Moon Lovers: The Second Chance escrita por Van Vet, Andye


Capítulo 18
A Louca e o Idiota


Notas iniciais do capítulo

> LEIAM AS NOTAS! TEMOS NOVIDADES!!!
Antes de mais nada, gostaríamos de agradecer aos leitores que têm continuado conosco, assim como os novos leitores. Obrigada por estarem por aqui, isso nos é muito importante e, hoje, entrando mais um capítulo na nossa fic.

Resolvemos, Van e eu, postar os capítulos todo domingo (sem horário definido, provavelmente da tarde pra noite). Achamos que ficará melhor para vocês acompanharem assim, sabendo um dia fixo para esperar. Faremos o possível para manter esse acordo. ;)

Outra ideia que tivemos foi a de criar um grupo no facebook onde postaríamos mais coisas sobre nossa fic, sobre essa série que nos arrasou, Moon Lovers e também para sugestão de doramas e tietagens em geral. Se tiverem interesse, nos avisem nos comentários.

E por falar em comentários, percebemos uma queda brusca deles nos últimos dois capítulos; não sabemos se foi o feriado de carnaval, se não tiveram como ou se simplesmente não gostaram do que leram. Realmente queremos saber o que estão achando. A opinião de vocês depois de uma semana de encontros nossos (pela internet, nos horários mais estranho kkkk) para desenvolver os capítulos são os nossos motivadores, então, nós convidamXs todXs a dizerem o que acham, com sugestões, suas suposições e mesmo que não seja algo tão positivo, porque aceitamos críticas de todos os sentidos (contanto que não ofendam), façam! Por elas, vamos tentando moldar o melhor que podemos para vocês!

Sem mais delongas, boa leitura e boa semana.
Fighting!



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Havia pouco mais de uma hora que a tal reunião acabara. Na Na, que não conseguira conversar com Gun o dia inteiro, rumava para a sala do herdeiro com um único motivo: saber como ele estava depois de tantas situações desagradáveis seguidas em um espaço tão curto de tempo.

Os passos apressados retiniam pelo piso lustroso e ela observava alguns poucos funcionários internos conspirando sobre o que poderia ter ocorrido ali. Seu interesse estava longe das fofocas sobre os herdeiros ou sobre a reunião, mas em como ia o estado de espírito do noivo.

Bateu à porta e anunciou sua presença chamando pelo nome do outro assim que a abriu. Gun estava de pé, próximo à janela de vidro que lhe dava uma visão ampla da cidade abaixo. Parecia absorto em seus pensamentos e ela temeu a possibilidade de distraí-lo daquele momento tão introspectivo.

— Gun…? — chamou o seu nome com gentileza, como quem desperta alguém de seu sono mais profundo.

— O que quer, Na Na? — respondeu sem olhar para ela, o tom era áspero — Veio rir da minha cara, também?

— Claro que não. Por que riria de você? — rebateu ofendida.

— Por que meu pai acha que sou um imbecil qualquer e que não mereço sua confiança? — perguntou irritado.

— Não é isso, Gun… Tenho certeza que seu pai só está tentando ser justo — falou cautelosamente.

— Justo? — ele a encarou finalmente. O olhar injetado de cólera emoldurado pela voz ameaçadora — Você acha justo eu ter que dividir minha empresa com esse monte de imprestáveis sanguessugas?

— Gun… Eles são seus irmãos…

— Pouco me importa o que eles são — voltou-se contra ela, fazendo com que recuasse alguns passos, assustada — Eu dediquei anos da minha vida para essa empresa, para esse império. O mínimo que ele poderia fazer era reconhecer isso, reconhecer que ninguém além de mim merece esse posto. Mas já resolvi… se Wang Hansol quer jogar, eu jogarei.

— Gun… Não fale assim. Vai ficar tudo bem — ela o observava atemorizada.

— Sai daqui, Na Na.

— Gun, eu…

— Não preciso do seu consolo, muito menos da sua pena. Saia daqui agora — finalizou o assunto puxando a mulher pelo braço, a colocando para fora da sala, fechando a porta às suas costas em seguida.

Ela ainda teve o impulso de virar de frente para a porta novamente. Tencionou bater mais uma vez e usar outra manobra de diálogo com ele, mas desistiu.

Sabia o quanto Gun ansiava por esse cargo, por essa valorização vinda de seu pai, e sabia muito mais que o rumo que tudo estava levando o deixava desestruturado. Ele precisava de seu apoio, mas antes precisava mais de um tempo.

