A Long Fall escrita por Kiara


Capítulo 5
IV — Repentance




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► II

Um barulho repetitivo e irritante preencheu o silêncio do meu quarto, mas só fui acordar ao olhar de soslaio para a origem do som, vendo que o despertador avisava-me do meu atraso. Era programado para tocar as seis e meia, a hora que eu acordava para me arrumar, mas caso eu não despertasse e clicasse para desligar, tocava novamente as seis e cinquenta, faltando dez minutos para as aulas começarem. E pela hora brilhando em vermelho no relógio retangular, eu não acordei no primeiro toque.

Sai da cama as pressas, embolando as pernas na coberta e caindo com tudo no chão de mogno. Mas a pressa, no entanto, não me deu tempo de resmungar pela dor, tendo que levantar e correr para o banheiro. Vesti-me rapidamente, escovando os dentes ao mesmo tempo que tentava ajeitar os cabelos com os dedos, ficando irritada ao vê-los ganharem mais volume. No final, faltando cinco minutos para as sete, apanhei uma maça na cozinha e as chaves de casa, quase quebrando a porta da frente pela pressa que tentei fechá-la.

Corri pelas ruas como nunca em minha vida, tendo que comer a fruta em minhas mãos ao mesmo tempo que desviava dos poucos pedestres na calçada. Para meu alivio, não tardei a chegar aos portões da escola, que estavam começando a se fecharem para que alunos atrasados não entrassem. Tive que passar pela pequena fresta ainda aberta, quase deixando minha mochila cair por ter que me espremer para passar por um espaço minúsculo, disparando novamente para recolher meus livros em meu armário. No final, quando finalmente estava pronta para ir a minha sala, dei-me conta do estado que estou, refletido no metal luminoso e vermelho do armário.

Meus cabelos estão embaraçados, com nós que meus dedos não conseguiram desfazer, tão volumosos que cobrem parcialmente meu rosto e ombros. Minha pele está marcada pela costura do travesseiro, e meus olhos, além de estarem pequenos por causa do sono que ainda não usufruí completamente, também estão avermelhados. E com essas roupas amarotadas e despojadas, um visual apático fica explícito.

Suspirei longamente, prendendo os cabelos, com bastante dificuldade, em um coque alto para disfarçar o embaraço. Deixei minha franja, que eu havia feito aos quinze anos e que ainda não havia crescido mais do que a altura das minhas sobrancelhas, solta para desviar a atenção de meus olhos. Como não havia nada que pudesse fazer em relação as roupas, apenas passei as mãos sobre elas, tentando torna-las mais apresentável a medida que caminhava para minha sala de aula, ciente do grande atraso. Mas eu esperava, com uma esperança tola, de que seja lá qual o for o professor a lesionar em minha sala, deixei-me entrar ao ver meus estado realmente desesperador.

No entanto, não foi bem o que aconteceu; quando abri a porta, esgueirando-me sorrateiramente para saber se era uma boa hora para entrar sem o professor ver, acabei atraindo a atenção para mim quando a porta velha rangeu e eu bati de leve a mão sobre a maçaneta da porta, que tilintou.

Instantaneamente, os olhares pairaram sobre mim, assim como o do professor de inglês, que escrevia algo sobre o quadro-negro. É um homem rechonchudo, de olhos e cabelos escuros, junto de uma expressão amarga no rosto oval. E sei, pela forma que comprimiu os lábios em desgostos perante minha interrupção, que meus planos de assistir o que sobrou da aula não iriam se realizar.

— Deve ser a Sra. Jones. Fui informado que se matriculou a pouco tempo. — começou, deixando o giz que antes usava para escrever no suporte do quadro-negro. — Sabe o que alunos novos costumam fazer em seus primeiros dias? — indagou, cruzando os braços rente ao corpo. Como não lhe respondi, porque não queria correr o risco de dizer algo errado e levar um sermão maior ainda, ele prosseguiu: — Chegam no horário, porque isso evita uma impressão ruim dos professores sobre si. — ditou, o tom de voz debochado fazendo minhas bochechas arderem em constrangimento.

Do modo como ele falava, parecia estar falando com uma criança, e eu sabia que estava fazendo de propósito diante dos demais alunos. Ele queria me envergonhar, destruir minha imagem perante todos da sala e usar-me de exemplo para futuros alunos que ousarem chegar atrasados em sua aula.

