pai como um homem que não soube demonstrar o que sentia, que agiu com autoridade quando deveria ter usado o amor.

— Não fale essas coisas, sim… — Eujin desconversou, temendo chorar diante do pai — Vou tocar mais uma música para o senhor.

— Sim… faça isso — a voz do homem ficava cansada a cada nova palavra, como se o fôlego lhe faltasse, mas ele continuou — Você se tornou um homem maravilhoso, cheio de qualidades que me aquecem o coração. Eu peço que, por favor, continue sendo assim, cheio de fibra e alegria, a alegria que foi capaz de unir seus irmãos, de fundir vocês como eu nunca fui capaz.

“Meu filho, você é como uma liga que os une, porque você transborda amor e esse amor não é fingido ou deseja recompensas. Ele é puro e genuíno.  Sou feliz por deixar seus irmãos em tão boas mãos.

“Só não permita que as pessoas te digam o que fazer ou te forcem a tomar decisões que que você não quer. Faça apenas o que o seu coração te mandar fazer, porque ele é sábio e muito bom. Tenho certeza que se você o seguir, será um homem feliz.

“Agora toque… Quero dormir ao som desse som maravilhoso, sob os olhos do meu filho querido…”

Com lágrimas nos olhos, Eujin se concentrou para tocar mais algumas melodias, sons que lhe traziam um sentimento inexplicável. Olhava para o pai e sentia o peito apertar, triste por aquela realidade, feliz pelo arrependimento do mais velho.

E foi assim que Eujin, em seus vinte e dois anos, colocou seu velho pai, pela primeira vez em sua vida, para dormir.

Tocou algumas notas também ali, algumas das melodias que apresentara para seu pai deixando que as lágrimas presas em seus olhos novamente escorressem em suas bochechas, enxugando-as em seguida, voltando a produzir sons, voltando a sentir os olhos umedecerem.

— Eujin…? — Taeyang bateu à porta e o rapaz, colocando o fagote sobre a cama, dirigiu-se para atender o irmão — Ouvi o som do fagote… Queria te ouvir tocar um pouco.

— Ah… Sim. Claro, entra — o rapaz, desconsertado com aquela situação, deu passagem ao irmão mais velho.

— Toque o que quiser… Por favor. Só preciso ouvir um pouco de música antes de dormir…

— Sim. Tudo bem.

Eujin se preparou novamente, Pegou o fagote nas mãos e começou a melodiar uma música qualquer que ele lembrava, sem muita certeza se o fazia de acordo com a letra.

— Você toca tão bem… Fico feliz que tenha decidido se inscrever no curso de música.

— Eu precisava fazer isso… Por mim e pelos meus sonhos.

— Eu entendo…

— Sei que sim. Assim que o novo carro for lançado, irei buscar o que quero. Não vou mais me prender às coisas que não desejo.

— Fico feliz que seja assim. Também agradeço por ficar. Seu trabalho é fundamental para nosso projeto.

— Sei que não contribuo tanto quanto os meus irmãos mais velhos, mas não vou abandonar o barco enquanto ele veleja… E já estamos tão próximos.

— Seu trabalho é importante, sim, tão importante quanto o de qualquer um de nós. Mesmo tendo sido pressionado, você é um dos melhores quando se trata de marketing e designer. Suas ideias são geniais. Não pense que não é importante. Você é sim, e muito.

— Obrigado por essas palavras.

— E sobre a filha do senhor Nahm… o que pretende fazer? O casamento já está bem perto…

— Ainda não sei, irmão… Esse é um assunto que me deixa de mãos atadas. Não sei o que devo fazer.

— Faça o que seu coração mandar. Ele é o seu melhor conselheiro, porque ele é bom. Não a perca, Eujin. Vocês se amam… Pense em algo e, o que quer que seja, conte comigo, conte com seu irmão.

— Engraçado…

— O que?

— Você dizer essas palavras… Foi exatamente o que papai me disse uma vez… naquela vez que toquei fagote para ele dormir.

— Porque ele também sabia que era assim. Siga seus sentimentos, lute por seus sonhos e seja feliz, meu irmão. Faça isso.

— Sim. Eu farei… Não sei como farei, mas farei algo.

— Conte comigo.

— Sim. Obrigado.

Então, repentinamente, e sem poder prever, Eujin se viu abraçado por Taeyang, um abraço amigo, companheiro… Um abraço que apenas irmãos mais velhos poderiam oferecer aos seus irmãos mais novos.

Eujin sentiu-se revigorado, como se uma chuva de força e determinação lavasse o seu corpo e mente cansados. Eles sorriram um para o outro e, em seguida, ao selarem aquela amizade, Taeyang se retirou.

***

Ha Jin deitou-se sobre a grama contagiada por uma leveza genuína e encarou o céu azulado com satisfação. Shin, deitado ao seu lado, tinha grande parcela nesse sentimento.

O namorado, do qual ela sentia cada dia mais saudades por estarem separados devido ao novo emprego dela na ISOI, havia escapulido do expediente extra de fim de semana para poder ter um tempo com ela.