Resignada com aquela situação, e ainda sentindo o peito pesar por ter sido retirada da sala daquela forma, quando apenas queria lhe dar apoio e ouvir, seguiu pelo corredor com o pensamento cheio de ideias e estranhas suposições.

— Desculpe — ela falou envergonhada ao esbarrar em alguém, fazendo um aceno rápido.

— Por onde a sua mente está vagando? — Taeyang, sorriso e gentileza, a respondeu.

— Oh! Taeyang. Desculpe, de verdade. Estava realmente um pouco longe agora — ela respondeu, ainda sem graça.

— Tudo bem, não se preocupa com isso… Esses últimos dias têm deixado todos meio aéreos mesmo — concordou pensativo — Vem da sala de Gun?

— Sim…

— Como ele está?

— Não sei ao certo. Não quis conversar. Disse que queria ficar sozinho.

— Aconteceu alguma coisa com seu braço? — Taeyang perguntou fazendo Na Na se dar conta que massageava o local.

— Ah, não… Não aconteceu nada — mentiu e imediatamente sentiu-se mal — Mas como foi a reunião, finalmente? — prosseguiu, tentando abafar todo aquele incômodo crescente.

— Você está meio agitada — notou levemente preocupado, sem responder a pergunta feita — Tem certeza que não aconteceu nada?

— Tenho sim — forçou um sorriso.

— Façamos um trato, então: Te conto sobre a reunião se aceitar tomar um chá comigo. Preciso respirar um pouco fora dessa empresa.

Taeyang conduziu os dois até um café próximo à empresa. Escolheram sentar na varanda do local para admirarem a movimentada avenida adiante, prestes a mergulhar na primeira hora da noite.

O clima estava esfriando com a proximidade do inverno e Na Na tomava um chá quente enquanto ouvia o cunhado narrar os acontecimentos da tarde.

— Agora entendo porque Gun estava daquele jeito… Não está sendo fácil para ele — comentou toda complacente, antes de dar um novo gole em sua bebida, logo após Taeyang contar sobre a reunião.

— Não está sendo fácil para nenhum de nós, Na Na… — ele objetou, tomando seu chá também.

— Eu sei… Mas Gun sonhou com esse cargo por anos… E ele realmente se esforçou por isso, não podemos fingir o contrário.

— Sim… se esforçou bastante — um tom de cinismo embalando a frase — Mas como foi hoje no trabalho? — continuou mudando o rumo da conversa.

— Deu tudo certo! — ela sorriu estufando um pouco o peito, orgulhosa — Depois daquela pauta, precisei ir em dois fornecedores para rever os altos valores cobrados, mas consegui remediar tudo.

— Claro que sim, não duvido — mirou a moça, os olhos brilhantes de admiração — Você é uma ótima profissional. Merece toda confiança que meu pai lhe deu.

— Obrigada — ela ampliou o sorriso em agradecimento, porém, a mente não parava de flutuar por céus mais nebulosos.

— Na Na, o que está te incomodando, de verdade? — insistiu. Ela tomou mais um gole antes de resolver falar.

— Estava pensando que… agora que Gun não conseguiu o cargo, não sei como ficará nosso noivado…

— Como assim? — Taeyang pareceu interessado.

— Íamos oficializar o noivado anunciando a todos assim que Gun conseguisse o cargo, ao menos tínhamos planejado isso, e no início do ano, faríamos o casamento… Agora não sei como serão as coisas.

— Início do ano? Janeiro é sempre tão frio…

— Eu sei… Por mim seria em abril, bem no meio das flores, em algum lugar aberto, aproveitando toda a beleza da primavera, mas Gun prefere o inverno… Se bem que agora, nem sei ao certo…

— Tenho certeza que tudo vai se resolver da melhor forma possível. Gun sempre consegue dar um jeito e fazer tudo como ele quer…

Novamente o tom debochado chamou à atenção de Na Na. Ela lembrou, então, do comentário que Sun Hee fizera durante o jantar. Tomou novo gole de seu chá, que já estava quase no fim, enchendo-se de coragem para o rumo que guiaria a conversa a seguir.

— Lembra do plano de Marketing feito no início do ano, do lançamento do linha Sedã Executiva Cursion? — perguntou sem demonstrar grande empolgação.

— Sim, eu lembro... — Taeyang suspirou.