Não sabia ao certo que deu em mim, mas no instante seguinte, meu queixo estava erguido e meus lábios repuxados em um sorriso igualmente debochado. E então, para piorar ainda mais a situação, as palavras grosseiras pareceram simplesmente fluir para fora de minha boca, altas o suficientes para todos ali no recinto ouvirem:

— Ora, pela sua expressão amarga de divorciado e solteirão, acredito que não faz diferença chegar atrasada ou não, irá descontar suas frustrações em mim do mesmo jeito. — repliquei, apertando as alças da minha mochila com força, usando um tom enraivado na voz que eu mesma desconhecia.

Tudo ficou em silêncio pelo que equivaleu pelo menos cinco minutos. Depois, os alunos começaram a gritar e a concordarem, começando uma baderna tão grande que meus ouvidos zuniam por conta dos barulhos demasiadamente altos. E o professor, deixando a surpresa de lado, começou a bater com o apagador no quadro, querendo ter o controle da sala de novo.

Aproveitei isso para sair dali, de fininho e sem fazer barulho, sabendo que iria ficar em apuros se permanecesse ali. Depois, corri para longe da sala, não querendo ser vista e ir para a diretoria.

Enquanto procurava algum lugar vazio e silencioso, minha mente rodava o que havia acontecido a momentos atrás. E tudo que eu sabia fazer era colocar a mão sobre a boca, com temor. Poderia ser apenas uma retruca para as demais pessoas, mas para mim era uma grande falta de respeito e amor com o próximo. Nunca fui grosseira, nem mesmo quando ofendida replicava a altura, pois sempre odiei falta de educação. Mas isso, no entanto, não foi o suficiente para me proibir de ser má educada com o professor, que tinha a obrigação de ser firme com alunos atrasados.

Respirei fundo e parei de me remoer, fazendo uma promessa naquele instante; acontecesse o que fosse, nunca mais iria usar aquele tom de voz novamente, nem mesmo quando necessitário. Isso porque aquela garota de minutos atrás não era eu, não iria ser. Se eu precisasse mudar minha personalidade para me tornar mais forte e independente, então abdicaria de tais sentimentos, pois preferia mil vezes mais permanecer como estou do que virar uma garota durona e ríspida.

Estava tão perdida em meus devaneios que não vi quando alguém cruzou o mesmo corredor que eu, levando nós dois ao chão por causa da lei da gravidade que, infelizmente, existia.

— Eu sinto muito! Não era minha intenção esbarrar em você, eu não a vi passar. — comecei meu pedido de desculpas, pondo-me de pé rapidamente e estendo a mão para a ruiva no chão.

Eu esperava gritos ou até mesmo palavras de baixo calão, mas não uma risada, como ela fez. A garota ruiva, de pele alva e pálida, junto de olhos verdes e cabelos ruivos e longos, trajando roupas caras das quais eu jamais poderia comprar, repuxou os lábios pintados por um batom vermelho e riu, aceitando minha ajuda para ergue-la. Era magra e esguia, por isso, foi fácil a puxar para ficar novamente em pé.

— Não tem problema, a culpa também foi minha, deveria ter desviado. — respondeu, com o tom de voz ameno e amigável, assim como seu sorriso. — Por acaso está perdida? As aulas já começaram e, geralmente, nenhum aluno pode passear pelos corredores sem autorização.

Enquanto absorvia suas palavras, minha mente formulava duas opções; mentir, dizendo que possuía uma autorização e que estava voltando a sala, ou contar-lhe a verdade e rezar para que sua simpatia fosse grande o suficiente para não me dedurar ao diretor. Mas eu sabia que não conseguiria mentir, nem mesmo para me safar de uma suspensão e de um castigo.

— Eu fui expulsa da sala. Ou teria sido se ficasse mais alguns segundos lá. — expliquei, mordendo os lábios, incerta sobre qual reação ela teria.

Entretanto, ela teve novamente uma reação contraditória a que eu esperava; se possível, seu sorriso alastrou-se mais pelas bochechas um pouco rechonchudas, com sua mão logo agarrando o meu braço e puxando-me pelos corredores.

— Eu também fui expulsa da sala. É um alivio encontrar alguém por esses corredores, seria bastante chato ficar sozinha na arquibancada do ginásio, agora podemos ficar conversando juntas lá. — soltei uma pequena risada perante toda sua animação, deixando-me ser guiada para onde ela quisesse. — Sou Lydia Martin, aliás. E você? Estou certa que é novata, estudo aqui a tempo suficiente para saber e conhecer o rosto de todo mundo, mas nunca vi o seu por essas bandas.