Assim que ele a buscou no apartamento, os dois subiram na moto e pilotaram sem rumo, deixando apenas a intuição guiá-los até a próxima parada.

A procura misteriosa terminou em uma planície ondulante, de gramado aparado, ao lado de um bosque, na periferia de Busan.

— Queria poder ficar aqui para sempre — Ha Jin confessou. A brisa adocicada da primavera indo lhe beijar a face numa tentativa de mantê-la naquela oferta.

— E eu queria poder te ver todos os dias — Shin pegou na mão da moça e tocou nos dedos com os lábios.

— Não vai dizer que preferia quando eu era a governanta… — ela sondou franzindo o cenho, mas de modo brincalhão.

— Você me entendeu. Eu fui distraidamente para a cozinha algumas vezes nessas semanas achando que te encontraria… Você é um vício para mim… — a olhou com seus olhos profundos e decididos.

Em outros tempos, Ha Jin ficaria encabulada pela intensidade daquele Wang. Nas atuais circunstância ela apenas ouvia os seus impulsos de paixão e era reativa àqueles encantos.

Ficando de bruços, os cotovelos apoiados contra a grama, se inclinou sobre o rapaz e o beijou com ardor.

Shin suspirou em resposta ao toque atrevido da namorada e se concentrou nos lábios pequenos e rosados dela.

Aproveitando que não havia ninguém por perto, a trouxe para mais perto do seu corpo espalmando as mãos em suas costas.

Enquanto se perdiam na boca um do outro, o herdeiro teve uma espécie de experiência onírica. Uma sensação forte demais para se ignorar.

Aquela mulher tinha um significado além em sua vida. Pensou que já a beijou assim antes, ao redor de um bosque alegre, mas alheio à sua dor, imaginando quanto tempo duraria a felicidade em um relacionamento condenado a terminar prematuramente.

Era uma impressão persistente de uma outra época. Uma pessoa que ele conhecera no passado, o passado que era bem antes do seu passado…

Algo que sua alma havia deixado pendente… Uma sina que precisava se fechar em um círculo para poder estar em paz. Estar completa.

— O que houve? — Ha Jin afastou os lábios, percebendo beijar alguém que não estava ali.

— O… hã… — Shin sentia uma angústia esquisita no peito e se fosse mais velho poderia bem achar que estava infartando. Desorientado, se sentou na grama e levou uma das mãos na cabeça.

— Está se sentindo bem? Está pálido… — a garota ficou preocupada. De modo preventivo, levou a mão à testa dele e verificou sua temperatura.

— Foi só uma tontura — respirou fundo.

— Está se alimentando direito? Tomou o café da manhã corretamente? — seu lado governanta entrou em ação.

— E você acha que minha mãe me deixa sair de casa sem comer metade da mesa? — respondeu levando alguma tranquilidade no olhar. O ar renovado nos pulmões trouxe clareza e bem-estar, mas uma pontada perversa de estranheza cantava baixinho em sua mente a mesma canção de desmoronamento — Eu estou bem.

— Está é trabalhando demais — Ha Jin finalmente disse o que vinha pensando há tempos — Vocês precisam descansar ao menos no Domingo.

— Sei que tudo ficou intenso na empresa, mas acredite: é por uma boa causa e acabará antes que se torne insuportável.

— Assim espero — ela suspirou resignada — Você viu que…

O celular de Shin tocando alto interrompeu a fala da jovem.

Um pouco irritado com a intromissão, o herdeiro Wang pegou o aparelho no bolso do jeans e ponderou atender ou não ao olhar para a tela.

— É trabalho?

— Taeyang.

— Então é trabalho — Ha Jin sentenciou se esforçando para esconder a frustração.

— Eu preciso atender…

— Claro. Atenda — ela fez um novo esforço para parecer indiferente.

Shin levantou-se do gramado e caminhou alguns passos longe de Ha Jin para não incomodá-la com aquele papo chato de empresa. Enquanto isso, a namorada o olhava com olhos miúdos antevendo suas palavras tão logo o telefone fosse desligado.

— Ele precisa de mim na empresa, agora — retornou com a notícia — Estão todos lá e…

— Tudo bem. Acho que vai chover mesmo — a moça se levantou de pronto, pegando seu capacete e colocando-o na cabeça.

Shin assentiu, entristecido. Observando o céu de soslaio e a acompanhando para chegar à moto. Não viu nenhum sinal que indicasse chuva.  

 

***


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Notas finais do capítulo

É isso, gente... nosso capítulo de hoje.
Como sempre, queremos saber o que acharam do que trouxemos para vocês...
O que acham que vai acontecer daqui para frente com Gun? Uma melhora, isso é fato.
E Eujin? O que vocês esperam dele a partir de agora? É uma situação complicada essa que ele tem vivido com Hye... O que acham?
Por fim... Sentiram o peso que está se formando sobre o relacionamento do nosso OTP? Eu senti uma irritação da Ha Jin... Será que isso vai trazer problemas?

COMENTEM! E até domingo que vem.



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