— Ele foi finalmente avaliado. O retorno de vendas foi de 97%. O senhor Wang está muito satisfeito e a pauta vai entrar na reunião do próximo mês. Foi um acerto genial…

— Não tinha como ser diferente — ele começou a esmiuçar o case com simplicidade — A análise de meio, mercado e clientes foi muito bem feita, além da detalhada investigação sobre os concorrentes, que foi absolutamente precisa. Todos estavam cansados dos modelos padrões, a entrevista junto às companhias serviu para ter esse parâmetro. A insatisfação com  o concorrente chegava a 82%. Isso foi crucial para que o lançamento do modelo fosse o mais vantajoso...

— Entendo…

— E ainda teve a análise SWOT¹ que também se mostrou completamente otimista. Eu tinha certeza que o lançamento seria bem sucedido e que a vendagem seria um sucesso.

— Incrível como você tem todos os detalhes tão claros. Você sabe tudo sobre o plano com tanta precisão…

— O plano era meu, Na Na — ele revelou de uma vez, o rosto levemente contraído.

— Mas foi Gun quem apresentou como dele…

— Gun roubou meu projeto…

— Não fale assim, por favor.

— Sei que estão juntos e que acreditará nele independente do que eu diga, mas o projeto era meu. Quem deveria receber as honras na reunião do próximo mês era eu — suspirou profundamente antes de continuar — Mas não sei como ele conseguiu… Acredito que alguns dos funcionários da minha equipe particular tenham achado mais vantagens ao lado dele…

— Taeyang…

— Você imagina como eu me senti naquela reunião? — sua expressão era triste e revoltada — Um trabalho de meses… Quando abri minha pasta e vi aquele balancete… Não era o meu. Os acionistas esperavam o plano de marketing do gerente de marketing… Mas não… Gun era quem estava com tudo pronto, ele tinha a solução para a grande palhaçada que eu tinha criado…

— Deve haver alguma outra explicação para tudo isso — a moça balançou a cabeça, negando em absoluto a possibilidade do seu noivo ter participação em algo tão escuso contra o próprio irmão.

Após seu desabafo, Taeyang arrematou o chá e devolveu várias minutos de silêncio para Na Na. Seu olhar corria incerto, amargurado, para a movimentação na avenida. Ela elaborava a melhor forma de reiniciar o diálogo entre os dois, contudo ele tomou a iniciativa antes disso:

— Olha, vamos encerrar com esse assunto… Não quero me aborrecer mais, por hoje — o herdeiro pediu, então retornando a olhá-la, informou — E se Gun for estúpido de novo com você, ele vai se ver comigo.

***

Ha Jin ainda não tinha conseguido falar com Eujin sobre o resultado da reunião. Havia visto o carro do amigo cruzar a mansão havia uma ou duas horas e esperava com ansiedade que ele fugisse e lhe colocasse a par do ocorrido.

Ela sabia, e tinha consciência, que aquele assunto não era de seu interesse nem parte de suas funções, mas sentia uma curiosidade enorme por saber se Shin havia ido ou não.

No momento, como era de costume, ela descontava sua frustração nas roupas que serviriam para abastecer a área externa da mansão. Dobrava as peças com uma ferocidade ameaçadora, maldizendo o amigo por não tê-la ido procurar e contar as novidades.

Em seguida, foi retirada de sua revolta momentânea quando ouviu um estrépito familiar. Juntamente com os demais funcionários que estavam na lavanderia, se aproximou da janela lateral e viu, sentindo o coração acelerar, o rapaz vestido em seu habitual traje de couro atravessando o pátio em direção à garagem.

Ela apertou a muda de tecidos que tinha nas mãos com força contra o peito, tentando controlar a ansiedade por vê-lo novamente. Seu So estava de volta, mas desfazendo-se do cavalo de eras passadas, ele viera montado em uma imponente moto preta.

— Voltem ao trabalho. O show já terminou — falou autoritária ao perceber que todos comentavam sobre o herdeiro, dispersando os funcionários para suas habituais funções.

Os subordinados acataram as ordens dela de bom grado. Após o episódio do sábado passado envolvendo a nova governanta, Yun Mi e o tapa no rosto, todos haviam finalmente entendido que Ha Jin não tinha nenhum privilégio na mansão, e se condoeram da violência cometida contra a garota.

— Senhorita Go — um dos funcionários da cozinha se aproximou minutos depois, se curvando solenemente para a governanta  — Precisamos de você na casa.

— O que houve?  —  Ha Jin perguntou curiosa.

— O senhor Wang Shin está na mansão e precisa ser acomodado, mas a governanta Nyeo não se encontra.

— Não? Onde ela está? — o tom estava levemente ansioso e preocupado.