— Sim, me matriculei há pouco tempo. Sou Charlotte Jones.

No mesmo instante que terminei de pronunciar meu nome, a expressão no rosto da garota mudou subitamente. Ela, parando de andar instantaneamente, pousou uma mão sobre meu ombro para que eu fizesse o mesmo, interrompendo a trajetória para o ginásio.

— Scott me falou bastante de você. Está trabalhando na clínica junto com ele, certo? — eu havia percebido um certo tom malicioso e sugestivo em sua voz, como se tentasse saber mais sobre o assunto, mas a simples menção ao garoto havia criando um nó em minha garganta que impossibilitou-me de responder prontamente.

O que ocorreu na noite passada começou a preencher minha mente com pequenas lembranças. Em todas elas, McCall estava presente; o momento que me deu uma carona e disse uma pequena frase sugestiva, quando estávamos cuidando dos animais de estimação na clinica e, por último, o momento exato que ele me expulsará da mesma depois de minha intromissão. Não sabia se a expulsão valia apenas para ontem, ou se seria permanente e contava como uma demissão, mas não queria falar com Scott tão cedo para descobrir.

— Sim, tive sorte em conseguir um emprego com tantos benefícios. — deixando explícito que nada revelaria sobre minha convivência com Scott, abri um sorriso divertido e tornei a andar.

Lydia logo me seguiu, caminhando lado a lado comigo para o ginásio. Chegamos ao mesmo em questão de poucos minutos, conversando assuntos triviais no percurso. Havia percebido que Lydia sempre possuía um novo assunto na ponta da língua, a maioria envolvendo roupas ou garotos, mas também haviam alguns bem interessantes, como polêmicas que havia acontecido na escola.

— Ora, hoje tem treino do time de lacrosse, quase me esqueci! — mal havia terminado de falar e um aglomerado de garotos adentrou a quadra do ginásio, vestindo o uniforme do time e o equipamento necessário para jogarem. — Scott é o líder do time, caso não saiba. É o de camisa onze.

Sentei-me na arquibancada e deixei a mochila ao meu lado, tendo o lugar a direita sendo ocupado pela ruiva. Meus olhos percorreram todos os alunos até encontrar Scott, que fora o último a adentrar a quadra. Mesmo vestindo um uniforme largo de cor vermelha, um capacete branco que inibia a visão para seu rosto, e com um grande bastão de lacrosse na mão esquerda, eu ainda o reconheci. Não por seu nome estar escrito no uniforme, em letras grandes e chamativas para ser possível ver da minha distância, mas sim pelo seu jeito afobado de ser. Ele não conseguia parar em um lugar, sempre se movendo e conversando com os outros jogadores, meio desleixado.

— Ele e Stiles são os melhores do time, começamos a ganhar os campeonatos e jogos depois que ingressaram no time. — Lydia tornou a falar, gesticulando rente ao corpo, exibindo um sorriso empolgado.

Quando voltei meu olhar para o time, encontrei Stilinski ali, trajando o mesmo uniforme vermelho e capacete branco que os demais jogadores. Mas sua camisa, ao contrário dos outros, exibia o número vinte e quatro. Eu nunca havia visto um jogo esportivo na TV, nem mesmo pessoalmente, por isso, quando o treinador apitou e os jogadores começaram a irem para seus devidos lugares, eu fiquei verdadeiramente animada para presenciar um pela primeira vez.

Mas, sobrepondo-se a animação, ainda havia hesitação. Não por mim, mas por Scott e Stiles, pois aquele parecia ser um jogo demasiadamente bruto e agressivo. Poderiam se machucar caso não tomasse cuidado.

— É um jogo inofensivo, certo? — indaguei, mais alto que eu esperava, brincando com uma madeixa de meu cabelo para tentar controlar a forte onda de nervosismo.

Mas então, algo estranho aconteceu. Como se tivesse escutado minha voz e percebido que eu estava ali, Scott retirou o capacete e olhou diretamente na minha direção, unindo as sobrancelhas em confusão. E depois de ficar apenas olhando para mim por minutos, correu na direção do treinador e disse algo que o deixou irritado, mas que o permitiu sair da quadra e começar a caminhar em minha direção. Naquele ponto, estava querendo pegar minha mochila e sair dali, dando-me conta que fora uma péssima idéia e que ele poderia muito bem querer me expulsar do ginásio também, mas como ele estava a poucos passos de mim, não tive escolhas a não ser permanecer sentada e esperar que se aproximasse completamente.

— Matando aula, Charlotte? — perguntou, brincalhão, passando as mãos pelos cabelos encharcados de suor e os tirando da testa.

Mordi a parte interna da bochecha, prendendo um sorriso. Esperava outras reações de Scott, inclusive um pedido de desculpas, mas não que ele voltasse a ser o mesmo extrovertido de antes.

— Isso me magoou, McCall, que bela imagem tens de mim! — respondi, fingindo uma falsa mágoa para entrar no seu jogo, colocando a mão sobre o peito de forma teatral.

O garoto riu, sentando-se ao meu lado e cumprimentando Lydia com um sorriso largo.

— Eu vou ir beber um pouco de água. Já volto. — e então, com uma pressa enorme, a ruiva apanhou sua mochila e caminhou para longe de nós, mas antes de desaparecer de vista, lançou-me um sorriso malicioso.

Minhas bochechas esquentaram perante isso. Lydia estava tendo um ponto de vista totalmente errado sobre o relacionamento de Scott comigo; era apenas amizade, não muito íntima, e ele era meu "chefe" na clínica. Ter algo romântico com ele estava fora de cogitação, ainda mais que sequer queria um relacionamento por enquanto. Minha vida estava instável demais para acrescentar alguém nela. Também, havia a possibilidade de estragar nossa amizade, uma das poucas que consegui ter durante esses anos.

— É líder do time, Scott? — perguntei, livrando-me dos devaneios e voltando a prestar atenção no moreno ao meu lado, que agora havia colocado os braços sobre a parte de cima do banco, relaxado. Quando ele anuiu com a cabeça, sorrindo, prossegui. — Não deveria ser esnobe ou mais autoritário? Um durão, quem sabe?

Perante minhas hipóteses, Scott riu, tombando a cabeça para o lado. Era um gesto adorável, pois quando ele fazia isso, seus olhos se encolhiam e seu sorriso se expandia.

— Ser líder do time não me torna melhor que nenhum deles, por isso não sou esnobe. Também, há hora exata para ser autoritário ou compreensivo, pois é claro que tenho que pegar no pé de um ou outro jogador de vez em quando. — respondeu, dando levemente de ombros. — Eu não me encaixo como durão, e não conseguiria ser um nem se quisesse.

— Tem razão, você se encaixa mais como um garoto extrovertido e engraçado. — concordei, retirando uma madeixa de cabelo que havia caído em frente ao meu rosto, sorrindo.

— Me acha engraçado? — quis saber, com um sorriso divertido estampado nos lábios, virando parcialmente o corpo na minha direção para olhar-me melhor.

Mordisquei os lábios, dando-me conta finalmente dos adjetivos que usei para descrevê-lo. Não era exatamente ele que eu achava engraçado, pois nenhuma de suas piadas possuía muita graça, mas sim sua postura desleixada e afobada. Era engraçado o modo como ele sempre estava se mexendo, nunca ficando parado por muito tempo, a forma que sorria, que de alguma forma, era engraçada aos meus olhos.

— Você não, seu jeito sim. — corrigi, tentando, em vão, controlar o rubor de minhas bochechas a medida que o sorriso do moreno se expandia por seus lábios.

Mas então, subitamente, o sorriso contagiante de seu rosto sumiu e a expressão logo foi substituída por uma mais séria. Os ombros encolheram, os lábios se crisparam e seu olhar abaixou-se para o chão, onde ele começou balançar os pés.

— Desculpe por ontem. Não era minha intenção soar rude ou ríspido, mas eu precisava conversar a sós com Stiles e Derek. — e terminando de dizer tais palavras, ergueu o olhar para mim.

Mordisquei os lábios para evitar que um suspiro saísse deles. Eu sabia que ele tocaria no assunto, porque sendo o garoto educado como era, uma hora iria pedir desculpas. Mas eu não esperava que fosse ser uma tão sincera quanto essa. Sua expressão está realmente pesarosa, tendo o arrependimento tão explícito que por meros segundos eu me senti culpada por ser a causa dele, os lábios não exibem um dos seus sorrisos característicos, pelo contrário, estão retos, sem quaisquer vestígios de alegria. E os olhos, que me olham a espera de uma resposta, nunca estiveram mais opacos e vazios. É angustiante vê-lo nesse estado.

— Você não foi rude. — respondi-lhe, franzindo o nariz em seguida, sabendo que não era totalmente verdade. — Tudo bem, talvez um pouco, mas não vem ao caso. A culpa é completamente minha, do meu jeito expansivo e da minha intromissão. Não vai acontecer novamente.