— Ela saiu há alguns minutos para ir ao médico. Estava com enxaqueca. Disse que possivelmente é decorrente do jantar, mas ela não imaginou que algo assim aconteceria.

— Sim… Tudo bem, estou indo — concordou prontamente, mesmo que a voz estivesse vacilante, passando as mãos no avental e nos cabelos, a fim de melhorar, um pouco que fosse,  sua aparência.

Uma vez nas dependências da mansão, antes de se aproximar do rapaz, ela parou à entrada da sala e o espreitou.

Ele estava relaxadamente deitado sobre um dos sofás, os pés cruzados sobre o braço do móvel. Seus braços também estavam cruzados, mas sob a cabeça e, no chão, encostada ao sofá, uma mochila desgastada. Era lindo admirá-lo e ainda não se acostumara com a ideia de tê-lo tão próximo. O desejo gritante de abraçá-lo corroendo o seu interior.

— O que acha que está olhando, garota? — perguntou para ela, sobressaltando a jovem.

— Estava observando se o senhor dormia… Pensando se deveria ou não chamá-lo — respondeu rápido, satisfeita com a mentira.

— E o que quer? — continuou sem mover um músculo sequer, os olhos semiabertos.

— Vou levá-lo até seus aposentos.

— O que aconteceu com a governanta Nyeo?

— No momento ela não se encontra na mansão. Precisou ir ao médico e eu fui instruída a acompanhá-lo.

— Médico? — ele a olhou de verdade pela primeira vez — Ela está bem?

— Sim, senhor. Aparentemente é apenas uma enxaqueca devido ao esforço do final de semana.

— Sim… O jantar — voltou à sua habitual posição, ficando em silêncio por um tempo — O que está fazendo olhando pra mim agora, louca?

— Louca? — ela repetiu, estarrecida, desconhecendo o real motivo do adjetivo.

— Sim… Só uma louca pra se lançar na frente de um caminhão no meio de uma avenida.

— Eu não me lancei na frente do caminhão… — inquiriu agudamente.

— Não? — ele a olhou desconfiado — Foi a impressão que tive.

— Sua impressão sobre mim está errada, senhor.

Ha Jin inspirou profundamente e segurou todo ar. Wang Shin havia levantado do sofá e a olhava profunda e fixamente, com curiosidade e nenhum acanhamento, enquanto se aproximava. A sensação que ela tinha era de que seu interior estava sendo perscrutado minuciosamente e se lembrou de todas as vezes que ele lhe dedicara esse olhar nos anos passados.

Era uma provação além dos seus limites estar tão perto dele e não poder tocá-lo e, nem mesmo, desculpar-se por tudo o que acontecera no passado. Por um momento, cogitou se não seria mais prudente fugir e deixar que o herdeiro se acomodasse sozinho, mas resolveu encarar e enfrentar de frente o que viria em seguida.

— Tive uma impressão errada? — perguntou muito próximo à governanta. O hálito quente dele quase raspando nas suas bochechas.

— Sim, senhor — manteve a voz firme e o queixo erguido, mesmo sentindo as pernas vacilarem em resposta àquela aproximação.

— E por que errei? — ele parecia desafiar. Ha Jin se recompôs antes de continuar, o corpo formigando por tê-lo tão perto.

— Porque valorizo a vida. Jamais tentaria contra ela, independente do motivo que fosse.

— Hmm… Você é uma criatura muito estranha… Muito me admira que ainda esteja trabalhando aqui.

— Acredito que devo fazer um bom trabalho, senhor, por isso permaneço na mansão.

— Boa tarde, Shin — a voz de Yun Mi interrompeu a conversa dos dois, embora o rapaz ainda tenha mantido o olhar por alguns instantes — Vejo que já chegou. Resolveu ficar, então?

— Sim, por enquanto — respondeu afastando-se da governanta.

— Fico muito feliz que tenha resolvido voltar a morar conosco, irmão — Yun Mi sorria satisfeita enquanto vencia a distância entre ela o rapaz — Será muito bom ter você novamente por perto…

— Sem teatros, Yun Mi — se afastou quando ela lhe tocou o braço — Já sou vacinado contra a encenação que acontece nessa casa — e deitou esparramado sobre o sofá novamente.

— E o que faz aqui? — voltou-se enraivecida para Ha Jin, após o fora do irmão — Já não lhe disse que seu lugar é na lavanderia?

— Sim, senhorita — a governanta respondeu sem levantar o olhar — Mas fui chamada para apresentar ao senhor Shin seus aposentos.

— Foi chamada? Onde está a governanta Nyeo? Mas que algazarra é essa que tem se tornando o corpo de funcionários desde que te contrataram? Ainda não entendo como admitiram uma garota como você para estar aqui — Ha Jin permaneceu calada, se concentrando para não xingá-la — Onde está a governanta Nyeo, garota obtusa?

— Foi ao médico, senhorita.

— Como assim foi ao médico? Sem nos comunicar? É muita impertinência mesmo. Falarei com ela assim que voltar. E você, vá para a lavanderia que é o seu lugar. Deixe que eu mesma apresento seus novos aposentos, irmão.

Yun Mi sorria para Shin de uma forma estranha, fazendo com que ele levantasse de vez e pegasse a mochila. Ha Jin, aproveitando a deixa, executou uma longa vênia na direção dos dois, e se preparou para sair.

— Agradeço muito sua preocupação comigo, mas não quero tirá-la de seus muitos afazeres nessa mansão. Creio que são todos muito importantes e urgentes — Yun Mi o olhava irritada em resposta ao tom debochado dele — então, prefiro que a governanta me leve até o meu quarto.

— Shin… — ela parecia frustrada.

— Não se preocupe. Vou sobreviver. Acredito que a funcionária não irá atentar contra minha vida no percurso, mas agradeço a hospitalidade. Será muito bom dividir o mesmo teto com meus queridos e adoráveis irmãos.

E começou a caminhar para o extenso corredor dos dormitórios. Yun Mi deixada para trás, a ver navios, e  Ha Jin logo atrás, desajeitada, apressando-se na tentativa de passar à frente dele para lhe indicar o local.

— É aqui, senhor — ela falou assim que conseguiu passar, abrindo a porta em seguida.

O quarto era enorme tal qual o dos demais herdeiros. Era decorado com bom gosto, e dedicado para visitas. Shin olhou para ela e sequer fez menção de atravessar a soleira, olhando ao redor, fitando a última porta à vista no corredor.

— Não quero este quarto.

— Por que não? — perguntou confusa.

— Muito próximo de todos. Vou ficar no meu antigo quarto — falando isso, se encaminhou para a porta que havia observado instantes atrás, Ha Jin em seu encalço, afobada.

— Posso ajudá-lo em mais alguma coisa? — perguntou prontamente à porta, após abri-la para o recém-chegado.

— Sim… — ele concordou para, em seguida, empurrar o corpo da governanta, com o braço rígido, como se estivesse varrendo uma sujeira inoportuna, para fora do quarto — Saia da minha frente.

Ha Jin tropeçou para o corredor, chocada por ter sido escorraçada com tamanha falta de educação. Antes que pudesse dizer a ele umas boas palavras a respeito, a garganta atravessada pelo desaforo, deu de cara com a porta fechando bruscamente a centímetros do seu rosto. Ira e desapontamento se apoderaram dela assim que se viu encarando a madeira.

Ah… seu grande idiota!

Teve vontade de bater à porta e xingá-lo por sua falta de modos e indelicadeza, mas resolveu respirar fundo, dar as costas para aquela situação e voltar para a lavanderia, a fim de descontar nos móveis e tecidos toda a frustração do segundo encontro com a reencarnação do quarto príncipe.


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Notas finais do capítulo

¹ SWOT - É uma ferramente que mede as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças do mercado. Ela analisa o mercado e, atrávez do planejamento estratégico, soluciona possíveis problemas mercadológicos. Analisando todos os pontos, positivos e negativos, para um lançamento.

Glossário:

Concubina Oh - Nyeo Hin Hee
Hae Soo - Go Ha Jin
Hwangbo Yeon-hwa - Wang Yun Mi
Imperatriz Hwangbo - Woo Ah Ra
Ji Eun Tak (OC) - 4ª esposa de Wang Hansol
Khan Mi-Ok (OC)- amiga de Ha Jin
Lady Hae - Kim Na Na
Li Chang Ru (OC) - 1ª esposa de Wang Hansol
Park Soon-duk - Doh Hea
Park Soo-kyung - Doh Yoseob
Park Sun Hee (OC) - Esposa de Sook
Sung Ryung (OC) - empregada/amiga de Ha Jin
Taejo - Wang Hansol
Wang Baek Ah - Wang Eujin
Wang Eun - Wang Sun
Wang Yo - Wang Gun
Wang Ha Na - filha de Wang Sook
Wang Jung - Wang Jung
Wang Mu - Wang Sook
Wang So - Wang Shin
Wang Wook - Wang Taeyang
Yoon Min-joo - Imperatriz Yoo



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