Abri um sorriso para enfatizar minha promessa, que logo foi retribuído por um de covinhas de Scott, dissipando a expressão hesitante de segundos atrás.

— E eu nunca mais falarei de forma ríspida com você. — para minha surpresa, Scott ergueu sua mão direita, abaixando todos os dedos com exceção do mindinho. — Eu juro de dedinho.

Inevitavelmente, soltei uma risada, achando graça da situação. Era algo típico de McCall; apaziguar tudo com uma brincadeira descontraída. Mas, em seus olhos havia um brilho de seriedade, como se não se tratasse apenas de uma brincadeira, mas sim de uma promessa real e sólida.

Imitei o seu gesto e deixei apenas o dedo mindinho erguido, juntando-o ao seu. Achei ainda mais divertido quando Scott apertou nossos dedos e balançou nossas mãos, tendo um sorriso tão encantador nos lábios que mesmo sem perceber, meus lábios também espelhavam sua alegria.

— Agora vai jogar, o treinador não está com uma cara muito boa. — proclamei ao afastar nossas mãos, mirando o olhar na quadra apenas para perceber que o treinador estava virado na nossa direção, de braços cruzados e uma expressão amarga no rosto. — Boa sorte. — desejei, irritada com uma madeixa de cabelo que havia caído sobre meu rosto, tampando parcialmente minha visão.

Estava erguendo a mão para retirá-la quando Scott foi mais rápido, puxando-a para trás de minha orelha. E no meio do percurso, seus dedos haviam tocado minha bochecha e deslizado até meu queixo.

— Te vejo as duas. — ditou, abrindo um sorriso pequeno, ainda com a mão atrás de minha orelha, onde havia colocado a mecha.

Observei, incapaz de me mexer ou dizer qualquer coisa, ele abaixar-se e pegar seu capacete, o colocando e correndo para a quadra. Sentia minhas bochechas esquentando a medida que os segundos passavam, e eu sabia que elas estavam tão vermelhas quanto o uniforme do garoto, mas eu só fui voltar a ter o domínio sobre meu corpo quando um som de apito foi ouvido, junto de gritos. O jogo havia começado, mas eu mal prestava atenção nele, estava mais focada no que me fora dito por Scott; as duas da tarde. Era o horário que havia me buscado ontem, que começava meu turno na clínica, e se ele estava dizendo que iria me ver exatamente nessa hora, era porque iria dar-me uma carona novamente.

E ao saber disso, não pude evitar de ficar sorrindo e torcendo por Scott, gritando a cada vez que ele fazia um gol e protestando quando alguém o tirava a bola de forma baixa. Mas em todas essas circunstâncias, o garoto sempre olhava na minha direção e sorria, erguendo-se do chão e indo tentar novamente.


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Notas finais do capítulo

Hey, gente bonita, como cês tão?
Desculpem mesmo a demora em atualizar, mas eu peguei um bloqueio justo quando ia finalizar o cap, então acabei enrolando muitooooo. Mas, agora, juro de dedinho, que irei diminuir o tempo de postagem ♥

Agora vamos sair desse papo para que eu possa dar as boas noticias: A Long Fall agora tem trailer e teaser! E vocês podem conferir ambos seguindo os link's:
Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=VB_vJddGjGA
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=cgY25nJI6Is&feature=youtu.be

E antes de encerrar essas notas, tenho quatro agradecimentos a fazer:
Agradeço a Mrs Claflin pelo carinho enorme que tem pela história, por seus comentários fofos e animadores e por ficar me animando a escrever mais e mais sem nem perceber ♥
A America Jackson Potter por conseguir desvendar os pequenos detalhes dessa história, incluindo o nome de Jocelyn, e por ser uma leitora tão maravilhosa quanto é, com seus comentários fofos e divertidos ♥
A Alyssa, por ter deixado um comentário especialmente fofo e encantador no ultimo capitulo, que me animou suficientemente para começar a escrever os próximos capítulos, e por estar acompanhando a fanfic ♥

E todos que acompanham a fanfic, favoritam, comentam e gostam tanto dessa historia. Vocês são as melhores leitoras e leitores que eu poderia ter no mundo, então muito obrigada por existirem ♥ Maaas, eu também seria ainda mais grata se algumas leitoras deixassem de ser fantasminhas, viu? ajsjsjsksk

Beijocas e até o próximo!



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